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O mapa das galáxias, dos buracos negros e das estrelas mais pormenorizado de sempre

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    Quando eu era criança,
    tinha medo do escuro.
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    É no escuro que estão os monstros.
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    Eu tinha uma pequena luz noturna
    fora do meu quarto
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    e, por isso, nunca estava muito escuro.
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    Com o tempo, o meu medo do escuro
    transformou-se em curiosidade.
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    O que há lá fora no "escuro-escuro"?
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    O que acontece
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    é que a tentativa de entender a escuridão
    é uma coisa que fascina a humanidade
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    há milhares de anos, talvez desde sempre.
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    Nós sabemos isso
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    porque encontramos relíquias antigas
    das suas tentativas de cartografar o céu.
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    Este dente de elefante
    tem mais de 30 mil anos.
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    Algumas pessoas pensam
    que é uma escultura de Órion.
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    ou então um calendário.
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    Não sabemos.
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    O mapa das estrelas de Fuxi
    tem mais de seis mil anos,
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    e pertence a um túmulo neolítico
    da China antiga.
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    E aquela pequena pilha de conchas
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    por baixo dos pés do morto, no meio,
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    supostamente representa a Ursa Maior.
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    Talvez seja.
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    O Disco de Nebra não tem discussão.
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    Não precisamos de ser astrónomos
    para perceber que são as fases da Lua
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    ou um eclipse do Sol.
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    E este grupo de sete estrelas
    são as Plêiades, as Sete Irmãs.
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    Em qualquer destes casos,
    torna-se evidente:
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    os astrónomos cartografam
    o céu há muito tempo.
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    Porquê?
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    É o nosso cartão de visita,
    enquanto espécie, na galáxia:
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    "Aquele que procura entender as coisas".
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    Nós conhecemos o nosso planeta;
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    nós curamos doenças;
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    nós cozinhamos a nossa comida;
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    nós saímos do nosso planeta.
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    Mas não é fácil.
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    Compreender o universo é uma batalha.
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    É implacável, varia com o tempo
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    e é onde estamos todos juntos.
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    É uma batalha no escuro contra o escuro.
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    É por isso que Órion tem armas.
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    De qualquer forma,
    se vamos entrar nesta batalha,
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    precisamos de conhecer o campo de batalha.
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    Então, na sua essência,
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    cartografar o céu envolve
    três elementos principais.
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    Temos objetos que emitem luz,
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    temos telescópios que recebem essa luz,
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    e temos instrumentos
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    que nos ajudam a perceber essa luz.
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    Muitos de nós cartografámos
    as fases da Lua ao longo do tempo
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    com os olhos — os olhos
    que são o nosso primeiro telescópio.
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    E percebemos como isso funciona,
    usando o cérebro
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    — o cérebro que é
    um dos principais instrumentos.
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    Mas, se nos juntássemos a um amigo,
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    e gastássemos mais de 30 anos,
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    a cartografar mil estrelas
    de forma muito rigorosa,
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    deslocaríamos a linha da frente
    desta batalha.
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    E foi isso que Tycho Brahe e o seu amigo,
    ou melhor, o seu assistente,
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    Johannes Kepler fizeram
    no início do século XVII.
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    Alteraram a linha da frente,
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    descobriram como funcionam os planetas,
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    como eles giram em volta do Sol.
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    Mas foi apenas há 100 anos
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    que percebemos
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    que o universo é enorme.
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    Parece que o universo
    é simplesmente infinito, e é mesmo,
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    mas o universo observável é finito.
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    O que significa que podemos
    ganhar a batalha.
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    Mas se quisermos cartografar o universo,
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    não vamos fazer isso com um ou dois
    dos nossos melhores amigos.
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    Para cartografar o universo,
    é preciso um exército,
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    um exército de pessoas curiosas,
    criativas, habilidosas,
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    que, trabalhando em conjunto,
    podem realizar o extraordinário.
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    Eu chefio esse exército
    de pessoas criativas
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    para a quinta geração, a geração
    do Sloan Digital Sky Survey, SDSS.
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    É assim que os astrónomos conseguiram
    orientar a sua curiosidade individual
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    durante a era industrial,
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    preservando a competência individual
    para fazer descobertas,
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    mas utilizando máquinas poderosas
    para fazer avançar a fronteira.
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    No SDSS, dividimos o céu
    em três grupos de cartografia:
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    um para as estrelas,
    um para os buracos negros
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    e um para as galáxias.
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    O meu estudo tem dois hemisférios,
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    cinco telescópios, ou 11,
    dependendo de como os contarmos,
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    dez espetrógrafos
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    e milhões de objetos.
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    É monstruoso.
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    Vamos falar dos sistemas de cartografia.
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    A galáxia da Via Láctea engloba
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    cerca de 250 mil milhões de estrelas,
    mais centena, menos centena.
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    Não é um número
    que consigamos visualizar.
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    É um número que
    não tem sentido prático
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    praticamente para ninguém.
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    Nunca pegamos em 250 mil milhões
    de rebuçados. Percebem?
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    Estamos muito longe
    de cartografar todas as estrelas,
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    por isso, temos de escolher
    as mais interessantes,
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    No SDSS-V, estamos a cartografar
    seis milhões de estrelas
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    e pensamos ser possível
    medir a idade delas.
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    Se medirmos a idade
    de cada uma dessas estrelas
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    é como ter seis milhões de relógios
    espalhados pela Via Láctea.
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    Com essa informação,
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    podemos desvendar a história
    e o registo fóssil da nossa galáxia
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    e perceber como ela se formou.
  • 5:35 - 5:38
    Vou passar diretamente para os factos.
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    Os buracos negros estão entre
    os objetos mais intrigantes do universo.
  • 5:44 - 5:45
    Porquê?
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    Porque são literalmente
    uma encarnação matemática,
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    com uma forma física,
    que quase não entendemos.
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    É como se o número zero fosse animado
    e andasse a passear aqui pelos corredores.
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    Seria super esquisito.
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    Eles ainda são mais esquisitos.
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    Não é como uma bola de basquetebol
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    que comprimamos até ficar num ponto,
    super denso e esquisito.
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    Não, as bolas de basquetebol comprimidas
    têm uma superfície.
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    Estas coisas não têm superfícies,
    sabemos isso agora.
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    Porque já as vimos.
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    Ou vimos a falta delas.
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    O que é muito interessante
    nos buracos negros
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    é que podemos aprender imenso
    sobre eles, estudando o material
  • 6:21 - 6:26
    quando ele passa por esse ponto,
    de não retorno da informação.
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    Porque, nesse ponto,
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    está a emitir muitos raios X
    e ondas óticas e ultravioletas e de rádio.
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    Podemos aprender
    como crescem esses objetos.
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    No SDSS, estamos a observar meio milhão
    de buracos negros super maciços
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    para tentar perceber como se formaram.
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    Tal como já disse,
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    vivemos na Via Láctea,
    todos vocês sabem isso.
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    A Via Láctea é uma galáxia
    perfeitamente vulgar.
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    Não se passa nada de surpreendente.
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    Mas é nossa, o que é ótimo.
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    Pensamos que a Via Láctea
    e todas as vias lácteas
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    têm este passado perturbador
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    de terem nascido de uma explosão.
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    É como se todos os tipos vulgares
    que conhecemos
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    tivessem uma história
    de adolescente "punk rock".
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    É muito bizarro.
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    As estrelas explodem nestes sistemas,
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    os buracos negros estão
    a crescer no centro
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    e emitem uma quantidade
    fenomenal de energia.
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    Como é que isso acontece,
    como é que acontece esta transformação?
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    No SDSS, entramos nas tripas do animal
  • 7:37 - 7:39
    e ampliamos o seu interior,
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    para observar estes processos
    onde eles ocorrem
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    a fim de perceber como um "punk"
    se transforma num clássico pai de família.
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    O meu arsenal.
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    Estes são os meus
    dois grandes telescópios.
  • 7:53 - 7:58
    O Observatório de Apache Point
    alberga o telescópio Sloan, no Novo México
  • 7:58 - 8:00
    e o Observatório Las Campanas, no Chile,
  • 8:00 - 8:03
    alberga o telescópio du Pont,
    de dois metros e meio.
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    Dois metros e meio
    é o tamanho do nosso espelho
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    que seria enorme para Tycho e Kepler.
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    Mas, atualmente, não é lá muito grande.
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    Já há telescópios maiores.
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    Mas no SDSS usamos instrumentos novos
    nestes telescópios antigos
  • 8:18 - 8:20
    para os tornarmos interessantes.
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    Captamos a luz de todos esses objetos
    na nossa abertura
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    e essa luz é depois dirigida
    para o plano focal,
  • 8:28 - 8:31
    onde os nossos instrumentos
    processam essa luz.
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    O que é novo no SDSS-V
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    é que estamos a tornar o plano focal
    totalmente robótico.
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    É isso mesmo: robôs.
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    (Risos)
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    Vou mostrá-los,
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    mas são ferozes e aterradores
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    e quero que respirem fundo.
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    Estou a avisar.
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    Sem quaisquer desculpas
    aos Blade Runners no meio de nós,
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    cá estão eles.
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    (Risos)
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    Tenho mil iguais a estes,
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    500 no plano focal de cada telescópio
    em cada hemisfério.
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    É assim que eles se movimentam no céu.
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    Estes são os nossos objetos
    e um campo de estrelas
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    portanto, temos estrelas,
    galáxias, buracos negros.
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    Os nossos robôs movem-se
    para esses objetos, quando os sobrevoamos
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    para captarem a luz dessas estrelas,
    dessas galáxias e desses buracos negros.
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    E, sim, é bizarro captar a luz
    de um buraco negro
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    mas já constatámos
    que os buracos negros são bizarros.
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    Mais uma coisa.
  • 9:33 - 9:36
    As estrelas estão sempre a explodir,
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    como esta aqui, em 1987,
    no nosso quintal cósmico.
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    Os buracos negros estão sempre a aumentar.
  • 9:47 - 9:51
    Todas as noites o céu é diferente.
  • 9:51 - 9:55
    O que significa que não podemos
    cartografar o céu uma só vez.
  • 9:55 - 9:57
    Temos de cartografar o céu
    inúmeras vezes.
  • 9:59 - 10:03
    No SDSS-V, voltamos imensas vezes
    a cada parte do céu
  • 10:03 - 10:06
    para ver como esses objetos
    alteram ao longo do tempo.
  • 10:06 - 10:10
    Porque essas alterações no tempo
    codificam a física
  • 10:10 - 10:14
    e codificam a forma como estes objetos
    estão a aumentar e a mudar.
  • 10:15 - 10:17
    Passamos o céu a pente fino.
  • 10:18 - 10:21
    OK, vou recapitular.
  • 10:21 - 10:24
    Um estudo global, dois hemisférios,
  • 10:25 - 10:28
    cinco telescópios, 10 espetrógrafos,
    milhões de objetos,
  • 10:28 - 10:30
    passamos o céu a pente fino,
  • 10:30 - 10:32
    um exército criativo, robôs.
  • 10:33 - 10:34
    Devem estar a pensar:
  • 10:34 - 10:37
    "Uau. Ela tem uma máquina
    industrial em funcionamento.
  • 10:37 - 10:40
    "Não há espaço para o génio individual,
    curioso, tipo lobo solitário."
  • 10:41 - 10:43
    Estão 100% enganados.
  • 10:43 - 10:45
    Apresento-vos o Voorwerp de Hanny.
  • 10:45 - 10:48
    Hanny van Arkel era
    uma professora holandesa
  • 10:48 - 10:52
    que analisava as versões públicas
    dos dados do SDSS,
  • 10:52 - 10:55
    quando descobriu este tipo de objeto
    extremamente raro,
  • 10:55 - 10:58
    que é hoje um importante tema de estudo.
  • 10:59 - 11:00
    Conseguiu isso
  • 11:00 - 11:05
    porque o SDSS, desde o início,
    e por mandato da Fundação Sloan,
  • 11:05 - 11:08
    tornou disponíveis publicamente
    as suas informações
  • 11:08 - 11:11
    e utilizáveis para uma ampla gama
    de audiências.
  • 11:12 - 11:15
    Ela é uma cidadã — sim, aplaudam-na.
  • 11:15 - 11:16
    Aplaudam-na por isso.
  • 11:16 - 11:19
    (Aplausos)
  • 11:19 - 11:21
    Hanny é uma cidadã cientista
  • 11:21 - 11:22
    ou, como eu gosto de lhes chamar,
  • 11:22 - 11:24
    "cidadãos guerreiros".
  • 11:24 - 11:31
    Prova que não é preciso ser
    um astrofísico de ponta para participar.
  • 11:31 - 11:33
    Basta serem curiosos.
  • 11:34 - 11:37
    Há uns anos, o meu filho
    de quatro anos, perguntou:
  • 11:38 - 11:40
    "As luas podem ter luas?"
  • 11:40 - 11:42
    Dispus-me a responder a esta pergunta
  • 11:42 - 11:46
    porque, apesar de muitas crianças
    de quatro anos, provavelmente,
  • 11:46 - 11:48
    tenham feito sempre esta pergunta,
  • 11:48 - 11:52
    muitos especialistas, eu própria incluída,
    não sabiam qual a resposta.
  • 11:52 - 11:56
    Estas são as luas no nosso sistema solar
    que podem albergar hipotéticas subluas.
  • 11:56 - 12:01
    E isto serve para vos mostrar
    que há muitas questões básicas
  • 12:01 - 12:03
    que ainda estão por compreender.
  • 12:06 - 12:11
    Isto leva-me ao ponto
    mais importante do SDSS.
  • 12:11 - 12:15
    Porque as estrelas, as galáxias,
    os buracos negros, os robôs,
  • 12:15 - 12:17
    tudo isto é super fixe.
  • 12:19 - 12:21
    Mas a coisa mais fixe de todas
  • 12:21 - 12:24
    é que criaturas minúsculas
    num monte de entulho
  • 12:24 - 12:28
    em volta de uma estrela vulgar
    numa galáxia perfeitamente vulgar
  • 12:28 - 12:32
    pode ganhar a batalha
    de compreender o seu mundo.
  • 12:33 - 12:38
    Cada ponto neste vídeo é uma galáxia.
  • 12:39 - 12:41
    Cada ponto.
  • 12:48 - 12:51
    (Aplausos)
  • 12:54 - 12:57
    Estou a mostrar aqui o número de galáxias
  • 12:57 - 13:00
    que os astrónomos cartografaram
    em grandes estudos, a partir de 1980.
  • 13:00 - 13:03
    Distinguimos o lançamento do SDSS
    por volta do ano 2000.
  • 13:04 - 13:06
    Se nos mantivermos nesta linha,
  • 13:07 - 13:08
    teremos cartografado
  • 13:08 - 13:13
    todas as grandes galáxias
    no universo observável, em 2060.
  • 13:13 - 13:15
    Pensem nisso.
  • 13:15 - 13:19
    Pensem isto: passámos
    de organizar conchas
  • 13:19 - 13:23
    para a relatividade geral, para o SDSS,
    em poucos milhares de anos
  • 13:23 - 13:26
    — e se continuarmos
    durante mais 40 anos,
  • 13:27 - 13:29
    podemos mapear todas as galáxias.
  • 13:30 - 13:32
    Mas temos de nos manter em linha.
  • 13:33 - 13:35
    Será essa a nossa opção?
  • 13:37 - 13:39
    Há forças obscuras neste mundo
  • 13:39 - 13:46
    que privarão a nossa espécie
    do direito de compreender o universo.
  • 13:46 - 13:48
    Não tenham medo do escuro.
  • 13:48 - 13:50
    Lutem contra isso.
  • 13:50 - 13:51
    Juntem-se a nós.
  • 13:51 - 13:53
    Obrigada.
  • 13:53 - 13:56
    (Aplausos)
Title:
O mapa das galáxias, dos buracos negros e das estrelas mais pormenorizado de sempre
Speaker:
Juna Kollmeier
Description:

Há milhares de anos que os seres humanos estudam as estrelas, mas a astrofísica Juna Kollmeier tem uma missão muito especial: criar os os mais pormenorizados mapas em 3D do universo, que já foram feitos. Uma viagem através do cosmos graças ao relato do trabalho da sua equipa ao serviço do projeto Sloan Digital Sky Survey (SDSS), que cartografa milhões de estrelas, buracos negros e galáxias com um nível de pormenor sem precedente. Se continuarmos a este ritmo, diz ela, podemos cartografar todas as grandes galáxias do universo observável até 2060: "Passámos das representações do céu com a ajuda de conchas para a relatividade geral em poucos milhares de anos. Bastam-nos mais 40 anos para poder cartografar todas as galáxias."

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:13

Portuguese subtitles

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