Mentalismo, leitura da mente e a arte de entrar na mente
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0:01 - 0:06Estamos todos presos
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0:06 - 0:08dentro de nossa própria mente,
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0:08 - 0:12e nossas crenças e entendimentos
sobre o mundo são limitados -
0:12 - 0:13por essa perspectiva,
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0:13 - 0:17o que significa que contamos
histórias para nós mesmos. -
0:18 - 0:21Certo? Então, aqui estamos
nessa fonte de dados infinita. -
0:21 - 0:24Há um número infinito de coisas
em que podemos pensar, -
0:24 - 0:27mas editamos e excluímos.
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0:27 - 0:30Escolhemos o que pensar,
a que prestar atenção. -
0:30 - 0:32Inventamos uma história...
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0:35 - 0:37para entender o que está havendo.
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0:38 - 0:40Todos nós erramos,
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0:40 - 0:43porque tentamos navegar
com nossa própria bússola distorcida, -
0:43 - 0:45e temos nossa própria bagagem,
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0:45 - 0:48mas as histórias em si
são totalmente convincentes. -
0:48 - 0:49Todos nós fazemos isso,
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0:49 - 0:52e muitas das histórias
que vivemos nem são nossas. -
0:52 - 0:55As primeiras que herdamos,
quando jovens, de nossos pais, -
0:55 - 0:57que têm suas próprias crenças distorcidas,
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0:57 - 1:00frustrações e vidas não vividas.
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1:01 - 1:04Para o bem ou para o mal,
carregamos tudo isso -
1:04 - 1:05e depois saímos para o mundo
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1:05 - 1:09pensando que talvez tenhamos que ser
bem-sucedidos para sermos amados; -
1:09 - 1:12ou sempre colocar as necessidades
dos outros em primeiro lugar; -
1:12 - 1:16ou que temos algum grande segredo terrível
que não poderíamos dizer às pessoas. -
1:16 - 1:18E é apenas ficção, são apenas histórias,
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1:18 - 1:21e nos preocupamos muito menos
com o que os outros pensam de nós, -
1:21 - 1:24se percebemos quanto
raramente eles pensam. -
1:24 - 1:26(Risos)
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1:26 - 1:30Acho que a magia é uma ótima analogia
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1:30 - 1:33para a maneira como editamos a realidade
e formamos uma história -
1:33 - 1:37e depois confundimos
essa história com a verdade. -
1:37 - 1:40Tenho uma carreira
de 20 anos no Reino Unido, -
1:40 - 1:45realizando grandes experimentos
psicológicos na TV, -
1:45 - 1:46que agora estão na Netflix.
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1:46 - 1:48Também tenho um show de teatro.
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1:48 - 1:52Meu primeiro show da Broadway
está chegando, chamado "Secret". -
1:52 - 1:54Só estou divulgando, sem pressão.
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1:54 - 1:55(Risos)
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1:55 - 1:56Deve acontecer este ano.
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1:57 - 2:02Tento fazer algo novo com o mentalismo,
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2:02 - 2:08que é a arte duvidosa
de entrar na mente dos outros. -
2:10 - 2:13Houve um auge para esse tipo
de estágio de leitura da mente, -
2:13 - 2:15que foi a década de 1930.
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2:15 - 2:16É por isso que estou vestido assim,
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2:17 - 2:19com este traje que não tem
nada a ver com o TED. -
2:20 - 2:24Houve um ato, conhecido como Oracle Act.
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2:24 - 2:26Nesse ato, as pessoas da plateia,
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2:26 - 2:27como sei que vocês fizeram,
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2:28 - 2:29anotavam perguntas secretas,
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2:29 - 2:32do tipo que vocês poderiam
fazer a um médium. -
2:32 - 2:35Elas lacravam essa pergunta
dentro de um envelope -
2:35 - 2:38e, do lado de fora dele,
escreviam as iniciais -
2:38 - 2:42e, em seguida, a localização
aproximada delas na plateia. -
2:43 - 2:47Então, o oráculo, o leitor de mentes,
pegava um envelope de cada vez, -
2:47 - 2:48não o abria,
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2:48 - 2:52mas tentava adivinhar a pergunta
que estava lacrada por dentro. -
2:52 - 2:55Se ele acertasse,
tentava responder a pergunta -
2:55 - 2:57para a pessoa também.
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2:57 - 2:59E o ato se espalhou como fogo.
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2:59 - 3:03É uma prova, penso eu, do apelo sedutor
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3:03 - 3:07de alguma figura poderosa que oferece
respostas fáceis e simples -
3:07 - 3:09para perguntas complexas e sutis da vida
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3:09 - 3:11e ansiedades.
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3:11 - 3:13Obrigado a todos que escreveram perguntas.
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3:13 - 3:15Não as vi; sei que alguém está guardando.
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3:15 - 3:17Muito obrigado.
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3:17 - 3:18Vou pegá-las agora.
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3:18 - 3:20Obrigado a todos que escreveram.
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3:20 - 3:26Eu deveria dizer, provavelmente,
algumas coisas antes de começar. -
3:26 - 3:27Com total honestidade,
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3:28 - 3:31primeiro, não consigo ver
através destes envelopes lacrados, -
3:31 - 3:32grossos e pretos.
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3:32 - 3:35Quem escreveu saberá
que não dá para ver através deles. -
3:35 - 3:38Outro esclarecimento importante
é que não conheço nenhum de vocês, -
3:38 - 3:40e ninguém está brincando.
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3:40 - 3:41Não se trata disso.
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3:43 - 3:44Terceiro...
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3:46 - 3:48Não acredito, nem por um segundo,
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3:48 - 3:50que eu tenha quaisquer dons
psicológicos especiais, -
3:50 - 3:53muito menos quaisquer dons psíquicos.
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3:54 - 3:55Então, vamos começar.
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4:01 - 4:02Não.
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4:02 - 4:04(Risos)
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4:08 - 4:10Está bem, este...
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4:10 - 4:11Ah, legal.
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4:11 - 4:13Este é interessante; há dois envelopes.
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4:13 - 4:15Vou começar talvez com este,
que é interessante, -
4:17 - 4:19por causa da ondulação da escrita.
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4:19 - 4:20Há algo para cima e para baixo,
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4:20 - 4:22que geralmente, nem sempre,
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4:22 - 4:25significa que a própria pessoa
não sabe a resposta para a pergunta. -
4:25 - 4:27Geralmente é uma questão sobre o futuro.
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4:27 - 4:29Esse tipo sugere incerteza.
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4:29 - 4:32Eu diria que é uma mulher.
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4:32 - 4:36É um pouco difícil dizer a idade
a partir desta caligrafia mínima, -
4:36 - 4:40mas eu esperaria que talvez na faixa
dos 30 ou 40 anos, vamos descobrir. -
4:40 - 4:42Diz... e uma pergunta sobre o futuro...
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4:42 - 4:45diz: "JN, centro".
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4:45 - 4:48Vai ser alguém nesta grande
seção central aqui. -
4:48 - 4:51Se acha que for você, se escreveu um,
poderia me dar um sinal? -
4:51 - 4:53Está um pouco difícil
para eu ver... no centro. -
4:53 - 4:54Olá, acene para nós.
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4:54 - 4:56Então, J...
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4:57 - 4:58Jane? Jessica?
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4:58 - 4:59Jessica: Sim.
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4:59 - 5:01Derren Brown: Qual deles?
Jessica: Jessica. -
5:01 - 5:04DB: Obrigado. Só um palpite.
Um sinal de aprovação, obrigado. -
5:04 - 5:06(Risos)
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5:06 - 5:07Vou aceitar.
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5:09 - 5:10Jessica, não vou perguntar sua idade,
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5:10 - 5:13mas é uma pergunta
basicamente sobre o futuro? -
5:13 - 5:14Jessica: Hum-hum.
DB: Sim? -
5:14 - 5:15Jessica: Sim.
DB: Está bem. -
5:15 - 5:21Então, o que Jessica perguntou
sobre o futuro? -
5:21 - 5:25Estou certo sobre mais de 30
e menos de 40? -
5:25 - 5:26Jessica: Vou aceitar.
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5:26 - 5:27DB: Tudo bem.
-
5:27 - 5:29(Risos)
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5:31 - 5:32DB: Isso é importante,
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5:32 - 5:35porque fazemos perguntas diferentes,
dependendo da idade. -
5:35 - 5:37Diga "Vou aceitar" de novo.
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5:37 - 5:38Jessica: Vou aceitar.
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5:39 - 5:42DB: Virginia? Você é da Virgínia?
Jessica: Sim, sou. -
5:42 - 5:44DB: Sim. Então...
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5:44 - 5:45(Risos)
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5:45 - 5:47Acho que ela é uma mulher...
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5:47 - 5:50Acho que é uma mulher que quer sair...
-
5:51 - 5:52da Virgínia.
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5:52 - 5:55Acho que você está analisando planos,
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5:55 - 5:57se as coisas vão ou não
dar certo para sair. -
5:57 - 5:59Mostre suas mãos.
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6:00 - 6:02Vire para que eu possa ver as unhas.
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6:04 - 6:07Acho que você tem uma fazenda
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6:07 - 6:10e quer saber se vai ou não
vendê-la e sair da Virgínia? -
6:10 - 6:11Está certo?
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6:12 - 6:13Jessica: Totalmente, essa é a pergunta.
-
6:13 - 6:15DB: Obrigado. É uma ótima pergunta!
-
6:15 - 6:16(Aplausos)
-
6:17 - 6:20Qual foi a pergunta real?
O que você colocou? -
6:20 - 6:22Jessica: "Vou vender
a fazenda na Virgínia?" -
6:22 - 6:23DB: Vai vender a fazenda?
-
6:24 - 6:27É uma ótima pergunta
se você está fingindo ser médium, -
6:27 - 6:28porque é sobre o futuro,
-
6:28 - 6:30o que significa que posso
lhe dizer sim ou não. -
6:30 - 6:33Não quer dizer nada.
Você não tem como verificar isso. -
6:34 - 6:36E algo perigoso a fazer...
-
6:36 - 6:38se eu disser sim ou não,
vai ficar no fundo de sua mente, -
6:38 - 6:40e pode começar a afetar suas decisões.
-
6:40 - 6:43Algo perigoso a fazer, mas...
-
6:43 - 6:46(Risos)
-
6:46 - 6:48Sim, acho que você vai vender a fazenda,
-
6:50 - 6:51porque acho que você é o tipo de pessoa
-
6:51 - 6:54que, do melhor modo,
vai conseguir o que quer. -
6:54 - 6:58Acho que, quando há coisas que quer,
você tende a se concentrar nelas -
6:58 - 7:02à custa de outras coisas nas quais sabe
que talvez devesse se concentrar mais, -
7:02 - 7:03concorda?
-
7:05 - 7:08Culta, você passou alguns anos em...
-
7:08 - 7:10Diga "sim" de novo e rápido.
Jessica: sim. -
7:10 - 7:12DB: "Não".
Jessica: Não. -
7:12 - 7:15DB: Califórnia? Berkeley?
Um pequeno palpite, mas... -
7:15 - 7:17Jessica: Fui para Berkeley, sim.
Pare de fazer isso! -
7:17 - 7:19DB: Escute... é um sim.
-
7:19 - 7:22Ah, e você também esteve
na Índia recentemente. -
7:22 - 7:25Há apenas uma coisinha minúscula
acontecendo lá. Sim? Não? -
7:25 - 7:27Jessica: Sim, acabei de voltar da Índia.
-
7:27 - 7:29DB: Só não quero dizer
como está escrito nas estrelas -
7:29 - 7:32porque não está, e você precisa
se responsabilizar por isso. -
7:32 - 7:34DB: Respondi sua pergunta?
Jessica: Sim. -
7:34 - 7:36DB: Sente-se. Obrigado. Vamos fazer outro.
-
7:36 - 7:38(Aplausos)
-
7:42 - 7:45AH, também no centro? AH.
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7:45 - 7:49Este é um homem, um pouco mais velho,
talvez no final dos 40 anos, eu diria. -
7:49 - 7:52AH, centro, levante-se para mim
se achar que for você. -
7:52 - 7:55AH, olá, vamos pegar um microfone.
-
7:55 - 7:57O mais rápido possível,
na câmera seria incrível. -
7:57 - 8:00Ah, olhe para isso! Parado.
Não se mexa. Não se mexa. -
8:00 - 8:01Fique absolutamente parado.
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8:01 - 8:03Você está de pé? Onde está você?
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8:03 - 8:05Homem: Estou de pé. Não sou tão baixo.
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8:05 - 8:06DB: Tudo bem.
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8:07 - 8:10Certo, agora você mudou isso.
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8:10 - 8:12Houve algo que você fez
quando se levantou. -
8:12 - 8:15Sim ou não, você colocou algo aqui...
-
8:15 - 8:18não está fazendo isso agora,
mas fez quando se levantou... -
8:18 - 8:22que tem a ver com a esquerda,
a perna ou o pé esquerdo, sim ou não? -
8:22 - 8:24Homem: Sim.
DB: Sim, certo. -
8:24 - 8:27Ele nos deu um sinal claro ao se levantar.
-
8:27 - 8:29Coloque seu peso em seu lado
esquerdo e diga "sim". -
8:29 - 8:30Homem: Sim.
-
8:30 - 8:33DB: Tire a mão do bolso,
coloque seu peso no outro lado, -
8:33 - 8:35troque o microfone de mão
e diga "sim" de novo. -
8:35 - 8:36Homem: Sim.
-
8:37 - 8:39DB: Você tem...
-
8:41 - 8:43você tem um deslocamento
-
8:44 - 8:46no dedão esquerdo?
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8:46 - 8:47Homem: Sim.
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8:47 - 8:50DB: Muito obrigado. Ótimo. Sente-se.
-
8:51 - 8:54Podem me arranjar um microfone?
Vou mudar de microfone para isso. -
8:54 - 8:55Podem trazer um? Obrigado.
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8:57 - 8:59Muito obrigado. Ficaria ótimo ali.
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8:59 - 9:01Vou mudar o microfone porque...
-
9:02 - 9:04Espero que ainda consigam me ouvir.
-
9:05 - 9:07Vou vendar meus olhos.
-
9:10 - 9:15Estou fazendo isso agora... para não ter
pistas enquanto alguém se levanta. -
9:15 - 9:18Não consigo ver suas mãos,
nem sua reação ao que estou dizendo, -
9:18 - 9:20nem o que as pessoas
próximas estão fazendo. -
9:20 - 9:23Se elas sabem as respostas à pergunta,
isso é sempre muito útil. -
9:24 - 9:27Não terei essas vantagens,
mas, estranhamente... -
9:30 - 9:32isso me liberta,
-
9:32 - 9:34e quero que isso também os libertem.
-
9:34 - 9:38Se vocês não escreveram uma pergunta,
mas gostariam de ter escrito, -
9:39 - 9:40ainda podem participar.
-
9:40 - 9:41Escrever a pergunta
-
9:41 - 9:46permite uma redação agradável,
clara e sucinta em sua mente. -
9:46 - 9:49Se conseguirem encontrar
uma pergunta em sua mente, -
9:49 - 9:51deixá-la clara e sucinta,
enviem-na para mim. -
9:51 - 9:53Tentarei fazer isso agora,
sem nada anotado. -
9:53 - 9:56Comecem a fazer perguntas,
mas me enviem seu nome também. -
9:56 - 9:57Isso é importante.
-
9:57 - 9:59"Meu nome é", seja quem fosse
aquele último cara, -
9:59 - 10:03e "o que há de estranho com meus pés",
ou qualquer que fosse a pergunta. -
10:03 - 10:05Então, nome e pergunta.
-
10:05 - 10:07Já tem alguém, acho que você
está bem na frente, -
10:07 - 10:10porque seu nome está bem...
-
10:11 - 10:12claro.
-
10:12 - 10:14Parece que está no centro, na frente.
-
10:14 - 10:16Deixem-me só... Allan?
-
10:16 - 10:21Parece que há um Allan perto da frente,
vagamente no centro, acho. -
10:21 - 10:22Parece que está vindo de lá.
-
10:22 - 10:25É um homem, talvez no começo
dos 60 anos, algo assim. -
10:25 - 10:26Allan: Sim.
-
10:26 - 10:28DB: Tem um microfone?
Ótimo, obrigado. -
10:28 - 10:33Allan, diga "pare" quando eu chegar
até você para que eu saiba onde você está, -
10:33 - 10:34para onde olhar.
-
10:35 - 10:36Allan: Pare.
-
10:37 - 10:38DB: Você é capricorniano?
-
10:39 - 10:40Allan: Sim.
-
10:41 - 10:45DB: Allan tem algo na mente.
-
10:46 - 10:48Vocês ouviram o tom reservado dele?
-
10:48 - 10:49Vai ser algo muito complicado.
-
10:49 - 10:52Penso com você...
Diga "sim" de novo para mim. -
10:52 - 10:53Allan: Sim.
-
10:56 - 10:57DB: Ou vai ser...
-
10:58 - 11:00não, não é, é...
-
11:01 - 11:03um acesso, uma senha ou um acesso a algo.
-
11:03 - 11:07Você tem algo, apenas sim ou não,
como uma senha em sua mente? -
11:07 - 11:08Allan: Sim.
-
11:08 - 11:10DB: Uma senha de computador, algo assim?
-
11:10 - 11:11Allan: Sim.
-
11:11 - 11:12DB: Excelente!
-
11:13 - 11:14(Risos)
-
11:14 - 11:17Neste caso, vou terminar
com este. Deixem-me... -
11:17 - 11:19Se eu acertar isso,
-
11:19 - 11:22todos eles vão saber qual é,
e milhões de pessoas provavelmente. -
11:22 - 11:24Você vai trocá-la, não vai?
-
11:24 - 11:25Allan: Claro.
-
11:25 - 11:27(Risos)
-
11:29 - 11:31DB: Diga "claro" de novo.
Allan: Claro. -
11:31 - 11:35DB: Certo. Se for uma palavra...
imagino que seja uma... -
11:35 - 11:39veja a senha escrita em sua frente,
em letras maiúsculas grandes e claras, -
11:39 - 11:43e, ao olhar para ela, pense numa letra,
em algum lugar no meio. -
11:43 - 11:44Não diga em voz alta.
-
11:44 - 11:47Pegue uma letra em sua mente,
que esteja no meio. -
11:47 - 11:48Pegou uma?
Allan: Sim. -
11:48 - 11:49DB: Guarde-a para mim.
-
11:51 - 11:53Ah, você a mudou, tudo bem.
-
11:53 - 11:55Você mudou de ideia.
-
11:55 - 11:56Acho que você escolheu...
-
11:57 - 11:58Acho que é um "B", sim?
-
11:59 - 12:00Allan: Não.
-
12:02 - 12:03Não escolhi.
-
12:03 - 12:04DB: Então, é um "I"?
Allan: Correto. -
12:04 - 12:06DB: Mas você tinha um B.
Allan: Sim. -
12:06 - 12:08DB: Sim, ele mudou de ideia,
mudou de ideia. -
12:08 - 12:10(Risos)
-
12:10 - 12:13Eu a vejo escrito lá.
-
12:13 - 12:16Continue dizendo a senha
para si mesmo em sua cabeça. -
12:16 - 12:17Ah, você toca bateria, não é?
-
12:18 - 12:19Allan: Toco.
-
12:19 - 12:22DB: Tire isso da cabeça, tire da cabeça.
-
12:22 - 12:24Concentre-se na senha.
-
12:24 - 12:25(Risos)
-
12:26 - 12:28Minha tarefa é vender uma história.
-
12:28 - 12:31Tento fazer isso com todos
para que prestem atenção -
12:31 - 12:34em uma coisa que quero
que achem importante, -
12:34 - 12:36ignorem outras coisas
que quero que ignorem -
12:36 - 12:38e depois juntem esses pontos da narrativa
-
12:38 - 12:40para contar a si mesmos
uma história sobre meu ato. -
12:41 - 12:44Isso só funciona porque somos
criadores de histórias, -
12:44 - 12:45que fazemos isso todos os dias.
-
12:45 - 12:48Entramos neste mundo complexo e sutil,
-
12:48 - 12:51cheio de pessoas complexas e sutis,
como você e eu, Allan, -
12:51 - 12:54e as reduzimos a esses personagens legais
-
12:55 - 12:58que se adaptam a qualquer história
que contamos, e dizemos: -
12:58 - 13:01"Ela é insegura", "Ele é arrogante",
"Não dá para confiar neles". -
13:01 - 13:03São apenas histórias,
-
13:03 - 13:07como a história de que consigo,
de alguma forma, ler sua mente. -
13:08 - 13:11Você está pensando em vender sua empresa
também no momento, não está? -
13:11 - 13:12Allan: Correto.
-
13:12 - 13:15DB: Tem algo a ver com pele?
-
13:15 - 13:16Allan: Sim.
-
13:16 - 13:18DB: Cuidados com a pele ou algo assim.
-
13:18 - 13:19Allan: Sim.
-
13:19 - 13:20DB: Acho que adoro fazer isso
-
13:20 - 13:24porque me lembra, pelo menos,
de tentar estar mais vivo e alerta -
13:24 - 13:26para a complexidade
e a sutileza do que é real, -
13:26 - 13:28que há sempre outras coisas acontecendo
-
13:28 - 13:32sobre as quais não sabemos,
com as quais podemos ficar menos presos. -
13:32 - 13:33Podemos ser gentis com as pessoas
-
13:33 - 13:36porque podemos reconhecer o medo
por trás do estresse delas. -
13:36 - 13:38Não precisamos enfrentá-lo
de modo defensivo, -
13:38 - 13:41e podemos começar a ver
para que servem as histórias -
13:41 - 13:45e reconhecer que a vida
não se trata toda sobre nós. -
13:45 - 13:46Ah!
-
13:48 - 13:49(Risos)
-
13:51 - 13:53Sua senha, onde está você? Onde está ele?
-
13:53 - 13:54Allan: Bem aqui.
-
13:54 - 13:57DB: Levante-se. Sua senha é "ariboy".
-
13:57 - 14:01A-r-i-b-o-y? Está certo?
Allan: Está correto. -
14:01 - 14:03DB: Então, muito obrigado.
Muito obrigado mesmo. -
14:03 - 14:04Obrigado.
-
14:04 - 14:06(Aplausos)
- Title:
- Mentalismo, leitura da mente e a arte de entrar na mente
- Speaker:
- Derren Brown
- Description:
-
"A magia é uma ótima analogia para a maneira como editamos a realidade e formamos uma história, e depois confundimos essa história com a verdade", diz o ilusionista psicológico Derren Brown. Em uma palestra inteligente em torno de uma apresentação fascinante de leitura da mente, Brown explora o apelo sedutor de encontrar respostas simples para perguntas complexas e sutis da vida.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:21