Uma "droga viva" que pode mudar a maneira como tratamos o câncer
-
0:01 - 0:04É a primeira vez que conto
essa história em público, -
0:04 - 0:06os aspectos pessoais dela.
-
0:07 - 0:12Yogi Berra foi um jogador de beisebol
mundialmente famoso que disse: -
0:12 - 0:14"Se chegar a uma bifurcação
na estrada, siga-a". -
0:15 - 0:19Há mais de um século, pesquisadores
-
0:19 - 0:22vêm estudando o sistema imunológico
para combater o câncer -
0:22 - 0:26e as vacinas contra ele, infelizmente,
têm sido decepcionantes. -
0:26 - 0:29Eles só trabalharam
em cânceres causados por vírus, -
0:29 - 0:32como câncer cervical ou de fígado.
-
0:33 - 0:36Os pesquisadores basicamente
desistiram da ideia -
0:36 - 0:39de usar o sistema imunológico
para combater o câncer. -
0:40 - 0:44E o sistema imunológico, de todo o modo,
não evoluiu para combatê-lo, -
0:44 - 0:48mas para combater patógenos
que invadem de fora. -
0:48 - 0:51Portanto, o trabalho dele
é matar bactérias e vírus. -
0:51 - 0:55O sistema imunológico tem problemas
com a maioria dos cânceres -
0:55 - 0:58porque ele não invade de fora,
-
0:58 - 1:01ele evolui de suas próprias células.
-
1:02 - 1:07E assim, ou o sistema imunológico
não o reconhece como um problema -
1:07 - 1:10ou ataca o câncer e também
nossas células normais, -
1:10 - 1:14levando a doenças autoimunes
como colite ou esclerose múltipla. -
1:15 - 1:17Então, como se contorna isso?
-
1:17 - 1:22Nossa resposta acabou sendo
sistemas imunológicos sintéticos, -
1:22 - 1:25projetados para reconhecer
e matar células cancerígenas. -
1:26 - 1:29É isso mesmo, eu disse
sistema imunológico sintético. -
1:31 - 1:35É feito com engenharia genética
e biologia sintética. -
1:36 - 1:38Fizemos com as partes naturais
do sistema imunológico, -
1:38 - 1:41chamadas células B e células T.
-
1:41 - 1:43Foram os nossos componentes.
-
1:44 - 1:47As células T evoluíram para matar
células infectadas por vírus -
1:47 - 1:51e as células B são as células
que produzem anticorpos secretados -
1:51 - 1:54e depois se unem para matar bactérias.
-
1:55 - 1:59E se combinássemos essas duas funções
-
1:59 - 2:04de uma maneira que fosse projetada
pra redirecioná-las pra combater o câncer? -
2:04 - 2:07Percebemos que seria possível
inserir os genes para anticorpos -
2:07 - 2:09das células B para as células T.
-
2:10 - 2:11Então, como fazemos isso?
-
2:12 - 2:16Usamos um vírus HIV como cavalo de Troia
-
2:16 - 2:19para superar o sistema
imunológico das células T. -
2:20 - 2:22O resultado é uma quimera,
-
2:22 - 2:26uma criatura fantástica
da mitologia grega que cospe fogo, -
2:26 - 2:30com cabeça de leão, corpo de cabra
e cauda de serpente. -
2:31 - 2:34Decidimos que a coisa paradoxal
que havíamos criado -
2:34 - 2:39com nossos anticorpos de células B,
nosso portador de células T -
2:39 - 2:41e o cavalo de Tróia do HIV
-
2:41 - 2:46devia ser chamada de receptor de antígeno
quimérico de células T, ou células T CAR. -
2:47 - 2:50O vírus também insere informação genética
-
2:50 - 2:53para ativar as células T
e programá-las no modo mortal. -
2:54 - 2:58Então, o que acontece quando células T CAR
são injetadas em alguém com câncer, -
2:58 - 3:02e elas veem e se ligam ao alvo tumoral?
-
3:03 - 3:06Agem como células T mortais
sobrecarregadas em esteroides. -
3:07 - 3:11Iniciam esse sistema de defesa no corpo
-
3:11 - 3:14e literalmente se dividem
e multiplicam aos milhões, -
3:14 - 3:16daí atacam e matam o tumor.
-
3:17 - 3:22Isso significa que as células T CAR são
o primeiro medicamento vivo na medicina. -
3:22 - 3:24As células T CAR fogem do padrão.
-
3:24 - 3:26Ao contrário dos medicamentos
normais que tomamos; -
3:26 - 3:28que fazem o trabalho deles,
-
3:28 - 3:30são metabolizados
e precisamos tomar de novo; -
3:30 - 3:34as células T CAR permanecem
vivas e trabalhando por anos. -
3:35 - 3:39Temos tido casos de pacientes com câncer
que vem mantendo as células T CAR no corpo -
3:39 - 3:41já por mais de oito anos.
-
3:42 - 3:45E essas células T CAR que criamos
-
3:45 - 3:49têm uma meia-vida calculada
superior a 17 anos. -
3:49 - 3:51Portanto, uma infusão pode ser suficiente,
-
3:51 - 3:54elas permanecem em patrulha
pelo resto da vida. -
3:54 - 3:57Este é o começo de um novo
paradigma na medicina. -
3:58 - 4:03Houve um grande desafio
para essas infusões de células T. -
4:04 - 4:08A única fonte delas
que funciona num paciente -
4:08 - 4:12são as próprias células T dele,
a menos que ele tenha um gêmeo idêntico. -
4:12 - 4:15Portanto, a maioria de nós está sem sorte.
-
4:16 - 4:20O que fizemos foi criar células T CAR.
-
4:20 - 4:23Tivemos que aprender a cultivar
as células T do próprio paciente, -
4:23 - 4:27e desenvolvemos uma plataforma
robusta para isso na década de 1990. -
4:28 - 4:32Então, em 1997, testamos
as células T CAR em pacientes -
4:32 - 4:34com HIV-AIDS avançado.
-
4:34 - 4:39E descobrimos que elas sobreviveram
nos pacientes por mais de uma década. -
4:39 - 4:43Melhorou o sistema imunológico deles
e reduziu os vírus, mas não os curou. -
4:43 - 4:46Voltamos ao laboratório e,
na década seguinte, -
4:46 - 4:49aprimoramos o design da célula T do CAR.
-
4:49 - 4:53E em 2010, começamos a tratar
pacientes com leucemia. -
4:54 - 4:56E nossa equipe tratou três pacientes
-
4:56 - 5:00com leucemia linfocítica crônica
avançada em 2012. -
5:00 - 5:03É uma forma de leucemia incurável
-
5:03 - 5:07que aflige aproximadamente 20 mil adultos
todos os anos nos Estados Unidos. -
5:08 - 5:13O primeiro paciente que tratamos foi
um sargento aposentado da Marinha -
5:13 - 5:15e agente penitenciário.
-
5:15 - 5:17Ele só tinha semanas de vida
-
5:17 - 5:20e já havia pagado por seu funeral.
-
5:21 - 5:26As células foram infundidas e,
em poucos dias, ele teve febre alta. -
5:26 - 5:27Sofreu falência de múltiplos órgãos,
-
5:27 - 5:30foi transferido para a UTI
e entrou em coma. -
5:30 - 5:31Nós pensamos que iria morrer
-
5:31 - 5:34e, de fato, ele recebeu a extrema-unção.
-
5:34 - 5:39Mas aí, surge outra bifurcação na estrada.
-
5:39 - 5:43Cerca de 28 dias após a infusão
de células T CAR, ele acordou, -
5:43 - 5:47os médicos finalmente o examinaram
e o câncer tinha desaparecido. -
5:47 - 5:49As grandes massas haviam derretido.
-
5:49 - 5:52As biópsias da medula óssea
não encontraram provas de leucemia -
5:52 - 5:55e, naquele ano, dos três primeiros
pacientes que tratamos, -
5:55 - 5:59dois tiveram remissões
duráveis por oito anos -
5:59 - 6:01e um teve remissão parcial.
-
6:01 - 6:05As células T CAR atacaram
a leucemia nesses pacientes -
6:05 - 6:11e dissolveram entre 1,3 e 3,4 quilos
de tumor em cada paciente. -
6:13 - 6:18O corpo deles se tornou um verdadeiro
biorreator para essas células T CAR, -
6:18 - 6:20produzindo milhões dessas células
-
6:20 - 6:24na medula óssea, sangue e massas tumorais.
-
6:25 - 6:29E descobrimos que as células T CAR podem
lutar bem acima da sua categoria de peso, -
6:29 - 6:30usando uma analogia de boxe.
-
6:31 - 6:35Uma única delas pode matar
mil células tumorais. -
6:36 - 6:39É isso mesmo: uma proporção de um pra mil.
-
6:39 - 6:42A célula T CAR e suas células
descendentes filhas -
6:42 - 6:46podem se dividir várias vezes no corpo
até a última célula tumoral desaparecer. -
6:46 - 6:49Não há precedentes disso
no tratamento contra o câncer. -
6:49 - 6:53Os dois primeiros pacientes
que tiveram remissão completa -
6:53 - 6:57permanecem hoje livres de leucemia
e achamos que eles estão curados. -
6:57 - 7:00São pessoas que ficaram sem opções
-
7:01 - 7:04e, por todos os métodos
tradicionais que tiveram, -
7:04 - 7:06foram como casos modernos de Lázaro.
-
7:07 - 7:11Tudo o que posso dizer é: "Que bom
que tivemos essas bifurcações na estrada". -
7:11 - 7:16Nosso próximo passo foi obter permissão
para tratar crianças com leucemia aguda, -
7:16 - 7:18a forma mais comum de câncer infantil.
-
7:18 - 7:21A primeira paciente que inscrevemos
no estudo foi Emily Whitehead -
7:21 - 7:24que, naquela época, tinha seis anos.
-
7:24 - 7:26Passou por uma série de quimioterapia
-
7:26 - 7:29e tratamentos de radiação
ao longo de vários anos, -
7:29 - 7:31e sua leucemia sempre voltava.
-
7:31 - 7:33De fato, ela voltou três vezes.
-
7:33 - 7:36Quando a vimos pela primeira vez,
Emily estava muito doente. -
7:39 - 7:43O diagnóstico oficial dela era
de leucemia incurável avançada. -
7:44 - 7:47O câncer dela invadiu
a medula óssea, fígado e baço. -
7:48 - 7:54E quando a infundimos com as células T CAR
na primavera de abril de 2012, -
7:54 - 7:56ela não melhorou nos dias que se seguiram.
-
7:57 - 7:59Ficou pior, na verdade, muito pior.
-
7:59 - 8:03Como nosso agente penitenciário em 2010,
-
8:03 - 8:06ela, em 2012, foi internada na UTI,
-
8:06 - 8:09e essa foi a bifurcação
mais assustadora dessa história. -
8:10 - 8:13No terceiro dia, ela entrou em coma
e usava a máquina de suporte de vida -
8:15 - 8:18para insuficiência renal e pulmonar.
-
8:18 - 8:23A febre dela chegou a 41 °C por três dias.
-
8:23 - 8:26E não sabíamos o que a estava causando.
-
8:27 - 8:29Fizemos os exames
de sangue padrão para infecções -
8:29 - 8:33e não conseguimos encontrar
uma causa infecciosa para a febre. -
8:33 - 8:37Mas encontramos algo
muito incomum no sangue dela -
8:37 - 8:39que nunca tinha sido
visto antes na medicina. -
8:39 - 8:46Ela apresentava níveis elevados de uma
proteína chamada interleucina-6, ou IL-6. -
8:46 - 8:51Era, de fato, mais de mil vezes
superior aos níveis normais. -
8:51 - 8:55E é aqui que entra
mais uma bifurcação na estrada. -
8:57 - 8:58Por pura coincidência,
-
8:58 - 9:03uma das minhas filhas tem
uma forma de artrite pediátrica. -
9:05 - 9:08E, como oncologista, eu acompanhava
-
9:08 - 9:11terapias experimentais
para a artrite dela, -
9:11 - 9:13caso ela precisasse de alguma.
-
9:13 - 9:17Apenas alguns meses antes de Emily
ser internada no hospital, -
9:17 - 9:20uma nova terapia foi aprovada pela FDA
-
9:20 - 9:23para tratar níveis elevados
de interleucina-6. -
9:23 - 9:26E foi aprovada para a artrite
que minha filha tinha. -
9:26 - 9:28Chama-se tocilizumabe
-
9:29 - 9:35e acabara de ser adicionada, para artrite,
à farmácia do hospital onde Emily estava. -
9:35 - 9:39Quando descobrimos que Emily
tinha níveis muito altos de IL-6, -
9:39 - 9:41liguei para os médicos na UTI e disse:
-
9:41 - 9:44"Por que vocês não a tratam
com este medicamento para artrite?" -
9:45 - 9:48Eles disseram que eu era
um irresponsável por sugerir isso. -
9:48 - 9:50Mas já que a febre e pressão baixa dela
-
9:50 - 9:53não respondiam a nenhuma outra terapia,
-
9:53 - 9:57o médico logo pediu permissão
ao conselho de revisão institucional, -
9:57 - 9:59aos pais dela, e todos concordaram, óbvio.
-
10:00 - 10:01Eles tentaram
-
10:01 - 10:04e os resultados foram impressionantes.
-
10:05 - 10:07Horas depois do tratamento
com tocilizumabe, -
10:07 - 10:10Emily começou a melhorar rapidamente.
-
10:11 - 10:16Após o tratamento de 23 dias,
ela recebeu o diagnóstico livre de câncer. -
10:16 - 10:21E hoje, ela tem 12 anos
e ainda está em remissão. -
10:21 - 10:23[6 ANOS SEM CÂNCER]
-
10:23 - 10:25(Aplausos)
-
10:33 - 10:38Agora chamamos essa reação
violenta de febre alta e coma -
10:39 - 10:42seguinte às células T CAR, de SLC,
síndrome de liberação de citocinas. -
10:42 - 10:46Descobrimos que ocorre em quase todos
os pacientes que respondem à terapia. -
10:46 - 10:50Mas não acontece naqueles
pacientes que não respondem. -
10:50 - 10:51Então paradoxalmente,
-
10:52 - 10:57nossos pacientes agora torcem
por essas febres altas após a terapia, -
10:57 - 11:02que parecem "a pior gripe da vida",
quando recebem terapias com células T CAR. -
11:02 - 11:06Eles torcem por esta reação
porque sabem que isso faz parte -
11:06 - 11:07do caminho de volta à saúde.
-
11:07 - 11:10Infelizmente, nem todo
paciente se recupera. -
11:10 - 11:14Pacientes que não sofrem a SLC geralmente
são aqueles que não são curados. -
11:15 - 11:18Portanto, há uma forte
ligação agora entre a SLC -
11:18 - 11:22e a capacidade do sistema imunológico
de erradicar a leucemia. -
11:22 - 11:23É por isso que no verão passado,
-
11:23 - 11:28quando a FDA aprovou
as células T CAR pra leucemia, -
11:29 - 11:35também coaprovou o uso de tocilizumabe
para bloquear os efeitos da IL-6 -
11:35 - 11:38e da SLC associada nesses pacientes.
-
11:39 - 11:42Esse foi um evento muito incomum
na história da medicina. -
11:43 - 11:48Os médicos de Emily
já completaram mais testes -
11:48 - 11:52e relataram que 27 dos 30
primeiros pacientes que tratamos, -
11:52 - 11:55ou seja, 90%, tiveram remissão completa
-
11:56 - 11:59após as células T CAR, dentro de um mês.
-
11:59 - 12:03Uma taxa de remissão completa de 90%
em pacientes com câncer avançado -
12:03 - 12:07é inédita em mais de 50 anos
de pesquisa do câncer. -
12:07 - 12:12Na verdade, as empresas frequentemente
declaram sucesso em um teste de câncer -
12:12 - 12:16se 15% dos pacientes tiverem
uma taxa de resposta completa. -
12:16 - 12:21Um estudo notável surgiu em 2013
no "New England Journal of Medicine". -
12:21 - 12:24E um estudo internacional
confirmou esses resultados. -
12:24 - 12:28Isso levou à aprovação da FDA
-
12:28 - 12:32para leucemia pediátrica
e de adultos jovens, em agosto de 2017. -
12:33 - 12:37Assim, como a primeira aprovação
de uma terapia celular e genética, -
12:37 - 12:39a terapia com células T CAR
também já foi testada -
12:39 - 12:42em adultos com linfoma refratário.
-
12:42 - 12:46Esta doença afeta cerca de 20 mil
pessoas ao ano nos Estados Unidos. -
12:46 - 12:50Os resultados foram igualmente
impressionantes e duráveis até o momento. -
12:50 - 12:55E seis meses atrás, a FDA aprovou
a terapia desse linfoma avançado -
12:55 - 12:57com células T CAR.
-
12:57 - 13:02Agora existem muitos laboratórios,
médicos e cientistas em todo o mundo -
13:02 - 13:04que testaram células T CAR
-
13:04 - 13:07em muitas doenças diferentes
-
13:07 - 13:11e, naturalmente, estamos empolgados
com o ritmo acelerado do avanço. -
13:11 - 13:15Estamos muito gratos por ver pacientes
que eram anteriormente terminais -
13:15 - 13:18recuperarem uma vida saudável, como Emily.
-
13:19 - 13:22E empolgados com remissões longas
que podem, de fato, ser uma cura. -
13:22 - 13:26Ao mesmo tempo, também estamos
preocupados com o custo financeiro. -
13:26 - 13:31Pode custar até US$ 150 mil para produzir
as células T CAR para cada paciente. -
13:32 - 13:35E quando adicionamos o custo do tratamento
da SLC e outras complicações, -
13:35 - 13:39o custo pode chegar
a US$ 1 milhão por paciente. -
13:39 - 13:43Devemos lembrar que o custo do fracasso,
no entanto, é ainda pior. -
13:43 - 13:47As atuais terapias não curativas
para o câncer também são caras -
13:47 - 13:49e, além disso, o paciente morre.
-
13:50 - 13:53Então, é claro, gostaríamos
de ver a pesquisa feita agora -
13:53 - 13:55para tornar isso mais eficiente
-
13:56 - 13:59e aumentar a acessibilidade
para todos os pacientes. -
13:59 - 14:01Felizmente, este é um campo
novo e em evolução, -
14:01 - 14:05e, como em muitas outras
novas terapias e serviços, -
14:05 - 14:10os preços caem à medida que a indústria
aprende a se tornar mais eficiente. -
14:10 - 14:14Quando penso nas bifurcações na estrada
que levaram à terapia com células T CAR, -
14:14 - 14:17há uma coisa que me parece
muito importante. -
14:17 - 14:21Lembramos que descobertas dessa magnitude
não acontecem da noite para o dia. -
14:21 - 14:26As terapias com células T CAR chegaram
até nós após uma jornada de 30 anos, -
14:26 - 14:29ao longo de uma estrada cheia
de contratempos e surpresas. -
14:29 - 14:32Nesse mundo de gratificação instantânea,
-
14:32 - 14:3524/7 e resultados sob demanda,
-
14:35 - 14:40cientistas precisam de persistência,
visão e paciência para superar tudo isso. -
14:41 - 14:46Eles podem ver que a bifurcação na estrada
nem sempre é um dilema ou um desvio. -
14:46 - 14:49Às vezes, mesmo que não saibamos na época,
-
14:49 - 14:51a bifurcação é o caminho de casa.
-
14:51 - 14:53Muito obrigado.
-
14:53 - 14:55(Aplausos)
- Title:
- Uma "droga viva" que pode mudar a maneira como tratamos o câncer
- Speaker:
- Carl June
- Description:
-
Carl June é o pioneiro da terapia com células T CAR: um tratamento inovador para o câncer que sobrecarrega parte do sistema imunológico do paciente para atacar e matar tumores. Em uma palestra sobre uma inovação, ele compartilha como três décadas de pesquisa culminaram em uma terapia que erradicou casos de leucemia que antes eram considerados incuráveis, e explica como ela poderia ser usada para combater outros tipos de câncer.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:09
Maricene Crus approved Portuguese, Brazilian subtitles for A "living drug" that could change the way we treat cancer | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for A "living drug" that could change the way we treat cancer | ||
Maricene Crus accepted Portuguese, Brazilian subtitles for A "living drug" that could change the way we treat cancer | ||
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