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O que a comercialização está a fazer à canábis

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    Se vocês são como eu,
  • 0:04 - 0:07
    têm tido cada vez mais dificuldade
    em olhar à vossa volta
  • 0:07 - 0:09
    sem verem expressões
    como "produzido ao ar livre"
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    "da quinta para a mesa",
  • 0:11 - 0:13
    "produzido organicamente",
  • 0:13 - 0:15
    principalmente aqui no Colorado.
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    À medida que fomos
    ficando mais conscientes
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    da forma como nos alimentamos
  • 0:19 - 0:24
    estas expressões passaram a fazer parte
    do nosso vocabulário quotidiano.
  • 0:25 - 0:27
    Quando começámos a prestar mais atenção
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    à forma como a comida interagia
    com o nosso corpo e com a Terra
  • 0:32 - 0:34
    a indústria alimentar teve de dar ouvidos
  • 0:34 - 0:37
    e os resultados tiveram grande impacto.
  • 0:39 - 0:43
    Os que aqui são de estados
    como Washington e Oregon
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    e, claro, os que são, tal como eu,
    do Colorado...
  • 0:45 - 0:47
    (Aplausos)
  • 0:47 - 0:49
    vocês sabem do que falo.
  • 0:50 - 0:53
    Porque isto não é...
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    Palavras como "natural"
    e "produzido localmente"
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    não estão a ser usadas
    apenas na nossa dieta.
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    Há toda uma nova indústria
    que agora usa esta linguagem
  • 1:05 - 1:06
    Vocês sabem.
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    É a canábis, uma indústria que faturou
  • 1:10 - 1:14
    cerca de seis mil milhões
    de dólares, em 2016.
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    Mas, se eu vos dissesse que parte
    daquilo que acham que sabem
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    sobre a legalização da marijuana
    pode estar errada?
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    Ouçam, eu compreendo.
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    Falar de problemas
    relacionados com a canábis legal
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    é uma forma fácil de ser posto de lado.
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    Eu sei isso melhor que ninguém,
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    mas eu vou fazê-lo na mesma.
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    Primeiro, antes de começar,
    quero deixar muito claro uma coisa.
  • 1:41 - 1:45
    A minha luta não é contra o uso
    ocasional de marijuana por adultos.
  • 1:45 - 1:47
    Isso não me interessa.
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    O que me interessa profundamente
    é que esta nova indústria
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    tenta convencer-nos
    que consumimos uma coisa natural
  • 1:53 - 1:55
    enquanto ajudamos doentes sociais,
  • 1:56 - 1:58
    quando não é isso que acontece.
  • 1:58 - 2:00
    Comecemos então
    com uma Introdução à Canábis.
  • 2:00 - 2:04
    A canábis é uma planta que cresce
    na Natureza e tem sido usada em têxteis
  • 2:04 - 2:07
    e na medicina tradicional chinesa
    há milhares de anos.
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    Em Génesis 1:12, lemos:
  • 2:11 - 2:14
    "Eu dei-vos todas as plantas e ervas
    com sementes, para que as useis".
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    É o microfone — pareço
    um pregador da televisão.
  • 2:18 - 2:20
    (Risos)
  • 2:21 - 2:24
    A canábis é feita de centenas
    de químicos diferentes,
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    mas há dois desses químicos
    que são de longe os mais interessantes.
  • 2:28 - 2:31
    São o CBD — o canabidiol — e o THC.
  • 2:31 - 2:35
    O CBD é o que possui quase
    todas as propriedades medicinais.
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    É uma parte da planta
    extremamente fascinante,
  • 2:38 - 2:41
    com o verdadeiro potencial
    de ajudar as pessoas.
  • 2:41 - 2:45
    Também não tem nada de inebriante.
  • 2:46 - 2:48
    Podemos tomar banho neste produto,
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    aspirar CBD puro
    e beber um batido de CBD
  • 2:51 - 2:53
    e não ficamos pedrados.
  • 2:54 - 2:55
    (Risos)
  • 2:56 - 2:57
    Eu experimentei.
  • 2:57 - 2:59
    (Risos)
  • 2:59 - 3:00
    Não, não experimentei.
  • 3:01 - 3:02
    Isso custa muito dinheiro.
  • 3:02 - 3:03
    (Risos)
  • 3:05 - 3:09
    Apesar de o CBD nesta planta
    ser tão interessante e notável,
  • 3:09 - 3:12
    ela constitui apenas uma porção
    diminuta do mercado comercial.
  • 3:12 - 3:15
    O dinheiro que está a ser feito
    no outro químico,
  • 3:15 - 3:17
    o THC — o tetra-hidrocanabinol.
  • 3:17 - 3:20
    O THC é a parte natural da planta
    que nos faz ficar pedrados.
  • 3:20 - 3:21
    Antes dos anos 70,
  • 3:21 - 3:25
    a canábis continha menos de 0,5% de THC.
  • 3:25 - 3:27
    É o que acontece, naturalmente.
  • 3:27 - 3:31
    Nos últimos 40 anos, à medida
    que nos tornámos melhores jardineiros...
  • 3:31 - 3:32
    (Risos)
  • 3:32 - 3:37
    essa percentagem de THC começou
    a aumentar, lenta mas regularmente,
  • 3:38 - 3:41
    até recentemente, quando
    se envolveram os químicos.
  • 3:42 - 3:47
    Estes sujeitos começaram
    a fazer o cultivo
  • 3:47 - 3:49
    exclusivamente à porta fechada
  • 3:49 - 3:53
    e produzem ciclos de crescimento
    extremamente curtos e antinaturais.
  • 3:53 - 3:56
    Também começaram a usar
    pesticidas e fertilizantes
  • 3:56 - 3:59
    de formas que nos deviam preocupar.
  • 3:59 - 4:01
    Estive há pouco tempo
    a falar com um amigo meu
  • 4:01 - 4:04
    que tinha abandonado um emprego
    numa empresa de cultivo comercial
  • 4:04 - 4:06
    porque estava muito preocupado
    com os químicos
  • 4:06 - 4:08
    a que era obrigado a expor-se.
  • 4:08 - 4:10
    Alguns dos seus colegas
    até eram encorajados
  • 4:10 - 4:12
    a usar fatos de proteção
  • 4:12 - 4:15
    quando andavam a aspergir
    as plantas com misturas químicas.
  • 4:17 - 4:19
    Com este tipo de manipulação,
  • 4:19 - 4:23
    os produtos que estão a ser vendidos hoje,
    podem conter mais de 30% de THC.
  • 4:24 - 4:26
    E os nossos concentrados
  • 4:26 - 4:31
    podem conter mais de 95% de THC,
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    uma distância gritante da planta natural.
  • 4:35 - 4:39
    Oiçam, esta não é a erva do nosso avô.
  • 4:39 - 4:41
    (Risos)
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    Não é a erva do nosso pai.
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    Nem sequer é a minha erva.
  • 4:46 - 4:48
    (Risos)
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    Se alguma vez já puseram o pé
    num dos milhares de dispensários
  • 4:52 - 4:54
    que proliferaram nos últimos anos,
  • 4:54 - 4:57
    sabem que o que se vende é THC.
  • 4:58 - 5:02
    A canábis que compramos comercialmente
    indica exatamente quanto THC contém
  • 5:02 - 5:05
    tal como acontece com outros produtos
    muito mais populares,
  • 5:05 - 5:10
    como cigarros eletrónicos, café, gelados,
  • 5:10 - 5:13
    condimentos, granola,
    pastilha elástica, doces,
  • 5:13 - 5:15
    produtos cozinhados,
  • 5:15 - 5:17
    supositórios
  • 5:17 - 5:18
    (Risos)
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    e, claro, lubrificantes.
  • 5:20 - 5:22
    Quase tudo — é verdade —
  • 5:22 - 5:24
    (Risos)
  • 5:25 - 5:29
    quase tudo que possam imaginar
    que se introduz no corpo humano.
  • 5:30 - 5:33
    A grande maioria da canábis
    que se vende hoje,
  • 5:34 - 5:36
    não é canábis, na verdade.
  • 5:36 - 5:39
    É THC numa forma pura
  • 5:39 - 5:43
    ou numa concentração
    extremamente alta e antinatural.
  • 5:43 - 5:47
    Dizer que legalizámos a canábis
    é uma mistificação subtil.
  • 5:47 - 5:50
    Estamos a comercializar THC.
  • 5:50 - 5:53
    E isto aconteceu muito rapidamente.
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    A razão por que o mercado comercial
    explodiu tão rapidamente
  • 5:57 - 6:00
    é porque há muito dinheiro em jogo
  • 6:00 - 6:04
    para satisfazer e aumentar
    o nosso desejo de ficar pedrado.
  • 6:04 - 6:08
    Esse dinheiro já não está a ser feito
    pelas indústrias caseiras.
  • 6:09 - 6:11
    Os grupos e empresas industriais,
  • 6:11 - 6:13
    — grupos como o Drug Policy Alliance,
  • 6:13 - 6:15
    o Marijuana Policy Project.
  • 6:15 - 6:16
    o investimento Arcview ,
  • 6:16 - 6:18
    a Cannabis Industry Association —
  • 6:18 - 6:22
    perseguiram e ajudaram a perseguir
    muitos dos pequenos produtores.
  • 6:23 - 6:29
    Estes figurões sabem que a melhor forma
    de continuar a lucrar connosco
  • 6:29 - 6:32
    é copiar a regra de 80/20
    da indústria do álcool.
  • 6:32 - 6:36
    É simples, é quando 80% do produto
    é consumido por 20% dos consumidores,
  • 6:36 - 6:39
    os utilizadores problemáticos.
  • 6:40 - 6:44
    Os propagandistas da canábis,
    brancos e ricos
  • 6:44 - 6:48
    — a sério, são quase todos
    homens brancos e ricos —
  • 6:50 - 6:53
    sabem que vamos consumir
    mais do que estão a vender,
  • 6:53 - 6:54
    se aumentarem a potência.
  • 6:55 - 6:58
    Também sabem que somos
    duplamente propensos
  • 6:58 - 7:00
    a consumir o THC, com regularidade,
  • 7:00 - 7:03
    se ganharmos menos de 20 000 por ano,
  • 7:03 - 7:06
    em comparação com os que ganham
    mais de 50 000 dólares por ano.
  • 7:07 - 7:09
    Por outras palavras,
    quanto mais pobres somos,
  • 7:09 - 7:13
    mais propensos somos a gastar
    dinheiro nos produtos deles.
  • 7:15 - 7:20
    Neste país, as receitas e a etnia
    estão fortemente relacionadas.
  • 7:21 - 7:25
    Uma das razões que ouvimos citar
    a favor da legalização da marijuana
  • 7:25 - 7:28
    é que ajudará a reduzir as taxas
    desproporcionadas de detenções
  • 7:28 - 7:30
    de minorias,
  • 7:30 - 7:34
    uma coisa com que toda a gente
    nesta sala se devia preocupar, e muito.
  • 7:35 - 7:38
    Infelizmente, não precisamos
    de procurar mais longe
  • 7:38 - 7:41
    as taxas de detenções de jovens
    do que aqui, no Colorado,
  • 7:41 - 7:43
    para contrariar esse argumento.
  • 7:43 - 7:46
    Segundo o Departamento
    de Segurança Pública do Colorado,
  • 7:46 - 7:49
    desde que abriu a venda a retalho em 2014
  • 7:50 - 7:54
    — que, na maioria, se situa
    em bairros pobres, de minorias —
  • 7:55 - 7:58
    assistimos a uma redução de 8%
    na prisão de jovens brancos
  • 7:58 - 8:01
    devida a atividades
    relacionadas com a canábis.
  • 8:02 - 8:04
    Ainda bem para eles.
  • 8:05 - 8:06
    Durante o mesmo período,
  • 8:06 - 8:10
    houve um aumento de 20%
    na prisão de jovens hispânicos
  • 8:10 - 8:12
    devido a atividades
    relacionadas com a canábis
  • 8:12 - 8:15
    e um aumento de 58% na prisão
    de jovens negros
  • 8:15 - 8:18
    devido a atividades
    relacionadas com a canábis.
  • 8:18 - 8:19
    Ouviram bem?
  • 8:19 - 8:23
    Estamos a prender mais jovens de cor
    no Colorado
  • 8:23 - 8:25
    do que antes da comercialização.
  • 8:26 - 8:29
    Mas isso não aparece nas notícias.
  • 8:31 - 8:33
    No Departamento de Segurança do Colorado
  • 8:33 - 8:35
    a marijuana legal está sob escrutínio.
  • 8:36 - 8:40
    Outro grande problema que temos
    é na taxa de abandono escolar.
  • 8:40 - 8:43
    As escolas que são
    predominantemente brancas
  • 8:43 - 8:47
    — ou seja, que têm uma população
    de minorias de 25% ou menos —
  • 8:47 - 8:51
    no primeiro ano de registo de dados
    a seguir à comercialização,
  • 8:51 - 8:55
    essas escolas tiveram um total
    de 190 abandonos
  • 8:55 - 8:57
    relacionados com drogas
  • 8:57 - 8:59
    quase todas por THC.
  • 9:01 - 9:02
    Ao mesmo tempo,
  • 9:02 - 9:06
    as escolas com uma população
    de minorias de 75 a 100%
  • 9:07 - 9:11
    tiveram 801 abandonos
    relacionados com drogas
  • 9:12 - 9:14
    quase todas por THC.
  • 9:15 - 9:18
    Quando analisamos
    as populações de minorias
  • 9:18 - 9:21
    uma coisa que, infelizmente,
    fica de fora da conversa, quase sempre,
  • 9:21 - 9:23
    é a comunidade LGBTQ.
  • 9:24 - 9:29
    Os membros desta comunidade
    são duplamente propensos a consumir THC
  • 9:29 - 9:33
    em comparação com os que se identificam
    como heterossexuais ou cisgénero.
  • 9:34 - 9:38
    Infelizmente, também têm
    taxas mais altas de doenças mentais
  • 9:38 - 9:40
    e de suicídio.
  • 9:41 - 9:44
    Segundo um estudo publicado
    em 2014, chamado "Going to Pot",
  • 9:44 - 9:48
    vemos que os altos níveis, não naturais,
    de THC, que encontramos hoje nos produtos
  • 9:48 - 9:51
    são os responsáveis por estes problemas
  • 9:52 - 9:53
    e agravam-nos.
  • 9:54 - 9:58
    Infelizmente, isso parece preocupar pouco
  • 9:58 - 10:00
    as pessoas que estão a vender
    esses produtos
  • 10:00 - 10:01
    porque, como vimos,
  • 10:01 - 10:04
    isto é uma boa base de consumidores.
  • 10:06 - 10:07
    Eu compreendo.
  • 10:07 - 10:11
    Em muitos círculos, a marijuana legalizada
    é uma vaca sagrada, para pôr em causa.
  • 10:12 - 10:15
    Mas é preciso iniciar esta conversa
  • 10:15 - 10:18
    porque o que está a ser vendido
    agora não é natural
  • 10:20 - 10:26
    e a indústria está a usar a justiça social
    como uma cortina de fumo, para enriquecer.
  • 10:29 - 10:33
    Foi o meu percurso para a sobriedade
    que me levou a começar a pôr em causa
  • 10:33 - 10:34
    muito do estava a ver.
  • 10:34 - 10:37
    É uma das coisas que nos ensinam a fazer.
  • 10:38 - 10:42
    Quando saí de Boulder
    para a área de Washington, DC,
  • 10:42 - 10:43
    aos 12 anos,
  • 10:43 - 10:46
    fui parar a um mundo
    onde o tipo de sapatos que usávamos
  • 10:46 - 10:49
    era mais importante do que tudo o resto.
  • 10:50 - 10:53
    A minha família era demasiado pobre
    para me ajudar a entrar nesse jogo.
  • 10:54 - 10:57
    Portanto, eu enfrentava uma
    real crise de identidade.
  • 10:58 - 11:01
    Naquele novo cenário, onde há
    mais cimento do que árvores,
  • 11:01 - 11:03
    eu não sabia quem era.
  • 11:03 - 11:06
    Assim, fumei canábis pela primeira vez,
    quando tinha 13 anos.
  • 11:06 - 11:08
    E adorei.
  • 11:10 - 11:13
    Instantaneamente,
    encontrei um grupo social
  • 11:13 - 11:16
    e queria mesmo ficar pedrado.
  • 11:16 - 11:19
    Por fim, encontrara uma forma
    de acalmar as minhas dúvidas.
  • 11:21 - 11:24
    Cedo me virei para outras drogas
    e para o álcool
  • 11:24 - 11:28
    e qualquer coisa acordou no meu cérebro.
  • 11:28 - 11:31
    Passei a ser um consumidor diário
    ao fim de poucos meses.
  • 11:31 - 11:34
    O meu vício é semelhante
    a muitas das histórias
  • 11:34 - 11:36
    que, de certeza, já têm ouvido.
  • 11:36 - 11:37
    Começou por divertimento,
  • 11:37 - 11:39
    tornou-se assustador
  • 11:39 - 11:41
    e depois passou a ser uma necessidade.
  • 11:42 - 11:43
    Foi assim.
  • 11:44 - 11:48
    A última vez que me droguei
    foi a 15 de junho de 1996.
  • 11:49 - 11:52
    (Aplausos)
  • 11:58 - 11:59
    Obrigado.
  • 12:01 - 12:06
    Passei os últimos 21 anos
    a tentar pôr a minha vida em ordem
  • 12:06 - 12:10
    e a tentar encontrar
    um pouco de paz neste mundo.
  • 12:11 - 12:13
    Uma das formas por que tenho feito isso
  • 12:13 - 12:16
    é trabalhar na reabilitação
    de drogados e alcoólicos
  • 12:16 - 12:17
    nos últimos 10 anos,
  • 12:17 - 12:19
    com grupos como o Phoenix Multisport,
  • 12:19 - 12:21
    o Hospital da Universidade de Colorado
  • 12:21 - 12:24
    e a NALGAP — a Associação Nacional
  • 12:24 - 12:29
    para Tratamento de Lésbicas, Gays,
    Transexuais e Bissexuais e seus Aliados.
  • 12:31 - 12:34
    Mesmo depois de todo
    o meu trabalho na linha da frente
  • 12:34 - 12:36
    e enquanto antigo consumidor,
  • 12:37 - 12:40
    eu fiquei chocado e furioso
    quando comecei a ver
  • 12:40 - 12:43
    o que a comercialização
    estava a fazer à canábis,
  • 12:43 - 12:46
    porque a nossa esperança
    de uma coisa pura e natural
  • 12:46 - 12:50
    está a tornar difícil
    vermos o que se passa
  • 12:50 - 12:52
    e que são os ricos
    que estão a ficar mais ricos
  • 12:52 - 12:54
    à custa dos pobres
  • 12:54 - 12:56
    e a mentir na nossa cara
    durante este tempo todo.
  • 12:58 - 13:00
    (Aplausos)
  • 13:01 - 13:02
    Obrigado.
  • 13:03 - 13:08
    Meus amigos, mais uma vez
    receio que estejamos a permitir
  • 13:08 - 13:12
    que a indústria tire partido
    dos mais vulneráveis
  • 13:13 - 13:14
    para arrecadar um lucro
  • 13:14 - 13:19
    tal como vimos com o tabaco
    e com a comida nos anos passados.
  • 13:20 - 13:21
    Quando dissemos à indústria alimentar
  • 13:21 - 13:25
    que percebíamos o impacto
    que as nossas escolhas tinham
  • 13:25 - 13:28
    e exigíamos melhor
    para nós e para as nossas famílias
  • 13:29 - 13:31
    essa indústria entrou na linha.
  • 13:32 - 13:35
    Portanto, há alguma razão por que
    não possamos exigir o mesmo nisto
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    às futuras indústrias que estão
    a tentar apropriar-se
  • 13:38 - 13:39
    duma parte do nosso salário?
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    E se obrigássemos estes tipos
    a responder a certas perguntas difíceis?
  • 13:44 - 13:48
    E se os obrigássemos a um padrão
    mais elevado do que têm neste momento?
  • 13:48 - 13:51
    Porque, tal como as coisas estão,
  • 13:51 - 13:53
    para muitos da nossa comunidade,
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    a erva não está mais verde
    deste lado da comercialização.
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    É só comércio.
  • 14:00 - 14:01
    Obrigado.
  • 14:02 - 14:05
    (Aplausos)
  • 14:08 - 14:11
    Jeremy Duhon: Eu sei
    que isto é um tópico muito sensível
  • 14:11 - 14:13
    mas também é muito importante
  • 14:13 - 14:16
    por isso, obrigado por teres trazido
    e nos ajudares a explorá-lo.
  • 14:16 - 14:19
    Muita gente tem experimentado
    benefícios para a saúde
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    com a marijuana e a canábis.
  • 14:21 - 14:23
    O que dirias a essa parte
    da comunidade?
  • 14:24 - 14:26
    Ben Cort; Ainda bem que falas nisso.
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    Penso que uma das coisas mais importantes
    que podemos fazer, neste momento
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    é separar a parte medicinal,
  • 14:31 - 14:33
    em especial, o que está a acontecer
  • 14:33 - 14:36
    e alguns dos progressos
    que têm sido feitos
  • 14:36 - 14:37
    usando partes desta planta
  • 14:37 - 14:40
    e até alguns medicamentos
    com a planta toda,
  • 14:40 - 14:42
    do mercado comercial do THC.
  • 14:42 - 14:44
    Penso que isso é fundamental.
  • 14:44 - 14:46
    Temos de deixar de os misturar
    e temos de dizer:
  • 14:46 - 14:50
    "Ok, há a parte de ficar pedrado
    e há a parte da medicina".
  • 14:51 - 14:54
    (Aplausos)
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    JD: Então, parece que a tua palestra
    não é contra a canábis
  • 15:01 - 15:03
    mas, sobretudo,
    para despertar a consciência
  • 15:03 - 15:05
    sobre aspetos da comercialização.
  • 15:05 - 15:07
    É uma forma justa de colocar a questão?
  • 15:07 - 15:10
    BC: Claro. Eu não sou contra a erva.
  • 15:11 - 15:12
    (Risos)
  • 15:12 - 15:15
    Eu só um tipo a favor da lógica.
  • 15:15 - 15:19
    Eu não atiro pedras
    — eu sou dependente de drogas —
  • 15:19 - 15:21
    nunca faria isso,
    nem quero fazer uma coisa dessas.
  • 15:21 - 15:24
    O que me preocupa
    e o que é tão difícil para mim
  • 15:24 - 15:27
    é ver a forma como estamos a embarcar
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    sem fazer as perguntas difíceis,
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    se isto é mais uma indústria
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    já devíamos estar a pressioná-los.
  • 15:34 - 15:36
    Não, não sou um tipo anti ervas,
  • 15:36 - 15:38
    sou um tipo a favor da lógica.
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    Pensem!
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    Nem sequer me preocupo
    se vocês estiverem a fumar,
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    desde que sejam adultos.
  • 15:44 - 15:45
    Se são adultos, pensem!
  • 15:46 - 15:50
    (Aplausos)
Title:
O que a comercialização está a fazer à canábis
Speaker:
Ben Cort
Description:

Em 2012, o estado do Colorado legalizou a canábis e ajudou uma indústria que rapidamente se tornou multimilionária em tudo o que se relaciona com a canábis: dos vaporizadores aos bolinhos de cacau e não só. Mas dizer que legalizámos a marijuana é uma mistificação subtil — o que fazemos realmente é comercializar o THC, diz o educador Ben Cort, e isso levou a produtos que são artificialmente poderosos.
Numa palestra elucidativa, Cort analisa os impactos invisíveis da indústria da canábis — e chama a nossa atenção para questionarmos aqueles que enriquecem à custa deste negócio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
16:04

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