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Efeitos especiais que podem salvar uma vida | Peter Weinstock | TEDxNatick

  • 0:17 - 0:21
    E se eu dissesse que existe
    uma nova tecnologia
  • 0:21 - 0:26
    que, quando colocada nas mãos
    de médicos e enfermeiras,
  • 0:26 - 0:31
    melhora os resultados para crianças
    e adultos, pacientes de todas as idades;
  • 0:32 - 0:35
    reduz dor e sofrimento,
  • 0:35 - 0:38
    reduz o tempo nas salas de cirurgia,
  • 0:38 - 0:41
    reduz o tempo dos anestésicos,
  • 0:41 - 0:43
    apresenta a melhor curva dose-resposta
  • 0:43 - 0:44
    e, quanto mais você aplica,
  • 0:44 - 0:47
    melhor é o beneficio aos pacientes?
  • 0:48 - 0:50
    Uma surpresa: não tem efeitos colaterais,
  • 0:52 - 0:55
    e está disponível não importa
    onde o cuidado seja ministrado.
  • 0:56 - 0:59
    Posso falar como médico da UTI
    do hospital infantil de Boston:
  • 0:59 - 1:02
    isso seria uma virada de jogo para mim.
  • 1:03 - 1:06
    E a boa noticia é que estou aqui
    para falar sobre essa tecnologia
  • 1:06 - 1:11
    que estamos descobrindo,
    aplicando aos cuidados médicos,
  • 1:11 - 1:14
    e tendo esses resultados
    que acabei de descrever.
  • 1:15 - 1:20
    Essa tecnologia
    é o treinamento realístico.
  • 1:21 - 1:23
    Apenas nas horas que mais importam,
  • 1:23 - 1:27
    e nos lugares e equipes que mais importam,
  • 1:27 - 1:30
    e, por fim, para os pacientes
    que mais importam.
  • 1:30 - 1:31
    E esta tecnologia,
  • 1:31 - 1:33
    esse treinamento realístico,
  • 1:33 - 1:36
    tem sido dado pela simulação médica.
  • 1:37 - 1:41
    Pensei em começar com um caso,
  • 1:41 - 1:44
    apenas para descrever o desafio à frente,
  • 1:44 - 1:48
    e mostrar por que essa tecnologia
    não só vai melhorar os cuidados médicos,
  • 1:48 - 1:50
    mas por que ela é decisiva
    para os cuidados médicos.
  • 1:51 - 1:54
    Esta é uma menina recém-nascida.
  • 1:54 - 1:56
    "Dia de vida zero", nós chamamos,
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    o primeiro dia de vida no mundo.
  • 1:57 - 1:59
    Logo que ela nasceu,
  • 1:59 - 2:02
    notamos que sua condição
    está se deteriorando.
  • 2:02 - 2:05
    O pulso está subindo, a pressão, caindo,
  • 2:05 - 2:07
    ela está respirando muito rápido.
  • 2:08 - 2:12
    E a razão disso foi detectada
    neste raio-x do tórax.
  • 2:16 - 2:19
    Em um rápido estudo sobre radiologia,
  • 2:19 - 2:22
    como podem ver,
    a parte superior da criança...
  • 2:22 - 2:26
    Isso é chamado de "babygram",
    um raio-x completo do corpo da criança.
  • 2:26 - 2:30
    Na parte superior, é onde devem estar
    o coração e os pulmões.
  • 2:30 - 2:32
    Na parte inferior, o abdômen,
  • 2:32 - 2:34
    é onde deveria estar o intestino.
  • 2:34 - 2:38
    E dá para ver uma área translúcida
  • 2:38 - 2:42
    que vai até o lado direito
    do peito da criança.
  • 2:42 - 2:46
    Isso é o intestino... no lugar errado.
  • 2:46 - 2:48
    Ele está empurrando os pulmões
  • 2:48 - 2:51
    e tornando difícil a respiração do bebê.
  • 2:52 - 2:53
    A solução para este problema
  • 2:53 - 2:55
    é levar a criança
    imediatamente para a cirurgia,
  • 2:55 - 2:57
    trazer o intestino de volta ao abdômen,
  • 2:57 - 2:59
    deixar os pulmões expandirem
  • 2:59 - 3:01
    e permitir que esta criança respire.
  • 3:02 - 3:04
    Mas, antes de ela ir para a cirurgia,
  • 3:04 - 3:07
    ela deve ser levada
    para a UTI, onde eu trabalho.
  • 3:07 - 3:09
    Eu trabalho com equipes cirúrgicas.
  • 3:09 - 3:11
    Nós nos reunimos em volta dela,
  • 3:11 - 3:15
    e a colocamos em um "bypass"
    cardiopulmonar.
  • 3:16 - 3:17
    Nós a fazemos dormir,
  • 3:17 - 3:20
    fazemos um pequeno corte no pescoço,
  • 3:20 - 3:23
    colocamos catéteres
    nos vasos principais do pescoço,
  • 3:23 - 3:29
    e posso dizer que estes vasos são
    do tamanho da ponta de uma caneta;
  • 3:29 - 3:31
    então o sangue é retirado do corpo,
  • 3:31 - 3:34
    levado a uma máquina, é oxigenado,
  • 3:34 - 3:35
    e volta para o corpo.
  • 3:36 - 3:37
    Nós salvamos a vida dela,
  • 3:37 - 3:40
    e a deixamos segura para a cirurgia.
  • 3:41 - 3:43
    Aqui está o problema:
  • 3:44 - 3:46
    esse distúrbio,
  • 3:46 - 3:49
    conhecido como hérnia
    diafragmática congênita,
  • 3:49 - 3:53
    essa falha no diafragma que permite
    que os intestinos subam,
  • 3:53 - 3:55
    é rara.
  • 3:56 - 4:00
    Mesmo nas melhores mãos do mundo,
  • 4:00 - 4:05
    ainda há o desafio de conseguir
    o volume natural desses pacientes,
  • 4:05 - 4:08
    para termos uma curva
    de experiência de 100%.
  • 4:08 - 4:10
    Eles não ocorrem com frequência.
  • 4:11 - 4:14
    Então como fazer para o raro ficar comum?
  • 4:16 - 4:18
    E há outro problema:
  • 4:19 - 4:23
    no sistema de saúde
    em que treinei por 20 anos,
  • 4:23 - 4:24
    e que existe atualmente,
  • 4:25 - 4:27
    o modelo de treinamento
    é o chamado modelo aprendizagem.
  • 4:27 - 4:29
    Tem sido esse há séculos.
  • 4:29 - 4:33
    É baseado na ideia
    de que você vê uma cirurgia,
  • 4:33 - 4:35
    talvez uma, talvez muitas vezes,
  • 4:35 - 4:38
    então você faz aquela cirurgia,
  • 4:38 - 4:41
    e, por fim, a ensina
    para a próxima geração.
  • 4:43 - 4:46
    E está implícito neste modelo,
  • 4:46 - 4:48
    eu não preciso falar isso para vocês,
  • 4:48 - 4:53
    que treinamos em muitos pacientes
    que estamos tratando.
  • 4:55 - 4:56
    Isso é um problema.
  • 5:00 - 5:02
    E eu acho que há uma abordagem melhor.
  • 5:02 - 5:06
    A medicina pode muito bem ser
    o último ramo de alto risco
  • 5:06 - 5:09
    que não pratica antes da hora do jogo.
  • 5:11 - 5:15
    Eu quero descrever um método
    melhor através da simulação médica.
  • 5:17 - 5:20
    O que fizemos foi ir
    a outras indústrias de alto risco
  • 5:20 - 5:23
    que têm usado esse tipo
    de metodologia por décadas.
  • 5:23 - 5:25
    A energia nuclear.
  • 5:25 - 5:29
    A energia nuclear
    executa cenários regularmente
  • 5:29 - 5:32
    para praticar o que esperam
    que nunca aconteça.
  • 5:32 - 5:36
    E, como todos somos muito
    familiarizados, a indústria aérea:
  • 5:36 - 5:40
    todos nós entramos em aviões
    confortados pela ideia
  • 5:40 - 5:45
    de que pilotos e tripulações treinaram
    em simuladores parecidos com este,
  • 5:45 - 5:48
    treinando em cenários
    que esperamos que nunca ocorram.
  • 5:48 - 5:50
    mas sabemos que, se eles treinaram,
  • 5:50 - 5:53
    eles estarão preparados para o pior.
  • 5:53 - 5:58
    De fato, a indústria aérea
    chegou a criar fuselagens
  • 5:58 - 5:59
    de ambientes de simulação,
  • 5:59 - 6:02
    devido à importância do time se unir.
  • 6:03 - 6:05
    Este é um simulador
    de evacuação de emergência.
  • 6:06 - 6:10
    Então, se esses eventos raros acontecerem,
  • 6:10 - 6:13
    eles estarão prontos para agir
    o mais rápido possível.
  • 6:15 - 6:20
    A indústria mais convincente,
    para mim, é a do esporte,
  • 6:20 - 6:22
    que pode-se dizer de alto risco.
  • 6:23 - 6:26
    Pense em um time de beisebol:
    os jogadores de beisebol praticam.
  • 6:26 - 6:29
    Acho que é um ótimo exemplo
    de treino progressivo.
  • 6:29 - 6:31
    Primeiro eles vão
    para o treino de primavera.
  • 6:31 - 6:34
    Vão para um campo
    de treinamento de primavera,
  • 6:34 - 6:36
    talvez um simulador de beisebol.
  • 6:37 - 6:39
    Não é o campo real, mas é o da simulação,
  • 6:39 - 6:42
    e estão jogando a pré-temporada.
  • 6:42 - 6:45
    Então, vão a campo,
    na temporada dos jogos,
  • 6:45 - 6:49
    e qual é a primeira coisa
    que eles fazem antes do jogo começar?
  • 6:49 - 6:53
    Eles vão para a área fechada
    e rebatem bolas por horas,
  • 6:53 - 6:56
    com diferentes tipos de arremessos,
  • 6:56 - 7:01
    até seus músculos ficarem flexíveis,
  • 7:01 - 7:03
    prontos para o jogo.
  • 7:03 - 7:06
    E aqui está a parte mais fenomenal disto,
  • 7:07 - 7:09
    e vocês, que assistem eventos esportivos,
  • 7:09 - 7:11
    vão ver isto acontecer.
  • 7:12 - 7:15
    O batedor vai para seu lugar,
  • 7:15 - 7:17
    o arremessador fica pronto
    para arremessar.
  • 7:17 - 7:20
    Antes de o arremesso ser feito,
  • 7:20 - 7:21
    o que o batedor faz?
  • 7:21 - 7:23
    O batedor sai da área
  • 7:25 - 7:26
    e pratica a tacada.
  • 7:29 - 7:30
    É sempre desse jeito.
  • 7:33 - 7:37
    Vou falar de como estamos criando
    práticas como esta na medicina.
  • 7:37 - 7:42
    Estamos criando áreas de treinamento
    para quem nos importamos
  • 7:42 - 7:43
    no hospital infantil de Boston.
  • 7:43 - 7:46
    Quero usar um caso recente.
  • 7:46 - 7:50
    Uma criança de quatro anos
    com crescimento progressivo da cabeça
  • 7:50 - 7:55
    que, em função disso, perdeu etapas
    do desenvolvimento neurológico;
  • 7:55 - 7:58
    a razão para isto
  • 7:58 - 8:01
    é chamada de hidrocefalia.
  • 8:01 - 8:04
    Então, um rápido estudo em neurocirurgia.
  • 8:04 - 8:08
    Este é o cérebro,
    dá para ver o crânio em volta.
  • 8:08 - 8:12
    O que envolve o cérebro,
    entre o cérebro e o crânio,
  • 8:12 - 8:15
    é chamado de líquido
    cefalorraquidiano ou fluido,
  • 8:15 - 8:17
    que age como um amortecedor.
  • 8:17 - 8:19
    Na cabeça de vocês agora,
  • 8:19 - 8:22
    há líquido cefalorraquidiano
    banhando seus cérebros
  • 8:22 - 8:24
    e circulando em volta dele.
  • 8:24 - 8:26
    É produzido em uma área, flui,
  • 8:26 - 8:28
    e então é reposto.
  • 8:28 - 8:31
    E este lindo padrão de fluxo
    ocorre para todos nós.
  • 8:31 - 8:33
    Mas, em algumas crianças,
  • 8:33 - 8:36
    há um bloqueio neste padrão de fluxo,
  • 8:36 - 8:37
    como um trânsito congestionado.
  • 8:38 - 8:41
    O fluido acumula,
  • 8:41 - 8:43
    e o cérebro é empurrado para o lado.
  • 8:44 - 8:46
    Tem dificuldade em crescer.
  • 8:46 - 8:50
    Como resultado, a criança perde etapas
    do desenvolvimento neurológico.
  • 8:50 - 8:52
    Esta é uma doença devastadora em crianças.
  • 8:52 - 8:55
    A cura para isso é a cirurgia,
  • 8:56 - 8:59
    A cirurgia tradicional consiste
    em tirar um pedaço do crânio,
  • 8:59 - 9:03
    drenar o fluido, pôr um dreno
  • 9:03 - 9:05
    e trazer este dreno para dentro do corpo.
  • 9:05 - 9:07
    Uma operação grande.
  • 9:08 - 9:12
    Mas uma ótima novidade é que o avanço
    em cuidado neurocirúrgico
  • 9:12 - 9:16
    tem nos permitido desenvolver abordagens
    menos invasivas para esta cirurgia.
  • 9:16 - 9:21
    Através de um pequeno orifício,
    uma câmera é inserida,
  • 9:22 - 9:25
    levada à estrutura profunda do cérebro,
  • 9:25 - 9:29
    fazendo um furo
    para que todo o fluído drene,
  • 9:29 - 9:31
    como se fosse em uma pia.
  • 9:31 - 9:34
    Acaba a pressão no cérebro,
  • 9:34 - 9:36
    ele pode expandir novamente
  • 9:36 - 9:39
    e curamos a criança
    através de uma única incisão.
  • 9:40 - 9:42
    Mas aqui está o problema:
  • 9:42 - 9:44
    hidrocefalia é relativamente rara.
  • 9:44 - 9:47
    E não há bons métodos de treinamento
  • 9:47 - 9:50
    para ficar realmente bom em levar
    este endoscópio para o lugar certo.
  • 9:50 - 9:55
    Mas os cirurgiões têm sido bem criativos.
  • 9:55 - 9:57
    E criaram modelos para treinamento.
  • 9:57 - 9:58
    Aqui está o modelo para treinamento.
  • 9:58 - 10:01
    (Risos)
  • 10:01 - 10:02
    Eu não estou brincando.
  • 10:02 - 10:03
    Isto é um pimentão,
  • 10:05 - 10:07
    não foi feito em Hollywood,
    é um pimentão real.
  • 10:08 - 10:11
    Os cirurgiões inserem
    um endoscópio no pimentão,
  • 10:11 - 10:14
    e fazem uma "sementectomia".
  • 10:14 - 10:16
    (Risos)
  • 10:16 - 10:22
    Usam o endoscópio para remover
    sementes com uma pinça.
  • 10:23 - 10:25
    E essa é uma maneira de aprender
  • 10:25 - 10:28
    os princípios rudimentares
    da prática desta cirurgia.
  • 10:29 - 10:31
    Então eles vão direto
    para o modelo de aprendizado,
  • 10:31 - 10:34
    vendo tantos casos quantos surgirem,
  • 10:34 - 10:36
    então fazendo e ensinando,
  • 10:36 - 10:38
    esperando que estes pacientes cheguem.
  • 10:39 - 10:41
    Nós podemos fazer muito melhor.
  • 10:41 - 10:46
    Quero levá-los agora
    para a loja do Willy Wonka
  • 10:46 - 10:48
    no hospital infantil de Boston,
  • 10:48 - 10:53
    onde estamos fabricando
    reproduções de crianças
  • 10:53 - 10:57
    para que as equipes cirúrgicas pratiquem
  • 10:57 - 11:00
    das formas mais relevantes possíveis.
  • 11:00 - 11:01
    Deixe-me mostrar isto.
  • 11:03 - 11:05
    Aqui está minha equipe
  • 11:05 - 11:09
    na Divisão SIM de Engenharia
    do Programa Simulação.
  • 11:10 - 11:13
    Este é um time incrível.
  • 11:13 - 11:15
    Eles são engenheiros mecânicos;
  • 11:15 - 11:18
    você está vendo aqui, ilustradores.
  • 11:18 - 11:22
    Eles pegam dados primários de tomografias
    e ressonâncias magnéticas,
  • 11:22 - 11:25
    traduzem em informação digital,
  • 11:26 - 11:27
    animam,
  • 11:27 - 11:32
    colocam junto aos componentes
    da própria criança,
  • 11:32 - 11:35
    escaneiam, moldando quando necessário,
  • 11:35 - 11:38
    dependendo da cirurgia,
  • 11:38 - 11:42
    e então enviam esses dados digitais
  • 11:42 - 11:46
    para impressoras 3D de última geração
  • 11:46 - 11:48
    que nos permitem imprimir
  • 11:48 - 11:54
    a anatomia exata da criança,
    em cada detalhe.
  • 11:54 - 11:58
    Aqui você pode ver
    o crânio da criança sendo impresso,
  • 11:58 - 12:00
    horas antes da cirurgia.
  • 12:01 - 12:04
    Mas não poderíamos fazer esse trabalho
  • 12:04 - 12:08
    sem nossos queridos amigos
    da costa oeste, de Hollywood, Califórnia.
  • 12:09 - 12:13
    São pessoas incrivelmente talentosas
  • 12:13 - 12:15
    em recriar a realidade.
  • 12:15 - 12:20
    Não é um grande avanço.
  • 12:20 - 12:21
    Quanto mais avançamos nisso,
  • 12:21 - 12:25
    fica mais claro para nós
    que estamos fazendo cinematografia.
  • 12:26 - 12:27
    Nós estamos fazendo cinema,
  • 12:28 - 12:30
    só que os atores não são atores.
  • 12:31 - 12:33
    Eles são médicos e enfermeiras reais.
  • 12:34 - 12:37
    Estas são algumas fotos dos nossos
    amigos da Fractured FX
  • 12:37 - 12:39
    em Hollywood, Califórnia,
  • 12:39 - 12:42
    uma empresa de efeitos especiais
    premiada com o Emmy.
  • 12:42 - 12:45
    Este é Justin Raleigh e seu grupo,
  • 12:45 - 12:47
    este não é um de nossos pacientes,
  • 12:47 - 12:49
    (Risos)
  • 12:49 - 12:52
    mas um pouco do trabalho
    excelente que eles fazem.
  • 12:52 - 12:55
    Nós unimos nossa experiência,
  • 12:55 - 12:58
    trazendo a equipe deles para o hospital,
  • 12:58 - 13:00
    enviando nossa equipe
    para Hollywood, Califórnia
  • 13:00 - 13:02
    e fazendo trocas
  • 13:02 - 13:05
    para podermos desenvolver
    estes simuladores.
  • 13:05 - 13:09
    O que estou prestes a mostrar a vocês
    é a reprodução desta criança.
  • 13:09 - 13:11
    Esta não é uma criança real.
  • 13:20 - 13:25
    Cada fio de cabelo da cabeça
    da criança é reproduzido.
  • 13:25 - 13:29
    E, de fato, esta é também
    aquela criança reproduzida,
  • 13:29 - 13:32
    desculpem pelos enjoos.
  • 13:32 - 13:35
    mas esta é uma reprodução e simulação
  • 13:35 - 13:37
    da criança que eles
    estão prestes a operar.
  • 13:39 - 13:42
    Aqui está aquela membrana que falamos,
  • 13:42 - 13:44
    o lado de dentro do cérebro da criança.
  • 13:44 - 13:49
    O que vamos ver aqui é,
    de um lado, o paciente real,
  • 13:49 - 13:51
    e do outro lado, o simulador.
  • 13:51 - 13:56
    Uma câmera precisa fazer seu caminho,
  • 13:56 - 13:57
    e você está vendo aqui.
  • 13:57 - 14:00
    É preciso fazer um pequeno
    buraco nesta membrana
  • 14:00 - 14:02
    e permitir que este fluido saia.
  • 14:04 - 14:08
    Eu não vou fazer uma adivinhação
    para ver quem sabe qual lado é o quê,
  • 14:10 - 14:12
    mas ao lado direito é o simulador.
  • 14:13 - 14:17
    Então agora os cirurgiões podem produzir
    oportunidades de treinamento,
  • 14:17 - 14:21
    fazer essas cirurgias
    quantas vezes eles quiserem,
  • 14:21 - 14:24
    até estarem satisfeitos,
    até se sentirem confortáveis.
  • 14:24 - 14:27
    E só então levar a criança à cirurgia.
  • 14:27 - 14:28
    Mas não paramos aqui.
  • 14:28 - 14:33
    A chave não é só a técnica,
  • 14:33 - 14:37
    mas combinar a técnica com uma equipe
    que vai dar esse cuidado.
  • 14:37 - 14:40
    Agora vamos para a Fórmula 1.
  • 14:40 - 14:44
    E aqui é um exemplo
    de um técnico colocando um pneu
  • 14:44 - 14:47
    e fazendo isso várias vezes.
  • 14:47 - 14:50
    Mas isso vai ser rapidamente incorporado
  • 14:50 - 14:52
    ao treinamento em equipe,
  • 14:52 - 14:56
    agora com uma equipe completa
    manuseando a troca de pneus
  • 14:56 - 14:59
    e fazendo com que o carro
    volte à pista de corrida.
  • 15:00 - 15:04
    Demos esse passo na assistência médica,
  • 15:04 - 15:10
    e agora veremos
    a simulação de uma cirurgia.
  • 15:11 - 15:13
    Nós pegamos o simulador que eu descrevi,
  • 15:13 - 15:17
    trouxemos à sala de cirurgia,
  • 15:17 - 15:21
    e essas pessoas, essas equipes nativas,
    equipes cirúrgicas,
  • 15:21 - 15:24
    estão fazendo a cirurgia
    antes da cirurgia.
  • 15:24 - 15:26
    Operam duas vezes;
  • 15:26 - 15:27
    cortam uma.
  • 15:27 - 15:29
    Deixe-me mostrar isso.
  • 15:32 - 15:35
    (Vídeo) Profissional 1: Quer
    a cabeça levantada ou não?
  • 15:35 - 15:37
    Profissional 2: Pode abaixá-la a dez?
  • 15:37 - 15:39
    Profissional 3: Abaixar a mesa toda?
  • 15:39 - 15:41
    Profissional 4: Abaixando.
  • 15:43 - 15:46
    Profissional 3: Certo, isto
    balança como um navio.
  • 15:46 - 15:48
    Tesoura novamente, por favor.
  • 15:48 - 15:51
    Profissional 5: Estou colocando as luvas.
  • 15:51 - 15:54
    Profissional 6: Ótimo! Obrigado.
  • 15:55 - 15:57
    Peter Weinstock: Realmente incrível.
  • 15:57 - 15:59
    O segundo passo para isso, que é crucial,
  • 15:59 - 16:02
    é tirar essas equipes
    e questioná-las imediatamente.
  • 16:03 - 16:04
    Usamos as mesmas tecnologias
  • 16:04 - 16:09
    usadas no Lean, no Six Sigma,
    nas forças armadas;
  • 16:09 - 16:12
    nós os reunimos e falamos
    sobre o que funcionou,
  • 16:12 - 16:14
    mas, sobretudo,
  • 16:14 - 16:16
    falamos sobre o que não ocorreu bem,
  • 16:16 - 16:18
    e como vamos consertar.
  • 16:18 - 16:21
    Então eles entram e repetem.
  • 16:21 - 16:26
    Prática deliberativa de rebatimento
    nos momentos em que mais importa.
  • 16:28 - 16:30
    Vamos voltar para este caso agora.
  • 16:30 - 16:32
    A mesma criança,
  • 16:32 - 16:36
    mas vou descrever como cuidamos dela
    no hospital infantil de Boston.
  • 16:36 - 16:38
    Esta criança nasceu
    às três horas da manhã.
  • 16:38 - 16:40
    Às duas horas da manhã,
  • 16:40 - 16:42
    nós reunimos o time,
  • 16:42 - 16:44
    e pegamos a anatomia reproduzida
  • 16:44 - 16:48
    que conseguimos com exames e imagens,
  • 16:49 - 16:51
    e trouxemos a equipe para o leito virtual,
  • 16:51 - 16:53
    para uma simulação do leito;
  • 16:53 - 16:57
    o mesmo time que vai operar
    esta criança horas depois;
  • 16:57 - 16:59
    e eles fazem o procedimento.
  • 17:00 - 17:01
    Deixe-me mostrar um momento disto.
  • 17:06 - 17:08
    Esta não é uma incisão real.
  • 17:10 - 17:12
    E o bebê ainda não nasceu.
  • 17:13 - 17:15
    Imagine isto.
  • 17:21 - 17:25
    Então as conversas que tenho
    agora com as famílias
  • 17:25 - 17:28
    na UTI do hospital infantil de Boston
  • 17:28 - 17:29
    são totalmente diferentes.
  • 17:30 - 17:32
    Imagine esta conversa:
  • 17:33 - 17:38
    "Não apenas cuidamos deste transtorno
    frequentemente em nossa UTI,
  • 17:38 - 17:40
    e não apenas temos feito cirurgias
  • 17:40 - 17:42
    como a que vamos fazer na sua filha,
  • 17:42 - 17:46
    mas temos feito a cirurgia da sua filha.
  • 17:47 - 17:50
    Nós a fizemos duas horas atrás.
  • 17:50 - 17:52
    E fizemos dez vezes.
  • 17:52 - 17:56
    E agora estamos preparados
    para levá-la à sala de cirurgia".
  • 17:58 - 18:00
    Uma nova tecnologia na assistência médica:
  • 18:01 - 18:04
    treinamento realístico.
  • 18:04 - 18:08
    Praticar antes da hora H.
  • 18:09 - 18:10
    Obrigado.
  • 18:10 - 18:13
    (Aplausos)
Title:
Efeitos especiais que podem salvar uma vida | Peter Weinstock | TEDxNatick
Description:

A medicina pode ser a única indústria de altos riscos que não pratica rotineiramente antes da hora H. Peter Weinstock, médico de cuidados intensivos e especialista em simulação médica, mostra como uma única combinação de simulação, efeitos especiais de Hollywood e impressora 3D, são usados para criar reproduções surpreendentemente realistas de pacientes reais e, pela primeira vez, dar às equipes cirúrgicas o poder de “operar duas vezes, mas cortar uma” para melhorar os resultados para bebês e crianças.

Peter é médico de Cuidados Intensivos e Diretor do Programa de Simulação Pediátrica no Hospital Infantil de Boston / Escola médica de Harvard. Ele é empenhado em melhorar os resultados cirúrgicos de recém-nascidos e crianças. Peter e sua equipe une medicina com efeitos especiais de última geração, fantoches e tecnologia de impressão 3D para criar simuladores realísticos de cirurgias complexas.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:26

Portuguese, Brazilian subtitles

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