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Porque é que a vitória nem sempre equivale ao sucesso

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    Tenho uma pergunta para todos nós,
  • 0:03 - 0:04
    Estão prontos?
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    Será que vitória equivale
    sempre a sucesso?
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    (Murmúrios)
  • 0:09 - 0:10
    Oh.
  • 0:10 - 0:12
    (Risos)
  • 0:12 - 0:14
    Oh. Ok.
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    Sou a recentemente reformada
    treinadora principal
  • 0:17 - 0:20
    da Equipa de Ginástica Feminina
    da Universidade da Califórnia,
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    uma posição em que me mantive por 29 anos.
  • 0:22 - 0:24
    (Aplausos)
  • 0:24 - 0:25
    Obrigada.
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    Durante o exercício do meu cargo,
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    convivi com muitas vitórias.
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    Levei a nossa equipa
    a sete Campeonatos Nacionais,
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    entrei para o “Passeio da Fama
    Desportivo” da UCLA
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    e até fui eleita Treinadora do Século
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    pela Conferência do PAC-12.
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    (Aplausos)
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    Vencer é mesmo, mesmo
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    muito divertido.
  • 0:48 - 0:50
    (Risos)
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    Mas estou aqui para partilhar
    a minha experiência:
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    vencer nem sempre equivale a sucesso.
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    Por toda a América e por todo o mundo,
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    temos uma crise
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    na cultura de vencer a todo o custo
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    que criámos.
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    Nas nossas escolas,
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    nos negócios, na política,
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    vencer a todo o custo,
    tornou-se aceitável.
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    Como sociedade,
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    honramos as pessoas
    no topo da pirâmide.
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    Aplaudimos efusivamente aqueles que ganham
    campeonatos, eleições e prémios.
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    Mas infelizmente, várias vezes,
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    essas mesmas pessoas
    estão a deixar as suas instituições
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    como seres humanos afetados.
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    Infelizmente, com 20 valores a tudo,
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    as crianças estão
    a sair das escolas afetadas.
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    Com prémios e medalhas,
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    os atletas muitas vezes
    saem das suas equipas afetados.
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    emocional e mentalmente,
    não só fisicamente.
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    E com enormes lucros,
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    trabalhadores por vezes
    saem das suas empresas afetados.
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    Temos estado tão hiperfocados
    nesse resultado final,
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    que, quando o resultado final
    é uma vitória,
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    a componente humana
    de como lá chegámos
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    por vezes não é valorizada,
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    e o mesmo acontece com os danos.
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    Assim, estou a pedir uma mudança.
  • 2:19 - 2:20
    Uma mudança.
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    Temos de redefinir o sucesso.
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    O verdadeiro sucesso é preparar
    campeões na vida para o nosso mundo,
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    quer vençam ou percam.
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    (Aplausos)
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    O verdadeiro sucesso é preparar
    campeões na vida,
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    não para a vossa equipa,
  • 2:45 - 2:47
    não para o vosso negócio
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    e, entristece-me dizer isto, nem mesmo para
    o direito de se gabarem nos vossos cartões de Natal.
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    Peço desculpa.
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    Então, como fazemos isto?
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    Primeiro, talvez seja possível
    construir um caminho para a vitória,
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    mas não é possível construir
    um caminho para o sucesso.
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    Regressemos a 1990, quando
    fui nomeada, pela primeira vez,
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    treinadora principal
    da Equipa Feminina de Ginástica da UCLA.
  • 3:11 - 3:15
    Gostaria de vos dizer
    que nunca pratiquei ginástica.
  • 3:15 - 3:17
    Cresci no mundo do "ballet".
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    Nunca fiz uma roda,
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    e não vos consigo ensinar
    como fazer uma boa roda.
  • 3:23 - 3:24
    (Risos)
  • 3:24 - 3:25
    Infelizmente é verdade.
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    Também não sabia nada sobre
    como desenvolver espírito de equipa.
  • 3:31 - 3:35
    O melhor que podia fazer era imitar
    outros treinadores que tinham ganho.
  • 3:36 - 3:38
    Tornei-me dura,
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    inflexível, implacável,
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    antipática,
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    agressiva, indiferente
  • 3:46 - 3:49
    e muitas vezes francamente má.
  • 3:50 - 3:54
    Eu agia como uma treinadora principal
  • 3:54 - 3:57
    cujo único pensamento
    era descobrir como vencer.
  • 4:00 - 4:03
    As minhas primeiras temporadas
    como treinadora principal foram péssimas,
  • 4:03 - 4:07
    e depois de lidar com a minha forma
    impetuosa de treinar, durante uns anos,
  • 4:07 - 4:09
    a minha equipa convocou
    uma reunião de equipa.
  • 4:09 - 4:11
    Adoro reuniões de equipa,
    assim, disse:
  • 4:11 - 4:14
    “Sim! Vamos fazer uma reunião de equipa!"
  • 4:14 - 4:16
    E durante duas horas,
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    deram-me exemplos de como a minha
    arrogância era dolorosa e humilhante.
  • 4:23 - 4:24
    Não foi muito divertido.
  • 4:26 - 4:27
    Explicaram-me
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    que queriam ser apoiadas,
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    não menosprezadas.
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    Queriam ser ensinadas,
    não deitadas abaixo.
  • 4:33 - 4:36
    Queriam ser motivadas,
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    não pressionadas ou intimidadas.
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    Essa foi a minha chamada de atenção,
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    e escolhi mudar.
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    Um ditador dogmático
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    pode produzir soldadinhos
    bons e condescendentes,
  • 4:53 - 4:55
    mas não cria campeões na vida.
  • 4:56 - 5:00
    É muito mais fácil,
    em qualquer momento da vida,
  • 5:00 - 5:03
    dar ordens
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    do que realmente perceber
    como motivar alguém
  • 5:07 - 5:09
    a querer fazer melhor.
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    A razão é — e todos sabemos isso —
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    demora muito tempo
    para a motivação criar raízes.
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    Mas quando isso acontece,
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    desenvolve o carácter,
  • 5:20 - 5:22
    e muda a nossa vida.
  • 5:22 - 5:27
    Percebi que precisava de fortalecer
    as nossas atletas estudantes
  • 5:27 - 5:30
    como seres humanos num todo,
  • 5:30 - 5:32
    não só atletas que ganham.
  • 5:32 - 5:35
    Para mim o sucesso mudou a minha posição
  • 5:35 - 5:37
    que passou de apenas me focar em ganhar
  • 5:38 - 5:40
    para desenvolver
    a minha filosofia de treino,
  • 5:40 - 5:45
    que é criar campeões na vida
    através do desporto.
  • 5:46 - 5:48
    Eu sabia que se fizesse isto
    suficientemente bem,
  • 5:48 - 5:52
    aquela mentalidade de campeão
    se traduziria na competição no solo.
  • 5:52 - 5:54
    E fê-lo.
  • 5:54 - 5:58
    O ingrediente chave foi
    o desenvolvimento da confiança
  • 5:58 - 6:00
    pela paciência,
  • 6:01 - 6:03
    pela honestidade respeitosa
  • 6:04 - 6:05
    e pela responsabilidade
  • 6:06 - 6:09
    — todos os ingredientes
    que formam o amor difícil.
  • 6:11 - 6:13
    Falando de amor difícil,
  • 6:13 - 6:16
    Katelyn Ohashi é um exemplo perfeito.
  • 6:16 - 6:18
    Podem já ter visto a sua sequência
    no solo.
  • 6:18 - 6:22
    Teve mais de 150 milhões de visualizações.
  • 6:23 - 6:27
    E é consensual que a sua exibição
    é pura alegria.
  • 6:27 - 6:33
    Porém, quando a Katelyn veio para a UCLA,
    ela estava mal física e mentalmente.
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    Ela tinha crescido num mundo atlético
    de alto nível estereotipado,
  • 6:40 - 6:42
    e estava afetada.
  • 6:43 - 6:46
    Quando a Katelyn veio
    para a UCLA, no seu primeiro ano,
  • 6:46 - 6:49
    estava bastante rebelde,
  • 6:50 - 6:53
    ao ponto de não conseguir
    praticar ginástica
  • 6:53 - 6:55
    ao nível a que fora recrutada.
  • 6:55 - 6:58
    E eu nunca esquecerei
  • 6:58 - 7:01
    uma reunião de equipa que tivemos
    a meio do seu primeiro ano.
  • 7:01 - 7:04
    Reunimos com a equipa, com o grupo
    de treinadores, com o grupo de apoio,
  • 7:04 - 7:06
    com psicólogos do desporto,
  • 7:06 - 7:11
    e a Katelyn disse,
    muito clara e frontalmente:
  • 7:12 - 7:15
    "Não quero voltar a ser formidável."
  • 7:17 - 7:19
    Eu senti-me como se
    alguém me tivesse batido.
  • 7:20 - 7:22
    A primeira coisa em que pensei foi:
  • 7:22 - 7:26
    "Então porque raio
    vou eu honrar a tua bolsa?"
  • 7:27 - 7:31
    Foi um pensamento sarcástico
    e felizmente não o disse,
  • 7:31 - 7:34
    porque depois percebi.
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    A Katelyn não odiava a ginástica.
  • 7:37 - 7:41
    A Katelyn odiava tudo o que se relacionava
    com ser formidável.
  • 7:41 - 7:44
    A Katelyn não queria ser uma vencedora,
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    porque ganhar a todo o custo
    tinha-lhe custado a sua alegria.
  • 7:50 - 7:54
    A minha função era encontrar
    uma forma de a motivar
  • 7:54 - 7:56
    a querer ser formidável outra vez,
  • 7:57 - 8:00
    ajudando-a a redefinir o seu sucesso.
  • 8:03 - 8:06
    O meu entusiasmo com esse desafio
    transformou-se em determinação
  • 8:07 - 8:09
    quando um dia a Katelyn
    me olhou nos olhos e disse:
  • 8:10 - 8:12
    "Sra. Val, só quero que saiba,
  • 8:12 - 8:15
    "tudo o que me disser para fazer,
    eu faço exatamente o contrário."
  • 8:15 - 8:17
    (Risos)
  • 8:18 - 8:21
    Sim, tudo bem Katelyn,
    desafio aceite.
  • 8:21 - 8:22
    (Risos)
  • 8:23 - 8:27
    Isto é uma prova de que dar ordens
    não traz a vitória.
  • 8:27 - 8:30
    Embarquei assim num processo
    doloroso e lento
  • 8:30 - 8:32
    de construção de confiança.
  • 8:32 - 8:35
    e de lhe provar que, acima de tudo,
  • 8:35 - 8:38
    eu me preocupava com ela
    como um ser humano no seu todo.
  • 8:41 - 8:45
    Parte de da minha estratégia foi
    falar-lhe de ginástica apenas no ginásio.
  • 8:46 - 8:48
    Fora do ginásio,
    falávamos de tudo o resto:
  • 8:48 - 8:51
    escola, rapazes, famílias,
    amigos, passatempos.
  • 8:51 - 8:56
    Encorajei-a a encontrar coisas fora
    do desporto que lhe trouxessem alegria.
  • 8:56 - 8:59
    E foi fantástico
  • 8:59 - 9:05
    ver o processo da Katelyn Ohashi
    florescer perante os nossos olhos.
  • 9:06 - 9:08
    Durante esse processo,
  • 9:08 - 9:12
    ela redescobriu o seu amor próprio
  • 9:12 - 9:13
    e o seu valor.
  • 9:15 - 9:19
    E lentamente, ela conseguiu
    trazer essa alegria
  • 9:19 - 9:21
    de volta à ginástica.
  • 9:23 - 9:26
    Ganhou o título da NCAA no solo,
  • 9:27 - 9:31
    e ajudou a nossa equipa a ganhar pela
    sétima vez o campeonato da NCAA em 2018.
  • 9:34 - 9:35
    Obrigada.
  • 9:35 - 9:37
    (Aplausos)
  • 9:39 - 9:42
    Vamos então pensar
    nas Katelyn Ohashi da vossa vida.
  • 9:43 - 9:47
    Vamos pensar nas pessoas que estão
    sob o vosso cuidado e orientação.
  • 9:48 - 9:52
    O que dizem aos vossos filhos
    no carro, quando voltam para casa?
  • 9:53 - 9:55
    Esse passeio de carro até casa
  • 9:55 - 9:58
    tem muito mais impacto
    do que possam pensar.
  • 10:00 - 10:03
    Será que estão focados no resultado final,
  • 10:03 - 10:05
    ou estão felizes por usar esse tempo
  • 10:05 - 10:08
    para ajudar os vossos filhos
    a tornarem-se campeões?
  • 10:08 - 10:09
    É muito simples:
  • 10:09 - 10:12
    ficarão a saber quando estão
    focados no resultado final
  • 10:12 - 10:14
    se fizerem perguntas
    sobre o resultado final:
  • 10:14 - 10:16
    "Ganhaste?"
  • 10:16 - 10:18
    "Quantos pontos fizeste?"
  • 10:18 - 10:20
    "Tiveste a nota máxima?"
  • 10:22 - 10:28
    Se estiverem verdadeiramente motivados
    a ajudar um vosso filho a ser um campeão,
  • 10:28 - 10:31
    vão fazer perguntas sobre a experiência
  • 10:31 - 10:33
    e o processo, tais como:
  • 10:33 - 10:35
    "O que aprendeste hoje?"
  • 10:35 - 10:37
    "Ajudaste um colega de equipa?"
  • 10:38 - 10:40
    E a minha pergunta preferida:
  • 10:40 - 10:43
    "Conseguiste divertir-te ao mesmo tempo
    que te esforçavas muito?"
  • 10:45 - 10:49
    E a chave é ficar calado
  • 10:49 - 10:51
    e ouvir a resposta.
  • 10:53 - 10:57
    Acredito que um dos melhores presentes
    que podemos dar a outros seres humanos
  • 10:57 - 11:01
    é não achar que temos
    de estar sempre certos
  • 11:02 - 11:05
    ou que temos de formular sempre
    uma resposta apropriada
  • 11:05 - 11:07
    e ouvir verdadeiramente
  • 11:07 - 11:09
    quando alguém está a falar.
  • 11:10 - 11:12
    E fazendo isto,
  • 11:12 - 11:17
    podemos descobrir quais são
    os nossos medos e imperfeições,
  • 11:17 - 11:20
    sendo que isto nos ajuda a formular
    a nossa resposta
  • 11:20 - 11:24
    com mais clareza e empatia.
  • 11:26 - 11:28
    Kyla Ross, outra das nossas ginastas,
  • 11:28 - 11:31
    é uma das maiores ginastas
    da história do desporto.
  • 11:31 - 11:34
    É a única atleta a ter ganho três títulos:
  • 11:34 - 11:36
    é campeã nacional,
  • 11:36 - 11:38
    é campeã mundial
  • 11:38 - 11:40
    e é campeã olímpica.
  • 11:40 - 11:43
    Ela também não gosta muito
    de conversa fiada,
  • 11:43 - 11:46
    por isso fiquei surpreendida quando,
    um dia, ela veio ao meu gabinete,
  • 11:46 - 11:49
    sentou-se no sofá
    e começou a falar
  • 11:49 - 11:51
    — primeiro da sua licenciatura,
  • 11:51 - 11:53
    depois, de acabar a universidade
  • 11:53 - 11:57
    e de tudo o que lhe vinha à cabeça.
  • 11:57 - 12:01
    A minha voz interior sussurrou-me
  • 12:01 - 12:03
    que algo se passava com ela
  • 12:03 - 12:06
    e que, se eu a ouvisse
    e lhe desse tempo,
  • 12:07 - 12:09
    ela acabaria por dizê-lo.
  • 12:10 - 12:12
    E assim aconteceu.
  • 12:13 - 12:16
    Foi a primeira vez que a Kyla
    partilhou com alguém
  • 12:18 - 12:21
    que tinha sido abusada sexualmente
    pelo Larry Nassar,
  • 12:22 - 12:25
    o antigo médico da equipa
    de ginástica dos EUA,
  • 12:25 - 12:29
    que foi depois condenado por ser
    um molestador de crianças em série.
  • 12:32 - 12:34
    A Kyla chegou-se à frente
  • 12:34 - 12:38
    e juntou-se ao exército
    de sobreviventes do Nassar
  • 12:38 - 12:41
    que partilharam as suas histórias
  • 12:41 - 12:43
    e usaram as suas vozes
  • 12:43 - 12:47
    para invocar uma mudança positiva
    no nosso mundo.
  • 12:50 - 12:53
    Senti que, naquela altura,
    era extremamente importante
  • 12:53 - 12:56
    fornecer um espaço seguro
    para a Kyla e para a nossa equipa.
  • 12:57 - 13:01
    Falei sobre isto nalgumas
    reuniões de equipa.
  • 13:04 - 13:07
    Nesse ano ganhámos o campeonato nacional,
  • 13:07 - 13:10
    e depois disso, a Kyla veio ter comigo
    e disse-me que achava
  • 13:10 - 13:13
    que uma das razões
    pelas quais tínhamos ganho
  • 13:13 - 13:16
    era por termos lidado
    com um problema difícil,
  • 13:16 - 13:20
    a tragédia que não só
    tinha dado a volta ao mundo
  • 13:20 - 13:25
    mas que tinha libertado as verdades
    e as memórias nela própria,
  • 13:25 - 13:29
    em muitas das suas amigas
    e das suas colegas.
  • 13:31 - 13:33
    A Kyla disse:
  • 13:33 - 13:37
    "Sra. Val, eu senti-me literalmente
    maior com o passar da temporada,
  • 13:38 - 13:41
    "e quando entrei naquele campeonato
    no solo, senti-me invencível."
  • 13:41 - 13:43
    Simplesmente...
  • 13:49 - 13:52
    (Aplausos)
  • 14:01 - 14:04
    Simplesmente porque tinha sido ouvida.
  • 14:06 - 14:09
    Como pais, como treinadores,
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    como líderes
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    não podemos continuar a liderar
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    considerando que ganhar
    é a única forma de medir o sucesso,
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    onde o nosso ego é o principal,
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    porque tem sido provado
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    que esse processo produz
    seres humanos afetados.
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    E eu sei
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    que é completamente possível
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    criar e treinar campeões na vida
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    em cada momento da vida
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    sem comprometer o espírito humano.
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    (Aplausos)
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    Começa com definir sucesso
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    para vocês mesmos e para aqueles
    com quem se preocupam
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    e depois, consistentemente,
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    examinarem se as vossas ações
    correspondem aos vossos objetivos.
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    De alguma forma, somos todos treinadores.
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    Todos temos uma responsabilidade coletiva
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    em desenvolver campeões na vida
    para o nosso mundo.
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    É com isto que o sucesso se parece,
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    e no mundo do atletismo,
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    é a isto que chamamos uma dupla vitória.
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    Obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Porque é que a vitória nem sempre equivale ao sucesso
Speaker:
Valorie Kondos Field
Description:

Valorie Kondos Field sabe muito sobre a vitória. Como treinadora de longa data da equipa feminina de ginástica da Universidade da Califórnia, Los Angeles, ganhou campeonato atrás de campeonato e tem sido muito aclamada pela sua liderança. Nesta palestra inspiradora, brutalmente honesta e, por vezes, angustiante, ela partilha o segredo para o sucesso. Pista: não tem nada a ver com "ganhar."

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:30

Portuguese subtitles

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