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Não seja somente ouvido, seja lembrado | Anne Thistleton | TEDxCapeTown

  • 0:14 - 0:17
    Imaginem que vocês estão
    no metrô de Washington D.C..
  • 0:17 - 0:19
    Posso ver algumas expressões confusas.
  • 0:19 - 0:21
    Vocês devem estar pensando:
  • 0:21 - 0:24
    "Nunca estive em Washington D.C.,
    muito menos no metrô da cidade!"
  • 0:24 - 0:25
    Certo, faz sentido.
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    Mas aposto que vocês já estiveram
    no metrô de uma cidade grande,
  • 0:28 - 0:32
    ou já viram metrôs
    em filmes ou séries de TV.
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    Então, imagine-se numa estação de metrô.
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    É uma manhã fria de inverno
    em Washington D.C..
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    Você está literalmente tremendo
    ao descer as escadas
  • 0:40 - 0:42
    para as profundezas da cidade.
  • 0:42 - 0:46
    Ao fundo, você pode ouvir
    o zumbido dos trens nos trilhos,
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    as portas fechando e abrindo,
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    o zumbido das conversas dos passageiros.
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    Você vira a esquina e vê
    um homem tocando violino.
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    Ele usa um boné de beisebol,
    camiseta e calça jeans.
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    A caixa do violino está aberta
    a sua frente, com alguns trocados dentro.
  • 1:03 - 1:05
    Você faz uma pausa rápida para escutar,
  • 1:05 - 1:09
    mas, como a maioria das outras pessoas
    daquele dia, você segue seu caminho.
  • 1:09 - 1:15
    Porém, se alguém mais tarde perguntasse
    se ouviu o violonista, você diria que sim.
  • 1:16 - 1:18
    Mas você realmente o ouviu?
  • 1:19 - 1:21
    Porque naquele dia, em 2007,
  • 1:21 - 1:24
    aquele violinista era parte
    de um experimento social
  • 1:24 - 1:28
    realizado pelo Washington Post,
    um dos principais jornais americanos.
  • 1:28 - 1:31
    Aquele violinista era Joshua Bell,
  • 1:31 - 1:35
    provavelmente o mais famoso
    violinista da atualidade.
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    Ele toca num Stradivarius de 300 anos
  • 1:38 - 1:41
    que vale entre US$ 3 milhões
    e US$ 4 milhões.
  • 1:41 - 1:44
    Ele estava tocando músicas
    que, algumas noites antes,
  • 1:44 - 1:49
    numa sala de concertos próxima,
    chegaram ao valor de US$ 1 mil por minuto.
  • 1:50 - 1:56
    Mas, durante aqueles 40 minutos no metrô,
    ele ganhou um total de US$ 32,17.
  • 1:58 - 2:02
    Então, por que ninguém ouviu
    a apresentação desse virtuose?
  • 2:02 - 2:06
    Porque não ouvimos com nossos ouvidos,
    nós escutamos com eles.
  • 2:06 - 2:09
    Ouvimos com todos os nossos sentidos.
  • 2:09 - 2:12
    Acontece que nossos sentidos
    estão constantemente coletando
  • 2:12 - 2:16
    informações, alimentando,
    com elas, nossa mente,
  • 2:16 - 2:18
    nosso sistema operacional mental,
  • 2:18 - 2:20
    permitindo-nos entender o sentido do mundo
  • 2:20 - 2:25
    ao juntar novos dados e conectá-los
    aos que lá já estão armazenados.
  • 2:26 - 2:31
    Mas, na maior parte do tempo,
    isso acontece de forma inconsciente.
  • 2:31 - 2:34
    Pensem em quantas vezes
    você encontra uma pessoa
  • 2:34 - 2:39
    num lugar diferente do habitual
    e não consegue se lembrar do nome dela.
  • 2:39 - 2:42
    Você encontra, no mercado, alguém
    vagamente relacionado ao seu trabalho.
  • 2:42 - 2:46
    Você faz tanto esforço
    tentando lembrar o nome dele
  • 2:45 - 2:50
    que é como se pudesse
    ver sua mente trabalhando,
  • 2:50 - 2:52
    tentando encontrar uma correspondência.
  • 2:53 - 2:54
    É exatamente isso que acontece.
  • 2:54 - 2:57
    É uma busca na memória, como a do Google,
  • 2:57 - 3:02
    tentando identificar o rosto,
    a voz e a pessoa na sua frente.
  • 3:03 - 3:05
    E com frequência, como sabemos,
  • 3:05 - 3:07
    não consegue fazê-lo
    na velocidade necessária.
  • 3:07 - 3:10
    Você já foi para outro corredor
    do mercado, para o seguinte,
  • 3:10 - 3:12
    está pensando no que fazer para o jantar,
  • 3:12 - 3:15
    quando: "Steve! O nome dele é Steve!"
  • 3:15 - 3:16
    (Risos)
  • 3:16 - 3:20
    Sua mente consciente tinha, há tempos,
    abandonado aquele desafio mental,
  • 3:20 - 3:22
    mas seu processador inconsciente,
  • 3:22 - 3:24
    funcionando abaixo
    do seu nível de consciência
  • 3:24 - 3:29
    continuou trabalhando,
    tentando resolver aquele problema.
  • 3:29 - 3:32
    E é isso que acontece o tempo todo.
  • 3:32 - 3:34
    Recebemos milhões de bits de dados
  • 3:34 - 3:37
    e nosso processador inconsciente
    gerencia todos eles,
  • 3:37 - 3:41
    trabalhando por trás do nosso
    sistema operacional mental,
  • 3:41 - 3:45
    permitindo que possamos
    nos movimentar pelo mundo.
  • 3:45 - 3:49
    Um exemplo perfeito disso
    é a condução de um carro.
  • 3:49 - 3:51
    Não poderíamos, conscientemente,
  • 3:51 - 3:53
    prestar atenção em todos
    os aspectos envolvidos.
  • 3:53 - 3:57
    É por isso que podemos pensar
    nos últimos cinco minutos, e dizer:
  • 3:57 - 3:59
    "Eu nem lembro como cheguei aqui!".
  • 3:59 - 4:01
    Não, nossa mente consciente
    não conseguem lembrar,
  • 4:01 - 4:04
    mas, felizmente,
    nosso processador inconsciente
  • 4:04 - 4:07
    tinha tudo sob controle,
  • 4:07 - 4:11
    absorvendo os dados e tirando conclusões
    sobre o que esperar a seguir.
  • 4:12 - 4:14
    E foi exatamente isso
    que aconteceu no metrô!
  • 4:14 - 4:17
    Estando você consciente disso ou não,
  • 4:17 - 4:19
    todas essas mensagens
    estavam chegando a você.
  • 4:19 - 4:22
    As visões, os sons e os cheiros
    estavam levando a conclusões,
  • 4:22 - 4:26
    relacionando com situações
    anteriores semelhantes
  • 4:26 - 4:28
    e dizendo o que esperar:
  • 4:29 - 4:31
    "É só mais um músico de metrô,
  • 4:32 - 4:34
    uma boa música de fundo
    para eu ir para o trabalho".
  • 4:34 - 4:37
    E foi exatamente isso que você ouviu.
  • 4:38 - 4:42
    Como ouvimos com todos os sentidos,
    é muito importante entender
  • 4:42 - 4:44
    que nem todos os sentidos
    foram criados iguais.
  • 4:45 - 4:48
    Somos uma espécie de dominância visual.
  • 4:48 - 4:51
    A visão é o nosso sentido mais forte,
  • 4:51 - 4:54
    é com ele que contamos,
    aquele no qual temos mais confiança.
  • 4:54 - 4:57
    É ele que vai prevalecer
    se houver um conflito
  • 4:58 - 5:00
    entre o que ouvimos e o que vemos,
  • 5:00 - 5:04
    entre o cheiro que sentimos e o que vemos.
  • 5:05 - 5:08
    Em 2001, na Universidade de Bordeaux,
  • 5:09 - 5:14
    54 especialistas em vinho receberam
    diversos vinhos para provar.
  • 5:14 - 5:17
    Aqueles de vocês que conhecem vinhos
  • 5:17 - 5:20
    sabem que as palavras usadas
    para descrever um vinho branco
  • 5:20 - 5:22
    e um vinho tinto são muito diferentes.
  • 5:22 - 5:26
    Então, só de ouvir a descrição
    de alguém sobre um vinho
  • 5:26 - 5:30
    pode-se saber se ele está falando
    sobre um branco ou um tinto.
  • 5:30 - 5:34
    Para esses 54 enólogos,
    especialistas no seu campo de atuação,
  • 5:34 - 5:38
    foi dado um vinho branco tingido de tinto.
  • 5:38 - 5:43
    Todos eles o descreveram
    como sendo um vinho tinto.
  • 5:44 - 5:48
    Os olhos deles viram tinto e disseram
    para eles que era um vinho tinto.
  • 5:48 - 5:53
    A visão deles se sobrepôs
    ao paladar e ao olfato.
  • 5:54 - 5:56
    Tudo que você viu
    naquela estação de metrô,
  • 5:56 - 5:58
    tendo ou não consciência disso,
  • 5:59 - 6:02
    lhe disse: "Não é tão interessante",
  • 6:02 - 6:04
    e você seguiu seu caminho.
  • 6:04 - 6:07
    Felizmente para mim, espero
    que tudo que você vê aqui
  • 6:07 - 6:10
    sugira que eu tenho algo
    interessante a dizer.
  • 6:10 - 6:12
    Obrigada, TED.
  • 6:12 - 6:15
    Mas a sua mente consciente
    pode estar questionando:
  • 6:15 - 6:16
    "Por que ela está aqui?"
  • 6:16 - 6:18
    Bom, essa história começa há muitos anos,
  • 6:18 - 6:21
    quando eu era diretora
    de estratégia da Coca-Cola.
  • 6:21 - 6:23
    Eu trabalhava com Gerald Zaltman,
  • 6:23 - 6:27
    um dos principais sociólogos do mundo
    na área de análise de mercado.
  • 6:27 - 6:29
    Ele nos apresentou uma nova metodologia
  • 6:29 - 6:32
    e, enquanto ele explicava
    por que ela seria tão efetiva,
  • 6:32 - 6:35
    ele nos fornecia informações básicas
    sobre como a mente funciona
  • 6:35 - 6:38
    e como processamos informações.
  • 6:38 - 6:40
    Mas a cada dado que ele revelava,
  • 6:40 - 6:44
    eu analisava minhas lembranças
    das experiências dos últimos 15 anos
  • 6:44 - 6:47
    e pensava: "Por que fazemos
    propagandas assim?"
  • 6:47 - 6:49
    "Por que fazemos embalagens assim?"
  • 6:49 - 6:51
    "Por que fazemos relações públicas assim?"
  • 6:51 - 6:54
    No fim da apresentação,
    corri para falar com ele.
  • 6:54 - 6:56
    Eu disse: "Jerry, preciso
    saber mais sobre isso".
  • 6:56 - 6:59
    Ele então me recomendou
    o livro "Searching for Memory",
  • 6:59 - 7:01
    de Daniel Schacter.
  • 7:01 - 7:02
    Comprei o livro e o devorei.
  • 7:02 - 7:05
    Fiz anotações em todas as páginas,
    escrevi em todas as margens.
  • 7:05 - 7:07
    Elaborei uma longa lista de dúvidas.
  • 7:07 - 7:11
    Liguei para o Jerry e perguntei:
    "Você tem tempo para algumas perguntas?"
  • 7:11 - 7:16
    Houve um suspiro audível
    do outro lado da linha e ele disse:
  • 7:16 - 7:18
    "Quer dizer que você leu o livro?"
  • 7:18 - 7:19
    (Risos)
  • 7:19 - 7:23
    Acho que eu não deixei uma boa impressão
    no nosso primeiro encontro.
  • 7:23 - 7:28
    Entretanto, Jerry respondeu todas
    as minhas perguntas com muita paciência.
  • 7:28 - 7:29
    E até hoje
  • 7:29 - 7:34
    ele continua a responder pacientemente
    cada uma das minhas perguntas.
  • 7:34 - 7:38
    O livro e o telefonema me lançaram
    numa longa jornada de descobertas,
  • 7:38 - 7:42
    há bem mais de uma década,
    com centenas de livros,
  • 7:42 - 7:46
    encontros com outros cientistas,
    artigos e revistas acadêmicas,
  • 7:46 - 7:49
    sempre com duas questões em mente:
  • 7:49 - 7:52
    "De tudo isso que estou aprendendo,
  • 7:52 - 7:57
    o que é realmente relevante e valioso
    para marqueteiros ou comunicadores?"
  • 7:57 - 8:02
    e "Quando eu descobrir, poderei
    torná-lo suficientemente simples?
  • 8:02 - 8:07
    Posso fazê-lo suficientemente atraente
    para marqueteiros e comunicadores?"
  • 8:08 - 8:10
    E somos todos comunicadores.
  • 8:10 - 8:13
    Não, não vamos estar todos aqui, no palco,
  • 8:13 - 8:15
    com centenas de olhos fixos em nós.
  • 8:15 - 8:17
    Sorte de vocês!
  • 8:17 - 8:21
    Entretanto, eu aposto que todos vocês
    têm alguma coisa da qual gostam tanto,
  • 8:22 - 8:24
    que realmente querem que seja ouvida.
  • 8:24 - 8:27
    Pode ser uma reunião
    escolar ou de trabalho.
  • 8:27 - 8:29
    Talvez uma reunião de diretoria,
  • 8:29 - 8:32
    ou uma conversa em uma festa.
  • 8:32 - 8:33
    Eu sei que vocês querem ser ouvidos,
  • 8:33 - 8:35
    mas vocês não querem,
    mesmo, ser lembrados?
  • 8:35 - 8:38
    Não é esse o verdadeiro teste
    do valor de uma ideia:
  • 8:38 - 8:40
    ela ser compartilhada?
  • 8:41 - 8:44
    Bom, ela só pode ser repetida,
    se for lembrada.
  • 8:44 - 8:49
    Então, pensem sobre a última vez
    que se sentiram tão envolvidos com algo
  • 8:49 - 8:52
    a ponto de dedicar um tempo
    para elaborar a sua mensagem.
  • 8:52 - 8:54
    Talvez um novo rumo para o seu negócio,
  • 8:54 - 8:59
    ou uma forte oposição
    a um investimento planejado
  • 8:59 - 9:00
    na escola de seu filho.
  • 9:01 - 9:05
    Se vocês realmente conseguiram
    ser ouvidos pela audiência,
  • 9:05 - 9:09
    suas ideias foram processadas
    na memória de trabalho deles,
  • 9:09 - 9:10
    que é onde deve começar.
  • 9:10 - 9:12
    Mas para a ideia ser lembrada,
  • 9:12 - 9:16
    ela tem que passar da memória de trabalho
    para a memória de longo prazo.
  • 9:16 - 9:19
    E a boa notícia é que é mais fácil
    do que vocês pensam:
  • 9:19 - 9:21
    modificar a sua mensagem
  • 9:21 - 9:24
    para aumentar a possibilidade
    de que ela seja lembrada.
  • 9:26 - 9:28
    O primeiro fator a influenciar
    a transferência
  • 9:28 - 9:30
    para a memória de longo
    prazo é "elaboração".
  • 9:30 - 9:32
    [Elaboração]
  • 9:32 - 9:33
    Todos conhecemos esta palavra.
  • 9:33 - 9:34
    Já a ouvimos antes:
  • 9:34 - 9:39
    "Vou procurar elaborar melhor
    e trabalhar nesse ponto".
  • 9:39 - 9:40
    Bom, isso não é diferente.
  • 9:40 - 9:45
    Desta vez, estamos dizendo: "Vou procurar
    trabalhar os pontos na memória".
  • 9:45 - 9:49
    A minha história favorita sobre isso
    vem de quando meu filho tinha três anos.
  • 9:49 - 9:51
    Um amigo chegou na minha
    casa num carro conversível.
  • 9:51 - 9:54
    Charlie nunca tinha visto
    um carro conversível antes
  • 9:54 - 9:57
    e ficou muito confuso,
    mas no momento, eu não sabia.
  • 9:57 - 10:00
    Ele me olhou buscando uma explicação.
  • 10:00 - 10:03
    Eu não entendi porquê,
    então não disse nada.
  • 10:03 - 10:05
    Ele se virou novamente para o carro
  • 10:05 - 10:07
    e ficou olhando fixo para ele,
    tentando entender o que era.
  • 10:07 - 10:10
    Então ele se virou para mim sorrindo
  • 10:10 - 10:13
    e disse: "Olhe, mamãe,
    um carro sem chapéu".
  • 10:13 - 10:15
    (Risos)
  • 10:15 - 10:19
    Charlie só conseguiu dar sentido
    àquele item que não lhe era familiar
  • 10:19 - 10:22
    conectando-o a algo
    familiar na sua memória.
  • 10:22 - 10:25
    É um pouco como um jogo
    mental de ligar os pontos.
  • 10:25 - 10:29
    Quando eu falei para vocês sobre o metrô,
    eu quis dar referências familiares.
  • 10:29 - 10:32
    Assim, a busca mental de vocês
    não seria muito difícil.
  • 10:33 - 10:36
    Eu queria encontrar rapidamente
    esses pontos de elaboração,
  • 10:36 - 10:39
    e isso contrasta com o uso de um jargão,
  • 10:39 - 10:42
    algo que parece estar voando
    e chegando até vocês,
  • 10:42 - 10:44
    mas não há com o que conectá-lo.
  • 10:44 - 10:47
    Então vai literalmente entrar
    por um ouvido e sair pelo outro.
  • 10:48 - 10:51
    O segundo fator é "ativação".
  • 10:51 - 10:52
    [Ativação]
  • 10:52 - 10:55
    Quantos sentidos vocês podem ativar?
  • 10:55 - 10:59
    Porque quanto mais sentidos ativarem,
    mais neurônios dispararem,
  • 10:59 - 11:03
    maior será a probabilidade de a ideia
    ir para a memória de longo prazo.
  • 11:03 - 11:06
    Quando falei sobre o metrô,
    falei como estava frio,
  • 11:06 - 11:07
    queria que vocês sentissem isso.
  • 11:07 - 11:10
    Falei sobre os sons, queria
    que vocês os ouvissem.
  • 11:10 - 11:15
    Eu queria ativar tantos sentidos
    quanto possível, ao contar uma história.
  • 11:15 - 11:16
    [Contar uma história]
  • 11:16 - 11:20
    Esse é o terceiro ponto:
    "contar uma história".
  • 11:20 - 11:23
    Provavelmente é isso
    que soa mais familiar para vocês,
  • 11:23 - 11:25
    porque sabem, intuitivamente,
  • 11:25 - 11:29
    que é mais fácil lembrar uma história
    do que fatos e números.
  • 11:29 - 11:31
    Bom, muito antes da palavra escrita,
  • 11:31 - 11:34
    nossos ancestrais usavam histórias
    para transportar informações críticas.
  • 11:34 - 11:38
    Não surpreende, a história
    é a cola da nossa memória.
  • 11:38 - 11:40
    Mas ela não precisa
    ser longa nem complicada.
  • 11:40 - 11:43
    Pensem no vinho tinto,
    no carro conversível.
  • 11:44 - 11:46
    O próximo fator é "importância".
  • 11:46 - 11:47
    [Importância]
  • 11:47 - 11:52
    Se não consigo tornar minha história
    relevante e valiosa para vocês,
  • 11:52 - 11:55
    não há quase nenhuma chance
    de que vocês se lembrem dela.
  • 11:55 - 11:59
    É por isso que eu passei
    um tempo sugerindo situações
  • 11:59 - 12:03
    nas quais vocês vão querer
    ser ouvidos e lembrados.
  • 12:04 - 12:05
    [Emotividade]
  • 12:05 - 12:07
    O quinto fator é "emotividade".
  • 12:07 - 12:11
    Mas não significa: "Isso nos faz chorar?"
  • 12:11 - 12:14
    Significa que nos faz sentir algo.
  • 12:14 - 12:15
    Isso nos deixa tristes?
  • 12:15 - 12:17
    Nos faz sentir raiva?
  • 12:17 - 12:18
    Nos surpreende?
  • 12:19 - 12:20
    Uma das emoções mais poderosas
  • 12:20 - 12:24
    com relação a qualidades
    contagiantes é a surpresa.
  • 12:24 - 12:27
    É por isso que piadas são lembradas.
  • 12:27 - 12:32
    E é por isso que vão se lembrar
    do carro sem chapéu por muito tempo.
  • 12:33 - 12:34
    [Repetição]
  • 12:34 - 12:36
    O fator final é "repetição".
  • 12:36 - 12:37
    Quanto mais repetimos algo,
  • 12:37 - 12:40
    maior é a probabilidade
    de que seja lembrado depois.
  • 12:40 - 12:43
    Sabemos disso; aprendemos
    na escola com a tabuada.
  • 12:43 - 12:47
    Ao longo do tempo acho que esquecemos.
  • 12:47 - 12:49
    Entretanto, continuem falando
    seu assunto principal.
  • 12:49 - 12:53
    Sintam-se livres para empacotá-lo
    muitas vezes de formas diferentes,
  • 12:53 - 12:56
    mas continuem repetindo.
  • 12:56 - 12:58
    Vocês agora ouviram tanto
  • 12:58 - 13:02
    sobre o violinista a quem
    ninguém realmente ouviu
  • 13:02 - 13:05
    que vocês vão se lembrar dele
    por muito tempo depois de hoje.
  • 13:06 - 13:08
    Simplificando,
  • 13:08 - 13:13
    cada um desses fatores age
    para maximizar a ativação mental
  • 13:13 - 13:16
    na mente das suas audiências.
  • 13:16 - 13:21
    Quanto mais neurônios ativos vocês
    conseguirem na mente das pessoas,
  • 13:21 - 13:26
    maior a possibilidade de a ideia
    passar da memória de trabalho
  • 13:26 - 13:28
    para a de longo prazo.
  • 13:28 - 13:32
    E mesmo só lembrar e aplicar
    alguns desses fatores
  • 13:32 - 13:35
    vai lhes dar a ideia de estarem
    se movendo na direção certa.
  • 13:35 - 13:38
    É mais fácil do que pensavam!
  • 13:38 - 13:40
    (Risos)
  • 13:40 - 13:43
    Todos temos ideias
    que queremos compartilhar.
  • 13:43 - 13:47
    E o primeiro passo é colocá-las
    na memória de trabalho,
  • 13:47 - 13:52
    que não é tão fácil quanto só falar
    ou tocar num violino muito caro.
  • 13:52 - 13:54
    Mas o segundo passo
    é sobre ser lembrado,
  • 13:54 - 13:58
    levar as suas ideias da memória
    de trabalho para a de longo prazo
  • 13:58 - 14:01
    porque é lá que elas têm que chegar
  • 14:01 - 14:07
    para que exista alguma chance de que sejam
    compartilhadas por qualquer outra pessoa.
  • 14:08 - 14:14
    Para terminar, eu espero que vocês
    tenham conseguido ouvir o que compartilhei
  • 14:14 - 14:16
    e que consigam lembrar,
  • 14:16 - 14:19
    porque é mais fácil do que vocês pensam.
  • 14:19 - 14:20
    Obrigada.
  • 14:20 - 14:22
    (Aplausos)
Title:
Não seja somente ouvido, seja lembrado | Anne Thistleton | TEDxCapeTown
Description:

Anne Thistleton cresceu em West Virginia, nos Estados Unidos, mas vive na África do Sul há quase 20 anos. Ela se apaixonou pelo país depois que o seu trabalho com a Coca-Cola a levou para Joanesburgo. Anne tem um MBA de Harvard e trabalha há 25 anos com marketing de consumo. Ao cruzar com Gerald Zaltman no meio da carreira, iniciou uma jornada pessoal com processos mentais e tomada de decisões. Ela trabalha há muitos anos com clientes corporativos para ajudá-los a entender e aplicar melhor esse novo conhecimento. Anne também está envolvida em diferentes start-ups e ONGs, incluindo a sua empresa de tecidos, African Sketchbook Fine Art Fabrics, que é especializada em tecidos personalizados, pintados à mão e que ajuda artistas locais a obterem uma renda.

Anne mora em Stellenbosch com o marido e dois filhos.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:35

Portuguese, Brazilian subtitles

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