O que causa os ataques de pânico, e como podemos evitá-los? — Cindy J. Aaronson
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0:07 - 0:10O corpo transforma-se
num verdadeiro espartilho. -
0:10 - 0:14O passado, o presente e o futuro
existem como uma força única. -
0:14 - 0:18Um movimento de vaivém sem gravidade
atinge uma altura assustadora. -
0:18 - 0:23Os contornos das pessoas
e das coisas dissolvem-se. -
0:23 - 0:27Inúmeros poetas e escritores
tentaram expressar por palavras -
0:27 - 0:29a experiência de ter um ataque de pânico
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0:29 - 0:31— uma sensação tão esmagadora
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0:31 - 0:34que muitas pessoas a confundem
com um ataque de coração, um AVC -
0:34 - 0:37ou outras crises potencialmente fatais.
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0:37 - 0:40Embora os ataques de pânico
não causem danos físicos a longo prazo, -
0:40 - 0:44o medo subsequente de ter outro ataque
pode limitar o dia-a-dia da pessoa -
0:44 - 0:47e provocar mais ataques de pânico.
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0:47 - 0:50Os estudos sugerem
que quase um terço das pessoas -
0:50 - 0:53passará por um ataque de pânico,
pelo menos, ao longo da sua vida. -
0:53 - 0:56Quer seja o primeiro
ou o centésimo ataque, -
0:56 - 0:58ou estejamos a ver
outra pessoa a passar por um, -
0:58 - 1:01ninguém quer repetir a experiência.
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1:01 - 1:04Até mesmo aprender sobre o assunto
pode ser desconfortável, -
1:04 - 1:05mas é necessário,
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1:05 - 1:10porque o primeiro passo para evitar
ataques de pânico é compreendê-los. -
1:10 - 1:13Na sua essência, o ataque de pânico
é uma reação extrema -
1:13 - 1:17à resposta fisiológica normal do corpo
à perceção de perigo. -
1:17 - 1:20Esta resposta tem início na amígdala,
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1:20 - 1:23a região do cérebro que está envolvida
no processamento do medo. -
1:23 - 1:25Quando a amígdala deteta um perigo,
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1:25 - 1:28estimula o sistema nervoso simpático,
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1:28 - 1:30que desencadeia
a libertação de adrenalina. -
1:30 - 1:34A adrenalina instiga um aumento
da frequência cardíaca e da respiração -
1:34 - 1:37para levar sangue e oxigénio
aos músculos dos braços e das pernas. -
1:37 - 1:42Também envia mais oxigénio para o cérebro,
deixando-o mais alerta e reativo. -
1:43 - 1:45Durante um ataque de pânico,
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1:45 - 1:47esta resposta é exacerbada
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1:47 - 1:50muito para além do que seria útil
numa situação de perigo, -
1:50 - 1:55provocando aceleração cardíaca,
respiração ofegante ou hiperventilação. -
1:55 - 1:58As alterações no fluxo sanguíneo
provocam tonturas -
1:58 - 2:01e dormência nas mãos e nos pés.
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2:01 - 2:04Geralmente, um ataque de pânico
atinge o pico no espaço de dez minutos. -
2:04 - 2:08Depois, o córtex pré-frontal
assume o controlo a partir da amígdala -
2:08 - 2:11e estimula o sistema nervoso
parassimpático. -
2:11 - 2:14Isto desencadeia a libertação
de uma hormona chamada acetilcolina, -
2:14 - 2:16que reduz a frequência cardíaca
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2:16 - 2:19e faz o ataque de pânico
esmorecer gradualmente. -
2:19 - 2:22Num ataque de pânico,
a perceção que o corpo tem do perigo -
2:22 - 2:26é o suficiente para desencadear a reação
que teríamos a uma ameaça real -
2:26 - 2:27— e a muito mais.
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2:28 - 2:30Não se sabe ao certo
porque é que isto acontece, -
2:30 - 2:33mas, por vezes,
certos estímulos do ambiente -
2:33 - 2:35que nos lembrem experiências
traumáticas do passado -
2:35 - 2:37podem desencadear ataques de pânico.
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2:37 - 2:40Estes ataques podem fazer parte
de perturbações de ansiedade, -
2:40 - 2:42como a PSPT, a fobia social,
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2:42 - 2:44a perturbação obsessiva-compulsiva
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2:44 - 2:46e a perturbação de ansiedade generalizada.
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2:47 - 2:49Os ataques de pânico recorrentes,
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2:49 - 2:52a preocupação frequente
com a possibilidade de ter novos ataques -
2:52 - 2:54e as mudanças comportamentais
destinadas a evitá-los -
2:54 - 2:57podem levar ao diagnóstico
de uma perturbação de pânico. -
2:57 - 3:00Os dois principais tratamentos
para a perturbação de pânico -
3:00 - 3:02são a medicação antidepressiva
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3:02 - 3:05e a terapia cognitivo-comportamental
ou TCC. -
3:06 - 3:09Ambas têm uma taxa de resposta
de cerca de 40%, -
3:09 - 3:11embora um paciente
que responda bem a um tratamento -
3:11 - 3:13possa não responder bem ao outro.
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3:13 - 3:17Contudo, a medicação antidepressiva
acarreta alguns efeitos secundários, -
3:17 - 3:20e 50% das pessoas tem uma recaída
quando deixa de a tomar. -
3:20 - 3:23Entretanto, a TCC tem um efeito
mais duradouro, -
3:23 - 3:26com uma taxa de recaída de apenas 20%.
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3:26 - 3:29O objetivo do tratamento
das perturbações de ansiedade com TCC -
3:29 - 3:33é ajudar as pessoas a aprender
e a pôr em prática ferramentas concretas -
3:33 - 3:35para exercer um controlo físico
e, por sua vez, mental -
3:36 - 3:40sobre as sensações e pensamentos
que estão associados ao ataque de pânico. -
3:40 - 3:45A TCC começa por explicar as causas
fisiológicas de um ataque de pânico, -
3:45 - 3:47a que se seguem exercícios
musculares e respiratórios -
3:47 - 3:49desenvolvidos para ajudar as pessoas
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3:49 - 3:52a controlar os padrões respiratórios
de forma consciente. -
3:52 - 3:55Segue-se a restruturação cognitiva,
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3:55 - 3:57que envolve identificar
e mudar os pensamentos -
3:57 - 3:59que são comuns durante os ataques,
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3:59 - 4:01tais como acreditar
que vamos deixar de respirar, -
4:01 - 4:04que teremos um ataque de coração
ou morreremos, -
4:04 - 4:07e substituí-los por pensamentos
mais corretos. -
4:07 - 4:09A etapa seguinte do tratamento
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4:09 - 4:12consiste na exposição às situações
e sensações corporais -
4:12 - 4:15que, normalmente, desencadeiam
um ataque de pânico. -
4:15 - 4:18O objetivo é mudar a crença,
através da experiência, -
4:18 - 4:22de que estas sensações
e situações são perigosas. -
4:22 - 4:24Mesmo depois da TCC,
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4:24 - 4:27não é fácil seguir estes passos
em pleno ataque. -
4:28 - 4:32Mas, com a prática, estas ferramentas
podem evitar e abrandar os ataques -
4:32 - 4:37e, finalmente, reduzir o domínio do pânico
sobre a vida de uma pessoa. -
4:38 - 4:40Fora da terapia formal,
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4:40 - 4:41muitos pacientes encontram alívio
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4:41 - 4:45nas mesmas crenças
que a TCC pretende instilar: -
4:45 - 4:47que o medo não pode nos magoar,
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4:47 - 4:50mas que, se nos agarrarmos a este,
isso fará o pânico disparar. -
4:50 - 4:53Mesmo que nunca tenham tido
ataques de pânico, -
4:53 - 4:56compreendê-los vai ajudar-vos
a identificá-los -
4:56 - 4:58— em vocês ou nos outros —
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4:58 - 5:02e reconhecer o ataque de pânico
é o primeiro passo para os evitar.
- Title:
- O que causa os ataques de pânico, e como podemos evitá-los? — Cindy J. Aaronson
- Speaker:
- Cindy J. Aaronson
- Description:
-
Vejam a lição completa em: https://ed.ted.com/lessons/what-causes-panic-attacks-and-how-can-you-prevent-them-cindy-j-aaronson
Inúmeros poetas e escritores tentaram expressar por palavras a experiência de ter um ataque de pânico — uma sensação tão esmagadora que muitas pessoas a confundem com um ataque cardíaco, um AVC ou outra crise potencialmente fatal. Os estudos sugerem que quase um terço das pessoas passará por um ataque de pânico, pelo menos, ao longo da vida. Portanto, em que consiste exatamente um ataque de pânico, e como podemos evitá-lo? Cindy J. Aaronson investiga a questão.
Lição de Cindy J. Aaronson, realização de Aim Creative Studios.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 05:02
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for What causes panic attacks, and how can you prevent them? | ||
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Andreia Frazão edited Portuguese subtitles for What causes panic attacks, and how can you prevent them? | ||
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