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Mentalismo, leitura da mente e a arte de olhar para dentro da nossa cabeça

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    Estamos todos aprisionados
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    dentro das nossas cabeças,
  • 0:08 - 0:12
    e as nossas crenças e entendimento
    acerca do mundo são limitadas
  • 0:12 - 0:13
    por essa perspectiva,
  • 0:13 - 0:17
    o que significa que contamos
    histórias a nós mesmos.
  • 0:18 - 0:22
    Certo? Então, aqui estamos nós
    nesta infinita fonte de informações.
  • 0:22 - 0:24
    Há um número infinito de coisas
    em que podemos pensar,
  • 0:24 - 0:27
    mas alteramos e eliminamos.
  • 0:27 - 0:30
    Escolhemos em que pensar,
    ao que prestar atenção.
  • 0:30 - 0:32
    Inventamos uma história...
  • 0:35 - 0:38
    para fazer sentido
    do que está a acontecer,
  • 0:38 - 0:40
    e todos nós entendemos de forma errada.
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    Pois todos tentamos navegar
    com as nossas bússolas distorcidas,
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    e temo as nossas experiências,
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    mas as histórias por si só
    são extremamente convincentes.
  • 0:48 - 0:49
    Todos nós fazemos isso,
  • 0:49 - 0:52
    muitas das histórias em que cremos
    não são nossas.
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    As primeiras que herdamos
    ainda crianças são as dos nossos pais,
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    que também têm
    as suas crenças distorcidas,
  • 0:57 - 1:01
    as suas próprias frustrações,
    as suas próprias vidas não vividas.
  • 1:01 - 1:04
    Para o melhor e para o pior,
    carregamos esse fardo,
  • 1:04 - 1:05
    e depois vamos pelo mundo fora,
  • 1:05 - 1:09
    a pensar que talvez tenhamos de
    ser bem sucedidos para ser amados;
  • 1:09 - 1:12
    ou que temos de pôr as necessidades
    dos outros à frente das nossas;
  • 1:12 - 1:16
    ou que temos algum segredo terrível
    que não podemos contar a ninguém.
  • 1:16 - 1:18
    É apenas ficção, são apenas histórias,
  • 1:18 - 1:22
    e não nos preocuparíamos tanto
    com o que os outros pensam de nós,
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    se soubéssemos quão raramente o fazem.
  • 1:24 - 1:26
    (Risos)
  • 1:26 - 1:32
    Acho que a magia é uma excelente analogia
    para mostrar como alteramos a realidade
  • 1:32 - 1:34
    e formamos uma história
  • 1:34 - 1:37
    e como depois achamos
    que essa história realmente aconteceu.
  • 1:37 - 1:40
    Eu tive uma carreira no Reino Unido
    que durou cerca de 20 anos
  • 1:40 - 1:45
    a encenar grandes experiências
    psicológicas na TV,
  • 1:45 - 1:46
    e agora está no Netflix.
  • 1:46 - 1:48
    Também tenho um espectáculo.
  • 1:48 - 1:50
    Em breve terei o meu primeiro
    espectáculo ao vivo
  • 1:50 - 1:52
    na Broadway, chamado "Segredo."
  • 1:52 - 1:54
    Apenas a partilhar convosco. Sem pressão.
  • 1:54 - 1:55
    (Risos)
  • 1:55 - 1:57
    Deverá acontecer este ano.
  • 1:57 - 2:01
    Eu tento fazer algo novo
    com mentalismo.
  • 2:01 - 2:07
    O mentalismo é a arte duvidosa
    de entrar na vossa mente.
  • 2:10 - 2:15
    Este tipo de leitura da mente,
    teve o seu apogeu nos anos 30.
  • 2:15 - 2:17
    É por isso que estou vestido assim,
  • 2:17 - 2:20
    no meu fato mais ao estilo TED.
  • 2:20 - 2:24
    Havia um acto, conhecido
    por o Acto do Oráculo.
  • 2:24 - 2:26
    Nesse Acto do Oráculo,
    membros da audiência
  • 2:26 - 2:28
    — como sei que vocês fizeram —
  • 2:28 - 2:29
    escreviam perguntas secretas,
  • 2:29 - 2:32
    o tipo de perguntas
    que poderão fazer a um ´vidente,
  • 2:32 - 2:35
    selavam essa pergunta num envelope,
  • 2:35 - 2:38
    e no exterior do envelope
    escreviam as suas iniciais
  • 2:38 - 2:42
    e mais ou menos onde estavam
    sentados na audiência.
  • 2:43 - 2:47
    Depois o Oráculo, o leitor da mente,
    pegava num envelope de cada vez.
  • 2:47 - 2:48
    Não o abria,
  • 2:48 - 2:52
    mas tentava adivinhar
    qual a pergunta dentro do envelope.
  • 2:52 - 2:57
    Se acertasse, também tentava
    responder à pergunta dessa pessoa.
  • 2:57 - 2:59
    O Acto propagou-se
    como um incêndio selvagem.
  • 2:59 - 3:03
    É um testemunho, penso eu,
    do apelo tão sedutor
  • 3:03 - 3:07
    de uma poderosa figura
    a oferecer respostas simples
  • 3:07 - 3:11
    para as questões e ansiedades
    complexas e subtis da vida
  • 3:11 - 3:13
    Agradeço a todos
    que escreveram perguntas.
  • 3:13 - 3:16
    Eu não as vi.
    Sei que alguém as guardou.
  • 3:16 - 3:17
    Muito obrigado.
  • 3:17 - 3:20
    Vou pegar nesses envelopes.
    Obrigado a todos os que fizeram isto.
  • 3:20 - 3:25
    Provavelmente, devo dizer
    algumas coisas antes de começar.
  • 3:26 - 3:28
    Com toda a honestidade,
  • 3:28 - 3:30
    primeiro, eu não consigo ver
    através dos envelopes.
  • 3:30 - 3:33
    São envelopes espessos e pretos
    e estão selados.
  • 3:33 - 3:35
    Quem escreveu sabe.
    Não vejo nada através dos envelopes.
  • 3:35 - 3:38
    E, muito importante,
    não conheço nenhum de vocês
  • 3:38 - 3:40
    e não há ninguém contratado.
  • 3:40 - 3:42
    Isto não funciona assim.
  • 3:43 - 3:44
    Terceiro...
  • 3:46 - 3:50
    não acredito minimamente que tenho
    algum dom psicológico especial.
  • 3:50 - 3:53
    muito menos dons psíquicos.
  • 3:54 - 3:55
    Então, vamos começar.
  • 4:01 - 4:02
    Nada.
  • 4:02 - 4:05
    (Risos)
  • 4:08 - 4:10
    Ok, este...
  • 4:10 - 4:11
    Oh, fixe.
  • 4:11 - 4:13
    Ok, este é interessante.
    há aqui alguns.
  • 4:13 - 4:15
    Talvez comece com este.
  • 4:15 - 4:18
    Este é interessante,
    porque a escrita é ondulada.
  • 4:19 - 4:20
    Há aqui uma espécie de altos e baixos
  • 4:20 - 4:23
    o que normalmente
    — nem sempre — significa
  • 4:23 - 4:26
    que a pessoa não sabe a resposta
    à sua própria pergunta.
  • 4:26 - 4:28
    Então, normalmente é uma pergunta
    acerca do futuro.
  • 4:28 - 4:30
    Isso sugere incerteza.
  • 4:30 - 4:32
    Portanto, diria que é uma senhora,
  • 4:32 - 4:36
    é um pouco difícil dizer a idade
    a partir desta pequena nota escrita.
  • 4:36 - 4:40
    mas eu esperaria talvez nos seus 30
    talvez 40 anos, mas vamos descobrir.
  • 4:40 - 4:42
    Diz — uma pergunta sobre o futuro —
  • 4:42 - 4:45
    Diz: "JN, centro."
  • 4:45 - 4:48
    Então, será alguém
    que está aqui na secção central.
  • 4:48 - 4:51
    Se pensa que foi você,
    pode manifestar-se?
  • 4:51 - 4:53
    É um pouco difícil para mim
    ver o centro.
  • 4:53 - 4:55
    Olá, faça-nos um aceno.
  • 4:55 - 4:56
    Então J...
  • 4:56 - 4:58
    Jane? Jessica?
  • 4:58 - 4:59
    Jessica: Sim.
  • 4:59 - 5:01
    - Qual deles?
    - Jessica.
  • 5:01 - 5:04
    Obrigado. Foi um palpite.
    Um murmúrio de aprovação, por favor?
  • 5:05 - 5:06
    (Risos)
  • 5:06 - 5:08
    Eu aceito.
  • 5:09 - 5:11
    Jessica, não pergunto a sua idade,
  • 5:11 - 5:13
    mas a pergunta é essencialmente
    sobre o futuro?
  • 5:13 - 5:14
    - Hum...
    - É?
  • 5:14 - 5:16
    - É.
    - É. Ok.
  • 5:16 - 5:17
    Certo. Então o que perguntámos?
  • 5:17 - 5:20
    O que perguntou a Jessica
    acerca do futuro?
  • 5:21 - 5:25
    Tenho razão com os 30 e muitos,
    início dos 40 anos?
  • 5:25 - 5:27
    Jessica: Concordo.
  • 5:27 - 5:29
    (Risos)
  • 5:31 - 5:32
    DB: Ok, é importante,
  • 5:32 - 5:35
    porque perguntamos coisas diferentes
    consoante a idade.
  • 5:35 - 5:37
    Diga outra vez "concordo".
  • 5:37 - 5:39
    Jessica: Eu aceito.
  • 5:39 - 5:42
    - Virgínia? É da Virgínia?
    - Sou, sim.
  • 5:42 - 5:43
    Sim. Então...
  • 5:43 - 5:45
    (Risos)
  • 5:45 - 5:47
    Eu penso que é uma senhora,
  • 5:47 - 5:51
    penso que é uma senhora
    que quer sair da Virgínia.
  • 5:52 - 5:54
    Penso que está a considerar,
  • 5:54 - 5:57
    se as coisas vão ou não acontecer
    de forma a sair da Virgínia.
  • 5:58 - 5:59
    Mostre-me as suas mãos.
  • 6:00 - 6:02
    Do outro lado para eu
    poder ver as unhas?
  • 6:04 - 6:07
    Ok, eu acho que tem uma quinta
  • 6:07 - 6:11
    e a pergunta é se vai ou não
    vender a sua quinta e sair da Virgínia?
  • 6:11 - 6:12
    Está certo?
  • 6:12 - 6:14
    Jessica: Absolutamente, essa é a pergunta.
  • 6:14 - 6:17
    DB: Certo. Excelente. Obrigado.
    É uma excelente pergunta!
  • 6:17 - 6:20
    Qual foi exactamente a pergunta?
    O que escreveu?
  • 6:20 - 6:22
    Jessica: "Será que vou vender
    a quinta na Virgínia?"
  • 6:22 - 6:24
    DB: Vai vender a quinta?
  • 6:24 - 6:27
    Certo É uma excelente pergunta
    se pretende ser psíquica,
  • 6:27 - 6:28
    porque é acerca do futuro,
  • 6:28 - 6:31
    Portanto, eu posso responder-lhe
    com um sim ou um não.
  • 6:31 - 6:34
    Não significa nada,
    pois não tem como verificar.
  • 6:34 - 6:36
    É perigoso fazer isso.
  • 6:36 - 6:38
    Se eu disser sim ou não,
    isso ficará na sua mente,
  • 6:38 - 6:41
    e eu não posso começar
    a afectar as suas decisões.
  • 6:41 - 6:43
    É uma coisa perigosa de fazer.
    No entanto...
  • 6:44 - 6:46
    (Risos)
  • 6:46 - 6:49
    Sim, eu acho que vai vender a quinta,
  • 6:50 - 6:51
    porque penso que você
    é o tipo de pessoa
  • 6:52 - 6:54
    que, seja como for,
    vai alcançar o que pretende.
  • 6:54 - 6:58
    Penso que, quando há coisas
    que quer, tende a focar-se nelas
  • 6:58 - 7:00
    à custa de outras coisas
  • 7:00 - 7:02
    sabendo que, provavelmente,
    devia focar-se mais
  • 7:02 - 7:03
    Concorda?
  • 7:05 - 7:08
    Educada, passou uns anos em...
  • 7:08 - 7:11
    - Diga sim, de novo, a palavra "sim".
    - Sim.
  • 7:11 - 7:12
    - Não?
    - Não.
  • 7:12 - 7:15
    Califórnia? Berkeley?
    Apenas um palpite, mas ...
  • 7:15 - 7:18
    Jessica: Eu frequentei Berkeley, sim.
    Pare de fazer isso!
  • 7:18 - 7:19
    DB: Então é um sim.
  • 7:19 - 7:22
    Ah, e esteve na Índia
    recentemente também.
  • 7:22 - 7:25
    Há aí qualquer coisinha. Sim? Não?
  • 7:25 - 7:27
    Jessica: Sim, eu regressei agora da Índia.
  • 7:27 - 7:29
    DB: É um sim, mas não vou
    dizer que está escrito
  • 7:29 - 7:32
    porque não está, e tem
    de assumir essa responsabilidade.
  • 7:32 - 7:34
    - Respondo à sua pergunta?
    - Sim.
  • 7:34 - 7:36
    DB: Pode sentar-se.
    Obrigado. Vamos ver outro.
  • 7:36 - 7:40
    (Aplausos)
  • 7:42 - 7:45
    Ah, também está no centro.
  • 7:45 - 7:49
    Será um homem, um pouco mais velho,
    talvez nos 40 anos, diria eu.
  • 7:49 - 7:52
    Centro. Levante-se,
    se acha que é você.
  • 7:52 - 7:55
    Olá, podem arranjar-lhe um microfone?
  • 7:55 - 7:57
    O mais rápido que conseguirem.
    seria maravilhoso.
  • 7:57 - 8:00
    Oh, olhem para aquilo! Quieto.
    Não se mova.
  • 8:00 - 8:01
    Mantenha-se totalmente imóvel.
  • 8:01 - 8:03
    Está de pé? Onde está?
  • 8:03 - 8:05
    Homem: Estou de pé.
    Não sou assim tão baixo.
  • 8:05 - 8:06
    DB: Ok.
  • 8:07 - 8:10
    Você mudou isso.
  • 8:10 - 8:12
    Houve alguma coisa que fez
    enquanto se levantava.
  • 8:12 - 8:15
    Sim ou não, pôs alguma coisa aqui?
  • 8:15 - 8:17
    Já não está a fazê-lo,
    mas fez enquanto se levantou.
  • 8:17 - 8:21
    Tem a ver com a sua perna esquerda
    ou com o pé esquerdo, sim ou não?
  • 8:21 - 8:23
    - Apenas sim ou não.
    - Sim.
  • 8:23 - 8:26
    Certo. Estava a dar-nos
    um sinal claro quando se levantou.
  • 8:26 - 8:29
    Coloque o seu peso sobre
    o seu lado esquerdo e diga "sim."
  • 8:29 - 8:30
    Homem: Sim.
  • 8:30 - 8:33
    DB: Tire a mão do bolso
    ponha o peso no outro lado,
  • 8:33 - 8:35
    mude o micro de mão
    e diga "sim" outra vez.
  • 8:35 - 8:36
    Homem: Sim.
  • 8:37 - 8:43
    DB: Você tem uma luxação
  • 8:44 - 8:46
    no dedo grande do pé,
    do seu lado esquerdo?
  • 8:46 - 8:47
    Homem: Sim.
  • 8:48 - 8:50
    DB: Muito obrigado. Ótimo.
    Boa! Sente-se. Sente-se.
  • 8:50 - 8:53
    Posso ter o microfone?
    Vou trocar de micro para fazer isto.
  • 8:53 - 8:55
    Posso ter um micro? Obrigado.
  • 8:57 - 8:59
    Muito obrigado.
    Isso estaria bem aí.
  • 8:59 - 9:01
    Eu vou trocar de micro porque...
  • 9:02 - 9:05
    espero que ainda me consigam ouvir?
  • 9:05 - 9:08
    porque, vou vendar os olhos.
  • 9:10 - 9:15
    Estou a fazer isto agora,
    para não ter pistas quando se levantarem.
  • 9:15 - 9:16
    Não posso ver onde põem as mãos.
  • 9:16 - 9:18
    Não posso ver
    como reagem ao que eu digo.
  • 9:18 - 9:21
    Não posso ver
    o que as pessoas ao lado fazem.
  • 9:21 - 9:24
    Se elas sabem a resposta à pergunta
    isso é sempre muito útil.
  • 9:24 - 9:26
    Não terei essa vantagem.
  • 9:26 - 9:28
    mas, estranhamente,
  • 9:30 - 9:32
    isto liberta-me
  • 9:32 - 9:34
    e eu quero que isso vos liberte
    a si também.
  • 9:34 - 9:36
    Se não escreveram nenhuma pergunta,
  • 9:36 - 9:38
    mas gostariam de o ter feito,
  • 9:38 - 9:40
    ainda podem participar.
  • 9:40 - 9:43
    O objectivo de escrever uma pergunta
    é apenas obter uma forma
  • 9:43 - 9:46
    mais clara e resumida
    na vossa mente.
  • 9:46 - 9:49
    Então, se conseguirem encontrar
    uma pergunta na vossa mente,
  • 9:49 - 9:51
    tornem-na clara e resumida,
    e enviem-na para mim.
  • 9:51 - 9:53
    Eu tentarei fazer isso agora
    sem nada escrito.
  • 9:53 - 9:57
    Comecem a formular perguntas
    mas mandem-me também o vosso nome.
  • 9:57 - 9:59
    "O meu nome é...",
    qualquer que seja aquele sujeito,
  • 9:59 - 10:03
    e "o que há de estranho nos meus pés?"
    ou o que quer que fosse a pergunta.
  • 10:03 - 10:05
    Então, um nome e uma pergunta.
  • 10:05 - 10:06
    Já há alguém.
  • 10:06 - 10:11
    Presumo que esteja na frente,
    porque o seu nome está bem claro.
  • 10:12 - 10:14
    Sinto que está no centro à frente.
  • 10:14 - 10:15
    Ok, deixe-me só... Allan?
  • 10:16 - 10:17
    Sinto que é um Allan
  • 10:17 - 10:20
    e que está bem perto na frente,
    vagamente central, penso eu.
  • 10:20 - 10:22
    Sinto que vem dai mesmo.
  • 10:22 - 10:25
    É um homem, talvez pelos 60 anos,
    qualquer coisa assim.
  • 10:25 - 10:26
    Allan: Sim.
  • 10:26 - 10:29
    DB: Você tem um micro? Ótimo, obrigado.
  • 10:29 - 10:32
    Allan, diga "pare" quando eu chegar
    ao pé de si
  • 10:32 - 10:35
    para eu saber onde está,
    para onde me virar.
  • 10:35 - 10:37
    Allan: Pare.
  • 10:37 - 10:40
    - Você é Capricórnio?
    - Sim.
  • 10:41 - 10:45
    Então Allan tem alguma coisa na sua mente.
  • 10:46 - 10:48
    Vejamos, vocês ouviram
    a reserva na voz dele?
  • 10:48 - 10:50
    Vai ser uma coisa complicada.
  • 10:50 - 10:52
    Eu penso consigo ...
    diga "sim" de novo.
  • 10:52 - 10:53
    Allan: Sim.
  • 10:56 - 10:58
    DB: Vai ser uma de duas...
  • 10:58 - 10:59
    não, não é isso.
  • 10:59 - 11:03
    É um acesso, é uma "password",
    um acesso a algo.
  • 11:03 - 11:06
    Tem alguma coisa, sim ou não,
    com uma "password" na mente?
  • 11:06 - 11:07
    Allan: Sim.
  • 11:07 - 11:10
    DB: Uma "password"
    de acesso ao computador?
  • 11:10 - 11:11
    Allan: Sim.
  • 11:11 - 11:12
    DB: Excelente!
  • 11:12 - 11:14
    (Risos)
  • 11:14 - 11:16
    Nesse caso, eu vou ficar por aqui.
  • 11:17 - 11:19
    Se estou a perceber bem,
  • 11:19 - 11:22
    vão todos ficar a saber o que é,
    assim como milhões de pessoas.
  • 11:22 - 11:24
    Depois vai mudá-la, certo?
  • 11:24 - 11:25
    - Claro.
    - Ok.
  • 11:25 - 11:27
    (Risos)
  • 11:29 - 11:32
    - Diga " claro " outra vez.
    - Claro.
  • 11:32 - 11:34
    Se é uma palavra
    — eu imagino que seja uma palavra —
  • 11:34 - 11:36
    visualize a palavra escrita à sua frente,
  • 11:36 - 11:39
    Em letras maiúsculas
    grandes, claras e carregadas.
  • 11:39 - 11:43
    Enquanto olha, pense
    numa letra algures no meio.
  • 11:43 - 11:45
    Não a diga em voz alta,
  • 11:45 - 11:47
    pense só numa letra
    que esteja no centro.
  • 11:47 - 11:48
    - Já tem alguma?
    - Já.
  • 11:48 - 11:50
    Ok, fixe-se nessa.
  • 11:51 - 11:53
    Ah, você mudou-a, Ok.
  • 11:53 - 11:55
    você mudou de ideias.
  • 11:55 - 11:57
    Acho que se ficou por...
  • 11:57 - 11:59
    Eu penso que é um "B", sim?
  • 11:59 - 12:00
    Allan: Não, não é.
  • 12:02 - 12:04
    - Então é um "I"?
    - Correto.
  • 12:04 - 12:07
    - Mas tinha um B, não tinha?
    - Tinha.
  • 12:07 - 12:09
    Pois foi, ele mudou de ideias.
  • 12:09 - 12:10
    (Risos)
  • 12:10 - 12:13
    Então visualize-a ali escrita.
  • 12:13 - 12:16
    Continue a pensar na palavra escrita.
  • 12:16 - 12:19
    - Oh, você toca tambor, certo?
    - Toco, sim.
  • 12:19 - 12:21
    DB: Tire isso da sua mente.
  • 12:21 - 12:24
    Foque-se apenas nesta palavra para mim.
  • 12:24 - 12:25
    (Risos)
  • 12:27 - 12:28
    O meu trabalho é vender-vos uma história.
  • 12:29 - 12:32
    Eu tento fazer isso
    para conseguir que prestem atenção
  • 12:32 - 12:34
    àquilo que eu quero
    que achem importante.
  • 12:34 - 12:36
    Ignorarem coisas
    que eu quero que ignorem,
  • 12:36 - 12:38
    e depois juntarem
    os pontos da narrativa
  • 12:38 - 12:40
    para imaginarem a história
    do que estou a fazer.
  • 12:40 - 12:44
    Isto só resulta porque,
    somos criaturas que formam histórias,
  • 12:44 - 12:45
    fazemos isto todos os dias.
  • 12:45 - 12:48
    Vamos para este mundo
    complexo e subtil,
  • 12:48 - 12:51
    cheio de pessoas complexas e subtis
    como você e eu, Allan,
  • 12:51 - 12:54
    e reduzimos-las
    a estas figuras cuidadas
  • 12:54 - 12:57
    que se encaixam em qualquer história
    que contemos a nós mesmos,
  • 12:57 - 12:59
    e dizemos: "Ela é insegura",
  • 12:59 - 13:01
    "Ele é arrogante",
    "Eles não são de confiança."
  • 13:02 - 13:04
    Isto são apenas histórias,
  • 13:04 - 13:07
    como a história de que eu posso
    ler a vossa mente.
  • 13:07 - 13:11
    Você também está a pensar vender
    a sua empresa, não está?
  • 13:11 - 13:12
    Allan: Correto.
  • 13:12 - 13:15
    DB: Tem alguma coisa a ver com a pele?
  • 13:15 - 13:16
    Allan: Sim.
  • 13:16 - 13:18
    - Com cuidados da pele?
    - Sim.
  • 13:18 - 13:21
    DB: Eu acho que a razão
    por que adoro fazer isto
  • 13:21 - 13:24
    é porque me lembra para tentar
    ficar mais desperto e atento
  • 13:24 - 13:26
    para a complexidade e subtileza
    do que é real.
  • 13:26 - 13:29
    Passam-se sempre outras coisas
    que nós não sabemos,
  • 13:29 - 13:33
    e isso significa que podemos ser
    menos bloqueados, mais gentis,
  • 13:33 - 13:36
    porque reconhecemos
    que há medo por trás do seu "stress"
  • 13:36 - 13:38
    e não é precisa uma resposta defensiva.
  • 13:38 - 13:41
    Podemos começar a ver as histórias
    por aquilo que são
  • 13:41 - 13:45
    e reconhecer que a vida
    não é apenas acerca de nós.
  • 13:45 - 13:46
    Oh!
  • 13:51 - 13:53
    A sua "password"!
    Onde é que está? Onde está ele?
  • 13:53 - 13:54
    Allan: Aqui mesmo.
  • 13:54 - 13:57
    DB: Levante-se.
    A sua password é "ariboy."
  • 13:57 - 14:01
    - A-r-i-b-o-y. Está correto?
    - Está correto.
  • 14:01 - 14:03
    DB: Então, muito obrigado.
    Muito obrigado mesmo.
  • 14:03 - 14:04
    Obrigado.
  • 14:04 - 14:07
    (Aplausos)
Title:
Mentalismo, leitura da mente e a arte de olhar para dentro da nossa cabeça
Speaker:
Derren Brown
Description:

"A magia é uma excelente analogia para como alteramos a realidade sob a forma de uma história — e depois confundimos essa história com a realidade" diz o ilusionista psicólogo Derren Brown. Numa conversa interessante envolvida numa surpreendente exibição de leitura da mente, Brown explora o apelo sedutor de encontrar respostas simples para as questões complexas e subtis da vida.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:21

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