O mapa das galáxias, dos buracos negros e das estrelas mais pormenorizado de sempre
-
0:02 - 0:05Quando eu era criança,
tinha medo do escuro. -
0:06 - 0:09É no escuro que estão os monstros.
-
0:10 - 0:14Eu tinha uma pequena luz noturna
fora do meu quarto -
0:15 - 0:17e, por isso, nunca estava muito escuro.
-
0:18 - 0:23Com o tempo, o meu medo do escuro
transformou-se em curiosidade. -
0:23 - 0:27O que há lá fora no "escuro-escuro"?
-
0:27 - 0:29O que acontece
-
0:30 - 0:34é que a tentativa de entender a escuridão
é uma coisa que fascina a humanidade -
0:34 - 0:37há milhares de anos, talvez desde sempre.
-
0:37 - 0:39Nós sabemos isso
-
0:39 - 0:44porque encontramos relíquias antigas
das suas tentativas de cartografar o céu. -
0:47 - 0:50Este dente de elefante
tem mais de 30 mil anos. -
0:50 - 0:53Algumas pessoas pensam
que é uma escultura de Órion. -
0:53 - 0:56ou então um calendário.
-
0:56 - 0:57Não sabemos.
-
0:58 - 1:02O mapa das estrelas de Fuxi
tem mais de seis mil anos, -
1:02 - 1:05e pertence a um túmulo neolítico
da China antiga. -
1:05 - 1:08E aquela pequena pilha de conchas
-
1:08 - 1:11por baixo dos pés do morto, no meio,
-
1:12 - 1:14supostamente representa a Ursa Maior.
-
1:14 - 1:15Talvez seja.
-
1:15 - 1:18O Disco de Nebra não tem discussão.
-
1:19 - 1:23Não precisamos de ser astrónomos
para perceber que são as fases da Lua -
1:23 - 1:25ou um eclipse do Sol.
-
1:25 - 1:29E este grupo de sete estrelas
são as Plêiades, as Sete Irmãs. -
1:30 - 1:32Em qualquer destes casos,
torna-se evidente: -
1:33 - 1:36os astrónomos cartografam
o céu há muito tempo. -
1:36 - 1:38Porquê?
-
1:38 - 1:44É o nosso cartão de visita,
enquanto espécie, na galáxia: -
1:44 - 1:46"Aquele que procura entender as coisas".
-
1:46 - 1:48Nós conhecemos o nosso planeta;
-
1:48 - 1:50nós curamos doenças;
-
1:50 - 1:52nós cozinhamos a nossa comida;
-
1:52 - 1:54nós saímos do nosso planeta.
-
1:56 - 1:58Mas não é fácil.
-
1:59 - 2:02Compreender o universo é uma batalha.
-
2:03 - 2:06É implacável, varia com o tempo
-
2:06 - 2:09e é onde estamos todos juntos.
-
2:09 - 2:14É uma batalha no escuro contra o escuro.
-
2:15 - 2:19É por isso que Órion tem armas.
-
2:22 - 2:25De qualquer forma,
se vamos entrar nesta batalha, -
2:25 - 2:27precisamos de conhecer o campo de batalha.
-
2:27 - 2:29Então, na sua essência,
-
2:29 - 2:31cartografar o céu envolve
três elementos principais. -
2:31 - 2:34Temos objetos que emitem luz,
-
2:34 - 2:38temos telescópios que recebem essa luz,
-
2:38 - 2:39e temos instrumentos
-
2:39 - 2:42que nos ajudam a perceber essa luz.
-
2:42 - 2:46Muitos de nós cartografámos
as fases da Lua ao longo do tempo -
2:46 - 2:50com os olhos — os olhos
que são o nosso primeiro telescópio. -
2:50 - 2:53E percebemos como isso funciona,
usando o cérebro -
2:53 - 2:55— o cérebro que é
um dos principais instrumentos. -
2:56 - 2:58Mas, se nos juntássemos a um amigo,
-
3:00 - 3:03e gastássemos mais de 30 anos,
-
3:03 - 3:07a cartografar mil estrelas
de forma muito rigorosa, -
3:07 - 3:09deslocaríamos a linha da frente
desta batalha. -
3:10 - 3:14E foi isso que Tycho Brahe e o seu amigo,
ou melhor, o seu assistente, -
3:14 - 3:16Johannes Kepler fizeram
no início do século XVII. -
3:16 - 3:19Alteraram a linha da frente,
-
3:19 - 3:21descobriram como funcionam os planetas,
-
3:21 - 3:23como eles giram em volta do Sol.
-
3:23 - 3:26Mas foi apenas há 100 anos
-
3:26 - 3:28que percebemos
-
3:28 - 3:30que o universo é enorme.
-
3:30 - 3:35Parece que o universo
é simplesmente infinito, e é mesmo, -
3:35 - 3:38mas o universo observável é finito.
-
3:38 - 3:41O que significa que podemos
ganhar a batalha. -
3:42 - 3:45Mas se quisermos cartografar o universo,
-
3:45 - 3:48não vamos fazer isso com um ou dois
dos nossos melhores amigos. -
3:49 - 3:51Para cartografar o universo,
é preciso um exército, -
3:52 - 3:56um exército de pessoas curiosas,
criativas, habilidosas, -
3:56 - 3:59que, trabalhando em conjunto,
podem realizar o extraordinário. -
4:00 - 4:03Eu chefio esse exército
de pessoas criativas -
4:03 - 4:06para a quinta geração, a geração
do Sloan Digital Sky Survey, SDSS. -
4:07 - 4:11É assim que os astrónomos conseguiram
orientar a sua curiosidade individual -
4:11 - 4:13durante a era industrial,
-
4:13 - 4:17preservando a competência individual
para fazer descobertas, -
4:17 - 4:21mas utilizando máquinas poderosas
para fazer avançar a fronteira. -
4:22 - 4:25No SDSS, dividimos o céu
em três grupos de cartografia: -
4:25 - 4:28um para as estrelas,
um para os buracos negros -
4:28 - 4:30e um para as galáxias.
-
4:30 - 4:33O meu estudo tem dois hemisférios,
-
4:33 - 4:37cinco telescópios, ou 11,
dependendo de como os contarmos, -
4:37 - 4:39dez espetrógrafos
-
4:39 - 4:40e milhões de objetos.
-
4:40 - 4:42É monstruoso.
-
4:42 - 4:44Vamos falar dos sistemas de cartografia.
-
4:45 - 4:47A galáxia da Via Láctea engloba
-
4:47 - 4:52cerca de 250 mil milhões de estrelas,
mais centena, menos centena. -
4:53 - 4:56Não é um número
que consigamos visualizar. -
4:56 - 4:58É um número que
não tem sentido prático -
4:58 - 5:00praticamente para ninguém.
-
5:00 - 5:03Nunca pegamos em 250 mil milhões
de rebuçados. Percebem? -
5:06 - 5:09Estamos muito longe
de cartografar todas as estrelas, -
5:09 - 5:12por isso, temos de escolher
as mais interessantes, -
5:13 - 5:17No SDSS-V, estamos a cartografar
seis milhões de estrelas -
5:17 - 5:20e pensamos ser possível
medir a idade delas. -
5:20 - 5:22Se medirmos a idade
de cada uma dessas estrelas -
5:22 - 5:26é como ter seis milhões de relógios
espalhados pela Via Láctea. -
5:26 - 5:27Com essa informação,
-
5:27 - 5:32podemos desvendar a história
e o registo fóssil da nossa galáxia -
5:32 - 5:34e perceber como ela se formou.
-
5:35 - 5:38Vou passar diretamente para os factos.
-
5:38 - 5:43Os buracos negros estão entre
os objetos mais intrigantes do universo. -
5:44 - 5:45Porquê?
-
5:45 - 5:48Porque são literalmente
uma encarnação matemática, -
5:48 - 5:51com uma forma física,
que quase não entendemos. -
5:51 - 5:56É como se o número zero fosse animado
e andasse a passear aqui pelos corredores. -
5:56 - 5:57Seria super esquisito.
-
5:57 - 5:59Eles ainda são mais esquisitos.
-
5:59 - 6:01Não é como uma bola de basquetebol
-
6:01 - 6:05que comprimamos até ficar num ponto,
super denso e esquisito. -
6:05 - 6:08Não, as bolas de basquetebol comprimidas
têm uma superfície. -
6:08 - 6:11Estas coisas não têm superfícies,
sabemos isso agora. -
6:11 - 6:13Porque já as vimos.
-
6:13 - 6:15Ou vimos a falta delas.
-
6:16 - 6:18O que é muito interessante
nos buracos negros -
6:18 - 6:21é que podemos aprender imenso
sobre eles, estudando o material -
6:21 - 6:26quando ele passa por esse ponto,
de não retorno da informação. -
6:26 - 6:28Porque, nesse ponto,
-
6:28 - 6:33está a emitir muitos raios X
e ondas óticas e ultravioletas e de rádio. -
6:33 - 6:37Podemos aprender
como crescem esses objetos. -
6:37 - 6:42No SDSS, estamos a observar meio milhão
de buracos negros super maciços -
6:43 - 6:45para tentar perceber como se formaram.
-
6:46 - 6:48Tal como já disse,
-
6:48 - 6:52vivemos na Via Láctea,
todos vocês sabem isso. -
6:52 - 6:56A Via Láctea é uma galáxia
perfeitamente vulgar. -
6:57 - 6:59Não se passa nada de surpreendente.
-
6:59 - 7:01Mas é nossa, o que é ótimo.
-
7:03 - 7:07Pensamos que a Via Láctea
e todas as vias lácteas -
7:07 - 7:10têm este passado perturbador
-
7:10 - 7:13de terem nascido de uma explosão.
-
7:14 - 7:17É como se todos os tipos vulgares
que conhecemos -
7:17 - 7:20tivessem uma história
de adolescente "punk rock". -
7:21 - 7:22É muito bizarro.
-
7:25 - 7:27As estrelas explodem nestes sistemas,
-
7:27 - 7:29os buracos negros estão
a crescer no centro -
7:29 - 7:31e emitem uma quantidade
fenomenal de energia. -
7:31 - 7:35Como é que isso acontece,
como é que acontece esta transformação? -
7:35 - 7:37No SDSS, entramos nas tripas do animal
-
7:37 - 7:39e ampliamos o seu interior,
-
7:39 - 7:42para observar estes processos
onde eles ocorrem -
7:42 - 7:47a fim de perceber como um "punk"
se transforma num clássico pai de família. -
7:49 - 7:51O meu arsenal.
-
7:51 - 7:53Estes são os meus
dois grandes telescópios. -
7:53 - 7:58O Observatório de Apache Point
alberga o telescópio Sloan, no Novo México -
7:58 - 8:00e o Observatório Las Campanas, no Chile,
-
8:00 - 8:03alberga o telescópio du Pont,
de dois metros e meio. -
8:04 - 8:06Dois metros e meio
é o tamanho do nosso espelho -
8:06 - 8:08que seria enorme para Tycho e Kepler.
-
8:08 - 8:11Mas, atualmente, não é lá muito grande.
-
8:11 - 8:13Já há telescópios maiores.
-
8:13 - 8:18Mas no SDSS usamos instrumentos novos
nestes telescópios antigos -
8:18 - 8:20para os tornarmos interessantes.
-
8:20 - 8:25Captamos a luz de todos esses objetos
na nossa abertura -
8:25 - 8:28e essa luz é depois dirigida
para o plano focal, -
8:28 - 8:31onde os nossos instrumentos
processam essa luz. -
8:31 - 8:33O que é novo no SDSS-V
-
8:33 - 8:37é que estamos a tornar o plano focal
totalmente robótico. -
8:37 - 8:39É isso mesmo: robôs.
-
8:39 - 8:41(Risos)
-
8:41 - 8:43Vou mostrá-los,
-
8:43 - 8:47mas são ferozes e aterradores
-
8:47 - 8:49e quero que respirem fundo.
-
8:50 - 8:51Estou a avisar.
-
8:52 - 8:56Sem quaisquer desculpas
aos Blade Runners no meio de nós, -
8:57 - 8:58cá estão eles.
-
8:58 - 9:00(Risos)
-
9:00 - 9:01Tenho mil iguais a estes,
-
9:01 - 9:05500 no plano focal de cada telescópio
em cada hemisfério. -
9:06 - 9:08É assim que eles se movimentam no céu.
-
9:08 - 9:11Estes são os nossos objetos
e um campo de estrelas -
9:11 - 9:13portanto, temos estrelas,
galáxias, buracos negros. -
9:13 - 9:18Os nossos robôs movem-se
para esses objetos, quando os sobrevoamos -
9:18 - 9:22para captarem a luz dessas estrelas,
dessas galáxias e desses buracos negros. -
9:22 - 9:26E, sim, é bizarro captar a luz
de um buraco negro -
9:26 - 9:29mas já constatámos
que os buracos negros são bizarros. -
9:30 - 9:32Mais uma coisa.
-
9:33 - 9:36As estrelas estão sempre a explodir,
-
9:36 - 9:39como esta aqui, em 1987,
no nosso quintal cósmico. -
9:41 - 9:45Os buracos negros estão sempre a aumentar.
-
9:47 - 9:51Todas as noites o céu é diferente.
-
9:51 - 9:55O que significa que não podemos
cartografar o céu uma só vez. -
9:55 - 9:57Temos de cartografar o céu
inúmeras vezes. -
9:59 - 10:03No SDSS-V, voltamos imensas vezes
a cada parte do céu -
10:03 - 10:06para ver como esses objetos
alteram ao longo do tempo. -
10:06 - 10:10Porque essas alterações no tempo
codificam a física -
10:10 - 10:14e codificam a forma como estes objetos
estão a aumentar e a mudar. -
10:15 - 10:17Passamos o céu a pente fino.
-
10:18 - 10:21OK, vou recapitular.
-
10:21 - 10:24Um estudo global, dois hemisférios,
-
10:25 - 10:28cinco telescópios, 10 espetrógrafos,
milhões de objetos, -
10:28 - 10:30passamos o céu a pente fino,
-
10:30 - 10:32um exército criativo, robôs.
-
10:33 - 10:34Devem estar a pensar:
-
10:34 - 10:37"Uau. Ela tem uma máquina
industrial em funcionamento. -
10:37 - 10:40"Não há espaço para o génio individual,
curioso, tipo lobo solitário." -
10:41 - 10:43Estão 100% enganados.
-
10:43 - 10:45Apresento-vos o Voorwerp de Hanny.
-
10:45 - 10:48Hanny van Arkel era
uma professora holandesa -
10:48 - 10:52que analisava as versões públicas
dos dados do SDSS, -
10:52 - 10:55quando descobriu este tipo de objeto
extremamente raro, -
10:55 - 10:58que é hoje um importante tema de estudo.
-
10:59 - 11:00Conseguiu isso
-
11:00 - 11:05porque o SDSS, desde o início,
e por mandato da Fundação Sloan, -
11:05 - 11:08tornou disponíveis publicamente
as suas informações -
11:08 - 11:11e utilizáveis para uma ampla gama
de audiências. -
11:12 - 11:15Ela é uma cidadã — sim, aplaudam-na.
-
11:15 - 11:16Aplaudam-na por isso.
-
11:16 - 11:19(Aplausos)
-
11:19 - 11:21Hanny é uma cidadã cientista
-
11:21 - 11:22ou, como eu gosto de lhes chamar,
-
11:22 - 11:24"cidadãos guerreiros".
-
11:24 - 11:31Prova que não é preciso ser
um astrofísico de ponta para participar. -
11:31 - 11:33Basta serem curiosos.
-
11:34 - 11:37Há uns anos, o meu filho
de quatro anos, perguntou: -
11:38 - 11:40"As luas podem ter luas?"
-
11:40 - 11:42Dispus-me a responder a esta pergunta
-
11:42 - 11:46porque, apesar de muitas crianças
de quatro anos, provavelmente, -
11:46 - 11:48tenham feito sempre esta pergunta,
-
11:48 - 11:52muitos especialistas, eu própria incluída,
não sabiam qual a resposta. -
11:52 - 11:56Estas são as luas no nosso sistema solar
que podem albergar hipotéticas subluas. -
11:56 - 12:01E isto serve para vos mostrar
que há muitas questões básicas -
12:01 - 12:03que ainda estão por compreender.
-
12:06 - 12:11Isto leva-me ao ponto
mais importante do SDSS. -
12:11 - 12:15Porque as estrelas, as galáxias,
os buracos negros, os robôs, -
12:15 - 12:17tudo isto é super fixe.
-
12:19 - 12:21Mas a coisa mais fixe de todas
-
12:21 - 12:24é que criaturas minúsculas
num monte de entulho -
12:24 - 12:28em volta de uma estrela vulgar
numa galáxia perfeitamente vulgar -
12:28 - 12:32pode ganhar a batalha
de compreender o seu mundo. -
12:33 - 12:38Cada ponto neste vídeo é uma galáxia.
-
12:39 - 12:41Cada ponto.
-
12:48 - 12:51(Aplausos)
-
12:54 - 12:57Estou a mostrar aqui o número de galáxias
-
12:57 - 13:00que os astrónomos cartografaram
em grandes estudos, a partir de 1980. -
13:00 - 13:03Distinguimos o lançamento do SDSS
por volta do ano 2000. -
13:04 - 13:06Se nos mantivermos nesta linha,
-
13:07 - 13:08teremos cartografado
-
13:08 - 13:13todas as grandes galáxias
no universo observável, em 2060. -
13:13 - 13:15Pensem nisso.
-
13:15 - 13:19Pensem isto: passámos
de organizar conchas -
13:19 - 13:23para a relatividade geral, para o SDSS,
em poucos milhares de anos -
13:23 - 13:26— e se continuarmos
durante mais 40 anos, -
13:27 - 13:29podemos mapear todas as galáxias.
-
13:30 - 13:32Mas temos de nos manter em linha.
-
13:33 - 13:35Será essa a nossa opção?
-
13:37 - 13:39Há forças obscuras neste mundo
-
13:39 - 13:46que privarão a nossa espécie
do direito de compreender o universo. -
13:46 - 13:48Não tenham medo do escuro.
-
13:48 - 13:50Lutem contra isso.
-
13:50 - 13:51Juntem-se a nós.
-
13:51 - 13:53Obrigada.
-
13:53 - 13:56(Aplausos)
- Title:
- O mapa das galáxias, dos buracos negros e das estrelas mais pormenorizado de sempre
- Speaker:
- Juna Kollmeier
- Description:
-
Há milhares de anos que os seres humanos estudam as estrelas, mas a astrofísica Juna Kollmeier tem uma missão muito especial: criar os os mais pormenorizados mapas em 3D do universo, que já foram feitos. Uma viagem através do cosmos graças ao relato do trabalho da sua equipa ao serviço do projeto Sloan Digital Sky Survey (SDSS), que cartografa milhões de estrelas, buracos negros e galáxias com um nível de pormenor sem precedente. Se continuarmos a este ritmo, diz ela, podemos cartografar todas as grandes galáxias do universo observável até 2060: "Passámos das representações do céu com a ajuda de conchas para a relatividade geral em poucos milhares de anos. Bastam-nos mais 40 anos para poder cartografar todas as galáxias."
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:13
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