O caso económico para o ensino pré-escolar
-
0:02 - 0:07Hoje, nesta palestra, quero apresentar
uma ideia diferente, -
0:07 - 0:10a razão por que o investimento
na educação pré-escolar -
0:10 - 0:13pode ser considerado
um investimento público. -
0:13 - 0:15É uma ideia diferente porque,
geralmente, -
0:15 - 0:17quando as pessoas falam
desses programas, -
0:17 - 0:20falam de todos os maravilhosos
benefícios para os participantes, -
0:20 - 0:23dizem que quem frequentou o pré-escolar,
-
0:23 - 0:25obtém melhores resultados
durante o ensino obrigatório -
0:25 - 0:27e tornam-se adultos mais bem sucedidos.
-
0:27 - 0:30Tudo isso é muito importante,
-
0:30 - 0:34mas eu quero falar
sobre o que o pré-escolar faz -
0:34 - 0:36para a economia dos estados
-
0:36 - 0:39e para promover
o desenvolvimento económico do estado. -
0:39 - 0:42Na verdade, isso é fundamental,
-
0:42 - 0:45porque se vamos aumentar o investimento
-
0:45 - 0:48nos programas pré-escolares,
-
0:48 - 0:51precisamos de envolver
o governo do estado para isso. -
0:51 - 0:54O governo federal tem a responsabilidade
de muita coisa -
0:54 - 0:57e são os governos estatais
que têm que tomar uma atitude. -
0:57 - 0:59Então, temos que apelar
-
0:59 - 1:01aos legisladores do governo estatal,
-
1:01 - 1:03e falar de forma que eles entendam
-
1:03 - 1:05que têm que promover
o desenvolvimento económico -
1:05 - 1:07da economia do estado.
-
1:07 - 1:09Quando digo desenvolvimento económico,
-
1:09 - 1:11não estou a falar de nenhuma coisa mágica.
-
1:11 - 1:14Só quero dizer que a educação pré-escolar
-
1:14 - 1:17pode trazer mais e melhores empregos
para o estado -
1:17 - 1:21e consequentemente pode promover
maiores receitas "per capita" -
1:21 - 1:23para a população do estado.
-
1:23 - 1:26É justo que se diga que,
quando as pessoas pensam -
1:26 - 1:29no desenvolvimento económico
estatal e local, -
1:29 - 1:33geralmente não pensam primeiro
no que estão a fazer -
1:33 - 1:36em relação aos programas
de cuidados e educação infantil. -
1:36 - 1:39Eu sei isso. Passei a maior parte da
minha carreira a estudar esses programas. -
1:39 - 1:41Conversei com muitos diretores
-
1:41 - 1:43de agências estatais
de desenvolvimento económico -
1:43 - 1:46e com muitos legisladores,
sobre essas questões. -
1:46 - 1:49Quando os legisladores e políticos
pensam em desenvolvimento económico, -
1:49 - 1:51pensam sobretudo
em incentivos fiscais às empresas, -
1:51 - 1:55redução de impostos prediais, criação
de postos de trabalho, créditos fiscais. -
1:55 - 1:57Há milhões desses programas
por todo o lado. -
1:57 - 2:00Por exemplo, os estados
competem vigorosamente -
2:00 - 2:04para atrair novas fábricas de automóveis
ou expandir as fábricas de automóveis. -
2:04 - 2:06Atribuem todo o tipo
de incentivos fiscais. -
2:06 - 2:08Esses programas podem fazer sentido
-
2:08 - 2:11se de facto levarem a novas implantações,
-
2:11 - 2:12e essa ideia concretiza-se
-
2:12 - 2:15através da criação
de mais e melhores empregos. -
2:15 - 2:18Aumentam os índices de contratação,
e os ganhos "per capita" da população. -
2:18 - 2:20Assim, há um benefício para a população
-
2:20 - 2:22que corresponde ao preço que eles pagam
-
2:22 - 2:25pela redução dos encargos fiscais.
-
2:25 - 2:29O meu argumento, basicamente,
é que os programas de educação pré-escolar -
2:29 - 2:32podem fazer exatamente a mesma coisa,
-
2:32 - 2:36criar mais e melhores empregos,
mas de outra maneira. -
2:36 - 2:39De certa forma, duma maneira indireta.
-
2:39 - 2:42Estes programas podem criar
mais e melhores empregos. -
2:42 - 2:45Quando construímos, ou investimos
num pré-escolar de qualidade, -
2:45 - 2:49isso desenvolve as competências
da força de trabalho local, -
2:49 - 2:52se houver um número suficiente,
-
2:52 - 2:55e, em troca, essa melhor qualidade
da força de trabalho local -
2:55 - 2:59vai ser a peça chave
para a criação de empregos -
2:59 - 3:02e de maiores receitas
"per capita" na comunidade local. -
3:02 - 3:05Vou dar-vos alguns números sobre isto.
-
3:06 - 3:09Se analisarmos os indícios científicos
-
3:09 - 3:14— que são extensos — sobre o quanto
os programas de educação infantil -
3:14 - 3:19afetam o nível educacional,
os salários e as competências -
3:19 - 3:22dos adultos que frequentaram
o ensino pré-escolar, -
3:22 - 3:25se considerarmos
esses efeitos já conhecidos, -
3:25 - 3:28se considerarmos
quantos desses indivíduos -
3:28 - 3:31permanecerão na economia local ou estatal
e não se mudarão para outro local, -
3:31 - 3:35e pesquisarmos quantas dessas competências
-
3:35 - 3:38levam à criação de postos de trabalho,
-
3:38 - 3:41concluiremos destas três
diferentes linhas de pesquisa, -
3:41 - 3:45que, por cada dólar investido
nos programas de educação infantil, -
3:45 - 3:48as receitas "per capita"
da população estatal -
3:48 - 3:51crescem até 2,78 cêntimos.
-
3:51 - 3:53Isto é um retorno de três para um.
-
3:53 - 3:56Mas podemos ter retornos muito maiores,
-
3:56 - 4:00até 16 para um, se incluirmos
os benefícios anti criminalidade, -
4:00 - 4:04se incluirmos os benefícios
dos que frequentaram o pré-escolar -
4:04 - 4:07e que se mudaram para outro estado.
-
4:07 - 4:10Mas há uma boa razão para nos
concentrarmos apenas nestes três dólares -
4:10 - 4:12porque isto é que é marcante e importante
-
4:12 - 4:14para os legisladores
e os políticos estatais. -
4:14 - 4:16São os estados que vão ter que agir.
-
4:16 - 4:19Portanto, este é o benefício chave
-
4:19 - 4:23que é relevante para os políticos estatais
em termos do desenvolvimento económico. -
4:24 - 4:26Uma objeção que estamos sempre a ouvir
-
4:26 - 4:31— ou talvez não oiçamos, porque as pessoas
são bem educadas e não dizem — é: -
4:32 - 4:36"Porque é que eu tenho
que pagar mais impostos -
4:36 - 4:39"para investir nos filhos
de outras pessoas? -
4:40 - 4:42"O que é que eu ganho com isso?"
-
4:43 - 4:45O problema com esta objeção
-
4:45 - 4:49é que ela reflete uma total incompreensão
-
4:49 - 4:51de como as economias locais
-
4:51 - 4:54envolvem todos que são interdependentes.
-
4:55 - 4:59Especificamente, a interdependência aqui
-
4:59 - 5:03é que há transfusão de competências.
-
5:03 - 5:08Quando os filhos de outras pessoas
adquirem mais competências, -
5:08 - 5:12isso aumenta a prosperidade de todos,
-
5:12 - 5:15incluindo as pessoas
que não desenvolveram novas competências. -
5:15 - 5:17Por exemplo, muitos estudos demonstraram
-
5:17 - 5:20que, se procurarmos o que motiva realmente
-
5:20 - 5:22a taxa de crescimento
das áreas metropolitanas, -
5:22 - 5:28não são só impostos mais baixos,
os baixos custos, os baixos salários. -
5:28 - 5:30São as competências da região.
-
5:30 - 5:32O instrumento de medida das competências
-
5:32 - 5:35que as pessoas utilizam
é a percentagem de graduados da área. -
5:35 - 5:39Portanto, quando procuramos, por exemplo,
em áreas metropolitanas -
5:39 - 5:42como na área de Boston,
Minneapolis-St. Paul, -
5:42 - 5:47Silicon Valley, essas áreas
estão economicamente bem -
5:47 - 5:49mas não por serem de baixo custo.
-
5:49 - 5:52Não sei se já tentaram comprar
uma casa em Silicon Valley. -
5:52 - 5:54Não é exatamente
uma proposta de baixo custo. -
5:54 - 6:00Eles estão a crescer porque têm
altos níveis de competências. -
6:00 - 6:03Assim, quando investimos
nos filhos de outras pessoas, -
6:03 - 6:08e ajudamos a criar essas competências,
aumentamos as ofertas de emprego -
6:08 - 6:10da área metropolitana.
-
6:10 - 6:13Outro exemplo, se analisarmos
-
6:13 - 6:16o que determina o salário duma pessoa,
-
6:16 - 6:20e nos basearmos em dados estatísticos
sobre o que determina os salários, -
6:20 - 6:25sabemos que o salário de uma pessoa
depende, em parte, -
6:25 - 6:27da educação dessa pessoa,
-
6:27 - 6:30por exemplo, se ela tem ou não
um diploma universitário. -
6:30 - 6:33Um facto muito interessante
é que, além disso, -
6:33 - 6:37mesmo quando, estatisticamente,
os efeitos do nosso nível de estudos -
6:37 - 6:41se mantêm constantes,
-
6:41 - 6:44o nível de estudos de todos os outros
na nossa área metropolitana, -
6:44 - 6:46também afeta o nosso salário.
-
6:46 - 6:50Assim, especificamente, se mantivermos
constante o nosso nível de estudos, -
6:50 - 6:54contribuímos para a percentagem
de graduados da nossa área metropolitana, -
6:54 - 6:58descobrimos que isso tem um efeito
positivo significativo no nosso salário, -
6:58 - 7:02sem alterar minimamente
o nosso nível de estudos. -
7:02 - 7:05Na verdade, esse efeito é tão forte
-
7:05 - 7:08que, quando alguém recebe
um diploma universitário -
7:08 - 7:11os efeitos colaterais disso
nos salários dos outros -
7:11 - 7:13na área metropolitana
-
7:13 - 7:16são maiores do que os efeitos diretos.
-
7:16 - 7:19Se alguém recebe um diploma universitário,
as suas receitas de toda a vida -
7:19 - 7:22aumentam incrivelmente,
mais de 700 000 dólares. -
7:22 - 7:25Há um efeito em toda a gente
na área metropolitana, -
7:25 - 7:30pelo facto de aumentar o número
de graduados na área metropolitana. -
7:30 - 7:33Se somarmos isso tudo
— é um efeito pequeno para cada um — -
7:33 - 7:36mas se somarmos todas as pessoas
na área metropolitana, -
7:36 - 7:40percebemos que o aumento
nos salários de toda a gente, -
7:40 - 7:42na área metropolitana, atinge
quase um milhão de dólares. -
7:42 - 7:45Isso é mais do que os benefícios diretos
-
7:45 - 7:48da pessoa que decidiu frequentar
o ensino superior. -
7:48 - 7:49Então, o que é que se passa aqui?
-
7:49 - 7:53O que é que explica este enorme
efeito colateral do nível de estudos? -
7:53 - 7:54Pensemos nisso deste modo:
-
7:54 - 7:58eu posso ser a pessoa
mais competente do mundo, -
7:58 - 8:01mas se todos os outros na minha empresa
não tiverem competências -
8:01 - 8:04o meu patrão terá mais dificuldade
-
8:04 - 8:08em introduzir novas tecnologias,
novas técnicas de produção. -
8:09 - 8:12Em resultado disso, o meu patrão
será menos produtivo. -
8:12 - 8:15Não vai poder pagar-me bons salários.
-
8:16 - 8:19Mesmo que todos na minha empresa
sejam muito competentes, -
8:19 - 8:23se os trabalhadores dos fornecedores
da minha empresa -
8:23 - 8:25não forem competentes,
-
8:25 - 8:27a minha empresa será menos competitiva
-
8:27 - 8:30no mercado nacional e internacional.
-
8:30 - 8:33Mais uma vez, uma empresa
menos competitiva -
8:33 - 8:36não poderá pagar bons salários.
-
8:36 - 8:39Acontece que as empresas,
em especial as de alta tecnologia, -
8:39 - 8:43estão constantemente a roubar ideias
e trabalhadores às outras empresas. -
8:43 - 8:46Portanto, a produtividade das empresas
em Silicon Valley, -
8:46 - 8:50tem muito a ver com as competências
dos seus trabalhadores -
8:50 - 8:54mas também dos trabalhadores de todas
as outras empresas da área metropolitana. -
8:54 - 8:58Em resultado disso, se investirmos
nos filhos de outras pessoas -
8:58 - 9:02através do pré-escolar e de programas
de educação infantil, de alta qualidade, -
9:02 - 9:04não só estamos a ajudar essas crianças,
-
9:04 - 9:07mas estaremos a ajudar toda a gente
na área metropolitana -
9:07 - 9:10a ganhar melhores salários
e faremos com que -
9:10 - 9:13as oportunidades de emprego
na região metropolitana possam crescer. -
9:13 - 9:15Outra objeção usada às vezes
-
9:15 - 9:18é que investir em programas
para a primeira infância -
9:18 - 9:21envolve a preocupação
de as pessoas se mudarem. -
9:22 - 9:26Ohio pode estar a pensar em investir
-
9:26 - 9:28em mais educação pré-escolar
-
9:28 - 9:32para as crianças de Columbus, Ohio,
-
9:32 - 9:34mas receia que essas crianças,
-
9:34 - 9:36por qualquer estranha razão,
-
9:36 - 9:39decidam ir viver para Ann Arbor, Michigan.
-
9:39 - 9:42E Michigan talvez esteja a pensar
-
9:42 - 9:44em investir na educação pré-escolar
em Ann Arbor, Michigan, -
9:44 - 9:48mas receia que essas crianças
possam ir viver para Ohio. -
9:48 - 9:51Por isso, ninguém investe muito
porque todos se vão mudar. -
9:51 - 9:54Na realidade, se olharmos para os dados,
-
9:54 - 9:59os americanos não mudam tanto
quanto as pessoas por vezes julgam. -
9:59 - 10:04Os dados indicam
que mais de 60% dos norte-americanos -
10:04 - 10:06passam a maior parte da sua carreira
-
10:06 - 10:10no estado em que nasceram, mais de 60%!
-
10:10 - 10:15Esta percentagem não varia muito
de estado para estado, -
10:15 - 10:17não varia muito com a economia do estado,
-
10:17 - 10:19se está em depressão ou em expansão.
-
10:19 - 10:22Não varia muito ao longo do tempo.
-
10:22 - 10:27A realidade é que,
se investirmos nas crianças, -
10:27 - 10:29elas vão permanecer.
-
10:30 - 10:33Ou, pelo menos,
vão ficar pessoas suficientes -
10:33 - 10:36para compensar a economia do estado.
-
10:36 - 10:40Resumindo, há muitas pesquisas que mostram
-
10:40 - 10:43que os programas de educação infantil
de alta qualidade -
10:43 - 10:46contribuem para adultos mais competentes.
-
10:46 - 10:48Há bastantes evidências nas pesquisas
-
10:48 - 10:51que mostram que essas pessoas
vão permanecer na economia do estado -
10:51 - 10:55e há bastante evidências
de que ter mais trabalhadores -
10:55 - 10:57mais competentes na nossa economia local
-
10:57 - 11:01contribui para salários mais altos
e crescimento de postos de trabalho. -
11:01 - 11:04Se calcularmos os números por cada dólar,
-
11:04 - 11:06ganhamos um retorno de cerca de 3 dólares
-
11:06 - 11:09em benefícios para a economia do estado.
-
11:09 - 11:12Na minha opinião, os resultados
das pesquisas são convincentes -
11:12 - 11:15e a sua lógica é convincente.
-
11:15 - 11:19Quais são as barreiras
para pôr isso em prática? -
11:19 - 11:22Uma barreira óbvia é o custo.
-
11:22 - 11:26Se olharmos para o que custaria
-
11:26 - 11:29se cada governo estatal investisse
-
11:29 - 11:33no pré-escolar universal a partir
dos 4 anos, com carga horária integral, -
11:33 - 11:37o custo anual nacional seria
-
11:37 - 11:39de cerca de 30 mil milhões de dólares.
-
11:39 - 11:42Trinta mil milhões de dólares
é muito dinheiro. -
11:42 - 11:45Por outro lado, se pensarmos
-
11:45 - 11:49que a população dos Estados Unidos
tem mais de 300 milhões, -
11:49 - 11:52estamos a falar de uma quantia em dinheiro
-
11:52 - 11:54que atinge 100 dólares "per capita".
-
11:55 - 11:58Cerca de 100 dólares
"per capita", por pessoa, -
11:58 - 12:01é uma coisa que qualquer
governo estatal pode pagar. -
12:02 - 12:05É uma simples questão de vontade política.
-
12:06 - 12:10E, claro, como eu já disse,
este custo tem benefícios correspondentes. -
12:10 - 12:13Já referi um fator multiplicador
de cerca de 3, -
12:13 - 12:15Para a economia do estado, são 2,78,
-
12:15 - 12:18em termos de mais de 80 mil milhões
de receitas extra. -
12:18 - 12:21Se queremos traduzir esses
milhares de milhões de dólares -
12:21 - 12:23numa coisa que pode ser significativa,
-
12:23 - 12:26estamos a falar de que,
para a criança média de baixos rendimentos -
12:26 - 12:30isso aumentaria as receitas
em cerca de 10% -
12:30 - 12:33durante a sua carreira,
só por terem feito o pré-escolar. -
12:33 - 12:35Isto sem melhorar o secundário
ou qualquer outra coisa, -
12:35 - 12:37sem alterar o custos da escolaridade
-
12:37 - 12:40só por melhorar diretamente
a educação pré-escolar. -
12:40 - 12:44E nós teríamos mais 5% de receitas
para as crianças da classe média. -
12:44 - 12:49Portanto, é um investimento
que compensa em termos muito concretos -
12:49 - 12:53para uma ampla faixa de grupos
na população do estado -
12:53 - 12:58e que produz muitos
e tangíveis benefícios. -
12:58 - 13:00Esta é apenas uma das barreiras.
-
13:00 - 13:05Eu creio que a maior barreira
é a natureza de longo-prazo dos benefícios -
13:05 - 13:08dos programas de educação infantil.
-
13:08 - 13:11O meu argumento é que estamos a aumentar
-
13:11 - 13:13a qualidade da força de trabalho local,
-
13:13 - 13:16e portanto a aumentar
o desenvolvimento económico. -
13:16 - 13:19Obviamente, se tivermos
um pré-escolar para crianças de 4 anos -
13:19 - 13:21não vamos enviar essas crianças aos 5 anos
-
13:21 - 13:23para trabalhar em negócios escravizantes.
-
13:23 - 13:25Pelo menos eu espero que não.
-
13:25 - 13:28Portanto, estamos a falar
de um investimento -
13:28 - 13:31cujo impacto na economia do estado,
-
13:31 - 13:34só será visível daqui a 15 ou 20 anos.
-
13:35 - 13:40A América é conhecida por ser
uma sociedade que pensa a curto prazo. -
13:40 - 13:42Uma resposta que podemos dar
-
13:42 - 13:44— e eu tenho usado nas palestras —
-
13:44 - 13:47é que as pessoas falam dos benefícios
desses programas -
13:47 - 13:50para a redução da educação corretiva
e da educação especial, -
13:50 - 13:53os pais estão interessados no pré-escolar
-
13:53 - 13:55talvez tenhamos alguns efeitos de migração
-
13:55 - 13:57de pais que procuram
um bom ensino pré-escolar, -
13:57 - 13:59e eu penso que tudo isso é verdade.
-
13:59 - 14:02Mas, de certa forma,
estamos a fugir da questão. -
14:02 - 14:03Afinal, é uma coisa
-
14:03 - 14:07em que estamos
a investir hoje para o futuro. -
14:07 - 14:11E assim, o que vos quero deixar hoje,
-
14:11 - 14:14é o que eu acho ser a pergunta definitiva,
-
14:14 - 14:19quero dizer, eu sou um economista,
mas isto não é uma pergunta de economia -
14:19 - 14:22é uma pergunta de natureza moral:
-
14:23 - 14:26Estamos dispostos,
enquanto norte-americanos, -
14:26 - 14:30enquanto sociedade, ainda somos capazes
-
14:30 - 14:34de fazer a escolha política
de nos sacrificarmos agora -
14:34 - 14:37e pagarmos mais impostos,
-
14:37 - 14:42para que possamos melhorar
o futuro a longo prazo -
14:42 - 14:46não só para os nossos filhos,
mas para toda a comunidade? -
14:46 - 14:50Ainda somos capazes
de fazer isso enquanto país? -
14:50 - 14:53Isto é uma coisa que
todos os cidadãos e eleitores -
14:53 - 14:55devem perguntar a si mesmos.
-
14:55 - 14:58Isso é uma coisa em que
ainda nos sentimos implicados? -
14:58 - 15:01Ainda acreditamos
na noção de investimento? -
15:01 - 15:02Esta é a noção do investimento:
-
15:02 - 15:05sacrificamo-nos agora
para ter um retorno mais tarde. -
15:05 - 15:08Eu acredito que as pesquisas
que demostram -
15:08 - 15:11os benefícios dos programas
de educação infantil -
15:11 - 15:15para a economia local
são extremamente fortes. -
15:15 - 15:19Entretanto, as escolhas políticas e morais
-
15:19 - 15:24pertencem a cada um de nós,
enquanto cidadãos e enquanto eleitores. -
15:24 - 15:26Muito obrigado.
-
15:26 - 15:28(Aplausos)
- Title:
- O caso económico para o ensino pré-escolar
- Speaker:
- Timothy Bartik
- Description:
-
Nesta palestra bem fundamentada, Timothy Bartik apresenta o caso macroeconómico para a educação pré-escolar — e explica por que razão nos devemos sentir felizes em investir nisso, mesmo que não tenhamos filhos nessa idade (ou nenhum filho). Os benefícios económicos de crianças com uma boa educação vão muito além do altruísmo.
(Filmado em TEDxMiamiUniversity). - Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:45
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The economic case for preschool | ||
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Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for The economic case for preschool |