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Por que vencer nem sempre equivale a ter sucesso

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    Tenho uma pergunta para todos nós.
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    Estão prontos?
  • 0:05 - 0:07
    Toda vitória é um sucesso?
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    (Murmúrio)
  • 0:09 - 0:10
    Ah.
  • 0:10 - 0:12
    (Risos)
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    Uau. Tudo bem.
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    Sou treinadora recém-aposentada
    da equipe de ginástica feminina da UCLA,
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    cargo que ocupei por 29 anos.
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    (Aplausos)
  • 0:23 - 0:25
    Obrigada.
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    Durante minha passagem,
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    tive muitas vitórias.
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    Levei nossa equipe
    a sete campeonatos nacionais,
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    fui incluída no UCLA Athletic Hall of Fame
  • 0:35 - 0:40
    e eleita a treinadora do século
    pela Conferência do Pacífico-12.
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    (Aplausos)
  • 0:42 - 0:46
    Vencer é muito, muito,
  • 0:46 - 0:48
    tipo, muito, muito divertido.
  • 0:48 - 0:50
    (Risos)
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    Mas estou aqui para compartilhar
    minha percepção:
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    vencer nem sempre equivale a ter sucesso.
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    Em todos os Estados Unidos
    e em todo o mundo,
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    temos uma crise
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    nas culturas de vencer a todo custo
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    que criamos.
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    Em nossas escolas,
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    em nossos negócios, na política,
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    vencer a todo custo tornou-se aceitável.
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    Como sociedade,
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    honramos as pessoas do topo da pirâmide.
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    Aplaudimos calorosamente
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    as pessoas que vencem
    campeonatos, eleições e prêmios.
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    Mas, infelizmente, muitas vezes,
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    essas mesmas pessoas
    estão saindo de suas instituições
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    como seres humanos arrasados.
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    Infelizmente, com sequências de notas dez,
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    crianças estão saindo da escola arrasadas.
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    Com prêmios e medalhas,
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    atletas geralmente saem
    arrasados de suas equipes,
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    de modo emocional e mental,
    e não apenas físico.
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    Com lucros enormes,
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    funcionários geralmente saem
    arrasados de suas empresas.
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    Ficamos tão hiperconcentrados
    no resultado final
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    e, quando o resultado final é uma vitória,
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    o componente humano de como chegamos lá
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    geralmente é varrido
    para debaixo do tapete proverbial,
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    assim como o dano causado.
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    Estou pedindo um tempo.
  • 2:19 - 2:20
    Tempo!
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    Precisamos redefinir sucesso.
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    O verdadeiro sucesso é formar
    campeões na vida para o nosso mundo,
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    vencendo ou perdendo.
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    (Aplausos)
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    O verdadeiro sucesso
    é formar campeões na vida,
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    não para sua equipe,
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    nem para seus negócios
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    e, lamento dizer, nem mesmo
    pelo privilégio de se gabar no Natal.
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    Desculpem.
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    Então, como fazemos isso?
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    Antes de mais nada, você pode conseguir
    impor seu caminho para uma vitória,
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    mas não pode impor
    seu caminho para o sucesso.
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    Vou levá-los de volta a 1990,
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    quando fui indicada para treinadora
    da equipe de ginástica feminina da UCLA.
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    Gostaria de compartilhar com vocês
    que nunca pratiquei ginástica.
  • 3:15 - 3:17
    Cresci no mundo do balé.
  • 3:17 - 3:20
    Nunca fiz uma pirueta
  • 3:20 - 3:23
    e não sei ensinar a fazer
    uma pirueta adequada.
  • 3:23 - 3:24
    (Risos)
  • 3:24 - 3:26
    Infelizmente é verdade.
  • 3:26 - 3:31
    Eu não sabia nada de desenvolvimento
    de cultura de equipe.
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    O melhor que pude fazer foi imitar
    outros treinadores vitoriosos.
  • 3:36 - 3:38
    Assim, eu me tornei durona,
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    obstinada, implacável,
  • 3:41 - 3:43
    insensível,
  • 3:43 - 3:45
    teimosa, sem empatia
  • 3:46 - 3:49
    e muitas vezes completamente má.
  • 3:50 - 3:54
    Eu agia como uma treinadora
  • 3:54 - 3:57
    cujo único pensamento
    era descobrir como vencer.
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    Minhas primeiras temporadas
    como treinadora foram terríveis.
  • 4:03 - 4:07
    Depois de aguentar meu estilo impetuoso
    de treinamento por alguns anos,
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    nossa equipe me solicitou uma reunião.
  • 4:09 - 4:11
    Adoro reuniões de equipe.
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    Respondi: "Oba!
    Vamos ter reunião de equipe".
  • 4:13 - 4:16
    Por duas horas seguidas,
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    elas me deram exemplos
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    de como minha arrogância
    era prejudicial e humilhante.
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    Sim, nada de "oba".
  • 4:26 - 4:27
    Elas me explicaram
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    que queriam ser apoiadas,
  • 4:29 - 4:31
    não menosprezadas.
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    Queriam ser elevadas, não rebaixadas.
  • 4:33 - 4:36
    Queriam ser motivadas,
  • 4:36 - 4:39
    não pressionadas nem intimidadas.
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    Esse foi meu pedido de tempo,
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    e escolhi mudar.
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    Ser uma ditadora arrogante
  • 4:49 - 4:53
    pode produzir bons soldadinhos submissos,
  • 4:53 - 4:55
    mas não forma campeões na vida.
  • 4:56 - 5:00
    É muito mais fácil,
    em qualquer estilo de vida,
  • 5:00 - 5:03
    impor e dar ordens
  • 5:03 - 5:06
    do que realmente descobrir
    como motivar alguém
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    a querer ser melhor.
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    E a razão disso, todos sabemos,
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    é que a motivação leva
    muito tempo para se firmar.
  • 5:16 - 5:18
    Mas, quando isso acontece,
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    é construção de caráter
    e mudança de vida.
  • 5:22 - 5:27
    Percebi que eu precisava
    fortalecer nossos alunos-atletas
  • 5:27 - 5:29
    como seres humanos completos,
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    não apenas atletas vitoriosos.
  • 5:32 - 5:35
    O sucesso para mim passou
  • 5:35 - 5:37
    do simples foco em vencer
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    para o desenvolvimento
    de minha filosofia de treinamento,
  • 5:40 - 5:45
    que é formar campeões na vida
    por meio do esporte.
  • 5:46 - 5:48
    Eu sabia que se eu fosse boa o bastante
  • 5:48 - 5:51
    essa mentalidade de campeão
    passaria para o solo da competição.
  • 5:52 - 5:53
    Foi o que aconteceu.
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    O ingrediente principal
    foi desenvolver a confiança
  • 5:58 - 6:00
    por meio da paciência,
  • 6:01 - 6:02
    honestidade respeitosa
  • 6:04 - 6:05
    e responsabilidade,
  • 6:06 - 6:09
    todos os ingredientes
    que levam a um amor consistente.
  • 6:11 - 6:13
    Falando em amor consistente,
  • 6:13 - 6:16
    Katelyn Ohashi é
    um exemplo perfeito disso.
  • 6:16 - 6:18
    Todos vocês devem ter visto
    sua coreografia no solo,
  • 6:18 - 6:22
    que já teve mais de 150 milhões
    de visualizações.
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    É consenso que seu desempenho
    é pura alegria.
  • 6:27 - 6:29
    No entanto, quando Katelyn chegou à UCLA,
  • 6:29 - 6:33
    estava destruída,
    de corpo, mente e espírito.
  • 6:34 - 6:39
    Ela cresceu em um mundo esportivo
    convencional e de alto nível
  • 6:40 - 6:42
    e estava arrasada.
  • 6:43 - 6:46
    Quando Katelyn chegou à UCLA
    em seu primeiro ano,
  • 6:46 - 6:49
    ela descobriu muito bem
    sua rebeldia interna,
  • 6:50 - 6:53
    a ponto de não conseguir mais
    praticar ginástica
  • 6:53 - 6:55
    no nível para o qual foi inscrita.
  • 6:55 - 6:57
    Nunca me esquecerei
  • 6:58 - 7:01
    de uma reunião de equipe que tivemos
    no meio da temporada de calouros.
  • 7:01 - 7:04
    Estávamos lá com a equipe,
    o pessoal técnico e de apoio,
  • 7:04 - 7:06
    o psicólogo do esporte
  • 7:06 - 7:11
    e Katelyn, com muita clareza
    e sem se desculpar, disse:
  • 7:12 - 7:14
    "Não quero ser extraordinária de novo".
  • 7:16 - 7:19
    Senti como se tivesse levado
    um golpe inesperado.
  • 7:20 - 7:22
    Meu primeiro pensamento foi:
  • 7:22 - 7:26
    "Então, por que devo aceitar
    a bolsa de estudos dela?"
  • 7:27 - 7:31
    Foi um pensamento muito sarcástico
    e, felizmente, eu não o disse em voz alta,
  • 7:31 - 7:34
    porque depois ficou claro.
  • 7:34 - 7:37
    Katelyn não odiava ginástica.
  • 7:37 - 7:41
    Ela odiava tudo
    associado a ser extraordinário.
  • 7:41 - 7:44
    Katelyn não queria ser vencedora,
  • 7:44 - 7:48
    porque vencer a todo custo
    havia lhe custado sua alegria.
  • 7:50 - 7:52
    Minha tarefa
  • 7:52 - 7:56
    era descobrir como motivá-la
    a querer ser extraordinária novamente,
  • 7:57 - 8:00
    ajudando-a a redefinir sucesso.
  • 8:03 - 8:06
    Meu entusiasmo por esse desafio
    transformou-se em determinação
  • 8:06 - 8:10
    quando, certo dia, Katelyn
    me olhou nos olhos e disse:
  • 8:10 - 8:12
    "Senhora Val, só quero que saiba
  • 8:12 - 8:15
    que faço exatamente o contrário
    de tudo o que me pede para fazer".
  • 8:15 - 8:18
    (Risos)
  • 8:18 - 8:21
    Sim, foi como: "Sim, Katelyn,
    desafio aceito. Tudo bem".
  • 8:21 - 8:22
    (Risos)
  • 8:23 - 8:27
    E mais uma prova de que dar ordens
    não levaria à vitória.
  • 8:27 - 8:32
    Iniciei o processo dolorosamente lento
    de construir confiança
  • 8:32 - 8:35
    e de provar a Katelyn
    que, antes de mais nada,
  • 8:35 - 8:38
    eu me importava com ela
    como um ser humano completo.
  • 8:41 - 8:45
    Parte de minha estratégia era falar
    de ginástica com Katelyn só na academia.
  • 8:46 - 8:48
    Fora da academia,
    falávamos de outras coisas:
  • 8:48 - 8:51
    escola, rapazes, famílias,
    amigos, passatempos.
  • 8:51 - 8:54
    Eu a incentivei a encontrar
    coisas fora de seu esporte
  • 8:54 - 8:56
    que a alegrassem.
  • 8:56 - 8:59
    E foi muito legal
  • 8:59 - 9:05
    ver Katelyn Ohashi, literalmente,
    florescer diante de nossos olhos.
  • 9:06 - 9:08
    Desse modo,
  • 9:08 - 9:12
    ela redescobriu seu amor-próprio
  • 9:12 - 9:13
    e sua autoestima.
  • 9:15 - 9:19
    Aos poucos, ela conseguiu
    trazer essa alegria
  • 9:19 - 9:21
    de volta à sua ginástica.
  • 9:22 - 9:27
    Ela ganhou o título da NCAA no solo
  • 9:27 - 9:31
    e ajudou nossa equipe a vencer
    nosso sétimo campeonato da NCAA em 2018.
  • 9:33 - 9:34
    Portanto...
  • 9:34 - 9:35
    Obrigada.
  • 9:35 - 9:37
    (Aplausos)
  • 9:39 - 9:42
    Vamos pensar nas Katelyn Ohashis
    que nós conhecemos.
  • 9:43 - 9:47
    Vamos pensar nas pessoas
    sob nossos cuidados e orientação.
  • 9:48 - 9:51
    O que você diz a seus filhos
    no trajeto de volta para casa?
  • 9:53 - 9:58
    Essa conversa tem muito mais impacto
    do que você imagina.
  • 10:00 - 10:02
    Você se concentra no resultado final
  • 10:03 - 10:05
    ou se anima em usar esse tempo
  • 10:05 - 10:07
    para ajudar seu filho
    a se tornar um campeão?
  • 10:08 - 10:09
    É muito simples:
  • 10:09 - 10:11
    você saberá que se concentra
    no resultado final
  • 10:11 - 10:14
    se faz perguntas sobre o resultado final.
  • 10:14 - 10:15
    "Você venceu?"
  • 10:16 - 10:18
    "Quantos pontos você marcou?"
  • 10:18 - 10:20
    "Você tirou dez?"
  • 10:22 - 10:28
    Se você realmente está motivado a ajudar
    seu filho a se tornar um campeão,
  • 10:28 - 10:31
    fará perguntas sobre a experiência
  • 10:31 - 10:32
    e o processo,
  • 10:32 - 10:34
    como: "O que você aprendeu hoje?",
  • 10:35 - 10:37
    "Você ajudou um companheiro de equipe?"
  • 10:37 - 10:40
    E minha pergunta favorita:
  • 10:40 - 10:43
    "Você descobriu como se divertir
    trabalhando bastante?"
  • 10:45 - 10:49
    O segredo, então, é ficar bem quieto
  • 10:49 - 10:51
    e ouvir a resposta deles.
  • 10:52 - 10:57
    Acredito que um dos maiores presentes
    que podemos dar a outro ser humano
  • 10:57 - 11:00
    é silenciar nossa mente
  • 11:00 - 11:02
    da necessidade de estar certo
  • 11:02 - 11:05
    ou de formular a resposta apropriada
  • 11:05 - 11:09
    e ouvir de verdade
    quando outra pessoa está falando.
  • 11:10 - 11:12
    Ao silenciar nossa mente,
  • 11:12 - 11:17
    ouvimos nossos próprios
    medos e insuficiências,
  • 11:17 - 11:20
    o que pode nos ajudar
    a formular nossa resposta
  • 11:20 - 11:23
    com mais clareza e empatia.
  • 11:26 - 11:28
    Kyla Ross, outra de nossas ginastas,
  • 11:28 - 11:31
    é uma das maiores ginastas
    da história do esporte.
  • 11:31 - 11:34
    Ela é a única atleta a obter
    as três maiores conquistas:
  • 11:34 - 11:36
    é campeã nacional,
  • 11:36 - 11:38
    campeã mundial
  • 11:38 - 11:40
    e campeã olímpica.
  • 11:40 - 11:43
    Ela também não gosta de bate-papo.
  • 11:43 - 11:46
    Fiquei um pouco surpresa
    quando ela veio ao meu escritório,
  • 11:46 - 11:47
    sentou-se no sofá
  • 11:47 - 11:49
    e começou a falar,
  • 11:49 - 11:51
    primeiro sobre seu curso,
  • 11:51 - 11:53
    depois sobre a faculdade
  • 11:53 - 11:57
    e depois sobre tudo
    o que parecia surgir na mente.
  • 11:57 - 12:01
    Minha voz interior sussurrou para mim
  • 12:01 - 12:03
    que ela queria me dizer algo
  • 12:03 - 12:05
    e, se eu ficasse quieta
  • 12:05 - 12:07
    e lhe desse tempo suficiente,
  • 12:07 - 12:09
    isso viria à tona.
  • 12:10 - 12:11
    E veio.
  • 12:13 - 12:16
    Foi a primeira vez que Kyla
    compartilhou com alguém
  • 12:18 - 12:21
    que havia sido abusada sexualmente
    por Larry Nassar,
  • 12:22 - 12:25
    ex-médico da equipe de ginástica dos EUA,
  • 12:25 - 12:29
    que mais tarde foi condenado
    por molestar crianças em série.
  • 12:32 - 12:34
    Kyla se apresentou
  • 12:34 - 12:38
    e juntou-se ao exército
    de sobreviventes de Nassar
  • 12:38 - 12:41
    que compartilharam suas histórias
  • 12:41 - 12:42
    e usaram suas vozes
  • 12:43 - 12:47
    para invocar mudanças positivas
    para o nosso mundo.
  • 12:50 - 12:53
    Senti que era extremamente
    importante, naquele momento,
  • 12:53 - 12:56
    oferecer um espaço seguro
    para Kyla e nossa equipe.
  • 12:57 - 13:01
    Assim, escolhi falar sobre isso
    em algumas reuniões de equipe.
  • 13:04 - 13:07
    Mais tarde naquele ano,
    vencemos o campeonato nacional
  • 13:07 - 13:10
    e, depois disso, Kyla veio até mim
    e compartilhou comigo o fato
  • 13:10 - 13:13
    de sentir que uma das razões
    pelas quais vencemos
  • 13:13 - 13:16
    foi porque havíamos enfrentado
    o elefante na sala,
  • 13:16 - 13:20
    a tragédia que não apenas
    havia abalado o mundo,
  • 13:20 - 13:25
    mas que havia libertado as verdades
    e as memórias em si mesma
  • 13:25 - 13:29
    e em muitas de suas amigas e colegas.
  • 13:31 - 13:33
    Como disse Kyla:
  • 13:33 - 13:35
    "Senhora Val, eu me senti mais confiante
  • 13:35 - 13:37
    à medida que a temporada continuava.
  • 13:38 - 13:41
    Quando pisei no solo do campeonato,
    eu me senti invencível".
  • 13:41 - 13:43
    Simplesmente...
  • 13:49 - 13:52
    (Aplausos)
  • 14:01 - 14:03
    Simplesmente porque ela havia sido ouvida.
  • 14:06 - 14:09
    Como pais, como treinadores,
  • 14:09 - 14:11
    como líderes,
  • 14:11 - 14:14
    não podemos mais liderar de um lugar
  • 14:15 - 14:19
    onde vencer é nossa única
    métrica de sucesso,
  • 14:19 - 14:23
    onde nosso ego está no centro do palco,
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    porque ficou provado
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    que esse processo produz
    seres humanos destruídos.
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    E sei que, sem dúvida alguma,
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    é totalmente possível
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    produzir e treinar campeões na vida,
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    em toda caminhada da vida,
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    sem comprometer o espírito humano.
  • 14:44 - 14:47
    (Vivas) (Aplausos)
  • 14:51 - 14:54
    Começa com a definição de sucesso
  • 14:54 - 14:58
    para você e para os que estão
    sob seus cuidados
  • 14:59 - 15:02
    e depois, de modo consistente,
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    com a verificação do alinhamento
    de suas ações com seus objetivos.
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    Somos todos treinadores em alguma função.
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    Todos temos uma responsabilidade coletiva
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    de formar campeões na vida
    para o nosso mundo.
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    Esse é o verdadeiro sucesso
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    e, no mundo dos esportes,
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    é o que chamamos de ganha-ganha.
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    Obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Por que vencer nem sempre equivale a ter sucesso
Speaker:
Valorie Kondos Field
Description:

Valorie Kondos Field sabe muito sobre vencer. Como treinadora por muitos anos da equipe de ginástica feminina da UCLA, ela venceu uma série de campeonatos e tem sido amplamente aclamada por sua liderança. Nesta palestra inspiradora, extremamente sincera e, às vezes, angustiante, ela compartilha o segredo de seu sucesso. Dica: não tem nada a ver com "vencer".

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:30

Portuguese, Brazilian subtitles

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