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A experiência partilhada do absurdo

  • 0:01 - 0:03
    Eu fundei o Improv Everywhere
    há cerca de 10 anos,
  • 0:03 - 0:07
    quando me mudei para Nova Iorque,
    para estudar teatro e comédia.
  • 0:07 - 0:10
    Como eu era novo na cidade,
    não tinha acesso a um palco,
  • 0:10 - 0:13
    por isso, decidi criar o meu
    em espaços públicos.
  • 0:13 - 0:15
    O primeiro projeto que vamos ver
  • 0:15 - 0:17
    é a primeira de todas
    as Viagens sem Calças no metro.
  • 0:17 - 0:19
    Aconteceu em janeiro de 2002.
  • 0:19 - 0:21
    Esta mulher é a estrela do vídeo.
  • 0:21 - 0:24
    Não sabe que está a ser filmada,
    com uma máquina de filmar oculta.
  • 0:24 - 0:27
    Isto foi filmado no metro 6
    da cidade de Nova Iorque.
  • 0:27 - 0:29
    Esta é a primeira paragem
    ao longo da linha.
  • 0:29 - 0:31
    Estes são dois dinamarqueses
  • 0:31 - 0:34
    que entraram e se sentaram
    ao pé da máquina de filmar oculta.
  • 0:34 - 0:36
    Aquele, de casaco castanho, sou eu.
  • 0:36 - 0:38
    Estava cerca de 1ºC lá fora.
  • 0:38 - 0:40
    Tenho um chapéu. Tenho um cachecol.
  • 0:40 - 0:43
    A rapariga vai reparar em mim
    nesta altura.
  • 0:45 - 0:48
    (Risos)
  • 0:50 - 0:53
    Como já podem ver,
    eu não estou a usar calças.
  • 0:53 - 0:54
    (Risos)
  • 0:57 - 1:00
    Nesta altura ela repara em mim,
  • 1:00 - 1:02
    mas em Nova Iorque há malucos
    em todas as carruagens.
  • 1:02 - 1:04
    Um louco a mais não é muito estranho.
  • 1:04 - 1:07
    Ela volta para o seu livro,
    que lamentavelmente se chamava "Violação".
  • 1:07 - 1:10
    (Risos)
  • 1:11 - 1:13
    Então, ela viu uma coisa anormal,
  • 1:13 - 1:15
    mas depois voltou à sua vida normal.
  • 1:15 - 1:17
    Entretanto, eu tenho seis amigos
  • 1:17 - 1:20
    à espera nas próximas seis paragens,
    também só com roupa interior.
  • 1:21 - 1:23
    Eles vão entrar nesta carruagem um a um.
  • 1:23 - 1:26
    Vamos fazer de conta
    que não nos conhecemos.
  • 1:26 - 1:29
    Vamos agir como se tivéssemos
    feito um grande erro,
  • 1:29 - 1:32
    ao esquecermo-nos das nossas calças
    neste dia frio de janeiro.
  • 1:33 - 1:36
    (Risos)
  • 1:46 - 1:49
    (Risos)
  • 1:58 - 2:01
    Nesta altura, ela decide
    arrumar o livro da violação.
  • 2:01 - 2:03
    (Risos)
  • 2:03 - 2:07
    E decide estar um bocadinho mais atenta
    ao que se passa em volta.
  • 2:07 - 2:09
    Os dois dinamarqueses
    à esquerda da máquina de filmar oculta,
  • 2:09 - 2:11
    estão a rir às gargalhadas.
  • 2:11 - 2:13
    Acham isto a coisa
    mais engraçada que já viram.
  • 2:13 - 2:16
    Vejam-na a fazer contacto visual
    com eles agora mesmo.
  • 2:20 - 2:22
    (Risos)
  • 2:23 - 2:25
    Adoro este momento neste vídeo,
  • 2:25 - 2:28
    porque, antes de se tornar
    uma experiência partilhada,
  • 2:28 - 2:31
    era uma coisa talvez
    um bocadinho assustadora,
  • 2:31 - 2:33
    pelo menos, para ela era confuso.
  • 2:33 - 2:35
    Mas quando passa a experiência partilhada,
  • 2:35 - 2:37
    tornou-se engraçada, uma coisa
    de que ela podia rir.
  • 2:37 - 2:40
    Neste momento o metro
    vai entrar na terceira paragem
  • 2:40 - 2:41
    da linha 6.
  • 2:55 - 2:57
    (Risos)
  • 2:59 - 3:00
    Este vídeo não vai mostrar tudo.
  • 3:00 - 3:03
    Isto vai passar-se
    nas próximas quatro paragens.
  • 3:03 - 3:06
    Sete tipos entram anonimamente
    na carruagem em roupa interior.
  • 3:06 - 3:08
    Depois, entra uma rapariga
    com uma mala de sarja gigante
  • 3:08 - 3:11
    e anuncia que está
    a vender calças por um dólar,
  • 3:11 - 3:14
    como se vendesse pilhas
    ou doces no metro.
  • 3:14 - 3:17
    Todos comprámos um par de calças,
    vestimo-las e dissemos:
  • 3:17 - 3:19
    "Obrigado. Era mesmo
    o que precisava hoje",
  • 3:19 - 3:23
    e depois saíamos sem revelar
    o que tinha acontecido
  • 3:23 - 3:25
    e seguíamos todos em direções diferentes.
  • 3:25 - 3:27
    (Aplausos)
  • 3:28 - 3:29
    Obrigado.
  • 3:30 - 3:32
    Este é um fotograma do filme.
  • 3:32 - 3:34
    Gosto imenso da reação da rapariga
  • 3:34 - 3:37
    Ter revisto o filme mais tarde,
    naquele dia,
  • 3:37 - 3:39
    inspirou-me a continuar
    a fazer o que faço.
  • 3:39 - 3:42
    Um dos objetivos do Improv Everywhere
  • 3:42 - 3:44
    é provocar um episódio num espaço público
  • 3:44 - 3:46
    que seja uma experiência positiva
    para outras pessoas.
  • 3:46 - 3:49
    É uma partida, que dá a alguém
    uma ótima história para contar.
  • 3:49 - 3:51
    A reação dela inspirou-me a fazer
  • 3:51 - 3:53
    a segunda Viagem Sem Calças
    de Metro anual.
  • 3:53 - 3:54
    Fazemo-la todos os anos.
  • 3:54 - 3:57
    Em janeiro, celebrámos a 10.ª
    Viagem Sem Calças de Metro anual
  • 3:57 - 3:59
    em que um grupo diversificado
    de 3500 pessoas
  • 3:59 - 4:02
    viajou de metro de roupa interior
    em Nova Iorque,
  • 4:02 - 4:04
    em quase todas as linhas
    de metro da cidade.
  • 4:04 - 4:07
    E as pessoas também participaram
    em 50 cidades pelo mundo.
  • 4:07 - 4:09
    (Risos)
  • 4:09 - 4:13
    Quando comecei as aulas de improviso
    no Upright Citizens Brigade Theater,
  • 4:13 - 4:16
    encontrei outras pessoas.
    outros artistas e comediantes,
  • 4:16 - 4:18
    e comecei a juntar
    uma lista de mails de pessoas
  • 4:18 - 4:20
    que queriam fazer este tipo de projetos.
  • 4:20 - 4:22
    Assim podia fazer projetos
    em maior escala.
  • 4:22 - 4:24
    Um dia, eu estava a andar
    pela Union Square,
  • 4:24 - 4:28
    e vi um edifício, que tinha
    sido construído em 2005.
  • 4:28 - 4:31
    Vi numa das janelas uma rapariga a dançar.
  • 4:31 - 4:32
    E era muito peculiar,
  • 4:32 - 4:34
    porque estava escuro cá fora,
  • 4:34 - 4:36
    e ela estava iluminada
    por uma luz fluorescente.
  • 4:36 - 4:37
    Parecia estar num palco,
  • 4:37 - 4:39
    Porque é que ela estava a dançar?
  • 4:39 - 4:41
    15 segundos depois,
    apareceu uma amiga
  • 4:41 - 4:43
    — estava escondida atrás de um écran.
  • 4:43 - 4:45
    Riram-se, abraçaram-se
    e depois desapareceram.
  • 4:45 - 4:47
    Devia ter sido desafiada
    para fazer aquilo.
  • 4:47 - 4:49
    Inspirei-me naquilo.
  • 4:49 - 4:52
    Olhei para a fachada inteira
    — havia 70 janelas no total —
  • 4:52 - 4:53
    e soube o que tinha de fazer.
  • 4:53 - 4:54
    (Risos)
  • 4:54 - 4:56
    O projeto chama-se "Olhem lá para cima".
  • 4:56 - 4:58
    Pusemos 70 atores vestidos de preto.
  • 4:58 - 5:00
    Foi feito sem qualquer autorização.
  • 5:00 - 5:02
    Não avisámos as lojas do que íamos fazer.
  • 5:02 - 5:04
    Eu fiquei no parque a dar os sinais.
  • 5:04 - 5:07
    O primeiro sinal foi para pegarem
    em letras de mais de um metro
  • 5:07 - 5:09
    que escreviam: "Olhem lá para cima",
  • 5:09 - 5:11
    o nome do projeto.
  • 5:12 - 5:15
    O segundo sinal era para toda a gente
    saltar ao mesmo tempo.
  • 5:15 - 5:17
    Vão ver, eles começam aqui.
  • 5:17 - 5:19
    (Risos)
  • 5:20 - 5:21
    Depois, tinham todos de dançar.
  • 5:21 - 5:24
    Tínhamos danças a solo,
    uma pessoa começava a dançar
  • 5:24 - 5:26
    e toda a gente apontava para ela.
  • 5:26 - 5:29
    (Risos)
  • 5:33 - 5:35
    Depois, fiz um novo sinal com a mão,
  • 5:35 - 5:38
    que sinalizava o solista seguinte
    na loja mais abaixo, a Forever 21
  • 5:38 - 5:40
    e ele dançou.
  • 5:40 - 5:42
    Fizemos várias outras atividades.
  • 5:42 - 5:44
    Tivemos pessoas a pular,
  • 5:44 - 5:46
    pessoas a deixarem-se cair.
  • 5:46 - 5:48
    Eu estava anonimamente
    com uma camisola,
  • 5:48 - 5:50
    a pôr e a tirar a mão
    de um caixote do lixo
  • 5:50 - 5:52
    para sinalizar o que seria a seguir.
  • 5:52 - 5:54
    Como isto foi na Union Square Park,
    ao pé do metro,
  • 5:54 - 5:56
    no final havia centenas de pessoas
  • 5:56 - 5:58
    a parar e olhar para cima
  • 5:58 - 6:00
    e a observar o que estávamos a fazer.
  • 6:02 - 6:04
    Esta é a melhor foto do acontecimento.
  • 6:04 - 6:07
    Este evento em particular
    foi inspirado num momento
  • 6:07 - 6:09
    que presenciei casualmente.
  • 6:09 - 6:11
    O próximo projeto que vou mostrar
  • 6:11 - 6:13
    foi-me enviado por e-mail por um estranho.
  • 6:13 - 6:16
    Um miúdo de um liceu do Texas
    escreveu-me em 2006, dizendo:
  • 6:16 - 6:19
    "Devias juntar o maior número
    de pessoas possível
  • 6:19 - 6:21
    "vesti-las com polos azuis e calças caquis
  • 6:21 - 6:24
    "e depois ir à Best Buy e ficar por ali".
  • 6:24 - 6:27
    (Risos)
  • 6:27 - 6:28
    (Aplausos)
  • 6:30 - 6:32
    Respondi imediatamente
    àquele miúdo do liceu:
  • 6:32 - 6:33
    "Sim, tens razão.
  • 6:33 - 6:36
    "Vou tentar fazê-lo
    este fim de semana. Obrigado".
  • 6:36 - 6:37
    Está aqui o vídeo.
  • 6:38 - 6:40
    Repito, isto foi em 2005.
  • 6:40 - 6:42
    Esta é a Best Buy
    na cidade de Nova Iorque.
  • 6:42 - 6:45
    Arranjámos cerca de 80 participantes
  • 6:45 - 6:47
    e entrava um de cada vez.
  • 6:47 - 6:49
    Estava lá uma miúda de 8 anos,
    uma de 10 anos.
  • 6:49 - 6:51
    Também lá estava um homem de 65 anos
  • 6:51 - 6:53
    todos a participar.
  • 6:53 - 6:55
    Era um grupo de diversas pessoas.
  • 6:55 - 6:57
    E eu disse-lhes: "Não podem trabalhar.
  • 6:57 - 6:59
    "Mas também, não comprem.
  • 6:59 - 7:02
    "Andem simplesmente por ali
    e não olhem para os produtos".
  • 7:02 - 7:03
    Os verdadeiros empregados
  • 7:03 - 7:06
    são os que têm na camisa
    uma etiqueta amarela.
  • 7:06 - 7:08
    Todos os outros são os nossos atores.
  • 7:08 - 7:09
    (Risos)
  • 7:10 - 7:12
    Os empregados acharam
    aquilo muito engraçado.
  • 7:12 - 7:14
    Muitos foram buscar máquinas fotográficas
  • 7:14 - 7:16
    e tiraram fotografias connosco.
  • 7:16 - 7:19
    Muitos deles gracejaram
    a tentar que fôssemos ao armazém
  • 7:19 - 7:21
    buscar as grandes televisões
    para os clientes.
  • 7:23 - 7:25
    Os gerentes e os seguranças,
    por outro lado,
  • 7:25 - 7:27
    não nos acharam muita piada.
  • 7:27 - 7:29
    Podem vê-los nesta gravação.
  • 7:29 - 7:31
    Usam camisolas amarelas
    ou camisolas pretas.
  • 7:31 - 7:33
    Nós estivemos lá provavelmente 10 minutos
  • 7:33 - 7:36
    antes de os gerentes decidirem
    ligar para o 911.
  • 7:36 - 7:38
    (Risos)
  • 7:38 - 7:41
    Então começaram a circular,
    a avisar toda a gente:
  • 7:42 - 7:44
    "Cuidado, a polícia está a chegar".
  • 7:44 - 7:46
    Vemos os polícias nesta gravação.
  • 7:46 - 7:49
    Este é um polícia vestido de preto,
    filmado por uma máquina oculta.
  • 7:49 - 7:52
    Por fim, a polícia informou
    a gerência da Best Buy
  • 7:52 - 7:55
    que não era um ato ilegal
    usar um polo azul e calças caquis.
  • 7:56 - 7:57
    (Risos)
  • 7:57 - 8:00
    (Aplausos)
  • 8:02 - 8:03
    Obrigado.
  • 8:03 - 8:05
    (Aplausos)
  • 8:06 - 8:09
    Estivemos lá 20 minutos,
    ficámos contentes por abandonar a loja.
  • 8:09 - 8:11
    Os gerentes tentaram localizar
  • 8:11 - 8:13
    as nossas máquinas de filmar.
  • 8:13 - 8:17
    Apanharam alguns dos meus homens
    com máquinas ocultas em sacos de lona.
  • 8:17 - 8:19
    Um dos rapazes que não apanharam
  • 8:19 - 8:20
    foi um que entrou com um filme em branco,
  • 8:20 - 8:23
    foi ao departamento
    das máquinas de filmar da Best Buy,
  • 8:23 - 8:25
    colocou o filme numa das máquinas deles
  • 8:25 - 8:27
    e fez de conta que andava às compras.
  • 8:27 - 8:31
    Gosto deste conceito de usarem
    a sua tecnologia contra eles.
  • 8:31 - 8:32
    (Risos)
  • 8:32 - 8:35
    Os melhores projetos
    são aqueles feitos em sítios específicos.
  • 8:35 - 8:37
    Acontecem num sítio particular
    por uma razão.
  • 8:37 - 8:39
    Uma manhã, eu ia de metro
  • 8:39 - 8:41
    e tinha de mudar de linha
    na paragem da rua 53
  • 8:41 - 8:43
    onde há duas escadas rolantes gigantes.
  • 8:43 - 8:46
    É um sítio deprimente de manhã,
    é muito movimentado.
  • 8:46 - 8:48
    Por isso, decidi experimentar uma coisa
  • 8:48 - 8:51
    que talvez pudesse tornar
    o sítio mais alegre por uma manhã.
  • 8:52 - 8:55
    Isto passou-se no inverno de 2009,
    às oito e meia da manhã.
  • 8:55 - 8:58
    É a hora de ponta da manhã.
  • 8:58 - 8:59
    Está muito frio lá fora.
  • 8:59 - 9:01
    As pessoas chegam de Queens,
  • 9:01 - 9:04
    e mudam da linha E para a linha 6.
  • 9:04 - 9:07
    Sobem estas escadas rolantes gigantes
  • 9:07 - 9:09
    a caminho dos seus empregos.
  • 9:11 - 9:12
    [Rob quer...]
  • 9:16 - 9:18
    [... dar-vos...]
  • 9:21 - 9:23
    [... "Dá cá cinco!"]
  • 9:24 - 9:25
    (Risos)
  • 9:25 - 9:27
    [Preparem-se!]
  • 9:27 - 9:28
    (Risos)
  • 9:30 - 9:32
    [ROB]
  • 9:32 - 9:34
    (Risos)
  • 9:34 - 9:37
    (Aplausos)
  • 9:40 - 9:41
    Obrigado.
  • 9:42 - 9:45
    Aqui está uma fotografia
    que ilustra melhor o que se passou.
  • 9:45 - 9:47
    Ele deu 2000 palmadas naquele dia,
  • 9:47 - 9:51
    lavou as mãos antes e depois de o fazer
    e não ficou doente.
  • 9:51 - 9:53
    Isto também foi feito sem autorização,
  • 9:53 - 9:55
    mas parece que ninguém se importou.
  • 9:55 - 9:57
    Eu diria que, ao longo dos anos,
  • 9:57 - 10:00
    uma das críticas mais comuns
    que vejo ao Improv Everywhere
  • 10:00 - 10:02
    deixadas anonimamente
    nos comentários do Youtube, é:
  • 10:02 - 10:05
    "Esta gente tem demasiado tempo livre."
  • 10:05 - 10:07
    Nem toda a gente gosta
    de tudo o que fazemos,
  • 10:07 - 10:10
    e graças aos comentários da Internet
    eu criei algum calo,
  • 10:10 - 10:12
    mas este sempre me chateou
  • 10:12 - 10:14
    porque nós não temos
    demasiado tempo livre.
  • 10:14 - 10:16
    Os participantes
    nos eventos Improv Everywhere
  • 10:16 - 10:19
    têm tanto tempo livre
    como os restantes nova-iorquinos.
  • 10:19 - 10:22
    Ocasionalmente, escolhem passá-lo
    de forma um pouco diferente.
  • 10:22 - 10:24
    Todos os sábados e domingos,
  • 10:24 - 10:26
    todos os outonos,
    centenas de milhares de pessoas
  • 10:26 - 10:29
    juntam-se em estádios de futebol
    para verem jogos.
  • 10:29 - 10:32
    Nunca vi ninguém comentar,
    ao ver um jogo de futebol:
  • 10:32 - 10:35
    "Aquela gente toda nas bancadas,
    tem demasiado tempo livre."
  • 10:35 - 10:36
    E claro que não têm.
  • 10:36 - 10:39
    É uma maneira espetacular de passar
    uma tarde de fim de semana,
  • 10:39 - 10:42
    ver um jogo de futebol num estádio.
  • 10:42 - 10:44
    Mas também acho que é uma maneira válida
  • 10:44 - 10:47
    passar uma tarde a congelar
    num sítio com 200 pessoas
  • 10:47 - 10:49
    no terminal Grand Central
  • 10:49 - 10:52
    ou vestirmo-nos de caçadores de fantasmas
  • 10:52 - 10:54
    e correr pela Biblioteca Pública
    de Nova Iorque.
  • 10:54 - 10:56
    (Risos)
  • 10:56 - 10:59
    Ou 3000 pessoas a ouvirem
    a mesma música no MP3
  • 10:59 - 11:01
    e dançarem silenciosamente num parque,
  • 11:01 - 11:04
    ou começarem todos a cantar numa mercearia
  • 11:04 - 11:06
    como se fizessem parte
    de um musical espontâneo,
  • 11:06 - 11:09
    ou mergulhar no oceano em Coney Island
    vestidos de maneira formal.
  • 11:10 - 11:12
    Em miúdos, ensinaram-nos a brincar.
  • 11:12 - 11:14
    E nunca nos disseram
    porque é que devíamos brincar.
  • 11:14 - 11:17
    Mas é ponto assente
    que brincar é uma coisa boa.
  • 11:17 - 11:19
    Eu acho que este é o propósito
    do Improv Everywhere.
  • 11:19 - 11:22
    É não haver um propósito,
    e não precisa de haver um propósito.
  • 11:22 - 11:24
    Não precisamos de uma razão.
  • 11:24 - 11:27
    Desde que seja divertido
    e pareça que vai ser uma ideia divertida,
  • 11:27 - 11:31
    que pareça que as pessoas
    que vão aos eventos se vão divertir,
  • 11:31 - 11:33
    para nós, isso é suficiente.
  • 11:33 - 11:35
    Acho que, como adultos,
    precisamos de aprender
  • 11:35 - 11:37
    que não há uma maneira
    certa ou errada de brincar.
  • 11:37 - 11:38
    Muito obrigado.
  • 11:39 - 11:42
    (Aplausos)
Title:
A experiência partilhada do absurdo
Speaker:
Charlie Todd
Description:

Charlie Todd provoca acontecimentos em público, bizarros, hilariantes e inesperados: 70 bailarinos sincronizados em frente das montras de lojas, caçadores de fantasmas a correr pela Biblioteca Pública de Nova Iorque, e a viagem anual sem calças no metro. Na TEDxBloomington, mostra como o seu grupo, Improv Everywhere, utiliza estes acontecimentos para unir as pessoas.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:44
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The shared experience of absurdity
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The shared experience of absurdity
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Portuguese subtitles

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