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A História das Coisas

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    A História das Coisas
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    com Annie Leonard
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    Tens um destes?
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    Estou um pouco obcecada com o meu...
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    na verdade, obcecada
    com todas as minhas coisas.
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    Já pensaste donde
    vêm as coisas que compramos
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    e para onde vão quando as deitamos fora?
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    Eu não podia deixar de pensar nisto.
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    Então fui verificar.
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    E o que os livros diziam era que
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    as coisas movem-se através de um sistema
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    da Extracção
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    para a Produção
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    Distribuição
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    Consumo
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    e para o Lixo.
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    A tudo isto junto chama-se:
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    A economia dos materiais.
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    Bem, investiguei um pouco mais,
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    na verdade, passei 10 anos,
    a viajar pelo mundo,
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    à procura de onde vêm
    as coisas e para onde vão.
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    E sabes o que descobri?
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    Esta não é toda a história.
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    Há muita coisa que
    falta nesta explicação.
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    De um ponto de vista,
    este sistema parece perfeito.
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    Sem problemas!
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    Mas na verdade é que
    este é um sistema em CRISE.
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    e a razão para que esteja em CRISE,
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    é porque é um sistema linear,
    e vivemos num planeta finito.
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    E não se pode aplicar um sistema linear,
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    num planeta finito, indefinidamente.
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    A cada passo, este sistema está
    a interagir com o mundo real.
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    E a vida real não acontece
    numa página em branco.
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    Interage com sociedades, culturas,
    economias, e o meio ambiente.
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    E por todo o caminho está
    a ir contra os seus limites.
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    Limites que não vemos aqui,
    porque o diagrama está incompleto.
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    Então vamos voltar, vamos preencher
    os espaços em branco
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    e ver o que falta.
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    Bem, uma das coisas importantes
    que falta são pessoas.
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    Sim, pessoas.
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    Pessoas vivem e trabalham
    ao longo de todo sistema.
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    E algumas pessoas neste sistema
    importam um pouco mais do que outras.
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    Algumas tem um pouco mais de voz.
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    Quem são eles?
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    Bem, vamos começar pelo Governo.
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    Os meus amigos disseram-me que
    eu deveria usar um tanque
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    para simbolizar o Governo,
    e isto é certo em muitos países,
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    e cada vez mais nos EUA.
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    Ainda mais quando mais de 50%
    do dinheiro dos impostos federais
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    vai agora para os militares,
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    mas eu estou a usar uma pessoa
    para simbolizar o governo
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    porque acredito na visão
    de que o governo deve ser
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    do povo, pelo povo e para o povo.
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    O trabalho do governo é
    olhar por nós, cuidar de nós.
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    Esse é o seu trabalho.
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    Então, aparece a corporação.
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    Agora, a razão pela qual a corporação
    parece maior do que o Governo,
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    é porque a corporação
    é maior do que o Governo.
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    Das 100 maiores economias do mundo,
    51 são corporações.
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    E à medida que as corporações
    cresceram em Tamanho e Poder
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    vimos uma pequena mudança no Governo,
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    onde estavam mais preocupados em assegurar
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    que as coisas funcionem melhor
    para estas pessoas do que para nós.
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    Ok, então vamos ver o que
    mais falta nesta imagem.
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    Vamos começar pela Extracção,
    que é uma palavra elegante para dizer
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    Exploracção de Recursos Naturais,
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    que é uma forma elegante
    de dizer Destruir o Planeta!!!
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    E o que parece é que cortamos
    as árvores, explodimos as montanhas
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    para tirar todos os metais que
    existem dentro, usamos toda a água
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    e arrasamos com os animais.
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    Então aqui encontramos
    o nosso primeiro limite:
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    ESTAMOS A FICAR SEM RECURSOS!!!
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    Estamos a usar em demasiado as coisas.
  • 3:03 - 3:05
    Eu sei que isto pode ser duro de ouvir,
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    mas é verdade, então,
    temos que lidar com isto.
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    Só nas últimas 3 décadas,
    1/3 das reservas naturais do planeta
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    foram consumidas, PERDIDAS.
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    Estamos a cortar e a minar e
    a cavar e a devastar o planeta tão depressa
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    que estamos a arrasar
    a própria capacidade do planeta
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    de permitir que as pessoas possam viver nele.
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    Onde vivo, nos EUA, resta-nos menos
    de 4% das florestas originais.
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    40% de nossos cursos de água
    já não são mais potáveis.
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    E o nosso problema não é somente
    estarmos a usar demasiadas coisas,
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    mas estamos a usar
    mais do que a nossa parte.
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    Temos 5% da população do mundo,
    mas estamos a usar 30% dos recursos
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    e a criar 30% do lixo mundial.
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    Se todos consumissem ao ritmo dos EUA,
    necessitaríamos de 3 a 5 planetas,
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    E sabes que mais?
    SÓ TEMOS UM.
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    Então, a resposta do meu país a esta
    limitação é simplesmente roubar dos outros.
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    Este é Terceiro Mundo.
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    Que alguns diriam que é outra forma de chamar:
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    as nossas coisas que de alguma forma
    foram parar à terra dos outros.
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    E o que fazemos?
    A mesma coisa.
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    DEVASTAR O LUGAR!!!
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    75% das zonas pesqueiras mundiais
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    estão hoje a ser pescadas no limite
    ou para além da sua capacidade.
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    80% das florestas originais
    do planeta já se perderam.
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    Somente na Amazónia estamos
    a perder 2000 árvores por minuto,
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    que são 7 campos de futebol por minuto.
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    E as pessoas que viviam aí?
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    Bem, de acordo com estes senhores,
    eles não são donos dos seus recursos,
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    mesmo que tenham vivido ali durante gerações.
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    Eles não são donos dos meios de produção
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    e não estão a comprar um monte de coisas.
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    E neste sistema, se tu não
    és dono ou não compras muitas coisas,
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    TU NÃO TENS VALOR!!!
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    Então, a seguir os materiais vão para a Produção.
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    e o que acontece aí é que usamos
    energia para misturar químicos tóxicos
  • 4:49 - 4:53
    com os recursos naturais para fazer
    produtos toxicamente contaminados.
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    Há mais de 100.000 químicos sintéticos
    em uso comercial actualmente.
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    Somente alguns foram
    testados no impacto à saúde,
  • 5:01 - 5:04
    E nenhum foi testado
    no impacto sinérgico à saúde,
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    que é quando interagem com outros químicos
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    a que estamos expostos todos os dias.
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    Então não sabemos o impacto completo
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    sobre a saúde e o ambiente
    de todos estes químicos tóxicos.
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    Mas sabemos de uma coisa:
    tóxicos entram, tóxicos saem.
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    Enquanto continuamos a colocar tóxicos
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    nos nossos sistemas de produção industrial,
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    vamos continuar a obter tóxicos nas
    coisas que levamos para as nossas casas,
  • 5:22 - 5:26
    os nossos trabalhos, as nossas
    escolas, e claro, os nossos corpos.
  • 5:26 - 5:28
    Como os B.F.R.,
    Brometos Retardadores de Incêndio,
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    são químicos que fazem as coisas
    mais resistentes ao fogo,
  • 5:31 - 5:34
    mas são SUPERTÓXICOS, são NEUROTOXINAS,
  • 5:34 - 5:36
    isso significa que
    são tóxicos para o cérebro.
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    O que estamos a fazer quando
    usamos químicos como estes?
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    Sim, nós estamos a colocá-los
    nos nossos computadores,
  • 5:41 - 5:45
    electrodomésticos, sofás, colchões,
    e até em algumas almofadas.
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    Na verdade, pegamos nas nossas almofadas
    mergulhamo-las numa neurotoxina,
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    levamos para casa e pomos as nossas
    cabeças nelas 8 horas por noite de sonho.
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    Eu não sei, mas parece-me
    que neste país com tanto potencial,
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    poderíamos encontrar uma forma melhor
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    que evite que as nossas cabeças
    peguem fogo durante a noite.
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    Estas toxinas sobem pela cadeia alimentar
    e concentram-se nos nossos corpos.
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    Sabes qual é o alimento
    que está no topo da cadeia
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    com o nível mais alto de tóxicos?
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    O LEITE MATERNO HUMANO!!!
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    Isto quer dizer que chegámos ao ponto
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    em que os menores indivíduos
    das nossas sociedades, os nossos bebés,
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    estão a obter a dose mais elevada
    de quimicos das suas vidas,
  • 6:20 - 6:23
    do leite materno das suas mães.
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    Não é uma tremenda violação?
  • 6:26 - 6:30
    A amamentação tem de ser o
    mais fundamental acto de nutrição,
  • 6:31 - 6:33
    deveria ser sagrada e segura.
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    O leite materno é ainda o melhor,
    as mães devem continuar a amamentar,
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    mas nós deveríamos protegê-lo...
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    ELES DEVERIAM PROTEGÊ-LOS.
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    Pensava que eles iram cuidar de nós.
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    E claro,
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    as pessoas que absorvem mais toxinas
    são os trabalhadores das fábricas.
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    Muitos deles são mulheres
    em idade reprodutiva.
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    Elas trabalham com toxinas que afectam
    a reprodução, são cancerígenas, etc..
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    Agora pergunto-te: Que tipo
    de mulher em idade reprodutiva
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    trabalharia exposta a toxinas reprodutivas,
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    senão uma mulher sem opção?
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    E essa é uma das "belezas" do Sistema.
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    A erosão dos ambientes e economias locais aqui,
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    introduz um permanente contingente
    de pessoas sem opções.
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    Globalmente, 200.000 pessoas por dia
    mudam-se de ambientes que os sustentou
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    por gerações para as cidades.
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    Muitos para viver em favelas,
    à procura de um trabalho,
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    não importa quão tóxico seja ele.
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    Como podes ver, não são somente
    recursos os que se desfazem
  • 7:29 - 7:31
    ao longo do sistema, mas também, pessoas.
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    Comunidades inteiras são devastadas!
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    Sim, tóxicos entram, tóxicos saem.
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    Muitos do tóxicos que saem
    das fábricas como produtos,
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    mas, saem mais ainda como
    subprodutos, ou poluição.
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    E É MUITA POLUIÇÃO!!!
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    Nos EUA, a nossa indústria
    admite libertar 2 biliões de quilos
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    de químicos tóxicos por ano,
    e provavelmente haja mais,
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    porque isso é só o que eles admitem.
  • 7:54 - 7:56
    E este é outro limite, porque (que nojo),
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    quem quer ver e cheirar 2 biliões de quilos
  • 7:59 - 8:00
    de toxinas químicas por ano?
  • 8:00 - 8:01
    Então, o que fazem?
  • 8:02 - 8:05
    Mudam as fábricas imundas para além-mar,
    contaminando a terra de outros.
  • 8:05 - 8:06
    Mas, surpresa:
  • 8:06 - 8:09
    muita dessa poluição está
    a voltar trazida pelo vento.
  • 8:10 - 8:13
    Então, o que acontece depois
    de todos estes recursos naturais
  • 8:13 - 8:15
    serem convertidos em produtos?
  • 8:15 - 8:17
    Pois, vão para cá, para a Distribuição.
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    Agora, Distribuição quer dizer
  • 8:19 - 8:22
    "vender todas as porcarias contaminadas
    com toxinas o mais rápido possível
  • 8:22 - 8:24
    A meta aqui é manter os preços baixos,
  • 8:25 - 8:27
    manter as pessoas a comprar e
    manter o inventário em movimento.
  • 8:28 - 8:29
    Como mantém os preços baixos?
  • 8:29 - 8:32
    Bem, não pagam muito
    aos trabalhadores da loja
  • 8:32 - 8:34
    reduzem o seguro de saúde cada vez que podem.
  • 8:35 - 8:37
    Tudo se trata de externalizar os custos,
  • 8:37 - 8:40
    o que significa que o custo
    real de produzir as coisas,
  • 8:40 - 8:42
    não está embutido não preço do mesmo.
  • 8:42 - 8:45
    Noutras palavras, não estamos
    a pagar as coisas que compramos.
  • 8:45 - 8:47
    Estava a pensar nisto outro dia...
  • 8:47 - 8:50
    Caminhava para o trabalho e
    queria escutar as noticias,
  • 8:50 - 8:52
    então entrei num Radio Shack
    para comprar um rádio,
  • 8:52 - 8:55
    encontrei este lindo e
    pequeno rádio verde por 4,99 dólares.
  • 8:55 - 9:00
    Estava parada na fila para pagar
    e pensei como é possível que 4,99 dólares
  • 9:00 - 9:03
    possa embutir o custo de produzir este rádio
  • 9:03 - 9:05
    e fazê-lo chegar às minhas mãos?
  • 9:05 - 9:07
    O metal provavelmente foi
    extraído na África do Sul,
  • 9:08 - 9:10
    o petróleo provavelmente
    foi extraído no Iraque,
  • 9:10 - 9:13
    os plásticos provavelmente
    foram produzidos na China,
  • 9:13 - 9:15
    e talvez tudo tenha sido montado
    por uma criança de 15 anos
  • 9:15 - 9:17
    numa fábrica no México.
  • 9:17 - 9:20
    $4,99 nem sequer pagaria
    o aluguer da prateleira
  • 9:20 - 9:22
    que ocupava até quando cheguei.
  • 9:22 - 9:25
    Nem se fala, no salário do
    empregado que me ajudou a escolhê-la,
  • 9:25 - 9:27
    ou as múltiplas travessias
    oceânicas e viagens de camião
  • 9:27 - 9:30
    que as peças deste rádio percorreram.
  • 9:30 - 9:32
    Assim é que me dei conta:
    "EU NÃO PAGUEI ESTE RÁDIO!"
  • 9:32 - 9:33
    Então, quem pagou?
    Bem...
  • 9:33 - 9:36
    Esta gente pagou com a perda
    dos seus recursos naturais.
  • 9:36 - 9:39
    Esta gente pagou com a perda do ar limpo,
  • 9:39 - 9:42
    com o aumento das taxas de asma e cancro.
  • 9:42 - 9:44
    As crianças no Congo pagaram com o seu futuro.
  • 9:44 - 9:47
    30% das crianças no Congo abandonaram a escola
  • 9:47 - 9:50
    para trabalhar nas minas de coltan,
    um metal que necessitamos
  • 9:50 - 9:52
    para os nosso electrodomésticos
    baratos e descartáveis.
  • 9:53 - 9:55
    Até esta gente pagou,
    por não ter sua cobertura de saúde.
  • 9:55 - 9:58
    Ao longo de tudo este sistema,
    as pessoas contribuíram para que
  • 9:58 - 10:00
    eu pudesse ter este rádio por 4,99 dólares.
  • 10:00 - 10:04
    E NENHUMA DESTAS CONTRIBUIÇÕES ESTÃO
    REGISTADAS NUM LIVRO DE CONTABILIDADE!
  • 10:04 - 10:06
    Isto é o que eu quero dizer, quando os donos
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    das empresas externalizam
    os verdadeiros custos de produção.
  • 10:10 - 10:15
    E isso nos traz a...
    "a flecha dourada do consumo".
  • 10:15 - 10:18
    Este é o coração do sistema,
    o motor que o move.
  • 10:18 - 10:20
    É tão importante que proteger esta flecha
  • 10:20 - 10:23
    se tornou a mais alta prioridade
    para estes 2 gajos.
  • 10:23 - 10:25
    Por isso, que depois do "11 de Setembro",
  • 10:25 - 10:28
    quando o nosso país ainda estava em choque,
  • 10:28 - 10:31
    o presidente Bush poderia sugerir
    um monte de coisas apropriadas:
  • 10:31 - 10:35
    lamentar-se, orar, ter fé...
    Não! ele disse: COMPRAR!
  • 10:36 - 10:39
    Nos tornámo-nos uma nação de consumidores.
  • 10:39 - 10:42
    A nossa identidade primária
    converteu-se em sermos consumidores.
  • 10:42 - 10:46
    Não em mães, professores,
    fazendeiros, mas, consumidores!
  • 10:46 - 10:49
    A principal forma que o nosso valor é medido
  • 10:49 - 10:52
    e demonstrado é de acordo com
    o quanto contribuímos com esta flecha.
  • 10:52 - 10:54
    Quanto consumimos...
  • 10:54 - 10:56
    E realmente fizémos!
  • 10:56 - 10:58
    Comprámos, comprámos e comprámos!
  • 10:58 - 11:01
    Mantivemos os materiais a fluir.
    E realmente fluem.
  • 11:01 - 11:04
    Adivinhem qual é a percentagem
    do total dos materias
  • 11:04 - 11:06
    que fluem através deste sistema
  • 11:06 - 11:09
    que está ainda em uso após
    6 meses de sua venda no EUA?
  • 11:10 - 11:12
    50%?
  • 11:12 - 11:13
    20%?
  • 11:13 - 11:16
    Não! 1%!
  • 11:16 - 11:17
    1!
  • 11:17 - 11:21
    Noutras palavras, 99% das coisas que extraímos,
  • 11:21 - 11:24
    tiramos, processamos, transportamos,
    99% das coisas que passam pelo sistema
  • 11:24 - 11:27
    são lixo em 6 meses.
  • 11:27 - 11:31
    Então, como podemos gerir um planeta
    com este índice de processamento?
  • 11:31 - 11:33
    Nem sempre foi assim.
  • 11:34 - 11:38
    Uma pessoa normal no EUA consome
    o dobro do que consumia há 50 anos.
  • 11:38 - 11:40
    Pergunta à tua avó.
  • 11:40 - 11:42
    Na época dela, a administração, o aproveitamento
  • 11:42 - 11:44
    e a economia dos recursos, eram valorizados.
  • 11:44 - 11:46
    Então, como é que isto aconteceu?
  • 11:46 - 11:49
    Bem, não aconteceu simplesmente.
    FOI PLANEADO!!!
  • 11:49 - 11:51
    Pouco depois da Segunda Guerra Mundial,
  • 11:51 - 11:54
    estes gajos estiveram a pensar
    como levantar a economia dos EUA.
  • 11:54 - 11:57
    O analista de vendas Victor Lebow
    articulou a solução
  • 11:57 - 11:59
    que se tornou a regra para todo o sistema.
  • 11:59 - 12:02
    Ele disse:
    "A nossa enorme e produtiva economia...
  • 12:02 - 12:04
    exige que façamos do consumo
    o nosso modo de vida
  • 12:04 - 12:07
    que convertamos a compra
    e o uso de bem em rituais,
  • 12:07 - 12:09
    que busquemos a nossa satisfação espiritual,
  • 12:10 - 12:13
    a satisfação do nosso ego, no consumo...
  • 12:13 - 12:16
    nós necessitamos coisas consumidas,
    queimadas, deslocadas e descartadas
  • 12:16 - 12:19
    a um ritmo sempre acelerado".
  • 12:19 - 12:21
    E o chefe do Conselho económico
    do presidente Eisenhower
  • 12:21 - 12:24
    disse que "o máximo propósito
    da economia americana
  • 12:24 - 12:26
    é produzir mais bens de consumo"
  • 12:26 - 12:28
    MAIS BENS DE CONSUMO???
  • 12:28 - 12:30
    O MÁXIMO PROPÓSITO???
  • 12:30 - 12:32
    Não dar cuidados médicos, ou educação,
  • 12:32 - 12:35
    ou transportes seguros,
    ou sustentabilidade ou justiça?
  • 12:35 - 12:37
    BENS DE CONSUMO???
  • 12:37 - 12:41
    Como conseguiram que saltássemos a bordo
    deste programa com tanto entusiasmo?
  • 12:41 - 12:43
    Bem, duas das mais
    efectivas estratégias são:
  • 12:43 - 12:46
    "obsolescência programada"
    e " obsolescência percebida".
  • 12:46 - 12:48
    Obsolescência programada é outra palavra para
  • 12:48 - 12:50
    "desenhado para o lixo".
  • 12:51 - 12:53
    O que quer dizer que se fazem as coisas
    para que se tornem inúteis
  • 12:53 - 12:55
    o tão rápido quanto seja possível
    para que as deitemos fora
  • 12:55 - 12:56
    e compremos outras novas.
  • 12:56 - 12:58
    É obvio com coisas como sacos
    plásticas e copos de café,
  • 12:59 - 13:00
    mas agora inclusive coisas grandes:
  • 13:00 - 13:03
    vassouras, DVDs,
    câmeras e até churrasqueiras,
  • 13:03 - 13:04
    De tudo!
    Até computadores.
  • 13:04 - 13:07
    Já notaram que quando compram
    um computador agora,
  • 13:07 - 13:09
    a tecnologia está a mudar tão depressa
  • 13:09 - 13:11
    que um par de anos será
    um impedimento de comunicação?
  • 13:11 - 13:14
    Tinha curiosidade a respeito,
  • 13:14 - 13:16
    então abri um grande computador de
    escritório para ver o que tinha dentro.
  • 13:16 - 13:21
    E encontrei que a peça que muda a cada
    ano é uma pequenina peça no canto.
  • 13:21 - 13:24
    Mas não se pode trocar apenas essa peça,
  • 13:24 - 13:26
    porque cada nova versão
    é tem forma diferente,
  • 13:27 - 13:29
    de maneira que tens que deitar
    tudo fora e comprar um novo.
  • 13:30 - 13:32
    Estava a ler revistas de
    desenho industrial da década 50
  • 13:33 - 13:35
    quando a obsolescência programada
    estava a pôr-se em dia.
  • 13:35 - 13:37
    Estes desenhistas estavam tão abertos a ela.
  • 13:37 - 13:39
    De facto, eles discutiam
  • 13:39 - 13:42
    o quão rápido podiam fazer
    com que os produtos se partissem
  • 13:42 - 13:44
    e ainda assim deixar o consumidor
    com fé suficiente no produto,
  • 13:44 - 13:46
    para sair e ir comprar um novo.
  • 13:46 - 13:48
    ERA TÃO INTENCIONAL!!!
  • 13:48 - 13:50
    Mas as coisas não se podem estragar
    o suficientemente rápido
  • 13:50 - 13:52
    para manter esta flecha a voar.
  • 13:52 - 13:54
    Para isso existe a
    "Obsolescência Percebida".
  • 13:54 - 13:57
    A Obsolescência Percebida
    convence-nos a nos desfazermos das coisas
  • 13:57 - 13:59
    que ainda estão em perfeito estado.
  • 13:59 - 14:01
    Como fazem isto?
  • 14:01 - 14:03
    Mudam a aparência do produto.
  • 14:03 - 14:05
    De maneira que se as tuas coisas
    são de há 2 anos atrás,
  • 14:05 - 14:09
    toda a gente nota que tu não
    contribuiste recentemente para a flecha
  • 14:09 - 14:11
    e já que a forma de
    demonstrar o nosso valor
  • 14:11 - 14:14
    é mediante a contribuição a esta
    flecha, pode ser embaraçoso.
  • 14:14 - 14:17
    Eu sempre tive o mesmo grande monitor branco
  • 14:17 - 14:19
    na minha secretária durante 5 anos.
  • 14:19 - 14:21
    A minha colega teve um computador novo.
  • 14:21 - 14:24
    Ela tem um monitor plano e brilhante.
  • 14:24 - 14:26
    Combina com o seu computador,
    combina com o seu telemóvel,
  • 14:27 - 14:28
    inclusive com o seu porta-lápis.
  • 14:28 - 14:31
    Parece que ela anda a pilotar
    a central de uma nave espacial
  • 14:31 - 14:34
    e eu, como se tivesse uma
    máquina de lavar roupa na minha secretária
  • 14:34 - 14:36
    A moda é outro bom exemplo disto.
  • 14:36 - 14:39
    Alguma vez se perguntaram
    porque é que os sapatos de mulher
  • 14:39 - 14:42
    um ano têm salto grosso e no outro
    ano fino e no outro grosso outra vez?
  • 14:42 - 14:44
    Não é porque haja um debate
  • 14:44 - 14:46
    sobre qual a estrutura de taco
    é a mais saudável para os pés da mulher.
  • 14:46 - 14:49
    É porque tendo saltos grossos
    num ano de saltos finos,
  • 14:49 - 14:51
    tu demonstras aos outros
  • 14:51 - 14:53
    que não contribuiste
    para a flecha recentemente,
  • 14:53 - 14:55
    então tu não vales muito como a
    pessoa de saltos finos ao teu lado.
  • 14:55 - 14:58
    Ou, mais provavelmente,
    como a pessoa do anúncio.
  • 14:58 - 15:00
    É para nós continuármos a comprar sapatos novos.
  • 15:00 - 15:03
    A publicidade e os
    meios de comunicação em geral
  • 15:03 - 15:04
    têm um grande papel nisto.
  • 15:04 - 15:08
    Cada um de nós, nos EUA, está
    exposto a mais de 3000 anúncios por dia.
  • 15:08 - 15:11
    Vemos mais publicidade num ano
    que uma pessoa 50 anos atrás
  • 15:12 - 15:13
    em toda a sua vida.
  • 15:13 - 15:15
    E se vocês pensarem, qual é
    o sentido de uma publicidade
  • 15:15 - 15:17
    senão nos sentirmos
    infelizes com o que temos.
  • 15:18 - 15:21
    Então 3000 vezes por dia dizem-nos
    que o nosso cabelo está mau,
  • 15:21 - 15:22
    que a nossa pele está mal,
    a nossa roupa está mal,
  • 15:22 - 15:24
    os nossos móveis estão mal,
    os nossos carros estão mal...
  • 15:24 - 15:25
    nós estamos mal.
  • 15:25 - 15:28
    Mas tudo pode ser resolvido
    se sairmos para comprar.
  • 15:28 - 15:30
    Os meios-de-comunicação também
    ajudam a ocultar tudo isto
  • 15:30 - 15:32
    e tudo isto, para que a
    única parte da economia dos isso
  • 15:32 - 15:34
    que nós vemos seja a compra.
  • 15:34 - 15:37
    A Extração, Produção e Lixo
  • 15:37 - 15:39
    acontecem fora do nosso campo de visão.
  • 15:40 - 15:43
    Então, nos EUA temos mais coisas que nunca,
  • 15:43 - 15:46
    mas as pesquisas mostram que
    a felicidade nacional está a decair.
  • 15:46 - 15:49
    A nossa felicidade nacional
    alcançou o seu pico nos anos 50
  • 15:49 - 15:52
    ao mesmo tempo que esta
    mania de consumo explodiu.
  • 15:53 - 15:55
    Interessante coincidência.
  • 15:55 - 15:57
    Acho que sei porquê.
  • 15:58 - 15:59
    Temos mais coisas mas temos menos tempo
  • 16:00 - 16:02
    para aquilo que nos realmente faz feliz:
  • 16:02 - 16:04
    família, amigos, tempo livre.
  • 16:04 - 16:06
    Estamos a trabalhar mais duro do que nunca.
  • 16:06 - 16:09
    Alguns analistas dizem que
    temos menos tempo livre agora
  • 16:09 - 16:11
    que nos tempos feudais.
  • 16:11 - 16:13
    Sabem quais são as
    duas principais actividades
  • 16:13 - 16:16
    que levamos a cabo no
    nosso escasso tempo livre?
  • 16:16 - 16:17
    Ver televisão e comprar.
  • 16:18 - 16:22
    Nos EUA, nós passamos 3 a 4 vezes
    mais horas a comprar do que na Europa.
  • 16:22 - 16:25
    Então estamos nesta ridícula situação
    a vezes em 2 trabalhos,
  • 16:26 - 16:29
    e vamos para casa exaustos,
    sentamo-nos nas nossas poltronas
  • 16:29 - 16:31
    para ver televisão e a publicidade
    que nos dizem "tu és ridículo",
  • 16:32 - 16:34
    então vamos ao centro comercial comprar
    algo para sentirmos melhor,
  • 16:34 - 16:36
    depois vamos trabalhar mais
  • 16:36 - 16:38
    para pagar as coisas que acabámos de comprar
  • 16:38 - 16:40
    e chegamos em casa mais cansados,
    então sentamo-nos e vemos mais televisão
  • 16:40 - 16:42
    e dizem-nos que temos que
    ir ao shopping outra vez
  • 16:42 - 16:44
    e estamos nesta louca roda
    de trabalhar-ver-gastar
  • 16:44 - 16:45
    e poderíamos somente PARAR.
  • 16:45 - 16:48
    Então, no final, o que acontece com
    todas estas coisas que compramos?
  • 16:49 - 16:51
    A este ritmo de consumo,
    já não cabem nas nossas casas,
  • 16:51 - 16:55
    ainda que nos EUA a casa normal
    seja o dobro das casas dos anos 70.
  • 16:55 - 16:57
    Vai tudo parar ao lixo.
  • 16:57 - 16:59
    E isso leva-nos ao Descarte.
  • 16:59 - 17:01
    Esta é a parte da economia de os
    materiais que todos conhecemos melhor
  • 17:01 - 17:04
    porque temos que levá-la
    à lixeira nós mesmos.
  • 17:04 - 17:08
    Cada um de nós nos EUA
    produz 2kg de lixo por dia.
  • 17:08 - 17:11
    É o dobro do que cada
    um produzia 30 anos atrás.
  • 17:12 - 17:14
    Todo este lixo
    acaba num aterro sanitário,
  • 17:14 - 17:18
    que é simplesmente
    um grande buraco no chão,
  • 17:18 - 17:19
    ou se realmente vocês têm má sorte,
  • 17:19 - 17:22
    primeiro é queimada num incinerador
    e depois colocado num aterro.
  • 17:22 - 17:23
    De qualquer modo,
  • 17:23 - 17:25
    ambos contaminam o ar, a terra, ou a água,
  • 17:26 - 17:28
    e, não vamos esquecer, afectam o clima.
  • 17:28 - 17:30
    A incineração é realmente má.
  • 17:30 - 17:33
    Lembram-se daqueles
    tóxicos da etapa da Produção?
  • 17:33 - 17:37
    Queimar o lixo liberta os tóxicos para o ar.
  • 17:37 - 17:40
    Inclusive pior, na realidade fazem
    super-toxinas, como a dioxina.
  • 17:41 - 17:45
    A Dioxina é a substância mais tóxica,
    feita pelo homem, que a ciência conhece.
  • 17:45 - 17:49
    E os incineradores são
    os produtores número 1 de dioxina.
  • 17:49 - 17:51
    Isso quer dizer que poderíamos
  • 17:51 - 17:53
    deter a substância mais tóxica
    feita pelo homem
  • 17:54 - 17:56
    somente por deixando de queimar o lixo.
  • 17:56 - 17:58
    PODERIAMOS PARAR HOJE!!!
  • 17:58 - 18:00
    Agora, algumas companhias
    não querem lidar com
  • 18:01 - 18:03
    a construção de aterros sanitários
    e incineradores aqui,
  • 18:04 - 18:07
    dessa maneira também, exportam os Descartes.
  • 18:07 - 18:09
    E a Reciclagem? Reciclar ajuda?
  • 18:09 - 18:11
    Sim, reciclar ajuda.
  • 18:11 - 18:14
    Reciclar reduz o lixo
    nessa ponta e reduz e pressão
  • 18:14 - 18:16
    de extrair e cavar materiais
    novos nesta ponta.
  • 18:16 - 18:17
    Sim, sim, sim.
  • 18:18 - 18:19
    Todos deveríamos reciclar.
  • 18:19 - 18:22
    Mas reciclar não é suficiente.
    Reciclar nunca será suficiente.
  • 18:23 - 18:24
    Por 2 de razões.
  • 18:24 - 18:26
    Primeiro, o lixo que sai das nossas casas
  • 18:27 - 18:28
    é apenas a ponta do iceberg.
  • 18:28 - 18:31
    Por cada caixote de lixo
    que pomos na lixeira,
  • 18:31 - 18:35
    70 caixotes de resíduos são gerados
    durante o processo de fabricar o lixo
  • 18:35 - 18:37
    que acabámos de colocar na lixeira.
  • 18:37 - 18:40
    Então, mesmo se pudéssemos
    reciclar 100% do desperdício
  • 18:40 - 18:44
    que sai das nossas casas,
    não chegaríamos ao centro do problema.
  • 18:44 - 18:47
    Além do mais, muito do lixo
    não pode ser reciclado,
  • 18:47 - 18:49
    ou porque contém demasiados tóxicos
  • 18:49 - 18:52
    ou porque está desenhado para
    não ser reciclado desde o princípio.
  • 18:52 - 18:54
    Como aqueles pacotes de sumo
  • 18:54 - 18:57
    com camadas de metal,
    papel e plástico todos colados.
  • 18:57 - 19:01
    Nunca podemos separar essas camadas
    para uma verdadeira reciclagem.
  • 19:02 - 19:05
    Como podem ver,
    É UM SISTEMA EM CRISE!!!
  • 19:05 - 19:08
    Ao longo de todo o caminho, estamos
    a chocar contra um monte de limites.
  • 19:08 - 19:10
    Desde mudar o clima
    até à decrescente felicidade,
  • 19:10 - 19:12
    simplesmente, NÃO ESTÁ A FUNCIONAR!!!
  • 19:12 - 19:17
    Mas o bom de um problema tão profundo,
    é que há muitos pontos para intervir.
  • 19:17 - 19:20
    Há pessoas a trabalhar aqui
    para salvar as florestas
  • 19:20 - 19:22
    e aqui na Produção limpa.
  • 19:22 - 19:24
    Há pessoas a trabalhar nos direitos
    do trabalhador e comércio justo,
  • 19:24 - 19:27
    consumo consciente e bloquear
    aterros sanitários e incineradores
  • 19:27 - 19:30
    e, muito importante,
    recuperar o nosso Governo
  • 19:31 - 19:34
    para que seja realmente
    pelas pessoas e para as pessoas.
  • 19:34 - 19:36
    Todo este trabalho é
    criticamente importante
  • 19:37 - 19:39
    mas as coisas vão começar
    a mover-se realmente
  • 19:39 - 19:42
    quando olharmos para as ligações,
    quando olharmos a imagem completa.
  • 19:42 - 19:44
    Quando as pessoas ao longo
    do sistema se unirem,
  • 19:44 - 19:47
    vamos poder reclamar e transformar
    este sistema linear em algo novo.
  • 19:48 - 19:51
    Num sistema que não
    desfaça recursos, nem pessoas.
  • 19:51 - 19:54
    Porque o que realmente necessitamos
    é desfazermo-nos da velha escola
  • 19:54 - 19:56
    da cultura do Descarte.
  • 19:56 - 19:58
    Há uma nova escola de pensamento neste tema
  • 19:58 - 20:00
    e está baseada na:
    SUSTENTABILIDADE E IGUALDADE,
  • 20:01 - 20:03
    QUÍMICA ECOLÓGICA, DESPERDÍCIO ZERO,
  • 20:03 - 20:05
    CICLOS DE PRODUÇÃO FECHADOS,
    ENERGIAS RENOVÁVEIS,
  • 20:05 - 20:07
    ECONOMIAS REGIONAIS.
  • 20:07 - 20:09
    E JÁ ESTÁ A ACONTECER!
  • 20:09 - 20:13
    Algumas pessoas dizem que é utópico,
    idealista, que não pode acontecer.
  • 20:13 - 20:15
    Mas eu digo que os que são utópicos
  • 20:15 - 20:17
    são os que querem seguir pelo velho caminho.
  • 20:18 - 20:19
    Isso é sonhar.
  • 20:19 - 20:21
    Lembrem que o velho sistema
    não aconteceu simplesmente.
  • 20:22 - 20:24
    Não é como a lei-da-gravidade,
    com que temos que viver.
  • 20:24 - 20:26
    AS PESSOAS CRIARAM-NO!!!
  • 20:26 - 20:28
    E NÓS SOMOS PESSOAS TAMBÉM!!!
  • 20:28 - 20:30
    ENTÃO, VAMOS CRIAR ALGO NOVO!!!
  • 20:30 - 20:39
    Visita
    www.storyofstuff.com
Title:
A História das Coisas
Description:

Para a maioria do mundo, o consumo tem sido o dever inquestionável de cada indivíduo.
Neste filme de 20 minutos a ativista Annie Leonard abre a porta a uma séria de análises sobre os custos económico, ambientais e culturais do consumismo.
Data de lançamento: 4 de dezembro de 2007 (mundial)
Direção: Louis Fox
Autora: Annie Leonard
Produção: Erica Priggen
Roteiro: Louis Fox, Annie Leonard, Jonah Sachs
Elenco: Annie Leonard

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Video Language:
English
Duration:
21:25

Portuguese subtitles

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