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Uma forma divertida de ensinar às crianças sobre computadores | Linda Liukas | TEDxCERN

  • 0:20 - 0:23
    A programação
    é o próximo idioma universal.
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    Nos anos 70, foi a música punk
    que impulsionou toda uma geração.
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    Nos anos 80, provavelmente foi o dinheiro.
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    Mas para minha geração,
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    os softwares são a interface
    com nossa imaginação e nosso mundo.
  • 0:38 - 0:40
    E isso significa que precisamos
  • 0:40 - 0:43
    de um grupo de pessoas
    radicalmente mais diverso
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    para criar esses produtos,
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    que não vejam computadores como coisas
    mecânicas, solitárias, chatas e mágicas,
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    mas como coisas que você pode fuçar,
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    virar pelo avesso,
    remexer e assim por diante.
  • 0:55 - 0:59
    Minha jornada pessoal de imersão
    no mundo da programação e da tecnologia
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    começou aos 14 anos.
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    Eu tinha uma paixonite aguda
    por um homem mais velho
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    e por acaso esse homem
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    era o então vice-presidente
    dos EUA, Sr. Al Gore.
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    E eu fiz o que qualquer
    garota adolescente faria.
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    Eu queria expressar
    todo esse amor de alguma forma,
  • 1:18 - 1:20
    então fiz um site para ele. Aqui está.
  • 1:20 - 1:24
    E em 2001 não havia Tumblr,
  • 1:25 - 1:27
    nem Facebook, nem Pinterest.
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    Então precisei aprender a programar
  • 1:29 - 1:32
    para poder expressar
    todo o meu amor e admiração.
  • 1:32 - 1:35
    E foi assim que a programação
    começou para mim.
  • 1:35 - 1:37
    Começou como uma forma de me expressar.
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    Do mesmo jeito que eu usava
    giz de cera e legos quando pequena.
  • 1:41 - 1:46
    E quando fiquei mais velha,
    fazia aulas de guitarra e peças de teatro.
  • 1:47 - 1:51
    Mas aí surgiram outros garotos
    e outras coisas interessantes,
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    como poesia e tricotar meias,
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    e conjugar verbos irregulares em francês,
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    e inventar mundos de fantasia,
  • 2:00 - 2:02
    e Bertrand Russell e sua filosofia.
  • 2:02 - 2:04
    Então eu comecei a ser
    uma dessas pessoas
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    que acham computadores
    chatos, técnicos e solitários.
  • 2:09 - 2:10
    O que acho hoje é o seguinte:
  • 2:10 - 2:14
    meninas pequenas não sabem
    que não devem gostar de computadores.
  • 2:14 - 2:16
    Meninas pequenas são incríveis.
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    Elas são muito, muito boas
    em se concentrar nas coisas
  • 2:20 - 2:23
    e em ser exatas, e fazem
    perguntas incríveis do tipo:
  • 2:23 - 2:26
    "O que?", "Por quê?",
    "Como?", "Mas e se?"
  • 2:26 - 2:30
    E elas não sabem que não devem
    gostar de computadores.
  • 2:30 - 2:32
    São os pais que sabem.
  • 2:32 - 2:34
    Somos nós, os pais, que achamos
  • 2:34 - 2:39
    que a ciência da computação
    é uma disciplina esquisita e esotérica
  • 2:39 - 2:42
    que só pertence
    aos criadores de mistérios,
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    que é uma coisa tão distante
    do nosso dia a dia
  • 2:45 - 2:47
    quanto a física nuclear.
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    E eles têm um pouco de razão
    em relação a isso.
  • 2:50 - 2:54
    Há muita sintaxe,
    controles, estruturas de dados
  • 2:54 - 2:56
    algoritmos e práticas,
  • 2:56 - 2:59
    protocolos e paradigmas em programação.
  • 2:59 - 3:03
    E nós, enquanto comunidade,
    tornamos os computadores cada vez menores.
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    Construímos camadas e mais camadas
    de abstração umas sobre as outras
  • 3:08 - 3:09
    entre o homem e a máquina,
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    até não fazermos mais ideia
    de como os computadores funcionam
  • 3:13 - 3:15
    nem de como falar com eles.
  • 3:15 - 3:17
    Mas ensinamos nossos filhos
    como o corpo funciona,
  • 3:17 - 3:21
    ensinamos como
    o motor à combustão funciona
  • 3:21 - 3:24
    e até dizemos que se eles realmente
    quiserem ser astronautas
  • 3:24 - 3:26
    eles podem conseguir.
  • 3:26 - 3:27
    Mas quando uma criança nos pergunta:
  • 3:27 - 3:31
    "O que é um algoritmo
    de ordenação bolha?",
  • 3:31 - 3:35
    ou: "Como o computador sabe
    o que acontece quando aperto 'play',
  • 3:35 - 3:37
    como ele sabe qual vídeo mostrar?",
  • 3:37 - 3:39
    ou: "Linda, a internet é um lugar?",
  • 3:39 - 3:42
    nós adultos não sabemos como responder.
  • 3:43 - 3:45
    "É uma mágica", alguns dizem.
  • 3:45 - 3:49
    "É muito complicado", outros dizem.
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    Bem, não é nenhum dos dois.
  • 3:51 - 3:53
    Não é mágica e não é complicado.
  • 3:53 - 3:57
    É que tudo acontece
    muito, muito, muito rápido.
  • 3:57 - 4:00
    Os cientistas da computação criaram
    máquinas incríveis e lindas,
  • 4:00 - 4:02
    mas as tornaram
    muito esquisitas para nós
  • 4:02 - 4:05
    e a linguagem para falar
    com elas também,
  • 4:05 - 4:07
    e agora não sabemos mais
    como falar com os computadores
  • 4:07 - 4:10
    sem usar sofisticadas
    interfaces de usuário.
  • 4:10 - 4:12
    E é por isso que ninguém percebeu
  • 4:12 - 4:14
    que quando eu estava conjugando
    verbos irregulares em francês,
  • 4:14 - 4:17
    na verdade eu estava treinando
    como reconhecer padrões.
  • 4:17 - 4:20
    E quando eu estava adorando tricotar,
  • 4:20 - 4:23
    na verdade eu estava seguindo
    uma sequência de comandos simbólicos
  • 4:23 - 4:25
    que continham loops dentro deles.
  • 4:25 - 4:28
    E que a eterna busca
    de Bertrand Russell
  • 4:28 - 4:32
    por uma linguagem exata
    entre o inglês e a matemática
  • 4:32 - 4:35
    encontrou lugar dentro de um computador.
  • 4:35 - 4:37
    Eu era uma programadora
    mas ninguém sabia.
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    As crianças de hoje tocam, arrastam
    e pinçam seu caminho pelo mundo.
  • 4:44 - 4:47
    Mas se não dermos ferramentas
    para criar com os computadores,
  • 4:47 - 4:50
    estaremos criando apenas consumidores
    em vez de inventores.
  • 4:50 - 4:54
    E eu acredito que,
    se o JavaScript é a nova língua franca,
  • 4:54 - 4:59
    em vez de aulas de gramática,
    deveríamos dar aulas de poesia.
  • 4:59 - 5:02
    Toda essa busca me levou a uma menininha.
  • 5:02 - 5:05
    Seu nome é Ruby e ela tem seis anos.
  • 5:05 - 5:09
    Ela é totalmente destemida,
    criativa e um pouco mandona.
  • 5:09 - 5:11
    E sempre que eu encontrava um problema
  • 5:11 - 5:13
    tentando aprender
    a programar sozinha, do tipo:
  • 5:13 - 5:17
    "O que é design orientado a objeto
    ou o que é coleta de lixo?",
  • 5:17 - 5:22
    Eu tentava imaginar como uma menina
    de seis anos explicaria esse problema.
  • 5:22 - 5:24
    Então escrevi um livro sobre ela
    e fiz ilustrações,
  • 5:25 - 5:27
    e aqui estão algumas coisas
    que a Ruby me ensinou.
  • 5:27 - 5:29
    Ruby me ensinou
    que você não deve ter medo
  • 5:29 - 5:31
    dos "bugs" embaixo da sua cama.
  • 5:32 - 5:34
    E que até os maiores problemas
  • 5:34 - 5:38
    são apenas um conjunto de pequenos
    problemas todos juntos.
  • 5:38 - 5:41
    E Ruby também me apresentou a seus amigos,
  • 5:41 - 5:45
    o lado colorido da cultura da Internet.
  • 5:45 - 5:47
    Ela tem amigos como o Snow Leopard,
  • 5:47 - 5:50
    que é lindo mas não gosta
    de brincar com as outras crianças.
  • 5:50 - 5:55
    E tem amigos como os robôs verdes,
    que são gente boa mas superbagunceiros.
  • 5:55 - 5:57
    Ela tem amigos como o penguin Linux,
  • 5:57 - 6:01
    que é extremamente eficiente,
    mas um pouco difícil de entender.
  • 6:01 - 6:03
    E raposas idealistas, e assim por diante.
  • 6:04 - 6:08
    No mundo da Ruby,
    você aprende tecnologia brincando.
  • 6:08 - 6:12
    E, por exemplo, computadores
    são ótimos em repetir coisas,
  • 6:12 - 6:15
    então a Ruby ensina
    sobre os loops assim...
  • 6:15 - 6:18
    O passo de dança preferido dela
    é esse: "Palma, palma, pula, pula,
  • 6:18 - 6:19
    palma, palma e pula.”
  • 6:21 - 6:25
    E você aprende os loops de contagem
    repetindo isso quatro vezes.
  • 6:25 - 6:28
    Aprende os loops "while"
    repetindo essa sequência
  • 6:28 - 6:29
    enquanto se equilibra em um pé só.
  • 6:29 - 6:33
    E aprende os loops "until"
    repetindo essa sequência
  • 6:33 - 6:35
    até que sua mãe fique bem irritada.
  • 6:35 - 6:36
    (Risos)
  • 6:36 - 6:40
    Você aprende a fazer decomposição
    resolvendo problemas de fluxogramas
  • 6:40 - 6:43
    e vendo o que deu errado
    com as ações dos amigos da Ruby.
  • 6:44 - 6:48
    Você aprende que algoritmos
    são muito parecidos com receitas de bolo.
  • 6:48 - 6:52
    E acima de tudo, você aprende
    que não há repostas prontas.
  • 6:53 - 6:55
    Para definir como seria o mundo da Ruby,
  • 6:55 - 6:59
    precisei realmente perguntar
    às crianças como elas viam o mundo
  • 6:59 - 7:01
    e que tipo de perguntas elas tinham,
  • 7:01 - 7:03
    e fiz sessões de testes com brincadeiras.
  • 7:04 - 7:09
    Vou contar três historinhas
    dessas sessões para vocês.
  • 7:09 - 7:12
    Primeiro eu mostrava
    essas quatro imagens às crianças.
  • 7:13 - 7:15
    Eu mostrava a imagem de um carro,
  • 7:15 - 7:17
    um mercado, um cachorro e um banheiro.
  • 7:17 - 7:21
    Depois perguntava: "Qual desses
    você acha que é um computador?"
  • 7:22 - 7:24
    E as crianças respondiam
    de maneira bem conservadora:
  • 7:24 - 7:26
    "Nenhum desses é um computador.
  • 7:26 - 7:28
    Eu sei o que é um computador:
  • 7:28 - 7:29
    é aquela caixa iluminada
  • 7:29 - 7:33
    que a minha mãe ou meu pai
    passam um tempão olhando".
  • 7:33 - 7:35
    Mas depois conversávamos
  • 7:35 - 7:38
    e descobríamos que, na verdade,
    um carro é um computador,
  • 7:38 - 7:40
    tem um sistema de navegação dentro dele.
  • 7:40 - 7:43
    E um cachorro... talvez um cachorro
    não seja um computador,
  • 7:43 - 7:44
    mas ele tem uma coleira
  • 7:44 - 7:47
    e essa coleira pode ter
    um computador dentro dela.
  • 7:47 - 7:50
    E os mercados têm muitos tipos
    de computadores diferentes,
  • 7:50 - 7:54
    como as caixas registradoras
    e os sistemas de alarme.
  • 7:54 - 7:55
    E sabe o que mais, crianças?
  • 7:55 - 7:58
    No Japão, os banheiros são computadores
  • 7:58 - 8:00
    e tem até hackers que invadem eles.
  • 8:00 - 8:01
    (Risos)
  • 8:02 - 8:03
    E para continuar,
  • 8:03 - 8:06
    dei a eles pequenos adesivos
    com um botão de liga e desliga.
  • 8:06 - 8:10
    E disse o seguinte:
    "Hoje vocês têm o poder mágico
  • 8:10 - 8:14
    de transformar qualquer coisa
    nessa sala em um computador".
  • 8:14 - 8:15
    E de novo eles disseram:
  • 8:15 - 8:18
    "É muito difícil, eu não sei
    a resposta certa pra isso".
  • 8:18 - 8:19
    Mas eu falei: "Não se preocupem,
  • 8:19 - 8:22
    seus pais também não sabem
    a resposta certa.
  • 8:22 - 8:24
    Faz pouco tempo
    que eles começaram a ouvir
  • 8:24 - 8:27
    sobre essa tal de Internet das Coisas.
  • 8:27 - 8:29
    Mas vocês, crianças, vocês realmente
  • 8:29 - 8:33
    viverão em um mundo
    onde tudo será um computador."
  • 8:33 - 8:37
    Sua máquina de lavar roupas,
    sua escova de dentes e até sua mamadeira.
  • 8:37 - 8:41
    E vocês serão a última geração
    a lembrar do computador
  • 8:41 - 8:43
    como uma caixa iluminada.
  • 8:43 - 8:45
    Aí uma menininha chegou pra mim
  • 8:45 - 8:47
    com uma lanterna de bicicleta
  • 8:47 - 8:51
    e disse: "Se essa lanterna de bicicleta
    fosse um computador,
  • 8:51 - 8:53
    ela mudaria de cor."
  • 8:53 - 8:56
    E eu disse: "Que ótima ideia,
    o que mais ela faria?"
  • 8:56 - 8:58
    Depois de pensar um pouco,
  • 8:58 - 9:02
    ela disse: "Se essa lanterna
    fosse um computador,
  • 9:02 - 9:04
    poderíamos fazer uma pedalada com meu pai,
  • 9:04 - 9:06
    e dormiríamos em uma barraca,
  • 9:06 - 9:10
    e essa lanterna
    poderia ser também um projetor".
  • 9:11 - 9:13
    E esse era o momento
    pelo qual eu esperava,
  • 9:14 - 9:17
    não o momento em que a criança
    escreve um perfeito "array" em Ruby,
  • 9:17 - 9:19
    mas o momento em que ela percebe
  • 9:19 - 9:21
    que o mundo definitivamente
    ainda não está pronto,
  • 9:21 - 9:24
    que um modo incrível de tornar
    o mundo um lugar mais preparado
  • 9:24 - 9:27
    é criando tecnologia,
  • 9:27 - 9:30
    e que cada um de nós
    pode fazer parte dessa mudança.
  • 9:30 - 9:33
    Para finalizar, também criamos
    um computador,
  • 9:33 - 9:36
    a caixa iluminada,
    a obsoleta caixa iluminada.
  • 9:36 - 9:41
    E conhecemos a CPU mandona,
    e as prestativas RAM e ROM
  • 9:41 - 9:42
    que a ajudam a lembrar das coisas.
  • 9:42 - 9:45
    E depois de montarmos
    nosso computador juntos,
  • 9:45 - 9:48
    também criamos um aplicativo pra ele.
  • 9:48 - 9:50
    Mas a melhor história é a de um garotinho
  • 9:50 - 9:51
    de seis anos
  • 9:51 - 9:54
    que queria ser astronauta
    mais que tudo no mundo.
  • 9:55 - 9:57
    Ele estava usando fones de ouvido enormes
  • 9:57 - 10:00
    totalmente concentrado
    em seu pequeno computador de papel,
  • 10:00 - 10:02
    porque vejam bem, ele criou
  • 10:02 - 10:06
    seu próprio aplicativo de navegação
    planetária e intergalática.
  • 10:06 - 10:10
    E seu pai, um astronauta solitário
    na órbita de Marte,
  • 10:10 - 10:12
    estava do outro lado da sala,
  • 10:12 - 10:13
    e a importante missão do garoto
  • 10:13 - 10:16
    era trazer seu pai
    de volta à Terra em segurança.
  • 10:17 - 10:21
    Essas crianças terão uma visão
    profundamente diferente do mundo
  • 10:21 - 10:23
    e da forma como o construímos
    com a tecnologia.
  • 10:24 - 10:27
    Resumindo, quanto mais acessível,
  • 10:27 - 10:32
    inclusivo e diverso
    for o mundo da tecnologia,
  • 10:32 - 10:36
    mais colorido e melhor será o mundo.
  • 10:36 - 10:40
    Porque a transformação
    não começa com a tecnologia.
  • 10:40 - 10:43
    A transformação começa
    com pessoas de visão.
  • 10:44 - 10:47
    E a ciência da computação,
    a programação e a tecnologia,
  • 10:47 - 10:50
    todas essas coisas
    têm a humanidade em seu DNA.
  • 10:50 - 10:53
    Afinal de contas, os computadores
    costumavam ser humanos
  • 10:53 - 10:57
    que eram muito, muito bons
    em fazer cálculos.
  • 10:57 - 11:00
    E até hoje os programadores
    não escrevem o código
  • 11:00 - 11:02
    somente para a máquina executar.
  • 11:02 - 11:07
    Eles escrevem o código para que outros
    programadores possam ler e utilizar.
  • 11:07 - 11:09
    Então, imaginem comigo, por um instante,
  • 11:09 - 11:12
    um mundo onde as histórias que contamos
  • 11:12 - 11:15
    sobre como as coisas são feitas
    não incluem apenas
  • 11:15 - 11:17
    garotos de vinte e poucos anos
    do vale do silício,
  • 11:17 - 11:22
    mas também alunas do Quênia
    e bibliotecárias da Noruega.
  • 11:22 - 11:27
    Imaginem um mundo onde
    as pequenas Adas Lovelaces do futuro,
  • 11:27 - 11:30
    que vivem em uma constante
    realidade de 1s e 0s,
  • 11:30 - 11:35
    crescerão e serão superotimistas
    e corajosas em relação à tecnologia.
  • 11:35 - 11:38
    Elas reconhecerão os poderes,
    as oportunidades
  • 11:38 - 11:40
    e as limitações do mundo,
  • 11:41 - 11:45
    um mundo onde a tecnologia
    é maravilhosa, fantástica
  • 11:45 - 11:47
    e um só um pouquinho estranha.
  • 11:48 - 11:50
    Quando eu era criança,
  • 11:50 - 11:52
    eu queria ser contadora de histórias.
  • 11:52 - 11:54
    Eu adorava mundos de fantasia
  • 11:54 - 11:55
    e o que eu mais gostava de fazer
  • 11:55 - 11:59
    era acordar de manhã em Moominvalley.
  • 11:59 - 12:02
    À tarde, eu gostava
    de passear em Tatooine.
  • 12:02 - 12:06
    E à noite, eu ia dormir em Nárnia.
  • 12:06 - 12:10
    E a programação acabou sendo
    a profissão perfeita pra mim.
  • 12:11 - 12:13
    Eu ainda crio mundos.
  • 12:13 - 12:16
    Mas em vez de histórias, eu uso códigos.
  • 12:16 - 12:20
    A programação me dá esse incrível poder
  • 12:20 - 12:22
    de criar todo meu pequeno universo
  • 12:22 - 12:26
    com suas próprias regras
    e paradigmas e práticas.
  • 12:27 - 12:31
    Criar algo a partir do nada,
    só com o poder da lógica.
  • 12:33 - 12:35
    E isso provavelmente faz de mim uma poeta.
  • 12:36 - 12:37
    Obrigada.
  • 12:37 - 12:39
    (Aplausos)
Title:
Uma forma divertida de ensinar às crianças sobre computadores | Linda Liukas | TEDxCERN
Description:

Códigos de programação são a nova linguagem universal e sua sintaxe será limitada apenas pela imaginação da próxima geração de programadores. Linda Liukas está ajudando as crianças a aprender a resolver problemas, encorajando-as a enxergar os computadores não como coisas mecânicas, chatas e complicadas, mas como máquinas coloridas e expressivas que podem ser exploradas. Nessa palestra, ela nos convida a imaginar um mundo onde as Ada Lovelaces do futuro serão otimistas e destemidas em relação à tecnologia e a utilizarão para criar um novo mundo maravilhoso, fantástico e só um pouquinho estranho.

Essa palestra foi dada em um evento TEDx que usa o formato de conferência TED mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:45

Portuguese, Brazilian subtitles

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