Big data, pequenas fazendas e a história de dois tomates
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0:01 - 0:05A análise de dados está mudando
nosso cotidiano drasticamente. -
0:06 - 0:09Não apenas na internet
ou num futuro distante, -
0:09 - 0:13mas no mundo físico,
de maneiras reais e tangíveis. -
0:14 - 0:18Trabalhei por 11 anos no MIT,
Instituto de Tecnologia de Massachusetts, -
0:18 - 0:20em laboratórios de "big data"
-
0:20 - 0:23que usam a ciência de dados
para estudar o mundo físico -
0:23 - 0:26e tentar resolver
os problemas da sociedade. -
0:27 - 0:31A área de big data visa analisar
volumes imensos de dados -
0:31 - 0:35usando ferramentas computacionais
para encontrar padrões e tendências. -
0:36 - 0:39Dados podem contar histórias
de forma extraordinária -
0:39 - 0:41e revelar, em coisas do cotidiano,
-
0:41 - 0:43narrativas ocultas
que nunca teríamos visto. -
0:43 - 0:47Acho que as histórias pessoais
de coisas inanimadas -
0:47 - 0:49têm um poder extraordinário.
-
0:50 - 0:53Primeiro vou destacar dois projetos
dos quais participei no MIT -
0:53 - 0:55que retratam muito bem esse fenômeno.
-
0:56 - 0:58O primeiro era de rastreamento de lixo.
-
0:58 - 1:02Nesse projeto, buscamos entender melhor
o sistema de gestão de resíduos, -
1:02 - 1:04para responder a seguinte pergunta:
-
1:04 - 1:06"Para onde vai seu lixo
quando você o joga fora?" -
1:06 - 1:08Aquela xícara velha,
-
1:08 - 1:11aquele celular "abre e fecha"
que você usava nos anos 2000, -
1:11 - 1:15um pão, o jornal de hoje...
-
1:15 - 1:16para onde essas coisas vão?
-
1:17 - 1:20Esses dados não existiam,
então tivemos de criá-los. -
1:20 - 1:23Respondemos essa pergunta
e visualizamos a resposta -
1:23 - 1:27colocando pequenos sensores
em itens de lixo -
1:27 - 1:29e jogando-os no sistema de resíduos.
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1:30 - 1:32Aqui estão os dados.
-
1:33 - 1:39Cada linha é um item de lixo
se movendo pela cidade de Seattle, -
1:39 - 1:42depois pelo estado
-
1:42 - 1:45e depois pelo país,
com o passar de semanas e meses. -
1:46 - 1:47É importante visualizar estes dados,
-
1:47 - 1:50porque ninguém vê isso e pensa:
-
1:50 - 1:52"É, faz sentido".
-
1:52 - 1:54(Risos)
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1:54 - 1:56"Está funcionando como deveria, não é?"
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1:56 - 1:57Não.
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1:57 - 1:58(Risos)
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1:59 - 2:03Os dados nos mostram
um sistema extremamente ineficiente, -
2:03 - 2:06cuja disfunção estrutural
não teríamos visto -
2:07 - 2:09se os sensores não tivessem
feito o registro por nós. -
2:11 - 2:13O segundo projeto que preciso destacar
-
2:13 - 2:18envolvia a criação de robôs
que mergulham em esgotos -
2:18 - 2:20e examinam a água residual.
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2:20 - 2:25Sei que esgotos têm uma fama ruim,
mas na verdade são incríveis, -
2:25 - 2:28porque nos dizem muito
sobre a saúde das nossas comunidades. -
2:28 - 2:32Essa tecnologia foi levada adiante
por um grupo chamado Biobot Analytics, -
2:32 - 2:35que está criando tecnologia de ponta
-
2:35 - 2:39para transformar nossos esgotos
em observatórios de saúde. -
2:39 - 2:42A meta deles é estudar opioides
presentes no esgoto -
2:42 - 2:45para entender melhor
o consumo nas cidades. -
2:45 - 2:47Esses dados são fundamentais,
-
2:47 - 2:50porque ajudam as cidades
a entender onde estão os usuários, -
2:50 - 2:52como direcionar recursos
-
2:52 - 2:55e qual a eficácia das ações
ao longo do tempo. -
2:56 - 3:00Mais uma vez, a tecnologia
está abrindo as cortinas -
3:00 - 3:04e revelando algo sobre as cidades
que nunca teríamos visto sem ela. -
3:04 - 3:07Então, no fim das contas,
-
3:07 - 3:11big data está em toda parte,
até no seu vaso sanitário. -
3:11 - 3:15Agora que já falamos sobre lixo e esgoto,
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3:15 - 3:16vamos falar...
-
3:16 - 3:18sobre comida.
-
3:18 - 3:19(Risos)
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3:19 - 3:22Há um ano, deixei o MIT para seguir
minha paixão no ramo alimentício. -
3:22 - 3:27Em 2017, abri com meu marido
uma empresa chamada "Family Dinner". -
3:27 - 3:31A meta da nossa empresa é criar
uma comunidade em torno da comida local -
3:31 - 3:33e das pessoas que a produzem.
-
3:33 - 3:34Para fazer isso acontecer,
-
3:34 - 3:38estamos usando análise de dados,
automação e tecnologia, -
3:38 - 3:40para construir um rede distribuída
entre fazendas locais -
3:40 - 3:43e melhorar o sistema alimentar.
-
3:43 - 3:48Percebe-se que nossas técnicas
e a missão que estamos realizando -
3:48 - 3:52não são diferentes do trabalho
nos laboratórios do MIT. -
3:52 - 3:55Isso nos leva a uma pergunta crítica:
-
3:55 - 3:59por que uma pessoa abandonaria
uma carreira tão promissora -
3:59 - 4:03num dos mais importantes
laboratórios de ciência urbana -
4:03 - 4:06para levar cenouras por aí
no carro da mãe dela? -
4:06 - 4:08(Risos)
-
4:08 - 4:09É um ótimo carro.
-
4:10 - 4:13Porque acredito
que a história da comida local -
4:13 - 4:17precisa ser entendida,
contada e valorizada, -
4:17 - 4:22e acho que nerds como nós
são especialmente aptos a contá-la. -
4:22 - 4:25Então por onde vamos começar?
Qual nosso ponto de partida? -
4:26 - 4:30O atual sistema alimentar dos EUA
é otimizado para apenas uma coisa: -
4:30 - 4:33lucro corporativo.
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4:33 - 4:34Pensem nisso.
-
4:34 - 4:37O motivo mais atraente
para empresas de alimentos existirem -
4:37 - 4:41não é alimentar pessoas famintas
nem produzir comida saborosa. -
4:42 - 4:43É o lucro.
-
4:44 - 4:47Isso prejudica todas as áreas
do sistema alimentar. -
4:48 - 4:51Os antibióticos e pesticidas
colocados na comida -
4:51 - 4:53prejudicam nossa saúde.
-
4:53 - 4:56A competitividade de preços força
fazendas pequenas a fechar as portas. -
4:56 - 4:59Na verdade, muito do que se imagina
sobre fazendas não existe mais. -
5:00 - 5:03Fazendas não parecem fazendas;
parecem fábricas. -
5:03 - 5:07No fim, a qualidade da comida
também é afetada. -
5:08 - 5:12O tomate de uma fazenda industrial
pode parecer um tomate normal, -
5:12 - 5:14com o exterior vermelho e brilhante,
-
5:14 - 5:18mas, quando damos uma mordida,
o sabor e a textura deixam a desejar. -
5:19 - 5:22Talvez a maior tragédia nisso tudo
-
5:22 - 5:26é que entre 30% e 40%
dessa comida é desperdiçada, -
5:27 - 5:28jogada fora.
-
5:28 - 5:31Isso é 1,6 bilhão de toneladas.
-
5:31 - 5:33Não consigo nem imaginar esse número.
-
5:33 - 5:36E 1,6 bilhão de toneladas
-
5:36 - 5:41é US$ 1,2 trilhão por ano
gasto em comida desperdiçada. -
5:42 - 5:45Esse é o custo do imediatismo,
da conveniência -
5:45 - 5:47e do sistema alimentar disfuncional.
-
5:47 - 5:51Mas onde esse desperdício
acontece? De onde ele vem? -
5:51 - 5:53Sabemos que acontece na colheita,
-
5:53 - 5:55quando selecionam apenas
as batatas mais sedutoras; -
5:55 - 6:01acontece no transporte,
nos depósitos, nos supermercados -
6:01 - 6:03e, por fim, na nossa cozinha,
-
6:03 - 6:06quando decidimos
que aquela banana amarronzada -
6:06 - 6:08não parece mais tão apetitosa.
-
6:08 - 6:10Tanto desperdício, tanto esforço...
-
6:11 - 6:16A comida é plantada, cultivada,
colhida, transportada -
6:16 - 6:18e simplesmente jogada fora.
-
6:19 - 6:21Acreditamos que precisa
existir um processo melhor. -
6:22 - 6:24Então como podemos melhorar?
-
6:24 - 6:26Como faremos um sistema melhor?
-
6:27 - 6:28Para fazer isso,
-
6:28 - 6:32devemos eliminar o desperdício
na cadeia de abastecimento alimentar. -
6:33 - 6:37Devemos fornecer dados aos agricultores,
para que possam fazer previsões melhores -
6:37 - 6:40e tenham chance de competir
com as empresas grandes. -
6:40 - 6:46E precisamos prezar, como empresa,
a qualidade e o sabor acima de tudo, -
6:46 - 6:49para que as pessoas valorizem
a comida deliciosa no prato delas. -
6:50 - 6:54Acreditamos que esse sistema é melhor.
Esse é o processo melhor. -
6:55 - 6:58E o caminho para alcançá-lo
é feito de dados. -
6:59 - 7:03Para reforçar tudo isso,
vou contar a história de dois tomates. -
7:04 - 7:06Vou falar sobre um de cada vez.
-
7:06 - 7:09Um tomate contém um lindo retrato
-
7:09 - 7:13de tudo que podemos questionar
sobre o ciclo de vida dele: -
7:13 - 7:15onde foi cultivado, com o que foi tratado,
-
7:15 - 7:18o valor nutricional dele,
quilômetros percorridos, -
7:18 - 7:21emissões de gás carbônico pelo caminho...
-
7:21 - 7:24Todas essas informações,
todos esses capítulos, -
7:24 - 7:25numa pequena fruta.
-
7:25 - 7:26É muito empolgante.
-
7:27 - 7:29Este é o tomate número um.
-
7:29 - 7:33É ele que encontramos
em sanduicherias, supermercados -
7:33 - 7:35e restaurantes de fast food pelo mundo.
-
7:35 - 7:38Ele tem uma história longa e complicada.
-
7:39 - 7:43Foi tratado com um coquetel
de diversos pesticidas -
7:43 - 7:48e viajou pelo menos 2,5 mil km
para chegar à casa de vocês. -
7:48 - 7:50A imagem aqui é verde,
-
7:50 - 7:54porque estes tomates são colhidos
verdes e duros como pedra -
7:54 - 7:56e estimulados com gás
durante o transporte, -
7:56 - 8:01para que cheguem ao destino com um aspecto
brilhante, vermelho e maduro. -
8:02 - 8:04Todo esse esforço,
-
8:04 - 8:08toda essa tecnologia e inovação agrícola,
-
8:08 - 8:12para criar um produto
completamente sem gosto. -
8:12 - 8:15Agora vamos ao segundo tomate.
-
8:15 - 8:17Esta é a versão local da fruta.
-
8:17 - 8:19A história dele é muito mais simples.
-
8:20 - 8:23Ele foi cultivado
por Luke Mahoney e sua família -
8:23 - 8:25na fazenda deles
em Canterbury, New Hampshire. -
8:26 - 8:28A história desse tomate é bem sem graça.
-
8:29 - 8:30Foi plantado,
-
8:30 - 8:32ficou no sol
-
8:32 - 8:33e depois foi colhido.
-
8:33 - 8:34(Risos)
-
8:34 - 8:35É isso.
-
8:35 - 8:38Não há muito a ser dito.
-
8:38 - 8:43E ele viajou talvez 110 km
para chegar ao seu prato. -
8:43 - 8:44A diferença é dramática.
-
8:45 - 8:48Lembrem a última vez que vocês
comeram um tomate fresco de verão. -
8:48 - 8:51Sei que estamos todos
agasalhados, mas pensem nisso. -
8:51 - 8:54A última vez que vocês
comeram um tomate da horta, -
8:54 - 8:58aquecido pelo sol, vermelho vivo,
talvez com cheiro de terra. -
8:58 - 9:02Há algo nostálgico e quase mágico
nessa experiência. -
9:02 - 9:05O gosto e o sabor são incomparáveis.
-
9:06 - 9:09E não precisamos ir muito longe
para encontrá-lo. -
9:11 - 9:13Essa história se estende
pela cadeia alimentar, -
9:13 - 9:16das frutas e vegetais em nosso prato
-
9:16 - 9:19aos animais e produtos
de origem animal que consumimos. -
9:20 - 9:25O que é feito durante a criação deles
e, principalmente, o que não é feito -
9:25 - 9:27é criticamente importante.
-
9:28 - 9:30Luke e sua família têm 60 vacas.
-
9:31 - 9:34Eles usam métodos
tradicionais, à moda antiga. -
9:34 - 9:38Criam as vacas a pasto,
sem hormônios, sem antibióticos -
9:38 - 9:39e com muito feno.
-
9:40 - 9:46Simplesmente tratam as vacas como vacas,
não como um experimento científico. -
9:46 - 9:51Criam animais da maneira
que o avô e o tataravô deles teriam feito. -
9:51 - 9:53No fim das contas, assim é melhor,
-
9:53 - 9:55melhor para os animais,
para o meio ambiente... -
9:55 - 9:58Luke não otimiza a produção
a favor do lucro ou do preço, -
9:58 - 10:00mas a favor do sabor e da humanidade.
-
10:01 - 10:02Vocês estão pensando:
-
10:02 - 10:06"Já existe uma solução
para isso; são as feiras livres", -
10:06 - 10:10que muitos de vocês visitam
e das quais gosto muito. -
10:10 - 10:14Elas são uma solução maravilhosa,
mas, por outro lado, insatisfatória. -
10:14 - 10:17Para nós consumidores
até que é ótimo, não é? -
10:17 - 10:20Você vai lá, encontra
uma linda variedade de alimentos, -
10:20 - 10:23sente o prazer de apoiar uma fazenda local
-
10:23 - 10:28e tem a oportunidade de experimentar
coisas novas e diversos produtos. -
10:28 - 10:31E, inevitavelmente, há um cara
tocando ukulele em algum lugar no fundo. -
10:31 - 10:32(Risos)
-
10:34 - 10:37Mas, para os agricultores, é arriscado.
-
10:37 - 10:40Eles contratam uma equipe,
acordam às quatro da manhã, -
10:40 - 10:42carregam o caminhão
e vão para suas barracas, -
10:42 - 10:46mas nada garante
que vão conseguir vender tudo. -
10:46 - 10:48Há muitas variáveis em New England,
-
10:48 - 10:53por exemplo, as condições meteorológicas,
que são um pouco imprevisíveis aqui. -
10:54 - 10:57O tempo é um dos fatores que determinam
-
10:57 - 11:00se a feira vai valer a pena
para os produtores ou não. -
11:01 - 11:03Eles sempre contam com a sorte.
-
11:04 - 11:10Também existe outra opção: as CSAs,
comunidades que sustentam a agricultura. -
11:10 - 11:15Nesse modelo, os clientes pagam adiantado,
livrando as fazendas do risco financeiro. -
11:15 - 11:19Os agricultores cultivam o que podem,
e os clientes desfrutam essa produção. -
11:19 - 11:21Isso também tem alguns problemas.
-
11:21 - 11:22É ótimo para os produtores,
-
11:22 - 11:25porque têm certeza de que vão
vender o que comprarem, -
11:25 - 11:28mas nós ainda temos
de ir buscar os produtos, -
11:28 - 11:32e muitas fazendas não conseguem cultivar
uma grande diversidade de alimentos, -
11:32 - 11:35então às vezes recebemos
uma montanha de uma coisa só. -
11:36 - 11:38Talvez já tenha acontecido
com alguns de vocês. -
11:38 - 11:42O que fazer com 10 kg de nabos
no meio do inverno? -
11:42 - 11:44Ainda não sei.
-
11:45 - 11:47Voltando à pergunta:
-
11:47 - 11:49como resolver isso?
-
11:49 - 11:53Pretendemos construir um forma melhor
de sustentar a agricultura em comunidade. -
11:54 - 11:59Há três inovações principais
que fazem esse negócio funcionar. -
11:59 - 12:03A primeira é uma plataforma
de vendas virtuais por assinatura -
12:04 - 12:06que nos ajuda a manter
uma demanda consistente -
12:06 - 12:08para os produtores o ano todo.
-
12:08 - 12:10A assinatura é essencial.
-
12:10 - 12:13Os pedidos são feitos
semanalmente de forma automática, -
12:13 - 12:14e os clientes podem cancelar,
-
12:14 - 12:17por isso temos mais ou menos
o mesmo número de pedidos toda semana. -
12:18 - 12:22Outra vantagem é que, vendendo online,
-
12:22 - 12:25os produtores não ficam limitados
à clientela nos arredores da fazenda -
12:25 - 12:27nem ao número de mercados
em que podem vender. -
12:27 - 12:30Derrubamos essas barreiras.
-
12:31 - 12:33A segunda inovação
é a previsão de demanda. -
12:33 - 12:36Usamos a análise de dados
para antecipar o futuro -
12:36 - 12:37e prever a demanda.
-
12:37 - 12:41Isso permite aos produtores saber
o quanto colher no momento -
12:41 - 12:43e o que plantar no futuro.
-
12:44 - 12:46Se 200 pedidos forem
processados na segunda-feira, -
12:46 - 12:49compramos a quantia exata
para cumprir a demanda: -
12:49 - 12:52200 brócolis, 200 salmões etc.
-
12:53 - 12:56Graças à automatização dos pedidos,
-
12:56 - 12:59evitamos o desperdício
que acontece no sistema alimentar, -
12:59 - 13:01que tanto nos incomoda,
-
13:01 - 13:05pois garantimos que a oferta
vai corresponder à demanda. -
13:06 - 13:10Isso também nos permite
planejar as safras com os agricultores. -
13:10 - 13:12Se dissermos a eles que em junho deste ano
-
13:12 - 13:17vamos precisar de 180 kg de aspargos
e 230 kg de frutos silvestres, por semana, -
13:17 - 13:22eles podem plantar conforme necessário,
tendo certeza de que vão vender tudo. -
13:22 - 13:25Por fim, usamos um software
de otimização de rotas, -
13:25 - 13:28para nos ajudar a resolver
o "problema do caixeiro-viajante". -
13:28 - 13:34Enviamos transportadores para entregar
as guloseimas na sua porta. -
13:34 - 13:38Sem a ciência de dados
e uma equipe tão maravilhosa e capacitada, -
13:38 - 13:40nada disso seria possível.
-
13:41 - 13:46Talvez vocês tenham percebido
que temos convicções fervorosas. -
13:46 - 13:48Sim, estamos tentando construir
um negócio sustentável, -
13:49 - 13:51mas não estamos só de olho no lucro;
-
13:51 - 13:53queremos criar um sistema alimentar
melhor e holístico. -
13:54 - 13:56Valorizamos três coisas.
-
13:56 - 13:58As pessoas em primeiro lugar.
-
13:58 - 14:00Buscamos construir comunidade
-
14:00 - 14:02entre amantes de comida local
e aqueles que a cultivam. -
14:02 - 14:05Criamos essa empresa
para apoiar fazendas pequenas. -
14:06 - 14:07Zero desperdício.
-
14:07 - 14:10Todos detestamos e sabemos
que é errado desperdiçar comida, -
14:10 - 14:14mesmo aquela penca de banana esquisita
que está lá na sua mesa faz um tempão. -
14:14 - 14:16E, por fim, o sabor.
-
14:16 - 14:21Se não for para ser gostoso
como aquele tomate de verão perfeito, -
14:21 - 14:22nem vale a pena.
-
14:23 - 14:25Então formamos um sistema
com essas fazendas locais, -
14:25 - 14:29para trazer os produtos delas
e entregá-los diretamente na sua porta, -
14:29 - 14:34conectando vocês a elas
e criando um sistema mais holístico. -
14:34 - 14:36Esta é nossa visão para o futuro:
-
14:36 - 14:42expandir esse modelo para além de Boston,
além de New England e por todo o país, -
14:42 - 14:46e criar uma rede nacional
de fazendas locais, -
14:46 - 14:49conectando agricultores
a pessoas como vocês, -
14:49 - 14:50que adoram a comida deles.
-
14:52 - 14:58Acreditamos que insistir em comer
alimentos locais é um ato revolucionário. -
14:58 - 15:00Convidamos vocês a participar.
-
15:00 - 15:02E quem sabe...
-
15:02 - 15:05vocês até façam amigos pelo caminho.
-
15:06 - 15:07Muito obrigada.
-
15:07 - 15:08(Aplausos)
- Title:
- Big data, pequenas fazendas e a história de dois tomates
- Speaker:
- Erin Baumgartner
- Description:
-
O caminho para melhorar a qualidade da nossa comida é feito de dados, diz a empreendedora Erin Baumgartner. Baseando-se em sua experiência administrando uma empresa de "farm-to-table" (que entrega alimentos da fazenda direto ao consumidor), ela descreve seu plano de ajudar a criar um sistema alimentar mais saudável, sem desperdício e que valorize mais a qualidade e o sabor da comida cultivada em pequenas fazendas locais do que produtos de fazendas industriais.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:21
Claudia Sander approved Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes | ||
Claudia Sander accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes | ||
Victor Borges edited Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes | ||
Victor Borges edited Portuguese, Brazilian subtitles for Big data, small farms and a tale of two tomatoes |