Vamos mensurar o que é importante: direitos humanos | Anne-Marie Brook | TEDxWellington
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0:19 - 0:23Todos compreendemos a importância
da luz e da verdade, certo? -
0:24 - 0:26Imaginem um mundo sem isso.
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0:26 - 0:30Estou aqui pra explicar
por que precisamos de mais, de ambas. -
0:31 - 0:34Vou começar contando uma história real
-
0:34 - 0:36sobre as coisas que acontecem
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0:36 - 0:40quando grande parte do mundo
age na escuridão. -
0:42 - 0:46No outubro quente de 2018,
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0:46 - 0:49um jornalista saudita
chamado Jamal Kashoggi -
0:49 - 0:52entrou no consulado
da Arábia Saudita em Istambul -
0:52 - 0:56para pegar a documentação de que precisava
para se casar com sua noiva turca. -
0:57 - 1:01Ela ficou do lado de fora
durante horas, esperando por ele. -
1:01 - 1:04Ela nunca mais o viu.
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1:05 - 1:10Talvez vocês se lembrem desse caso,
pois foi manchete em todo o mundo. -
1:11 - 1:15Diversas investigações mostraram
-
1:15 - 1:19que agentes do governo saudita
entraram no consulado, -
1:19 - 1:21mataram Khashoggi
-
1:21 - 1:23e esquartejaram seu corpo.
-
1:24 - 1:27Vou ser clara sobre o que acabei de dizer.
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1:28 - 1:33Agentes do governo mataram um jornalista
para silenciar as verdades que ele dizia. -
1:34 - 1:39Esse tipo de coisa é chocante,
mas incrivelmente comum. -
1:42 - 1:45Mas tenho certeza de que,
se o governo saudita soubesse -
1:45 - 1:49que esse caso seria manchete
em todo o mundo, -
1:49 - 1:51por várias semanas,
-
1:51 - 1:53eles não teriam feito isso, certo?
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1:54 - 1:58Eles achavam que esse crime
ficaria fora dos holofotes, -
1:58 - 2:01não que seria divulgado pra todos saberem.
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2:01 - 2:04Isso nos traz algumas perguntas.
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2:05 - 2:10E se pudéssemos expor mais
as injustiças e malfeitos do mundo? -
2:10 - 2:12E se, ao fazermos isso,
-
2:12 - 2:17conseguíssemos incentivar governos
a tratar as pessoas com mais respeito -
2:17 - 2:22e a ouvir a voz daqueles que os criticam,
em vez de silenciá-los? -
2:26 - 2:29É esse mundo que tenho
trabalhado para criar. -
2:32 - 2:34Gostaria que vocês parassem um instante -
-
2:34 - 2:36podem fechar os olhos, se quiserem -
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2:36 - 2:39e se perguntassem o seguinte:
-
2:39 - 2:42do que você e sua família precisam
-
2:42 - 2:47para viverem com dignidade e desenvolverem
seu potencial como seres humanos? -
2:57 - 3:00Talvez vocês pensem em boa alimentação,
um teto sobre a cabeça, -
3:00 - 3:03acesso a saúde e educação,
-
3:03 - 3:06um bom emprego, seguridade social,
-
3:06 - 3:10ou talvez pensem em liberdade
pra ser quem você é -
3:10 - 3:16e falar o que pensa sem ter medo de ser
detido, torturado, preso ou coisa pior. -
3:17 - 3:21Essas coisas não são privilégios.
São direitos humanos. -
3:21 - 3:26Foram definidas e estabelecidas
na lei internacional de direitos humanos. -
3:26 - 3:30Países se comprometeram a respeitá-los.
-
3:34 - 3:35Mas, até agora,
-
3:35 - 3:39ninguém tem acompanhado
o desempenho de cada país -
3:39 - 3:44na garantia de que cada pessoa
consiga exercer cada um desses direitos. -
3:44 - 3:47Eu sei, também fiquei surpresa
quando soube disso. -
3:48 - 3:51Durante 20 anos, fui economista.
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3:51 - 3:54Em meados dos anos 2000,
eu trabalhava na OCDE, em Paris, -
3:54 - 3:57aconselhando governos
em termos de política econômica. -
3:57 - 3:58Eu adorava meu trabalho.
-
3:58 - 4:03Achava superinteressante analisar
cada país sob uma ótica econômica -
4:03 - 4:05e descobrir que aconselhamento oferecer.
-
4:06 - 4:08Mas havia um problema.
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4:08 - 4:12Em todos os países,
havia violações de direitos humanos. -
4:12 - 4:15Eu lia sobre maus-tratos
aos curdos na Turquia -
4:15 - 4:18e ao povo roma na Eslováquia,
-
4:18 - 4:20e sempre procurava formas
-
4:20 - 4:24de tentar abordar esses problemas
de direitos humanos em meus relatórios. -
4:24 - 4:26Mas não podia fazer muito além disso,
-
4:26 - 4:29porque o aconselhamento de um economista
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4:29 - 4:32sempre tem que se basear
em evidências empíricas, -
4:32 - 4:36e descobri que não havia nenhum
banco de dados de grande escala -
4:36 - 4:40para acompanhamento do desempenho
dos países em direitos humanos. -
4:41 - 4:42Isso é um problema.
-
4:42 - 4:44Isso era um problema.
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4:45 - 4:47Quando se avalia a situação do mundo,
-
4:47 - 4:53é provável que se analise primeiro
coisas sobre as quais se tem dados: -
4:53 - 4:56renda per capita, comércio
e fluxo de investimentos, -
4:56 - 4:57emissões de carbono...
-
4:58 - 5:00É bem complicado para qualquer governo
-
5:00 - 5:03colocar os direitos humanos
como uma de suas pautas principais -
5:03 - 5:06se não tiverem os dados de que precisam.
-
5:07 - 5:11Depois disso, não consegui ignorar o fato
de que havia essa lacuna de dados. -
5:12 - 5:15Alguns anos depois,
depois de voltar para a Nova Zelândia, -
5:15 - 5:18me lembro de estar em casa
com meu filho ainda pequeno -
5:18 - 5:22e, depois de colocá-lo pra dormir à tarde,
-
5:22 - 5:25senti uma vontade enorme
de voltar pro computador -
5:25 - 5:28e continuar pesquisando quem estava
mensurando direitos humanos. -
5:28 - 5:33Eu estava contatando especialistas
mundiais e fazendo perguntas. -
5:33 - 5:37Por que os direitos humanos não estão
sendo mensurados sistematicamente? -
5:38 - 5:39Será que isso poderia ser feito?
-
5:40 - 5:43Muitas das mensagens que enviei
não foram respondidas, -
5:45 - 5:46mas muitas outras foram.
-
5:47 - 5:48Algumas pessoas me disseram
-
5:48 - 5:52que essa ideia de acompanhar
sistematicamente os direitos humanos -
5:52 - 5:55era boa, mas ambiciosa demais.
-
5:56 - 6:01Somente uma ou duas pessoas me disseram
que era impossível, ou até absurdo. -
6:01 - 6:03Não fiquei aborrecida.
-
6:03 - 6:06Minha filosofia era olhar
para o lado positivo. -
6:07 - 6:08E, olhando o lado positivo,
-
6:08 - 6:12me juntei a dois acadêmicos
supercapacitados em direitos humanos -
6:12 - 6:14e que tinham a mesma visão que eu,
-
6:14 - 6:15Susan Randolph e Chad Clay,
-
6:15 - 6:19e juntos fundamos a
Human Rights Measurement Initiative, -
6:19 - 6:21ou HRMI, que são as inciais.
-
6:23 - 6:26Antes mesmo que a HRMI tivesse
US$ 1 de financiamento, -
6:26 - 6:31trabalhávamos com profissionais da área
de direitos humanos do mudo todo -
6:31 - 6:33para garantir que produzíssemos dados
-
6:33 - 6:38que refletissem com precisão
a situação real em diversos países. -
6:38 - 6:41Nosso objetivo é garantir
que vocês consigam ver mais -
6:41 - 6:45do que somente os poucos casos,
como o de Khashoggi, -
6:45 - 6:46que viram manchetes.
-
6:46 - 6:50Estamos acendendo
mais holofotes sobre o mundo. -
6:51 - 6:56Me sinto privilegiada e honrada
por poder fazer o que faço -
6:56 - 7:02porque sei que, em muitos
outros países do mundo, -
7:02 - 7:07defensores de direitos humanos
arriscam sua vida todos os dias, -
7:07 - 7:11só para documentar as injustiças que veem.
-
7:12 - 7:17Então, estou muito feliz que a HRMI
esteja ajudando a amplificar as vozes -
7:17 - 7:19dessas pessoas maravilhosas
-
7:19 - 7:22para que o trabalho delas
tenha mais alcance. -
7:22 - 7:26E estou muito feliz que a visão
coletiva que a HRMI tem -
7:26 - 7:30não seja mais apenas uma visão;
agora ela é um empenho coletivo. -
7:30 - 7:36Já temos centenas de profissionais
de direitos humanos pelo mundo -
7:36 - 7:41contribuindo, de forma voluntária,
com seu tempo e conhecimento -
7:41 - 7:45para ajudar a acender mais holofotes,
a preencher essas lacunas de dados, -
7:46 - 7:48a trazer mais atenção
ao que realmente é importante. -
7:51 - 7:55Mas como mensuramos o desempenho
dos países em termos de direitos humanos? -
7:55 - 7:59Até agora, temos duas
metodologias principais. -
7:59 - 8:04Primeiro, sempre que possível, usamos
estatísticas disponíveis publicamente: -
8:05 - 8:06para direitos de qualidade de vida,
-
8:06 - 8:11coisas como o direito à alimentação,
educação, saúde, moradia e trabalho, -
8:11 - 8:15isso nos proporciona
grande cobertura por país. -
8:16 - 8:20Este mapa mostra, em azul,
todos os 169 países -
8:20 - 8:23cujo desempenho em direito
à saúde nós acompanhamos. -
8:24 - 8:28Muitos dos indicadores estatísticos
que analisamos são os mesmos -
8:28 - 8:32para monitorar as Metas de Desenvolvimento
Sustentável das Nações Unidas. -
8:32 - 8:37Mas eis a diferença: não analisamos
apenas simples estatísticas; -
8:37 - 8:39fazemos algo bem mais vital.
-
8:39 - 8:42Nós as convertemos
em números que fazem sentido -
8:42 - 8:44do ponto de vista dos direitos humanos.
-
8:45 - 8:48Para fazer isso, adotamos
uma abordagem premiada -
8:48 - 8:52que foi desenvolvida pela Susan,
cofundadora da HRMI, e seus colegas. -
8:52 - 8:56Nela, cada país é avaliado
por meio de uma referência diferente, -
8:56 - 9:00dependendo do nível de renda do país.
-
9:00 - 9:04Assim, tanto países mais ricos
quanto mais pobres serão mal avaliados -
9:04 - 9:06se não estiverem usando
seus recursos disponíveis -
9:06 - 9:10com a mesma eficiência que outros países
de mesmo nível de renda; -
9:10 - 9:13por exemplo, para gerar
bons resultados na área de saúde. -
9:13 - 9:16Essa abordagem é genial,
-
9:16 - 9:19não só porque avalia
o desempenho dos países -
9:19 - 9:23no que tange a como esses direitos
são definidos na lei internacional, -
9:23 - 9:26mas também porque é simplesmente lógica.
-
9:26 - 9:31Faz sentido esperar dos países
mais ricos um padrão mais alto -
9:31 - 9:33em resultados na área de saúde
-
9:33 - 9:35do que dos países mais pobres, certo?
-
9:36 - 9:39Segundo, no que se refere
a direitos civis e políticos, -
9:39 - 9:41nós mesmos coletamos os dados.
-
9:41 - 9:43Esses direitos incluem
todo tipo de coisas, -
9:43 - 9:48desde execuções e tortura a direito
de voto e liberdade de expressão. -
9:49 - 9:52Talvez vocês se surpreendam por saber
que tudo isso são coisas -
9:52 - 9:55que as estatísticas oficiais
simplesmente não acompanham. -
9:56 - 9:59Então, trouxemos especialistas
da Anistia Internacional, -
9:59 - 10:02organizações como a Human Rights Watch,
-
10:02 - 10:05e juntos desenvolvemos
uma pesquisa especializada -
10:05 - 10:07para coletarmos essa informação
-
10:07 - 10:11de pessoas que estão monitorando
eventos reais em cada país. -
10:12 - 10:17Estamos muitos felizes com os resultados
da nossa pesquisa especializada. -
10:17 - 10:20Até agora, temos dados desses 19 países,
-
10:20 - 10:23e esse número cresce a cada ano.
-
10:23 - 10:26Acima de tudo, as pessoas nos dizem
-
10:26 - 10:31que nossas pontuações refletem
precisamente a situação local -
10:31 - 10:35nos países de que elas têm conhecimento.
-
10:37 - 10:41Vou apresentar a vocês
algumas das nossas leituras de dados -
10:41 - 10:45mostrando a vocês uma pergunta.
-
10:46 - 10:49"Qual desses países
tem o melhor desempenho -
10:50 - 10:55no respeito ao direito de não sofrer
uma execução extrajudicial? -
10:57 - 11:02Jordânia, Venezuela, Arábia Saudita,
Estados Unidos ou México?" -
11:03 - 11:04Bem, enquanto vocês pensam,
-
11:04 - 11:07vou dar só mais uma pequena
informação a vocês. -
11:08 - 11:09Primeiro, uma definição:
-
11:09 - 11:13execuções extrajudiciais são execuções
realizadas por agentes do governo, -
11:13 - 11:15como a que aconteceu com Khashoggi,
-
11:15 - 11:18mas, mais comumente,
mortes por violência policial. -
11:19 - 11:23Também vou contar um pouquinho mais
sobre de onde vêm as pontuações. -
11:23 - 11:26Em fevereiro e março deste ano,
-
11:26 - 11:30enviamos nossa pesquisa especializada
a pessoas que monitoram direitos humanos -
11:30 - 11:34em todos esses cinco países, e outros,
-
11:34 - 11:38e cada pessoa nos contou
qual desempenho acha que seu país tem -
11:38 - 11:41em respeitar esse direito, e outros.
-
11:41 - 11:44E usamos algumas técnicas
bastante sofisticadas -
11:44 - 11:47para garantir que respostas
de diferentes pessoas -
11:47 - 11:50possam ser comparadas umas com as outras.
-
11:52 - 11:57Certo, então vocês já pensaram
na resposta para aquela pergunta? -
11:59 - 12:00A resposta é: Jordânia.
-
12:01 - 12:06Aqui, podemos ver a pontuação
de cada um dos cinco países. -
12:07 - 12:11As pequenas linhas sólidas verticais ali
são nossa melhor estimativa -
12:11 - 12:14da pontuação de cada país.
-
12:15 - 12:19Países com faixas mais largas
de incerteza, como a da Arábia Saudita, -
12:19 - 12:23nos mostram que temos menos certeza
de onde exatamente está a pontuação real, -
12:23 - 12:28talvez porque tenha havido
menos concordância -
12:28 - 12:32entre as pessoas que responderam
à nossa pesquisa para a Arábia Saudita. -
12:33 - 12:35Faixas mais estreitas, como a do México,
-
12:35 - 12:39nos mostram que temos mais certeza
da pontuação daquele país. -
12:40 - 12:42A sobreposição das faixas é importante.
-
12:42 - 12:46Podemos afirmar que a Jordânia
tem desempenho melhor que o da Venezuela -
12:46 - 12:49porque suas faixas não se sobrepõem.
-
12:49 - 12:52Não temos tanta certeza
de qual exatamente seria o ranking -
12:52 - 12:55entre os países a seguir.
-
12:56 - 13:00É claro que trata-se apenas de um subgrupo
de países sobre o qual temos dados. -
13:00 - 13:02Vou adicionar mais alguns.
-
13:03 - 13:08Aqui, vemos Nova Zelândia, Austrália,
Coreia do Sul e Reino Unido. -
13:08 - 13:11Nenhum país tem pontuação perfeita
-
13:11 - 13:13porque, em cada país,
inclusive na Nova Zelândia, -
13:13 - 13:15há possibilidade de melhoria.
-
13:16 - 13:18Por que essa informação é importante?
-
13:19 - 13:22A HRMI não é uma organização ativista
-
13:22 - 13:27portanto, não dizemos aos países
o que deveriam fazer diferente. -
13:27 - 13:30Mas vocês podem usar
nossos dados para esse propósito. -
13:30 - 13:33Digamos que o seu país
tenha uma pontuação meio baixa -
13:33 - 13:36e esteja neste lado da escala,
-
13:36 - 13:38e você queira que ele mude de posição.
-
13:38 - 13:39O que você pode fazer?
-
13:39 - 13:43Claro que as possibilidades são inúmeras,
mas vamos discutir só algumas. -
13:44 - 13:50Você pode incentivar seu país a assumir
a tarefa desafiadora, mas vital, -
13:50 - 13:52de recapacitar sua força policial.
-
13:52 - 13:56Você pode se reunir
com grupos vulneráveis e minorias -
13:56 - 14:01e dar ouvidos às sugestões deles
sobre como reformar suas instituições. -
14:02 - 14:07Você pode avaliar as leis e políticas
de seus vizinhos com melhor desempenho -
14:07 - 14:10e escolher melhorar o seu.
-
14:11 - 14:16Temos uma tabela como esta para oito
direitos civis e políticos diferentes -
14:16 - 14:20e, para cada um deles,
para cada país e cada direito, -
14:20 - 14:25também coletamos informação
sobre o que impacta suas pontuações. -
14:25 - 14:26Digamos que você quisesse saber
-
14:26 - 14:31por que os EUA têm
um desempenho ruim nesse direito. -
14:32 - 14:34Você talvez descubra
que a razão, em parte, -
14:34 - 14:39se deve ao fato de haver muitas
pessoas negras baleadas pela polícia. -
14:39 - 14:42Nossos especialistas do EUA nos contaram
-
14:42 - 14:48que as pessoas que correm maior risco
de execução extrajudicial nos EUA -
14:48 - 14:50são afro-americanas,
-
14:50 - 14:52latinas,
-
14:53 - 14:55de origem indígena
-
14:56 - 14:59e crianças detidas na fronteira do país.
-
15:01 - 15:04Essas leituras que mostrei
da nossa base de dados -
15:04 - 15:07são apenas algumas das milhares
que vocês podem encontrar nela, -
15:07 - 15:13isso antes mesmo de aplicarmos nossa
pesquisa em todos os países do mundo. -
15:15 - 15:19Sei que tudo isso deve parecer bem pesado.
-
15:19 - 15:21É porque é pesado.
-
15:23 - 15:24Fico feliz em dizer a vocês
-
15:24 - 15:29que também temos algumas histórias
realmente boas e positivas -
15:29 - 15:31na base de dados da HRMI.
-
15:32 - 15:35Este é um quadro
de boas notícias da África, -
15:36 - 15:40Cada uma das áreas coloridas
mostra um direito de qualidade de vida, -
15:40 - 15:45e podemos ver que houve
uma melhoria lenta, mas gradual, -
15:45 - 15:50no desempenho, em média,
em todo o continente africano. -
15:50 - 15:52A história fica ainda melhor
-
15:52 - 15:57porque os dados da HRMI também mostram
uma tendência de melhoria gradual -
15:57 - 16:02no cumprimento desses direitos
em todas as partes do mundo. -
16:02 - 16:06Essa é uma história realmente
positiva de direitos humanos. -
16:06 - 16:10Eu a adoro, e ela me enche de esperança.
-
16:12 - 16:14Uma coisa que percebi
-
16:14 - 16:20desde que deixei minha carreira
de economista e virei cofundadora da HRMI -
16:20 - 16:25é que, quando reencontro velhos amigos
e digo a eles que o que faço agora -
16:25 - 16:28é mensurar o desempenho de países
em termos de direitos humanos, -
16:28 - 16:33às vezes recebo olhares
meio que sem expressão. -
16:33 - 16:37Quando contava às pessoas que ajudava
a melhorar o desempenho econômico, -
16:37 - 16:40eu recebia mais olhares de aprovação.
-
16:40 - 16:41E eu entendo.
-
16:41 - 16:47Economia é algo muito bem mensurado.
As pessoas estão acostumadas com isso. -
16:48 - 16:53Por outro lado, os direitos humanos
têm sido mal registrados, mal mensurados -
16:53 - 16:56e esquecidos há bastante tempo.
-
16:57 - 16:58Vamos mudar isso.
-
17:00 - 17:03Lançar luz sobre os direitos humanos
-
17:03 - 17:07e provocar uma grande mudança
na forma como nosso mundo funciona -
17:07 - 17:10é um desafio enorme de colaboração global,
-
17:10 - 17:12e vocês podem ajudar.
-
17:12 - 17:15Começamos lançando luz sobre o seu país.
-
17:15 - 17:18O que vocês podem fazer a partir disso?
-
17:20 - 17:22O que vão cobrar de seus líderes?
-
17:22 - 17:25Em que os outros países
podem inspirar o seu -
17:25 - 17:28para um maior e melhor respeito
pelos direitos humanos? -
17:29 - 17:35E se os líderes mundiais convocassem
seus conselheiros e exigissem respostas? -
17:35 - 17:39E se não dissessem apenas: "Me diga como
melhorar nosso desempenho econômico", -
17:39 - 17:44mas também: "Me diga como melhorar
nosso desempenho em direitos humanos"? -
17:47 - 17:50Números não são tão atraentes
quanto histórias. -
17:50 - 17:54Eles não mexem com a gente da mesma forma.
-
17:54 - 18:00Mas cada um ajuda a iluminar nosso mundo,
nos mostrando o caminho a seguir. -
18:01 - 18:05Os números nos ajudam a entender
o que precisa ser mudado, e como. -
18:06 - 18:10Vamos construir um mundo
onde os países concorram -
18:10 - 18:14não só nos esportes
e para ver quem é o mais rico, -
18:14 - 18:17mas para ver qual consegue
tratar melhor o seu povo. -
18:19 - 18:21Vamos mensurar o que é importante.
-
18:22 - 18:23Obrigada.
-
18:23 - 18:26(Aplausos)
- Title:
- Vamos mensurar o que é importante: direitos humanos | Anne-Marie Brook | TEDxWellington
- Description:
-
Anne-Marie trabalhou como economista para a OCDE, e tem paixão por ajudar a gerar mudanças sistêmicas. Ela acredita que ter boas métricas para acompanhar o desempenho dos países em termos de direitos humanos é um pré-requisito para a ação coletiva necessária para tornar nosso mundo melhor. Ela é cofundadora e líder de desenvolvimento da Human Rights Measurement Initiative (HRMI), no Motu Research, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos de Wellington. Anne-Marie é uma Edmund Hillary Fellow, é formada em psicologia e economia pela Universidade de Otag, e é mestre em relações públicas pela Universidade de Princeton.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
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