Rui Tavares | TEDxO'Porto
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0:09 - 0:11Imaginem uma casa
em que há um chuveiro, -
0:11 - 0:13esse chuveiro não tem pressão,
-
0:13 - 0:16a água nas torneiras corre mal,
tem interrupções, -
0:16 - 0:18e o pessoal na casa começa a dizer:
-
0:18 - 0:21"Nós andámos a usar a água
acima das nossas possibilidades -
0:21 - 0:24"portanto, agora a água corre mal
por causa disso. -
0:24 - 0:25"A culpa é tua!"
-
0:25 - 0:26"Não, a culpa é tua!"
-
0:26 - 0:29"A culpa é da casa dos vizinhos,
porque lá a água tem muita pressão." -
0:32 - 0:35Eu acho que, mais tarde ou mais cedo,
estas pessoas deviam tentar ver, -
0:35 - 0:39tentar fazer uma investigação
do problema da água na casa delas. -
0:39 - 0:43Principalmente, antes de começarem
a dizer que não podiam lavar os alimentos -
0:43 - 0:45ou que não podiam tomar banho,
-
0:45 - 0:49ou que não podiam seguir a higiene
de que precisam -
0:49 - 0:52para serem seres humanos saudáveis.
-
0:52 - 0:55Nós vamos fazer uma investigação parecida
-
0:55 - 0:58— logo que este "clicker"
começar a funcionar... -
0:58 - 1:00Ah, cá está —
-
1:00 - 1:03só que não é acerca de água,
é acerca de dinheiro. -
1:10 - 1:14OK. Vamos falar acerca de evasão fiscal
e de branqueamento de capitais. -
1:14 - 1:18Em primeiro lugar começar
com alguns dados acerca da União Europeia. -
1:18 - 1:22Na União Europeia, perdem-se
em evasão fiscal -
1:22 - 1:24e em planeamento fiscal agressivo
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1:24 - 1:26cerca de um bilião de euros por ano.
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1:26 - 1:29Um bilião, um milhão de milhões.
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1:29 - 1:33Para terem um termo de comparação,
o plano orçamental da União Europeia -
1:33 - 1:37para os próximos sete anos,
é de 960 mil milhões, -
1:37 - 1:41ou seja, é abaixo daquilo que se perde
em evasão fiscal cada ano. -
1:41 - 1:44O famoso Pacto para o Crescimento
do presidente Hollande -
1:44 - 1:47que seria de 100 mil milhões
e que não está financiado, -
1:47 - 1:49é 10 vezes menor
-
1:49 - 1:52do que aquilo que se perde
em receitas fiscais todos os anos. -
1:54 - 1:56O problema em Portugal.
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1:56 - 1:59Em Portugal, o último ano
para que temos dados -
1:59 - 2:03que constam de um estudo
da Comissão Europeia, -
2:03 - 2:06é o ano de 2009-2010.
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2:06 - 2:09Nesse ano, perderam-se cerca
de 12 mil milhões de euros -
2:09 - 2:11em evasão fiscal.
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2:11 - 2:14Isto significa 60% dos nossos gastos
no Sistema Nacional de Saúde, -
2:14 - 2:18significa 80% do défice daquele ano
-
2:18 - 2:21e para pagar a famosa dívida
que nos esmaga, -
2:21 - 2:24nós levaríamos 13 anos
para a pagar toda, -
2:24 - 2:27com aquilo que perdemos
em evasão fiscal. -
2:27 - 2:33Ora, como é que nós
conseguimos limitar isso? -
2:33 - 2:37Essa é a questão de que vamos falar hoje.
-
2:38 - 2:40Antes disso, um gráfico que nos fala
não da evasão fiscal -
2:40 - 2:46mas das transferências de capitais
perfeitamente legais entre os bancos -
2:46 - 2:50que nós podemos fazer,
dum banco para o outro, dentro da Europa, -
2:50 - 2:52por causa da livre circulação de capitais,
-
2:52 - 2:55mas que fazem muito mais
as enormes empresas -
2:55 - 2:58por diversas razões,
algumas por segurança, -
2:58 - 3:02quando alguns países
começam a estar em dúvida -
3:02 - 3:04a sua solvência
ou a sua permanência no euro, -
3:04 - 3:07transferem simplesmente
das contas que têm nuns bancos -
3:07 - 3:08para as contas que têm noutros.
-
3:08 - 3:11Neste gráfico vemos que Portugal,
entre abril de 2010 -
3:11 - 3:15— que foi quando a Grécia começou
a estar em dúvida e com ela o euro — -
3:15 - 3:20e abril de 2011,
quando foi o resgate de Portugal, -
3:20 - 3:23Portugal perdeu 78 mil milhões de euros
-
3:23 - 3:27ou melhor, 78 mil milhões de euros
foram transferidos para outros bancos -
3:27 - 3:31da zona euro, em particular
dos países mais solventes -
3:31 - 3:34— 78 mil milhões de euros,
lembra-vos qualquer coisa? -
3:34 - 3:39É o montante do resgate
que foi depois aplicado a Portugal. -
3:39 - 3:42Portanto, o dinheiro que pedimos
foi o dinheiro que perdemos antes. -
3:43 - 3:45Isto quer dizer que a canalização do euro
-
3:45 - 3:48e, em geral, a canalização
dos fluxos de dinheiro -
3:48 - 3:50no mundo, na Europa e em Portugal,
-
3:50 - 3:52está mal feita,
tem buracos, tem fugas, -
3:52 - 3:56e nós devemos tentar corrigir
esses buracos e essas fugas. -
3:57 - 3:58Como é que o podemos fazer?
-
3:58 - 4:01Nós sabemos que o debate
acerca destas questões -
4:01 - 4:03tem andado muito em volta
de duas coisas -
4:03 - 4:05que parecem impossíveis de obter.
-
4:05 - 4:06Uma, acabar com os "offshores"
-
4:06 - 4:09— mas como é que nós podemos acabar
com um paraíso fiscal -
4:09 - 4:11que é fora da nossa zona de soberania,
-
4:11 - 4:14como é que nós podemos acabar
com as Ilhas Caimão -
4:14 - 4:16que têm a soberania deles?
-
4:16 - 4:19A segunda coisa, a harmonização
fiscal na União Europeia -
4:19 - 4:22porque há muita fuga fiscal
dentro da própria União Europeia. -
4:22 - 4:23entre Portugal e a Holanda
-
4:23 - 4:25Portugal e o Luxemburgo.
-
4:25 - 4:29Mas a política fiscal na União Europeia
precisa de unanimidade. -
4:29 - 4:31Todos os países têm de votar a favor
-
4:31 - 4:35e, evidentemente, aqueles que beneficiam
com esse negócio, não votam a favor. -
4:35 - 4:37Então, o que é que nós podemos fazer?
-
4:37 - 4:40Felizmente, há algumas outras áreas
na União Europeia -
4:40 - 4:42em que não precisamos
de unanimidade. -
4:42 - 4:45Uma delas é a da política criminal,
-
4:46 - 4:48e os canais que são usados
para a evasão fiscal -
4:48 - 4:52são em larga medida os mesmos canais
que são utilizados para lavar dinheiro -
4:52 - 4:55da droga, do tráfico
de seres humanos, da extorsão, -
4:55 - 4:59e das atividades
do crime organizado em geral, -
4:59 - 5:02e aí, se nós fecharmos os buracos
pelos quais sai esse dinheiro -
5:02 - 5:05fechamos também os buracos
pelos quais sai esse dinheiro que é legal -
5:05 - 5:06mas não é declarado,
-
5:06 - 5:12e, em segundo lugar, a área dos mercados
e dos serviços financeiros -
5:12 - 5:15que, por causa da sua influência
num mercado único, -
5:15 - 5:18faz parte das competências legais
da União Europeia. -
5:18 - 5:21Uma empresa que foge ao fisco
e que se porta mal -
5:21 - 5:25está a distorcer o mercado
porque está a fazer concorrência desleal -
5:25 - 5:26contra empresas que se portam bem.
-
5:26 - 5:29Então, aqui sim, podemos
fazer algumas medidas -
5:29 - 5:33que não acabam com os paraísos fiscais
mas tiram-lhes o oxigénio -
5:33 - 5:35que é a opacidade na informação.
-
5:35 - 5:36Primeira medida:
-
5:36 - 5:39os bancos têm de dizer
o que estão a fazer e onde. -
5:39 - 5:41Estes bancos europeus que,
em larga medida, -
5:41 - 5:44estão a ser sustentados
pelos contribuintes europeus -
5:44 - 5:46porque senão iriam à falência,
-
5:46 - 5:49que agora precisam de um chapéu
que é o da união bancária -
5:49 - 5:55para conseguirem, com esse chapéu,
a credibilidade que não têm, -
5:55 - 5:57têm de ser obrigados
a dizer o que estão a fazer e onde. -
5:57 - 6:00As suas filiais, mesmo em paraísos fiscais
-
6:00 - 6:03devem ser conhecidas dos estados
membros da União Europeia. -
6:03 - 6:04onde eles têm as suas sedes
-
6:04 - 6:06e as transações que lá se fazem.
-
6:06 - 6:10Nós não precisamos de acabar
com o paraíso fiscal nas Ilhas Caimão -
6:10 - 6:13para obrigar os bancos europeus
sediados nos países europeus -
6:13 - 6:16a dizerem-nos o que estão a fazer e onde.
-
6:16 - 6:19Em segundo lugar, é preciso saber
quem são os donos. -
6:19 - 6:21Grande parte da evasão fiscal
-
6:21 - 6:24faz-se através de empresas
que são detidas por outras empresas -
6:24 - 6:25que são detidas por empresas no Dubai,
-
6:25 - 6:27que são detidas por empresas no Panamá,
-
6:27 - 6:30que depois são detidas sempre por alguém.
-
6:30 - 6:33Mais tarde ou mais cedo há sempre
uma pessoa física que beneficia. -
6:33 - 6:35Chama-se a isto o beneficiário último.
-
6:35 - 6:38Portanto, é preciso criar
um sistema integrado de acionistas -
6:38 - 6:40das empresas europeias
-
6:40 - 6:42e isso pode ser feito, alterando a lei
-
6:42 - 6:44e dizendo que não dá para fazer negócio
-
6:44 - 6:46não dá para entrar no mercado
-
6:46 - 6:49se a empresa não nos disser
quem são os seus beneficiários últimos -
6:49 - 6:51pelo menos, os maiores.
-
6:54 - 6:58É preciso saber quem lucra,
e é preciso que a banca, -
6:58 - 7:00na sua própria atividade
-
7:00 - 7:02na diligência devida que deve fazer,
-
7:02 - 7:07identifique para si quem é que são
os tais beneficiários últimos -
7:07 - 7:08dos ativos em banca.
-
7:09 - 7:11Na maior parte dos casos,
os bancos sabem -
7:12 - 7:17mas não é uma obrigação moral
terem os nomes dos beneficiários últimos. -
7:20 - 7:23Reparem numa coisa em relação à banca.
-
7:23 - 7:27Nós não podemos comprar
um carro roubado, -
7:27 - 7:29É um crime, chama-se um crime
de receptação. -
7:29 - 7:32Mas a banca aceita muitos ativos
-
7:32 - 7:35em que fecha os olhos
e não sabe de onde vêm. -
7:35 - 7:38Muitos deles têm origem
em atividades criminosas, -
7:38 - 7:41ou. pelo menos, teremos que investigar
essa possibilidade. -
7:41 - 7:43E aqui vamos a outro ponto.
-
7:43 - 7:45É preciso responsabilizar quem manda.
-
7:45 - 7:49Grande parte destas empresas têm
os mesmos administradores, -
7:49 - 7:51Nós aqui há uns tempos
vimos uma investigação -
7:51 - 7:54sobre a empresa que queria comprar a RTP
-
7:54 - 7:57e tinha administradores
do Panamá que eram os mesmos -
7:57 - 7:59de milhares de outras empresas.
-
7:59 - 8:04Aliás, parece-me que alguns bancos
compram estas empresas -
8:04 - 8:05com uns milhares de euros.
-
8:05 - 8:07A gente compra a empresa numa hora
-
8:07 - 8:09e já vem com administrador incluído.
-
8:09 - 8:12Portanto, o administrador
é um administrador fictício -
8:12 - 8:13para uma série de empresas.
-
8:13 - 8:17Pode ser assim porque os custos
desse tipo de comportamento -
8:17 - 8:19são muito baixos.
-
8:19 - 8:22Bem, é preciso responsabilizar
os administradores dessas empresas -
8:22 - 8:25por ilegalidades cometidas
por essas empresas -
8:25 - 8:28de forma a que nem que o administrador
esteja no Panamá, -
8:28 - 8:30passe a ter medo quando vier à Europa
-
8:30 - 8:33porque foi responsabilizado
pelos crimes cometidos pela empresa. -
8:33 - 8:35É preciso responsabilizar quem manda.
-
8:36 - 8:40Em quinto lugar, é preciso
saber para onde vai o dinheiro, -
8:40 - 8:42Isto faz parte da tal diligência
obrigatória dos bancos -
8:42 - 8:44de que eu falei há bocado.
-
8:44 - 8:46Aquilo que vale para um privado,
-
8:46 - 8:48em relação às suas transações normais,
-
8:48 - 8:51que é preciso assegurar
que não tenham destinos criminosos, -
8:51 - 8:55deve fazer também parte
da diligência obrigatória dos bancos. -
8:56 - 9:00Mas com uma diligência acrescida.
-
9:01 - 9:05Existem listas nas Nações Unidas,
de pessoas que são procuradas -
9:06 - 9:07por crimes de guerra,
-
9:07 - 9:10de pessoas que são procuradas
pelo tribunal penal internacional -
9:10 - 9:11de pessoas que dirigem países
-
9:11 - 9:14de ditadores de países em desenvolvimento.
-
9:14 - 9:17Essas listas chamam-se listas de pessoas
politicamente expostas. -
9:17 - 9:19Os bancos sabem quem elas são,
-
9:19 - 9:21estas centenas ou milhares
de pessoas no mundo. -
9:21 - 9:27Nesse caso, a diligência devida pelo banco
se mudarmos, ao abrigo da União Bancária, -
9:27 - 9:29as obrigações dos bancos europeus,
-
9:29 - 9:33deve ser a inversa, não só
identificar quem é o ativo -
9:33 - 9:37mas premir o botão de alarme
e dizer às autoridades: -
9:38 - 9:41"Este senhor que está
nesta lista de procurados -
9:41 - 9:43"pelo tribunal penal internacional"
-
9:43 - 9:47— ou que é ditador de um país
onde sabemos que os recursos -
9:47 - 9:50em diamantes e petróleo são extraídos
-
9:50 - 9:53e, portanto, que há dinheiro roubado
àquelas populações — -
9:53 - 9:57"esta pessoa está a fazer transações
de milhões de euros por dia." -
9:57 - 9:59Atenção, aqui há qualquer coisa.
-
9:59 - 10:02Isto deve fazer parte
das obrigações legais dos bancos. -
10:02 - 10:05E depois, as autoridades
podem escolher o que fazer. -
10:05 - 10:08Existem em alguns países
— a Suíça é um deles -
10:08 - 10:10para descarregar a sua consciência
-
10:10 - 10:13do seu regime de sigilo bancário,
-
10:13 - 10:17onde o Estado tem agências,
-
10:17 - 10:20que fazem recuperação de ativos
destes países -
10:20 - 10:23e depois, quando os países
passam por uma revolução democrática. -
10:23 - 10:25devolvem esses ativos aos países
-
10:25 - 10:28em particular, em ajuda
ao desenvolvimento. -
10:28 - 10:32E sétima e última medida,
-
10:32 - 10:34é preciso seguir as pistas.
-
10:34 - 10:39É preciso investir
em investigação financeira. -
10:39 - 10:41que é cara mas que, evidentemente,
-
10:41 - 10:43como nós vemos, as mais valias
que delas resultam -
10:43 - 10:47são muito maiores do que
o investimento que se faz -
10:47 - 10:48nessa investigação.
-
10:48 - 10:49que precisa de tradutores,
-
10:49 - 10:51que precisa de contabilistas
-
10:51 - 10:56que precisa de ter um serviço
de comunicação apropriado com os bancos. -
10:56 - 11:00Os bancos têm que ter mais gastos
para informar as autoridades. -
11:00 - 11:03Bem, nisso provavelmente
não há melhor maneira de o fazer -
11:03 - 11:05senão fazê-lo a nível europeu,
-
11:05 - 11:07portanto, é preciso criar
uma unidade europeia -
11:07 - 11:09de investigação para a área financeira,
-
11:09 - 11:12seja na Europol — a Europol tem agora
o seu mandato a ser revisto — -
11:12 - 11:14seja numa coisa nova
que a União vai ter, -
11:14 - 11:17que é a Procuradoria da União
-
11:17 - 11:19que vai investigar o que é,
provavelmente, -
11:19 - 11:22o primeiro crime federal europeu,
fraude ao orçamento comunitário -
11:22 - 11:25— nós sabemos que há muita fraude
ao orçamento comunitário. -
11:25 - 11:28Pode ir desde financiar
partidos políticos -
11:28 - 11:34até servir para encher os bolsos
de alguns governantes. -
11:34 - 11:39OK. São sete medidas para ter
o nosso dinheiro de volta -
11:39 - 11:41e recuperar o nosso futuro.
-
11:41 - 11:47Isto porque este dinheiro,
o dinheiro que é retirado -
11:47 - 11:49ao bolo comum,
-
11:49 - 11:53o dinheiro que serve depois
para corromper políticos -
11:54 - 11:56para fazerem leis que têm buracos
-
11:56 - 11:58por onde passa, mais uma vez,
este dinheiro, -
11:58 - 12:01este dinheiro é aquele dinheiro
que me está a roubar o futuro. -
12:01 - 12:04Este dinheiro é o dinheiro
que não está a dar emprego -
12:04 - 12:07a algumas das pessoas
mais vulneráveis das nossas sociedades. -
12:07 - 12:10Este dinheiro é aquele dinheiro
que não está a arranjar o nosso jardim -
12:10 - 12:15Este dinheiro é aquele dinheiro
que não está a pagar os salários -
12:15 - 12:18dos bibliotecários, ou dos professores,
ou dos polícias. -
12:18 - 12:24Ou a fazer aquilo que faz de uma sociedade
-
12:24 - 12:27uma sociedade desenvolvida.
-
12:27 - 12:33E este dinheiro é, em grande medida,
dinheiro dos mais fortes. -
12:33 - 12:35Nós ouvimos nas primeiras
intervenções de hoje -
12:35 - 12:38falar das pessoas mais vulneráveis
da sociedade. -
12:38 - 12:40Nós estamos a passar,
como todos sabemos, -
12:40 - 12:42uma crise muito séria.
-
12:42 - 12:46Grande parte dos apoios e das ajudas
aos mais vulneráveis -
12:46 - 12:49estão a ser cortados
porque não há pressão na torneira, -
12:49 - 12:50não há dinheiro,
-
12:50 - 12:53mas, enquanto fazemos isso,
-
12:53 - 12:56esquecemos que é com os mais vulneráveis
que se ganha a batalha. -
12:56 - 12:59porque os mais fortes já ganham
a batalha sozinhos. -
12:59 - 13:01Muito obrigado.
- Title:
- Rui Tavares | TEDxO'Porto
- Description:
-
Rui Tavares, eurodeputado, partilha várias soluções que, conjuntamente, podem resolver o problema da evasão fiscal na União Europeia.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Portuguese
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 13:07
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