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Timothy Bartik: A questão econômica para a pré-escola

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    Nesta palestra, hoje, quero apresentar uma ideia diferente
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    e por que investir cedo na educação infantil
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    faz sentido como investimento público.
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    É uma ideia diferente porque, em geral,
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    quando as pessoas falam sobre programas para a primeira infância,
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    falam sobre todos os benefícios maravilhosos para participantes,
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    nos termos de ex-participantes, na pré-escola,
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    eles têm melhores pontuações nos testes K-12,
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    melhores ganhos como adultos.
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    Bom, tudo isso é muito importante,
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    mas o que quero falar é sobre o que a pré-escola faz
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    para as economias do estado
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    e para a promoção do desenvolvimento econômico do estado.
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    E isso é, na verdade, crucial
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    porque, se vamos aumentar investimentos
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    em programas para a primeira infância,
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    precisamos ter o interesse de governos estaduais para isso.
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    O governo federal tem muito naquilo que é de sua alçada,
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    e os governos estaduais vão ter que incrementar isso.
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    Portanto, temos que apelar a eles,
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    os legisladores no governo estadual,
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    e nos voltar para algo que eles entendam,
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    que eles têm que promover o desenvolvimento econômico
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    da economia de seu estado.
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    Agora, por promover o desenvolvimento econômico
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    não quero dizer nada mágico.
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    Tudo que quero dizer é que educação na primeira infância
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    pode trazer mais e melhores empregos para um estado
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    e pode dessa maneira promover ganhos per capita mais altos
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    para os moradores do estado.
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    Bem, penso que é justo dizer que, quando as pessoas pensam sobre
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    o desenvolvimento econômico local e estadual,
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    geralmente elas não pensam primeiro no que estão fazendo
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    sobre cuidados com a infância e programas para a primeira infância.
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    Sei disso. Passei a maior parte de minha carreira pesquisando esses programas.
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    Conversei muito com diretores
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    de agências estaduais de desenvolvimento econômico sobre esses assuntos,
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    muitos legisladores sobre esses assuntos.
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    Quando legisladores e outros pensam sobre desenvolvimento econômico,
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    primeiro pensam em incentivos de impostos sobre negócios,
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    abatimentos em impostos de propriedade, créditos de impostos para criação de empregos,
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    vocês sabem, há um milhão desses programas por todo lugar.
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    Assim, por exemplo, estados competem acirradamente
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    para atrair novas fábricas de carros ou expandir fábricas.
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    Eles distribuem todos os tipos de isenções fiscais para os negócios.
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    Bem, esses programas podem fazer sentido,
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    se de fato produzem decisões de novas locações,
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    e a forma que podem fazer sentido é
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    criando mais e melhores empregos,
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    eles elevam as taxas de emprego, elevam os ganhos per capita dos residentes do estado.
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    Então há um benefício para os residentes do estado
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    que correponde aos custos que estão pagando
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    ao conceder todas essas isenções fiscais.
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    Meu argumento é basicamente que programas para a primeira infância
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    podem fazer exatamente a mesma coisa,
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    criar mais e melhores empregos, mas de uma forma diferente.
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    É mais de uma maneira indireta.
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    Esses programas podem promover mais e melhores empregos,
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    ao construí-lo, você investe em pré-escola de alta qualidade,
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    ela desenvolve as qualificações de sua força de trabalho local,
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    quando a maioria deles permanece ali, e, por sua vez,
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    essa força de trabalho local de alta qualidade
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    será o elemento chave na criação de empregos
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    e de ganhos per capita mais altos na comunidade local.
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    Bem, deixem-me dizer alguns números sobre isso.
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    OK, se você olha para essa evidência de pesquisa --
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    essa é extensa -- em quanto programas para a primeira infância
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    afetam o desempenho educacional, ganhos e qualificações
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    de ex-alunos de pré-escola enquanto adultos,
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    você toma esses efeitos conhecidos,
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    você toma quantos desses indivíduos espera-se
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    que permaneçam no estado ou na economia local e não se mudem,
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    e você toma a pesquisa de quanto qualificações
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    conduzem à criação de empregos, e concluirá,
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    dessas três linhas isoladas de pesquisa,
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    que, para cada dólar investido em programas para a primeira infância,
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    a renda per capita dos residentes do estado
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    sobe dois dólares e 78 centavos,
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    portanto, esse é um retorno de três para um.
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    Bem, você pode obter retornos bem mais altos,
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    de até 16 para um, se incluir benefícios contra o crime,
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    se incluir os benefícios para ex-participantes
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    que se mudam para outro estado,
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    mas há um bom motivo para focar nesses três dólares
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    porque isto é evidente e importante
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    para legisladores e elaboradores da política estadual,
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    e são os estados que terão que agir.
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    Então, há esse benefício chave que é relevante
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    para elaboradores da política estadual em termos de desenvolvimento econômico.
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    Bom, uma objeção que você ouve muitas vezes,
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    ou talvez você não ouça porque as pessoas são muito educadas para dizer, é
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    por que eu deveria pagar mais impostos
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    para investir nas crianças de outras pessoas?
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    O que há nisso para mim?
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    E o problema com essa objeção,
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    ela reflete um completo mal-entendido
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    de quanto as economias locais
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    envolvem todos como sendo interdependentes.
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    Especificamente, a interdependência aqui, é
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    há enormes repasses dessas qualificações --
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    que quando as crianças de outras pessoas obtêm mais qualificações,
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    isso realmente aumenta a prosperidade de todos,
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    incluindo pessoas cujas qualificações não mudam.
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    Por exemplo, numerosos estudos de pesquisa mostraram,
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    se você olha para o que realmente conduz
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    à taxa de crescimento em áreas metropolitanas,
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    não é tanto impostos baixos, custo baixo, ganhos baixos;
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    são as qualificações da área. Especificamente, a representação de qualificações
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    que as pessoas usam é a porcentagem de formados em faculdades na área.
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    Assim, quando você olha, por exemplo, para áreas metropoitanas
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    como Boston, Minneapolis-St.Paul,
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    Vale do Silício, essas áreas não vão bem economicamente
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    porque são de baixo custo.
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    Não sei se já tentaram comprar uma casa no Vale do Silício.
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    Não é exatamente uma proposta de baixo custo.
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    Eles estão crescendo porque têm altos níveis de qualificações.
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    Então, quando investimos nas crianças de outras pessoas,
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    e construímos essas qualificações, aumentamos o crescimento dos empregos em geral
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    em uma área metropolitana.
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    Um outro exemplo, se você olha
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    para o que determina os ganhos de um indivíduo,
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    e fazemos exploração estatística disso, o que determina ganhos,
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    sabemos que os ganhos do indivíduo dependerão, em parte,
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    da educação desse indivíduo,
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    por exemplo se fez ou não uma faculdade.
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    Um dos fatos muito interessantes é que, além disso,
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    descobrimos que, mesmo que mantenhamos constante, estatisticamente,
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    o efeito de sua própria educação,
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    a educação de qualquer outra pessoa na sua área metropolitana
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    também afeta seus ganhos.
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    Assim, especificamente, se você mantém constante sua educação,
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    você fica na porcentagem de formados em faculdade na sua área metropolitana,
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    você descobrirá que tem um efeito positivo significativo em seus ganhos
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    sem mudar sua educação.
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    De fato, esse efeito é tão forte
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    que quando alguém se forma na faculdade,
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    os efeitos disso, que são repassados nos ganhos
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    de outros na área metropolitana,
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    são realmente maiores que os efeitos diretos.
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    Portanto, se alguém se forma na faculdade, seus ganhos pela vida
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    somam uma quantia enorme, mais de 700.000 dólares.
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    Há um efeito em qualquer outra pessoa na área metropolitana
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    de elevar a porcentagem de formados na faculdade na área metropolitana,
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    e se você soma isso - é um efeito pequeno para cada pessoa,
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    mas, se você soma isso de todas as pessoas na área metropolitana,
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    você realmente tem um aumento em ganhos para todos,
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    na área metropolitana soma quase um milhão de dólares.
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    Isso é realmente maior que os benefícios diretos
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    de uma pessoa que escolheu educar-se.
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    Agora, o que acontece aqui?
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    O que pode explicar esses enormes efeitos de repasse da educação?
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    Bem, vamos pensar dessa forma.
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    Posso ser a pessoa mais qualificada do mundo,
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    mas se todos os outros em minha empresa não são,
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    meu empregador vai achar mais difícil
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    introduzir novas tecnologias, novas técnicas de produção.
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    Como consequência, meu empregador vai ser menos produtivo.
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    Não será capaz de me pagar salário tão bom.
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    Mesmo se todos em minha empresa têm boas qualificações,
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    se os trabalhadores dos fornecedores de minha empresa
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    não têm boas qualificações,
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    minha empresa vai ser menos competitiva
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    nos mercados nacional e internacional.
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    Novamente, a empresa que é menos competitiva
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    não será capaz de pagar bom salários,
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    então, especialmente em negócios de alta tecnologia,
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    estão constantemente roubando ideias e trabalhadores de outros negócios.
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    Então, a produtividade de firmas no Vale do Silício, claramente,
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    tem muito a ver com as qualificações não apenas dos trabalhadores dessas firmas,
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    mas com as dos trabalhadores de todas as outras firmas na área metropolitana.
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    Como consequência, se podemos investir nas crianças de outras pessoas
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    através da pré-escola e outros programas de primeira infância
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    que sejam de alta qualidade, não apenas ajudamos essas crianças,
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    ajudamos todos na área metropolitana
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    a ganhar em salários e teremos na área metropolitana
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    ganhos no aumento de empregos.
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    Um outra objeção usada. às vezes,
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    para investir em programas para a primeira infância
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    é a preocupação com pessoas se mudando.
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    Sabem, talvez Ohio esteja pensando em investir
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    em mais pré-escolas
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    para crianças em Columbus, Ohio,
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    mas estão preocupados que essas crianças,
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    por alguma razão estranha, decidirão mudar para Ann Arbor, Michigan,
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    e se fixar lá.
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    E talvez Michigan esteja pensando em investir
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    na pré-escola em Ann Arbor, Michigan, e está preocupada
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    que esses pequenos cidadãos acabem se mudando para Ohio e se fixando por lá.
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    Então ambos investem menos porque todo mundo vai se mudar.
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    Bem, a verdade é que, se você olha para os dados,
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    os americanos não mudam tanto como as pessoas às vezes pensam.
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    Os dados indicam que mais de 60 por cento dos americanos
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    passam a maior parte de suas carreiras profissionais
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    no estado em que nasceram, mais de 60 por cento.
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    Esse percentual não varia muito de estado para estado.
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    Não varia muito com a economia do estado,
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    esteja ela em depressão ou prosperando.
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    não varia muito ao longo do tempo;
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    Portanto, a verdade é que, se você investe nas crianças,
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    elas ficarão.
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    Ou no mínimo, aquelas que ficarão
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    compensarão o dispêndio na economia de seu estado.
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    Ok, para resumir, há muita evidência de pesquisa
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    de que programas para a primeira infância, se aplicados com alta qualidade,
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    convertem-se em melhores qualificações nos adultos.
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    Há muita evidência de pesquisa
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    de que esses indivíduos permanecerão na economia do estado,
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    e há muita evidência deque ter mais trabalhadores
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    com qualificações mais altas na economia local
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    implica salários mais altos e aumento de emprego para a economia local,
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    e, se você calcular os números para cada dólar,
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    obtemos de volta cerca de três dólares
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    em benefícios para a economia do estado.
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    Portanto, em minha opinião, a evidência da pesquisa é convincente
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    e a lógica disso é convincente.
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    Então, quais são as barreiras para fazer isso?
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    Bem, uma barreira óbvia é custo.
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    Se você olha para o que custaria,
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    se cada governo estadual investisse
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    em pré-escola para todos com quatro anos, pré-escola em período integral com idade de quatro anos,
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    o custo anual total para a nação seria, grosso modo,
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    de 30 bilhões de dólares.
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    Bem, 30 bilhões de dólares é muito dinheiro.
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    De outro lado, se você reflete
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    que a população dos Estados Unidos está acima de 300 milhões,
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    estamos falando de uma quantia de dinheiro
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    que soma 100 dólares per capita.
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    OK? Cem dólares per capita, por pessoa,
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    é algo que qualquer governo estadual pode aplicar.
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    É apenas uma questão simples de vontade política de fazer isso.
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    E, claro, como mencionei,
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    esse custo tem benefícios correspondentes.
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    Mencionei que há um multiplicador de quase três,
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    2,78, para a economia estadual,
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    em termos de mais de 80 bilhões em ganhos extras.
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    E se queremos transferir isso dos bilhões de dólares
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    para algo que pode significar algo,
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    aquilo de que estamos falando é que, para a média das crianças de baixa renda,
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    isso aumentaria ganhos em mais ou menos 10 por cento
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    sobre toda a carreira delas, apenas fazendo pré-escola,
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    sem melhorar K-12 ou qualquer coisa depois disso,
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    sem fazer nada com acesso à faculdade ou manutenção dela,
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    apenas melhorando diretamente a pré-escola,
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    teríamos ganhos cinco por cento mais altos
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    para crianças da classe média.
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    Portanto este é um investimento
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    que compensa em termos muito concretos
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    para um alcance mais amplo de grupos de renda na população do estado
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    e produz benefícios maiores e tangíveis.
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    Bem, essa é uma barreira.
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    Na verdade, penso que a barreira mais profunda
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    é a natureza de longo prazo dos benefícios dos programas para a primeira infância.
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    O argumento que apresento aqui é que estamos aumentando
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    a qualidade de nossa força de trabalho local,
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    e, assim, aumentando o desenvolvimento econômico.
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    Claramente, se temos uma pré-escola com quatro anos,
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    não vamos mandar essas crianças embora aos cinco
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    para trabalhar em docerias, certo? Ao menos espero que não.
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    Então, estamos falando sobre um investimento
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    que em termos de impactos na economia estadual
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    não vai retornar por 15 ou 20 anos,
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    e, claro, os E.U.A são notórios por ser
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    uma sociedade orientada para o curto prazo.
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    Uma resposta possível para isso,
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    e ás vezes fiz isso em palestras,
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    é que as pessoas podem conversar sobre isso, há benefícios para esses programas
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    na redução dos custos com educação especial,
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    há benefícios, pais se preocupam com a pré-escola,
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    talvez tenhamos alguns efeitos migratórios
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    de pais em busca de boa pré-escola,
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    e acho que esses são verdadeiros,
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    mas de alguma maneira eles não entenderam a questão.
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    Enfim, isto é algo
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    em que estamos investindo agora para o futuro.
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    E o que gostaria de deixar a vocês é
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    que penso na questão final.
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    Quero dizer, sou um economista, mas isto é, no final,
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    não uma questão econômica, é uma questão moral:
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    estamos dispostos, como americanos,
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    somos uma sociedade ainda capaz
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    de fazer a escolha política de sacrificar agora
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    ao pagar mais impostos
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    para melhorar o futuro de longo prazo
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    de não apenas nossas crianças, mas nossa comunidade?
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    Ainda somos capazes disso como país?
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    E isso é algo que cada cidadão
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    e eleitor precisa perguntar a si mesmo.
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    Isso é algo que você ainda tem,
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    você ainda acredita na noção de investimento?
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    Essa é a noção de investimento.
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    Você sacrifica agora para um retorno mais tarde.
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    Penso que a evidência da pesquisa
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    sobre os benefícios de programas para a primeira infância
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    para a economia local é extremamente forte.
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    Entretanto, a escolha moral e política
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    depende de nós, como cidadãos e eleitores.
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    Muito obrigado. (Aplausos)
Title:
Timothy Bartik: A questão econômica para a pré-escola
Speaker:
Timothy Bartik
Description:

Nesta palestra bem fundamentada, Timothy Bartik aborda a questão macroeconômica para a educação pré-escolar -- e explica porque você deveria estar feliz por investir nela, mesmo que não tenha crianças nessa idade (ou não tenha filhos). Acontece que os benefícios econômicos de crianças bem educadas vão bem além do altruísmo. (Filmada em TEDxMiamiUniversity.)

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:45
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for The economic case for preschool
Rodrigo Brandão accepted Portuguese, Brazilian subtitles for The economic case for preschool
Rodrigo Brandão edited Portuguese, Brazilian subtitles for The economic case for preschool
Isabel Villan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The economic case for preschool
Isabel Villan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The economic case for preschool
Isabel Villan added a translation

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