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A IA está fazendo ruir nosso mundo | Fabian Westerheide | TEDxHeidelberg

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    Ganhei meu primeiro computador
    aos oito anos de idade
  • 0:15 - 0:17
    e, desde então,
    sou viciado no mundo digital.
  • 0:17 - 0:19
    Estive envolvido com mais de 30 empresas
  • 0:19 - 0:23
    como empreendedor e investidor
    nos últimos anos,
  • 0:23 - 0:25
    principalmente na área de software.
  • 0:25 - 0:27
    E, influenciado pela ficção
    científica, que adoro,
  • 0:27 - 0:31
    seja Gibson, Hertling, Charles Stross,
    ou uma série como Stargate,
  • 0:31 - 0:38
    descobri que a evolução natural
    do software é a inteligência artificial.
  • 0:38 - 0:41
    Já disseram que essa pode ser a última
    invenção que fazemos como humanidade.
  • 0:41 - 0:45
    E é sobre isto que gostaria de falar hoje:
  • 0:45 - 0:47
    que a IA está fazendo ruir nosso mundo,
  • 0:47 - 0:50
    e que deveríamos ficar felizes com isso.
  • 0:51 - 0:54
    A inteligência artificial
    não é um conceito novo.
  • 0:54 - 0:56
    Os romanos, os gregos e os chineses
  • 0:56 - 0:59
    já tinham um conceito de máquinas
    parecidas com seres humanos.
  • 0:59 - 1:01
    Assim, foi ao longo da história humana
  • 1:01 - 1:04
    que pensamos em máquinas
    que poderiam ser mais como nós.
  • 1:04 - 1:06
    Hoje entendemos máquinas
  • 1:06 - 1:10
    que se parecem mais conosco,
    e que pensam e veem o mundo como nós.
  • 1:10 - 1:16
    Recentemente, isso ficou muito popular
    em Hollywood novamente.
  • 1:17 - 1:21
    Seja Gates, Elon Musk ou Hawking,
  • 1:21 - 1:24
    todos eles falam
    sobre inteligência artificial.
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    E isso se deve à conjunção de três fatores
    dignos de nota nos últimos três anos.
  • 1:31 - 1:35
    Primeiro, o aumento do poder
    de processamento; segundo, os dados;
  • 1:35 - 1:38
    e, terceiro, a evolução
    do aprendizado de máquina.
  • 1:38 - 1:41
    Todos nós sabemos
    que os computadores costumavam ser
  • 1:41 - 1:43
    enormes, lentos e burros,
  • 1:43 - 1:46
    e ocupavam salas deste tamanho.
  • 1:46 - 1:49
    Salas assim eram computadores,
    e eram apenas calculadoras inteligentes,
  • 1:49 - 1:51
    só uma calculadora.
  • 1:51 - 1:56
    Mas hoje todos temos um supercomputador
    no bolso, no nosso smartphone.
  • 1:56 - 1:59
    Graças à Lei de Moore,
    que se aplica aos últimos 50 anos,
  • 1:59 - 2:01
    a cada 18 meses surge um computador
  • 2:01 - 2:05
    com metade do tamanho
    e do preço e com o dobro da velocidade.
  • 2:05 - 2:08
    Então, a cada ano que passa,
    os computadores ficam mais rápidos,
  • 2:08 - 2:09
    e isso não vai parar.
  • 2:09 - 2:12
    É como se o cérebro
    ficasse cada vez melhor.
  • 2:12 - 2:15
    Imagine se ele ficasse
    mais inteligente a cada 18 meses.
  • 2:15 - 2:16
    Portanto, computadores evoluem.
  • 2:16 - 2:19
    É o primeiro ponto: ficam
    mais inteligentes e rápidos.
  • 2:19 - 2:21
    O segundo é que temos mais dados.
  • 2:21 - 2:25
    Para os seres humanos, ter mais dados
    significa mais coisas para processar.
  • 2:25 - 2:28
    E, graças à internet, faz 25 anos
    que produzimos, todos os dias,
  • 2:28 - 2:30
    mais dados do que no dia anterior.
  • 2:30 - 2:33
    Tudo que fazemos
    no smartphone, ou off-line,
  • 2:33 - 2:35
    é rastreado e armazenado.
  • 2:35 - 2:38
    Tudo o que fazemos,
    especialmente no mundo digital,
  • 2:38 - 2:41
    fica armazenado e guardado num servidor.
  • 2:42 - 2:46
    E é por isso que empresas
    como Google e Facebook
  • 2:46 - 2:50
    combinam enormes e complexos
    processadores com dados
  • 2:50 - 2:52
    para entenderem o mundo que têm.
  • 2:52 - 2:57
    E eles utilizam aprendizado de máquina
    para usar todos esses computadores e dados
  • 2:57 - 3:00
    de modo a tornar seus modelos de negócios
  • 3:00 - 3:03
    mais rentáveis e entender melhor
    o comportamento dos clientes.
  • 3:04 - 3:09
    Imagine o que significa computadores
    mais potentes, rápidos e com mais dados.
  • 3:09 - 3:14
    Aprendizado de máquina é a ideia
    de que não é preciso programar tudo, né?
  • 3:14 - 3:17
    Sem aprendizado de máquina,
    pra melhorar um computador ou um programa,
  • 3:17 - 3:19
    é preciso escrever o programa.
  • 3:19 - 3:22
    É preciso executar, testar
    e programar de novo.
  • 3:22 - 3:25
    Com o aprendizado de máquina,
    a máquina é capaz de se adaptar.
  • 3:25 - 3:29
    E com isso, houve, nos últimos anos,
    um avanço muito interessante
  • 3:29 - 3:31
    chamado aprendizado profundo.
  • 3:31 - 3:34
    E aprendizagem profunda
    são redes e camadas neurais.
  • 3:34 - 3:36
    Me pediram para explicar isso
    um pouquinho mais.
  • 3:36 - 3:40
    Bem, isso significa imitar
    o funcionamento do cérebro.
  • 3:40 - 3:43
    De maneira bem simples
    é o seguinte: temos dois pontos
  • 3:43 - 3:48
    e, quando a máquina faz algo certo,
    o caminho entre eles fica mais forte;
  • 3:48 - 3:51
    se a máquina faz algo errado,
    o caminho entre eles fica mais fraco.
  • 3:51 - 3:54
    É como aprender a dirigir um carro.
  • 3:54 - 3:58
    Aos 18 anos, vamos a uma autoescola
    para aprender todas as regras.
  • 3:58 - 4:01
    Na Alemanha, exigem-se
    pelo menos 30 horas.
  • 4:01 - 4:05
    Treinamos o suficiente até não precisarmos
    pensar no que estamos fazendo.
  • 4:05 - 4:07
    Ganhamos experiência, é como um instinto.
  • 4:07 - 4:09
    O mesmo ocorre com as máquinas:
  • 4:09 - 4:11
    quanto mais operamos a máquina,
    melhor ela fica.
  • 4:11 - 4:15
    E essas máquinas estão na etapa cognitiva.
  • 4:15 - 4:21
    As máquinas que hoje usam aprendizado
    profundo conseguem coletar dados,
  • 4:22 - 4:26
    e daí conseguem executar simulações
    com seus complexos modelos matemáticos,
  • 4:26 - 4:28
    e então propor ações.
  • 4:28 - 4:31
    E hoje não dizemos mais
    a elas o que fazer:
  • 4:31 - 4:33
    elas executam suas próprias ações,
  • 4:33 - 4:37
    avaliam os resultados
    e otimizam a si mesmas.
  • 4:37 - 4:39
    Vou repetir:
  • 4:39 - 4:41
    as máquinas otimizam a si mesmas.
  • 4:41 - 4:44
    E não sabemos mais
    o que está acontecendo lá dentro.
  • 4:44 - 4:47
    Elas já negociam ações, dirigem carros,
  • 4:47 - 4:50
    desenvolvem suas próprias criptografias,
  • 4:50 - 4:53
    e não sabemos mais como fazem isso.
  • 4:53 - 4:56
    Dentro de certas estruturas,
    elas decidem por si mesmas,
  • 4:56 - 4:58
    e melhoram a si mesmas.
  • 4:58 - 5:00
    E elas fazem isso simultaneamente.
  • 5:00 - 5:02
    Existem empresas por aí
    que rodam um software,
  • 5:02 - 5:04
    repetem a operação 8 vezes
  • 5:04 - 5:09
    e, dentro de dois dias, há 16, 20,
    resultados e versões diferentes.
  • 5:09 - 5:13
    Enquanto seres humanos fazem isso
    em sequência, as máquinas, em paralelo.
  • 5:13 - 5:15
    Estou querendo dizer
    que chegamos a um ponto
  • 5:15 - 5:19
    que chamo da idade
    da "inteligência artificial estreita".
  • 5:19 - 5:21
    É inteligência artificial estreita
  • 5:21 - 5:25
    porque essas máquinas
    são muito inteligentes,
  • 5:25 - 5:29
    muito boas no campo específico
    em que foram treinadas.
  • 5:29 - 5:33
    Máquinas de treinamento estão
    mais baratas, rápidas e fáceis que nunca.
  • 5:33 - 5:36
    Quanto mais poder de processamento
    e quanto mais dados,
  • 5:36 - 5:38
    mais fácil é treinar uma máquina.
  • 5:38 - 5:40
    Costumávamos treinar essas máquinas,
  • 5:40 - 5:45
    mas hoje temos máquinas
    que ensinamos a treinar a si mesmas.
  • 5:45 - 5:47
    Não é preciso ensinar a elas
    o que precisam aprender;
  • 5:47 - 5:49
    elas sabem fazer isso sozinhas.
  • 5:49 - 5:51
    Basta dar a elas uma tarefa,
    e elas resolvem.
  • 5:51 - 5:54
    E fazem isso de maneiras
    que nem conseguimos imaginar.
  • 5:54 - 5:59
    Resolvem de um jeito diferente,
    mais rápido e até mais criativo que nós.
  • 5:59 - 6:02
    E a inteligência artificial
    estreita já está aqui.
  • 6:02 - 6:04
    Mas nem sempre a vemos.
  • 6:04 - 6:08
    O Google a está usando para descobrir
    o que vamos digitar
  • 6:08 - 6:10
    antes de digitarmos, certo?
  • 6:10 - 6:14
    A Netflix a está usando
    para decidir o que devemos assistir,
  • 6:14 - 6:16
    antes de pensarmos nisso.
  • 6:17 - 6:20
    Todos nós temos, em casa,
    inteligência artificial.
  • 6:20 - 6:22
    Ela está lá no seu smartphone
  • 6:22 - 6:25
    ou é na Cortana, da Microsoft,
    ou é no Echo, da Amazon.
  • 6:25 - 6:27
    Pode não ser inteligente pra você,
  • 6:27 - 6:31
    mas conheço jovens que conversam
    com a Siri todo dia por algumas horas.
  • 6:31 - 6:33
    Pra eles, isso é comunicação real;
  • 6:33 - 6:36
    eles não pensam: "Ah,
    é só uma máquina, é burra".
  • 6:36 - 6:39
    Todos já vimos carros autônomos.
  • 6:39 - 6:43
    Essa é uma forma de inteligência
    artificial estreita também.
  • 6:43 - 6:44
    E não há uma solução só:
  • 6:44 - 6:48
    Tesla tem uma; BMW e Commodore AI
    estão trabalhando soluções.
  • 6:48 - 6:51
    Existe mais de uma versão disso.
  • 6:51 - 6:54
    Há dez anos, pensávamos
    que isso era o futuro, mas isto é real.
  • 6:54 - 6:57
    E isso vai acontecer, vamos ver nas ruas,
  • 6:57 - 6:59
    vai estar aqui e vai aumentar.
  • 6:59 - 7:03
    Existem caminhões autônomos
    baseados em inteligência artificial.
  • 7:03 - 7:05
    Eles já são realidade,
  • 7:05 - 7:09
    mas dependem de políticas
    e legislação para tomarem as estradas.
  • 7:10 - 7:14
    A inteligência artificial pode ser usada
    em quase todo objeto.
  • 7:14 - 7:16
    É como uma camada: vemos ou não.
  • 7:16 - 7:17
    Está em todo lugar.
  • 7:17 - 7:21
    Onde houver um computador,
    pode-se colocar inteligência artificial,
  • 7:21 - 7:23
    e eles podem fazer algo por nós.
  • 7:24 - 7:27
    Isso significa que as máquinas trabalham.
  • 7:27 - 7:30
    As máquinas trabalham para nós;
    foram inventadas para isso.
  • 7:30 - 7:32
    Nós as inventamos
    para trabalharem para nós.
  • 7:32 - 7:37
    Elas trabalham para nós
    24 horas por dia, 365 dias por ano.
  • 7:38 - 7:42
    Elas não reclamam, não pedem
    aumento, não entram em greve,
  • 7:42 - 7:44
    e ficam mais baratas
    quanto mais as usamos,
  • 7:44 - 7:47
    ficam mais eficientes
    quanto mais as usamos.
  • 7:48 - 7:53
    Usamos máquinas para fazer
    o trabalho físico de que não gostamos.
  • 7:53 - 7:58
    Usamos máquinas para fazer
    o trabalho chato de que não gostamos.
  • 7:59 - 8:02
    E usamos máquinas
    para fazer o trabalho de pensar,
  • 8:02 - 8:05
    que, honestamente, já não gostamos mais.
  • 8:05 - 8:07
    (Risos)
  • 8:08 - 8:10
    E qual é o benefício para nós?
  • 8:10 - 8:14
    Bem, o benefício para nós
    é que temos mais "lebenszeit",
  • 8:14 - 8:17
    mais tempo para viver.
  • 8:17 - 8:19
    Na vida, temos apenas, em média,
  • 8:19 - 8:22
    4,5 mil semanas.
  • 8:22 - 8:25
    Então o tempo é muito escasso;
  • 8:25 - 8:29
    é a coisa mais escassa que temos,
    o único recurso limitado em nossa vida.
  • 8:29 - 8:33
    Então, enquanto as máquinas trabalham,
    temos mais tempo para viver.
  • 8:33 - 8:36
    Temos mais tempo
    para o que importa na vida,
  • 8:36 - 8:37
    que é a família, os amigos,
  • 8:37 - 8:40
    que é viajar, sua esposa,
    seu marido, seus filhos.
  • 8:40 - 8:43
    É ler um livro, viajar pelo mundo,
  • 8:43 - 8:46
    é fazer algo pela comunidade
    ou abrir uma empresa.
  • 8:46 - 8:48
    Quando as máquinas fazem nosso trabalho,
  • 8:48 - 8:50
    temos mais tempo para sermos humanos.
  • 8:51 - 8:54
    No entanto, e essa é a primeira
    pergunta que me fazem:
  • 8:54 - 8:56
    "E a perda dos empregos?"
  • 8:56 - 8:58
    Honestamente, não vou dizer
  • 8:58 - 9:01
    que isso vai ser fácil.
  • 9:01 - 9:04
    Sim, existem máquinas,
  • 9:04 - 9:08
    e elas continuam trabalhando
    para nós, porque queremos isso.
  • 9:08 - 9:10
    Foi para isso que as inventamos,
  • 9:10 - 9:14
    para elas fazerem as coisas
    que não gostamos de fazer.
  • 9:14 - 9:19
    Portanto, estima-se, por exemplo,
    na Alemanha, que nos próximos 20 anos
  • 9:19 - 9:22
    5 a 10 milhões de empregos
    serão substituídos por máquinas.
  • 9:22 - 9:23
    Na Europa, serão 50 milhões.
  • 9:23 - 9:25
    Estamos falando de milhões de empregos
  • 9:25 - 9:29
    que podem ser substituídos
    por máquinas, robôs e computadores
  • 9:29 - 9:31
    nas próximas décadas.
  • 9:31 - 9:35
    Pensem nos consultores de vendas,
    no atendimento ao cliente,
  • 9:35 - 9:38
    motoristas de táxi, e assim por diante.
  • 9:38 - 9:41
    Eis uma pequena lista que fiz
    perguntando a algumas pessoas
  • 9:41 - 9:44
    que empregos poderiam ser substituídos,
    e há muitos empregos lá.
  • 9:44 - 9:49
    O bom é que não vai
    nos substituir imediatamente.
  • 9:49 - 9:52
    Vai ser mais como usarmos
    a inteligência artificial
  • 9:52 - 9:55
    para fazer nosso trabalho melhor.
  • 9:55 - 9:57
    Usar a inteligência
    artificial e computadores
  • 9:57 - 9:59
    para melhorar o que fazemos hoje.
  • 9:59 - 10:03
    Mas, a longo prazo, as empresas
    vão contratar menos pessoas,
  • 10:03 - 10:06
    porque juntar a AI com humanos é melhor
  • 10:06 - 10:09
    do que, digamos, 20 ou 30
    seres humanos fazendo o trabalho.
  • 10:09 - 10:13
    Portanto, a IA está aí para nos apoiar;
    não vai nos substituir imediatamente.
  • 10:13 - 10:14
    Apenas a longo prazo
  • 10:14 - 10:18
    precisaremos de menos pessoas
    para a mesma produtividade e produção.
  • 10:18 - 10:19
    E isso está em todo lugar.
  • 10:19 - 10:23
    Se trabalhamos na frente dum computador,
    sim, a AI nos substituirá.
  • 10:23 - 10:27
    Se trabalhamos com pessoas,
    A IA ainda não chegou lá.
  • 10:27 - 10:29
    Estamos seguros nesse caso.
  • 10:30 - 10:33
    E isso é algo que não devemos temer,
  • 10:33 - 10:35
    mas precisamos discutir.
  • 10:35 - 10:38
    Precisamos estar cientes
    de que isso vai acontecer,
  • 10:38 - 10:40
    e é por isso que estou aqui hoje.
  • 10:40 - 10:45
    Precisamos falar sobre um sistema
    em que não precisemos mais trabalhar.
  • 10:45 - 10:50
    Sim, precisamos falar sobre o sistema
    que chamo de "futuro sem emprego".
  • 10:50 - 10:53
    Tenho esta foto de um futuro
    em que não precisamos mais trabalhar;
  • 10:53 - 10:55
    só se quisermos.
  • 10:55 - 10:59
    Vamos fazer só o que for nossa paixão,
    só as coisas que queremos.
  • 10:59 - 11:02
    Vamos levantar de manhã só se quisermos.
  • 11:02 - 11:07
    Não precisa ser por dinheiro,
    mas por algo mais profundo e mais alto.
  • 11:07 - 11:10
    Então, precisamos falar
    sobre como podemos fazer isso.
  • 11:10 - 11:12
    Não tenho a solução.
  • 11:12 - 11:15
    Há coisas que podemos discutir,
    como renda básica incondicional,
  • 11:15 - 11:16
    e assim por diante.
  • 11:16 - 11:20
    Mas precisamos descobrir
    isso como sociedade,
  • 11:20 - 11:22
    como fazer essa transição
  • 11:22 - 11:25
    de um presente em que temos
    de trabalhar pra sobreviver
  • 11:25 - 11:28
    para um futuro em que isso seja opcional,
  • 11:28 - 11:32
    em que o trabalho não seja necessário
    para se ter uma vida boa e ser humano.
  • 11:34 - 11:37
    Para terminar, vamos olhar
    um pouco para o passado,
  • 11:37 - 11:39
    os últimos 150 anos.
  • 11:39 - 11:41
    Nas últimas cinco gerações,
  • 11:41 - 11:43
    a vida ficou muito, muito boa
    para nós humanos.
  • 11:43 - 11:47
    Posso dizer que estamos vivendo no melhor
    momento da história da humanidade,
  • 11:47 - 11:49
    mesmo se não o percebemos.
  • 11:49 - 11:52
    Nossa expectativa de vida média dobrou.
  • 11:52 - 11:55
    Sim, quem tem mais de 30 anos
  • 11:55 - 11:57
    pode se considerar feliz de viver hoje
  • 11:57 - 12:02
    porque 100 anos atrás
    provavelmente estaria morto.
  • 12:02 - 12:04
    Temos muito mais dinheiro no bolso.
  • 12:04 - 12:08
    Nossa renda e riqueza médias
    aumentaram 600% a 1.000%
  • 12:08 - 12:09
    somente nos países ocidentais.
  • 12:09 - 12:11
    E, ao mesmo tempo, trabalhamos menos.
  • 12:11 - 12:15
    Trabalhamos metade do tempo
    que costumávamos trabalhar há 100 anos.
  • 12:15 - 12:20
    O tempo médio de trabalho era 80 horas;
    hoje a média é de 35 a 40 horas.
  • 12:20 - 12:23
    Então, vivemos mais, somos mais saudáveis,
  • 12:23 - 12:27
    temos mais dinheiro, podemos comprar mais,
    trabalhando menos pra isso,
  • 12:27 - 12:28
    e essa é a tendência.
  • 12:28 - 12:31
    Esse foi o progresso
    que tivemos nos últimos 150 anos
  • 12:31 - 12:34
    por termos abraçado a tecnologia.
  • 12:34 - 12:36
    Sim, com cada coisa nova que virá,
  • 12:36 - 12:38
    que pode ser AI, AGI,
  • 12:38 - 12:41
    superinteligência, nano-robótica.
    realidade virtual, etc.,
  • 12:41 - 12:42
    teremos desafios.
  • 12:42 - 12:46
    Desafios para nós como pessoas,
    para o sistema em que vivemos,
  • 12:46 - 12:48
    para empresas... mas também oportunidades.
  • 12:48 - 12:52
    E eles nos trariam
    uma vida melhor, mais feliz.
  • 12:52 - 12:54
    Este é o futuro pelo qual estou lutando,
  • 12:54 - 12:57
    pelo qual acho que todos devemos lutar.
  • 12:57 - 13:01
    E é para isso que vivo,
    para que todos consigamos isso.
  • 13:01 - 13:02
    Obrigado.
  • 13:02 - 13:05
    (Aplausos) (Vivas)
Title:
A IA está fazendo ruir nosso mundo | Fabian Westerheide | TEDxHeidelberg
Description:

Fabian Westerheide mergulha nos desafios e nas oportunidades de um mundo em que máquinas inteligentes e humanos coexistam juntos. A inteligência artificial é e será mais integrada em partes vitais da vida humana, e não virá apenas para fazer com que as máquinas substituam os empregos humanos. A inteligência artificial também desafiará o pensamento, a arte e a cultura humanos. O que vem depois é o conceito de superinteligência e singularidade.

Fabian tem raízes profundas no ecossistema digital alemão e europeu. Depois de trabalhar em várias empresas de tecnologia e vender sua própria startup, ele transformou sua paixão de longa data pela inteligência artificial em uma atividade de investimento própria. Como CEO da empresa familiar de capital de risco Asgard, Fabian agora investe em startups promissoras no setor de inteligência artificial e internet das coisas. Ele é o fundador e organizador da conferência anual “Rise of AI” e atua como coordenador de inteligência artificial na Associação Alemã de Startups.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferênciaTED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:23

Portuguese, Brazilian subtitles

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