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Como os seres humanos evoluirão para sobreviver no espaço | Lisa Nip | TEDxBeaconStreet

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    Há poucos locais
    — e estão longe da Terra —
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    que sejam hospitaleiros
    para os seres humanos,
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    seja sob que aspeto for,
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    mas nós sobrevivemos.
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    Quando alguma coisa ameaçava
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    o lar e a subsistência
    dos nossos antepassados primitivos,
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    eles aventuravam-se
    em territórios desconhecidos,
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    à procura de melhores oportunidades.
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    Enquanto descendentes desses exploradores,
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    temos sangue nómada
    a correr nas nossas veias.
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    Mas, ao mesmo tempo,
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    entretidos com o nosso "pão e circo",
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    e envolvidos nas guerras
    que travámos uns contra os outros,
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    parece que nos esquecemos
    deste desejo de explorar.
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    Nós, enquanto espécie,
    evoluímos de forma única
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    para a Terra, na Terra e pela Terra.
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    Estamos tão satisfeitos
    com a nossa forma de viver
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    que nos tornámos complacentes
    e demasiado atarefados
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    para reparar que os recursos são finitos
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    e que a vida do Sol também é finita.
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    Enquanto Marte e todos os filmes
    feitos em seu nome
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    reanimaram o interesse
    pelas viagens espaciais,
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    parece que poucos de nós reconhecem
    que a constituição frágil da nossa espécie
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    não está minimamente preparada
    para viagens de longa duração no espaço.
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    Basta uma caminhada
    pela floresta nacional local,
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    para constatarmos isso rapidamente.
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    Levante a mão quem acha
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    que seria capaz de sobreviver
    neste ambiente exuberante
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    durante uns dias?
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    Há muita gente.
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    E durante umas semanas?
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    É uma quantidade decente.
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    E durante uns meses?
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    Também não está nada mal.
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    Agora, imaginemos
    que esta floresta nacional local
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    está sempre num inverno eterno.
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    A mesma pergunta: quem aqui acha
    que sobreviveria durante uns dias?
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    São muitos.
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    E durante umas semanas?
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    Continuam a ser mais
    do que eu seria capaz.
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    Só por curiosidade,
    imaginem que a única água disponível
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    está encerrada em blocos de gelo
    a quilómetros abaixo da superfície.
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    Os nutrientes do solo são tão escassos
    que não encontramos vegetação.
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    E, claro, quase não existe atmosfera.
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    Estes exemplos são apenas alguns
    dos muitos problemas que enfrentaremos
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    num planeta como Marte.
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    Então, como nos preparamos para viagens
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    cujos destinos estão tão longe
    dumas férias tropicais?
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    Vamos estar sempre a enviar
    mantimentos do planeta Terra?
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    Construir elevadores espaciais
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    ou quilómetros de impossíveis
    tapetes rolantes
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    que liguem o planeta de eleição
    ao nosso planeta?
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    Como cultivamos alimentos que,
    tal como nós, crescem na Terra?
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    Mas já estou a pôr o carro
    à frente dos bois.
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    Nessa viagem da nossa espécie
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    para encontrar
    uma nova casa sob um novo sol,
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    o mais provável é passar muito mais tempo
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    na viagem propriamente dita,
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    no espaço,
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    numa nave — uma lata voadora hermética,
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    possivelmente durante muitas gerações.
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    A maior quantidade de tempo contínuo
    que qualquer ser humano passou no espaço
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    anda perto de 12 a 14 meses.
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    Pelas experiências
    dos astronautas no espaço,
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    sabemos que passar tempo
    num ambiente de microgravidade
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    significa perda óssea, atrofia muscular,
    problemas cardiovasculares,
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    entre muitas outras complicações
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    que variam do fisiológico ao psicológico.
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    E quanto à macrogravidade
  • 3:50 - 3:53
    ou a qualquer outra variação
    na atração gravitacional
  • 3:53 - 3:55
    do planeta que encontrarmos?
  • 3:56 - 4:00
    Em resumo, as nossas viagens cósmicas
    estarão repletas de perigos,
  • 4:00 - 4:02
    conhecidos e desconhecidos.
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    Até agora, temos procurado
    uma nova tecnologia mecânica
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    ou um robô excelente da próxima geração
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    para garantir à nossa espécie
    uma viagem segura no espaço.
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    Por mais maravilhosos que sejam,
    creio que chegou a altura
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    de complementarmos
    esses robustos gigantes eletrónicos
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    com o que a natureza já inventou:
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    o micróbio,
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    um organismo unicelular que se regenera
    e se reabastece por si mesmo,
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    uma máquina viva,
  • 4:33 - 4:36
    que exige muito pouco para se manter,
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    que oferece muito flexibilidade
    na sua conceção
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    e que só precisa de ser transportado
    num simples tubo de plástico.
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    A área de estudo que nos permitiu
    utilizar as capacidades do micróbio
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    é conhecida por "biologia sintética".
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    Deriva da biologia molecular
    que nos deu antibióticos, vacinas
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    e melhores formas de observar
    as variantes fisiológicas do corpo humano.
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    Usando as ferramentas
    da biologia sintética,
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    podemos editar os genes
    de quase todos os organismos,
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    microscópicos ou não,
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    com uma incrível rapidez e fidelidade.
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    Dadas as limitações das máquinas
    feitas pelos homens,
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    a biologia sintética será um meio
    de engendrar não só os alimentos,
  • 5:17 - 5:20
    o combustível e o ambiente
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    mas também nós mesmos
  • 5:22 - 5:25
    para compensar
    as nossas deficiências físicas
  • 5:25 - 5:27
    e garantir a nossa sobrevivência
    no espaço.
  • 5:28 - 5:32
    Vou dar-vos um exemplo de como
    podemos usar a biologia sintética
  • 5:32 - 5:33
    para a exploração do espaço.
  • 5:33 - 5:35
    Voltemos ao ambiente de Marte.
  • 5:36 - 5:41
    A composição do solo de Marte é semelhante
    ao das cinzas vulcânicas do Havai,
  • 5:41 - 5:43
    com vestígios de matérias orgânicos.
  • 5:43 - 5:45
    Digamos, hipoteticamente:
  • 5:46 - 5:48
    Que tal se o solo marciano
    permitisse o cultivo de plantas,
  • 5:48 - 5:51
    sem usar nutrientes derivados da Terra?
  • 5:51 - 5:53
    A primeira pergunta que devíamos fazer é:
  • 5:53 - 5:56
    Como tornar as nossas plantas
    resistentes ao frio?
  • 5:56 - 5:58
    Porque, em média,
    as temperaturas em Marte
  • 5:58 - 6:01
    são uns 60 ºC negativos
    muito pouco convidativos.
  • 6:02 - 6:04
    A pergunta seguinte que devíamos fazer é:
  • 6:04 - 6:06
    Como tornar as nossas plantas
    resistentes à seca?
  • 6:06 - 6:09
    Considerem que a maior parte
    da água que forma o gelo
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    se evapora mais depressa
    do que o tempo que levo a dizer "evapora".
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    Acontece que já fizemos coisas destas.
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    Indo buscar genes a proteínas
    anticongelantes de peixes
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    e genes para tolerância às secas
    a outras plantas, como o arroz
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    e depois inserindo-as
    nas plantas que precisam deles,
  • 6:26 - 6:30
    temos hoje plantas que toleram
    a maior parte das secas e geadas.
  • 6:30 - 6:33
    São conhecidas na Terra como os OGM,
  • 6:33 - 6:35
    ou seja, organismos
    geneticamente modificados.
  • 6:35 - 6:40
    Estamos a usá-los para alimentar
    todas as bocas da civilização humana.
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    A Natureza já faz coisas destas,
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    sem a nossa ajuda.
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    Nós apenas arranjámos formas
    mais precisas de o fazer.
  • 6:50 - 6:52
    Então, porque é que queremos modificar
  • 6:52 - 6:54
    a composição genética
    das plantas, para o espaço?
  • 6:55 - 6:58
    Se não fizermos isso,
    teremos de preparar
  • 6:58 - 7:02
    hectares infindáveis de terras
    num planeta totalmente novo,
  • 7:02 - 7:05
    que libertem biliões de litros
    de gases atmosféricos
  • 7:05 - 7:09
    e depois, construir uma cúpula
    gigantesca para os conter.
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    É um empreendimento
    irrealista de engenharia
  • 7:12 - 7:15
    que rapidamente seria inviável
    pelo alto custo do transporte de carga.
  • 7:16 - 7:18
    A melhor forma de assegurar
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    que teremos os alimentos e o ar
    de que vamos precisar,
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    é levar connosco organismos
    que tenham sido preparados
  • 7:24 - 7:27
    para se adaptarem
    a ambientes novos e difíceis.
  • 7:27 - 7:30
    Na essência, usar organismos modificados
  • 7:30 - 7:32
    para ajudarem a transformar um planeta
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    tanto a curto como a longo prazo.
  • 7:35 - 7:37
    Esses organismos também
    podem ser manipulados
  • 7:37 - 7:40
    para fazerem medicamentos ou combustível.
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    Podemos usar a biologia sintética
    para levarmos plantas modificadas,
  • 7:44 - 7:46
    mas que mais podemos fazer?
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    Referi há bocado
    que nós, enquanto espécie,
  • 7:50 - 7:52
    evoluímos apenas para o planeta Terra.
  • 7:52 - 7:55
    Esse facto não se alterou muito
    nos últimos cinco minutos
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    em que vocês estiveram aí sentados
    e eu aqui no palco.
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    Se nos atirassem para Marte,
    neste momento,
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    nos dessem suficiente comida,
    água e ar — e um fato,
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    iríamos sofrer problemas
    de saúde muito desagradáveis,
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    devido às radiações ionizantes
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    que bombardeiam a superfície
    de planetas como Marte,
  • 8:15 - 8:18
    que têm pouca ou nenhuma atmosfera.
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    A não ser que tencionemos
    ficar debaixo do chão,
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    durante toda a nossa estadia
    em cada novo planeta,
  • 8:24 - 8:27
    temos de arranjar uma forma melhor
    de nos protegermos
  • 8:27 - 8:30
    sem necessidade de recorrer
    a uma armadura
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    com quase o mesmo peso
    do nosso próprio peso,
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    ou sem precisar de nos escondermos
    atrás duma parede de chumbo.
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    Portanto, recorramos à Natureza
    para inspiração.
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    Entre a pletora de vida, aqui na Terra,
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    há um subconjunto de organismos
    conhecidos por extremófilos
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    ou seja, amantes das condições
    de vida extremas,
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    se se recordam da biologia do secundário.
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    Entre esses organismos, há uma bactéria
    chamada Deinococcus radiodurans.
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    É conhecida por aguentar o frio,
    a desidratação, o vácuo, o ácido
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    e, notavelmente, as radiações.
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    Embora sejam conhecidos
    os mecanismos de tolerância à radiações
  • 9:07 - 9:10
    ainda temos de adaptar
    os genes relevantes aos mamíferos.
  • 9:10 - 9:13
    Isso não é muito fácil.
  • 9:13 - 9:16
    Há muitas facetas que compõem
    a tolerância às radiações
  • 9:16 - 9:18
    e não é tão simples
    como transferir um só gene.
  • 9:18 - 9:22
    Mas, graças, em parte, ao engenho humano
  • 9:22 - 9:23
    e, em parte, ao tempo,
  • 9:23 - 9:26
    penso que fazer isso
    também não será difícil.
  • 9:26 - 9:30
    Mesmo que só aproveitemos uma fração
  • 9:30 - 9:32
    dessa capacidade de tolerar radiações,
  • 9:33 - 9:36
    será infinitamente melhor
    do que aquilo que já temos,
  • 9:36 - 9:39
    ou seja, a melanina da nossa pele.
  • 9:39 - 9:41
    Usando as ferramentas
    da biologia sintética
  • 9:41 - 9:44
    podemos dominar a capacidade
    da Deinococcus radiodurans
  • 9:44 - 9:48
    para resistir às doses de radiações
    que, de outro modo, serão mortais.
  • 9:50 - 9:52
    Por mais difícil de ver que seja,
  • 9:52 - 9:55
    o Homo sapiens, ou seja, os seres humanos,
  • 9:56 - 9:58
    evoluem todos os dias
  • 9:58 - 10:00
    e continuam a evoluir.
  • 10:01 - 10:03
    Milhares de anos de evolução humana
  • 10:03 - 10:06
    não só nos deram
    seres humanos como os tibetanos,
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    que vivem num ambiente
    de baixo oxigénio,
  • 10:08 - 10:13
    como os argentinos
    que ingerem e metabolizam arsénico,
  • 10:13 - 10:16
    o elemento químico que pode matar
    o ser humano médio.
  • 10:17 - 10:21
    Todos os dias, o corpo humano evolui
    por mutações acidentais
  • 10:21 - 10:23
    que, também acidentalmente,
  • 10:23 - 10:26
    permitem que alguns seres humanos
    sobrevivam em situações nefastas.
  • 10:27 - 10:29
    Mas — e é um grande mas —
  • 10:30 - 10:34
    essa evolução exige duas coisas
    que nem sempre podemos ter,
  • 10:34 - 10:36
    ou não podemos proporcionar,
  • 10:37 - 10:39
    e que são a morte e o tempo.
  • 10:40 - 10:43
    Na luta da nossa espécie
    para encontrar o nosso lugar no universo,
  • 10:43 - 10:46
    podemos nem sempre ter
    o tempo necessário
  • 10:46 - 10:48
    para a evolução natural de funções extra
  • 10:49 - 10:51
    para a sobrevivência
    em planetas que não a Terra.
  • 10:52 - 10:57
    Vivemos naquilo que E.O. Wilson
    chamou a "idade da evasão do gene"
  • 10:57 - 10:59
    na qual consertamos os defeitos genéticos,
  • 10:59 - 11:03
    como a fibrose cística
    ou a distrofia muscular
  • 11:03 - 11:05
    com suplementos exteriores temporários.
  • 11:06 - 11:08
    Mas, a cada dia que passa,
  • 11:08 - 11:11
    aproximamo-nos da era
    da evolução volitiva,
  • 11:11 - 11:13
    uma época na qual nós, enquanto espécie,
  • 11:13 - 11:18
    teremos a capacidade de decidir
    o nosso destino genético.
  • 11:19 - 11:21
    Melhorar o corpo humano
    com novas capacidades
  • 11:21 - 11:24
    deixou de ser uma questão de "como"
  • 11:24 - 11:26
    e passou a ser uma questão de "quando"
  • 11:26 - 11:28
    Usar a biologia sintética
  • 11:28 - 11:31
    para alterar a composição genética
    de quaisquer organismos vivos,
  • 11:31 - 11:32
    especialmente os nossos,
  • 11:32 - 11:35
    não deixa de ter implicações
    morais e éticas.
  • 11:36 - 11:39
    Será que modificarmo-nos
    nos tornará menos humanos?
  • 11:39 - 11:42
    Mas, de novo, o que é a humanidade
  • 11:42 - 11:45
    senão poeira das estrelas
    que, por acaso, tem consciência?
  • 11:45 - 11:48
    Para onde se deve voltar o talento humano?
  • 11:49 - 11:53
    Certamente, é uma perda de tempo
    ficarmos sentados com ar maravilhado.
  • 11:54 - 11:56
    Como usamos os nossos conhecimentos
  • 11:56 - 11:59
    para nos protegermos
    dos perigos exteriores
  • 11:59 - 12:02
    e protegermo-nos de nós mesmos?
  • 12:03 - 12:04
    Eu coloco estas perguntas
  • 12:05 - 12:07
    não para fomentar o medo da ciência
  • 12:07 - 12:09
    mas para esclarecer
    as muitas possibilidades
  • 12:09 - 12:13
    que a ciência proporcionou
    e continua a proporcionar.
  • 12:13 - 12:17
    Temos de nos unir, enquanto seres humanos,
    para analisar e adotar as soluções
  • 12:17 - 12:19
    não só com cautela
  • 12:19 - 12:22
    mas também com coragem.
  • 12:23 - 12:26
    Marte é um destino
  • 12:27 - 12:29
    mas não será o último.
  • 12:30 - 12:33
    A nossa fronteira final
    é a linha que temos de cruzar
  • 12:33 - 12:36
    ao decidirmos o que podemos
    e devemos fazer
  • 12:36 - 12:38
    com a nossa improvável inteligência.
  • 12:39 - 12:43
    O espaço é frio, brutal e impiedoso.
  • 12:44 - 12:47
    O caminho para as estrelas
    estará repleto de provações
  • 12:47 - 12:50
    que nos colocarão a questão
    não só de quem somos
  • 12:50 - 12:52
    mas para onde estamos a ir.
  • 12:52 - 12:56
    As respostas residirão na nossa escolha
    de usar ou abandonar a tecnologia
  • 12:56 - 12:58
    que adquirimos da própria vida
  • 12:58 - 13:02
    e definir-nos-á para o resto
    da nossa existência neste universo.
  • 13:02 - 13:03
    Obrigada.
  • 13:03 - 13:05
    (Aplausos)
Title:
Como os seres humanos evoluirão para sobreviver no espaço | Lisa Nip | TEDxBeaconStreet
Speaker:
Lisa Nip
Description:

Se temos esperança de um dia deixar a Terra e explorar o universo, o nosso corpo vai ter de ser muito melhor para sobreviver nas condições duras do espaço. Usando a biologia sintética, Lisa Nip espera dominar os poderes especiais dos micróbios na Terra — como a capacidade de aguentar radiações — para tornar os seres humanos mais adaptados à exploração do espaço. "Estamos a aproximar-nos de uma época na qual teremos a capacidade de decidir o nosso destino genético", diz Nip. "Dotar o corpo humano de novas capacidades deixou de ser uma questão de 'como" para passar a ser uma questão de 'quando'."

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:11

Portuguese subtitles

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