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Projecto Venus (1996) (Brazilian)

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    ... a cobrar, e o telefone de lá é 201 5583.
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    Ligando para lá é só falar com o Geraldo ou Estéfano. Agora, nós vamos trabalhar.
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    Dados os recadinhos, eu vou bater um papo aqui agora com Marcos Birro Calixto.
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    Ele é representante do Projeto Vênus.
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    Marcos, bom dia. Bom dia. Obrigada pela presença aqui.
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    Eu queria que você me explicasse, e explicasse para as pessoas de casa, o que é esse Projeto Vênus.
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    O Projeto Vênus, quando a Adriana me convidou para falar sobre a inversão de valores,
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    eu achei interessante, eu fiquei muito satisfeito,
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    porque é uma maneira que eu posso colocar aqui, o sentido do Projeto Vênus,
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    que é de propor, exatamente, a mudança de valores.
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    O Projeto Vênus propõe a total reconstrução da civilização.
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    Em todos os sentidos, em todos os valores.
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    A partir de quê, como, vamos ver aqui, como que surgiu isso? Essa ideia partiu de onde?
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    Tá. A idéia é o seguinte. Eu vou fazer um rápido histórico aqui.
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    Há 500 mil anos antes de Cristo, começaram a surgir as civilizações.
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    Essa etapa foi o que nós chamamos da primeira onda, que é o sentido da agricultura.
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    A civilização ficou voltada com valores próximos da agricultura.
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    E isso gerou pessoas no campo, pequenas cidades, o comércio limitado, manufatura.
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    E isso chegou até na idade média, com a revolução industrial.
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    Na revolução industrial, isso gerou o contrário.
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    Foi uma massificação, foi uma produção em série.
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    Foi a união das pessoas em torno de grandes centros. Foi uma produção em série.
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    E isso gerou vários problemas sociais.
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    Inclusive onde que os sociólogos dizem que começou realmente a questão da pobreza.
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    Porque o acúmulo de capital, ele começou nessa revolução industrial.
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    E nós agora, chegando aqui nessa virada do século,
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    e nós estamos vivendo um momento que parece que as pessoas não entendem bem o que é,
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    e as pessoas estão perdidas.
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    E foi atrás disso, eu também me considerava assim,
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    que e eu procurei estudar, e eu cheguei até o Projeto Vênus, e ele propõe, e disse o seguinte.
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    É que nós estamos agora numa mudança de modo de produção,
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    e nós estamos agora trabalhando com a informação.
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    Não mais com produto massificado da indústria.
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    Isso diz o seguinte. É o quê que causa, quais são as conseqüências desse processo de dar informação.
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    Ele causa um atendimento pessoal não massificado.
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    Então, tudo aquilo que a gente corria, atrás de um sentido massificado, agora é individual.
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    E nós não temos mais aquela toda economia voltada para atender milhões de pessoas.
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    Nós temos agora uma economia voltada, cada dia mais, voltada para atender uma pessoa.
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    E isso vem gerando esse caos, em geral.
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    Bom, então o que vocês propõem? Como que é, o que o projeto propõe? Trabalhar como, viver como?
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    O projeto propõe uma mudança no modo de produção, e isso seria o quê?
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    Ele propõe a economia baseada em recursos.
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    O quê que seria isso? Hoje nós temos uma economia baseada no (sistema) monetário, não é?
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    E a economia baseada em recursos, ela propõe o seguinte. Um exemplo.
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    Se nós temos um analista de sistemas, e nós temos um computador,
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    nada mais impede a ele que ele faça alguma coisa, algum sistema para produzir algum efeito.
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    Nessa economia baseada em recursos, não existe o fator dinheiro.
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    Não existem essas variáveis que a gente tem hoje aqui. O mercado.
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    Vale a pena colocar um produto, produzir mais alguma coisa, vale a pena tirar? Não.
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    Na economia baseada em recursos você produz o tanto que é necessário
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    pra que as pessoas tenham um alto padrão de vida.
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    Essa é a grande mudança em termos de valores.
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    Quer dizer, isso seria eliminar o monetário. Eliminar o monetário.
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    Bom, vamos antes de continuar esse esclarecimento,
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    uma pergunta da Luísa, que está aqui na praça Rosinha Cadar.
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    Luísa. Bom dia Marcos, obrigada por sua participação aqui com a gente.
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    Bom, hoje a gente vive a realidade da globalização da economia,
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    quer dizer, eu eu não consegui entender muito quando você fala que a tendência de mercado
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    seria a produção, não para massa, mas para o individual, diante da globalização.
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    Eu queria que você explicasse isso para gente.
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    E vivemos a terceira, vamos chamar de terceira revolução industrial, não é?
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    Com a tendência em informatização e a automação.
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    Eu não estou conseguindo entender onde, como é que essa realidade se encaixaria nesse novo contexto,
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    nesse novo projeto. Explica para a gente.
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    Bom, o primeiro seria o seguinte. A questão da massificação,
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    ela teve, seria mais as conseqüências dessa massificação que trouxe.
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    Por exemplo, as pessoas do campo para a cidade.
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    O que aconteceu muito também, os agricultores, eles foram arrancados da sua propriedade,
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    e ali se criou, até uma frase que eu achei interessante, que a convidada aqui, a Ana Maria.
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    A Ana diz o seguinte, que a economia já é socializada para trabalhar, as pessoas já são socializadas para trabalhar.
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    Quer dizer, isso está incluído nas pessoas, foi colocado isso as pessoas, e isso não é assim.
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    Então, na verdade, você tem que produzir para um bem estar,
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    você não tem que produzir para gerar mais valias, pra gerar a economia,
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    e para gerar essa economia que fica na mão de poucos hoje.
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    A questão do atendimento pessoal, seria a não massificação, é o seguinte.
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    Nós estamos vendo aí o desemprego em massa, e a tendência de cada vez mais isso acontecer.
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    E nós não conseguimos enxergar o futuro.
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    Para qualquer pessoa, quando a gente pergunta hoje,
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    para onde que nós estamos caminhando, qual é o nosso futuro amanhã? A gente não consegue ver.
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    E as empresas estão tomando uma postura de tal desespero,
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    que elas partem para um atendimento pessoal em termos de uma estrutura,
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    de uma mega estrutura como essa como essa que nós estamos vivendo hoje.
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    A globalização, ela está ajudando essas empresas a atenderem as pessoas pessoalmente.
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    Um exemplo disso. Está sendo criado, eu até participei semana passada de um evento, chamado Call Center.
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    O que é isso? É todo um controle do que as empresas tem,
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    desde o atendimento de quando você solicita um serviço,
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    até quando você retorna, você recebe um telefonema, ou algo semelhante da empresa, dizendo como você foi atendido.
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    E isso está acontecendo em grandes empresas, no estilo, por exemplo, de uma Ford, de uma Volkswagen.
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    Então, pôxa, você compra um carro, passa uma, duas semanas que você pediu um serviço,
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    e você recebe, por exemplo, um telefonema perguntando como é que você foi atendido, sua opinião.
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    Então, quer dizer, aquilo é atendimento desmassificado.
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    Enquanto isso, nós estamos gerando uma sociedade totalmente à parte, excluída,
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    que é, ou melhor, que são as pessoas que estão nessa situação de perda de emprego hoje,
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    que parece que as pessoas não estão vendo, não querem ver, esse grande problema que está sendo gerado aí.
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    E me parece que até os intelectuais ficam esperando uma revolta,
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    uma revolução dessas classes, para que aponte um caminho.
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    E na verdade, o que o Projeto Vênus propõe, é que essas pessoas, que detêm hoje um poder de pensamento,
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    de trabalhar a informação, que ela proponha já a mudança.
  • 9:14 - 9:19
    Que não espere essa revolução que pode nem vir a acontecer.
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    Bom, mais uma pergunta da Luísa para você. Luísa.
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    Marcos, como é que fica o papel do estado, do governo, diante desse projeto?
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    Tá. Aí vem um problema sério, que é o seguinte.
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    O Projeto Vênus propõe com essa economia desmassificada, já faz uma pergunta agora.
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    Pra quê que nós temos governo hoje?
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    Isso acontece muito no próprio ambiente de trabalho, que as pessoas perguntam,
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    poxa, se eles não tivessem regulando o meu dinheiro no fundo de garantia,
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    se eles não tivessem regulando o meu sistema de previdência, eu mesmo daria conta disso.
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    Então o Projeto Vênus propõe, não só a retirada da economia financeira, como propõe núcleos administrativos.
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    Pequenos núcleos administrativos. Eles não colocam um sistema de governo federal,
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    você não tem, por exemplo, um congresso, você não tem essa estrutura aí hoje.
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    Está certo. Bom. Mais uma pergunta então, da Luísa.
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    Depois eu quero mostrar aqui um pouquinho do que já existe desse projeto, não é? Vamos lá, Luísa.
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    Marcos, eu queria só clarear um pouquinho isso.
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    Bom, a partir do que você falou então, todas as soluções do governo seriam privatizadas? Seria isso?
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    Não, não é o caso de ser privatizada. Ela vai ser absorvida por aquele núcleo. Nós vamos passar aqui daqui a pouco.
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    Seria um núcleo de comunidades?
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    Exatamente. O que os sociólogos vem dizendo hoje, o que eles estão prevendo, é o seguinte.
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    São vários, algo semelhante aos soviéticos, que aconteceram na União Soviética,
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    da revolução proletária, que está acontecendo agora.
  • 11:27 - 11:32
    Por exemplo, estão surgindo vários núcleos, e eles mesmos dão conta de si. Eles mesmos se governam.
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    Então, é, não é a questão de privatizar. Não existe aquilo de comprar alguma coisa.
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    Você simplesmente trabalha pra que você tenha alguma coisa.
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    Por exemplo, eu sei fazer programas de computadores.
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    Então eu farei um programa, e dá um computador, e farei programas, que aqueles vão ser utilizados pela sociedade.
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    Em troca, eu vou receber um serviço, por exemplo, de um médico, simplesmente estando prestando um serviço.
  • 12:01 - 12:04
    Então não existe essa questão de alguém administrar alguém.
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    O próprio núcleo é administrado. O que é administrado é administrável, não é?
  • 12:12 - 12:17
    Agora, quem que administra esse núcleo, aí que vem o grande detalhe.
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    Nós colocamos a grande tecnologia, a grande informação, a serviço desses núcleos.
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    Nós não trabalhamos contra a robotização, nós não trabalhamos contra a informatização.
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    A cada dia nós estamos trabalhando, com vocês verão aqui nas fotos,
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    para que as casas, para que todos os serviços sejam totalmente automatizados.
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    Para que a população possa receber e ter um padrão de vida elevado,
  • 12:47 - 12:51
    sem precisar, por exemplo, de ter serviços de colheita.
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    Esses serviços de colheita será feito todo automatizado.
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    Serviço de controle de produção, de algum sistema, totalmente também automatizado.
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    E isso tudo funcionando em forma de trocas, eu faço isso, e eu recebo isso em troca,
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    ou porque eu presto meu serviço, e em troca eu recebo outros serviços?
  • 13:11 - 13:17
    Olha, eu não gostaria de colocar bem assim não, eu gostaria de colocar assim.
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    Eu faço um serviço para o bem estar da minha comunidade, tá?
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    É, pois é, e aí, a comunidade também presta outros serviços que vão ser bons para mim, para o meu vizinho. Exatamente.
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    Quer dizer, tudo funciona como troca, sem circular dinheiro, não é isso?
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    Exatamente. Hoje por exemplo, nós temos lá o primeiro núcleo, que está lá na Florida.
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    Ele já é real, e nós usamos esse núcleo para fazer os testes já com essas tecnologias.
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    E acho melhor a gente passar aqui, não é? Para mostrar.
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    Luísa, tem mais uma pergunta lá da praça? Tem, mais uma pergunta da Luísa. Luísa, vamos lá.
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    Deixa eu só completar essa ideia.
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    Bom, você falou que a tendência é a informação estar de alguma forma conduzindo a esse projeto, não é?
  • 14:07 - 14:12
    A tendência mundial é essa mesma. Vamos pensar isso em termos de realidade brasileira.
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    Nós vivemos uma realidade social e econômica discrepante. A gente tem favela do lado de pessoas riquíssimas.
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    Quando você fala que a informação e a tecnologia é que vai comandar esse projeto,
  • 14:26 - 14:31
    como é que vão ficar essas pessoas, como é que fica essa sociedade,
  • 14:31 - 14:39
    essa classe que não tem acesso, que não tem possibilidade e contato com essa informação e com essa tecnologia?
  • 14:39 - 14:45
    Bom, a resposta é educação. Simplesmente educação.
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    É justamente, eu acho que deve partir dessa classe de pessoas, essa reivindicação,
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    para trazer, para resgatar essas pessoas que estão sendo excluídas na sociedade.
  • 14:57 - 15:04
    O intuito é justamente esse, de trazer essas pessoas para uma classe, para o padrão de vida,
  • 15:06 - 15:15
    que ele possa realmente viver, não é? Simplesmente viver. Não ficar à margem como ele está hoje.
  • 15:15 - 15:22
    Bom. Então já existe um núcleo funcionando, não é isso? Esse aqui por exemplo, que você trouxe para a gente ver.
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    Tá. Existe um núcleo de testes, onde nós estamos fazendo na Florida,
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    já são algumas casas, e elas são inteligentes, e onde são lá colocadas essas propostas,
  • 15:34 - 15:37
    pelo menos da parte de informação.
  • 15:37 - 15:42
    Aqui, olha. Mostra aqui, olha o que está lá, e ele está focalizando, esse daqui é uma casa.
  • 15:42 - 15:48
    Esse é uma casa, já na Florida. Ele até tem um formato que...
  • 15:49 - 15:51
    Pode mostrar aqui no desenho. Aqui, olha, isso.
  • 15:51 - 15:57
    Ele tem um formato, aqui, por exemplo, em que ele fica harmônico com o meio-ambiente.
  • 15:57 - 16:05
    Outra coisa é o seguinte, toda tecnologia usada para esse projeto, para essas casas,
  • 16:05 - 16:12
    eles são totalmente limpos, eles não são poluentes. Certo.
  • 16:12 - 16:18
    Eles usam tecnologia para produção de energia elétrica, eólica,
  • 16:18 - 16:22
    qualquer que seja, que não seja poluente.
  • 16:22 - 16:27
    Ah, e aqui, olha lá. Aqui também seria uma uma casa, não é?
  • 16:27 - 16:31
    Seria praticamente o mesmo lugar, é a cozinha.
  • 16:31 - 16:36
    Aqui é na verdade onde que estão morando os diretores do Projeto Vênus lá na Florida, que é o...
  • 16:36 - 16:37
    Ele vem de lá esse projeto?
  • 16:37 - 16:41
    Ele vem de lá. Tá, eu trouxe esse projeto através da internet.
  • 16:41 - 16:47
    Aqui, por exemplo, acho que seria interessante, seria o núcleo nervoso desse projeto, tá?
  • 16:48 - 16:52
    Aqui teria uma ideia da cidade. Ela teria um formato circular, tá?
  • 16:52 - 16:57
    Onde que cada círculo desse representaria uma unidade.
  • 16:57 - 17:01
    Por exemplo, uma unidade de plantação, uma unidade de educação,
  • 17:01 - 17:06
    e esse aqui seria o center dome, onde que a gente chama, que é o núcleo nervoso.
  • 17:06 - 17:12
    Onde esse é totalmente automatizado, e usa o processo que aqui no Brasil não é muito difundido,
  • 17:13 - 17:18
    que é a cybernation, que é a cibernetização dessas tecnologias.
  • 17:18 - 17:26
    Quer dizer, equipamentos eletrônicos inteligentes controlando máquinas,
  • 17:26 - 17:30
    executando um serviço para a população. Certo.
  • 17:31 - 17:35
    Isso aqui por exemplo, teria um dos projetos, e isso é o seguinte.
  • 17:35 - 17:39
    Nós temos aqui, esse é uma maquete,
  • 17:39 - 17:46
    Não esse barco, na realidade não existe hoje, mas o projeto desse barco já existe. Isso é importante.
  • 17:46 - 17:52
    O projeto dessa energia captada por captação de energia solar, ele já existe.
  • 17:52 - 17:54
    Agora, porquê que ele não é implementado hoje?
  • 17:55 - 18:00
    É porquê não é economicamente viável para a economia que está hoje aí.
  • 18:01 - 18:09
    Mas para a economia baseada em recursos, o fator economicamente viável não deixa de existir.
  • 18:09 - 18:16
    Ele pode ser produzido porque nós vamos pegar aqui uma equipe de pessoas capazes de construir, e vamos construir o barco.
  • 18:16 - 18:18
    A matéria-prima nós temos no planeta.
  • 18:18 - 18:25
    Basta que a gente trabalhe bem para que possa viver ou conviver em coexistência, com o ecossistema.
  • 18:25 - 18:27
    Certo. Vamos continuar passando.
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    Enquanto isso, tem mais uma pergunta da Luísa, lá da praça Rosinha Cadar. Luísa, pode falar.
  • 18:35 - 18:40
    Luísa? Obrigada, Márcia. Demorou um pouquinho para entrar a imagem. A nossa tecnologia. Vamos lá.
  • 18:40 - 18:46
    Marcos, você falou dos núcleos, não é? E desses cérebros que administrariam.
  • 18:46 - 18:49
    Como é que funcionaria isso? Quem seriam esses cérebros?
  • 18:49 - 18:54
    E quem administraria, e quem gerenciaria esses núcleos?
  • 18:55 - 19:10
    Esses núcleos, eles são gerenciados por uma equipe, ou por pessoas que seriam, como diz... eu poderia dizer eleitos?
  • 19:10 - 19:15
    Eu não sei se eu... Escolhidas? É, escolhidas, tá? Nesse processo para gerenciar.
  • 19:15 - 19:22
    Na verdade, seriam técnicos. Porque isso aqui não há necessidade de você ter uma pessoa gerenciando isso.
  • 19:22 - 19:29
    Eu vou dar um exemplo aqui. Vamos supor que uma pessoa quisesse trabalhar com fotografias.
  • 19:29 - 19:32
    Trabalhar não, ter um lazer com fotografias.
  • 19:32 - 19:39
    Ele vai até ao lugar onde que fica o material e o equipamento,
  • 19:39 - 19:45
    e ele simplesmente pega o equipamento, usa o tempo que for necessário, e depois devolve.
  • 19:45 - 19:47
    Então não tem o que ser administrado.
  • 19:47 - 19:54
    O controle do outro lado seria realmente mecânico, ou melhor, informatizado, não é?
  • 19:55 - 20:00
    Mas existe aí um um fator importante, que isso não tem como a gente colocar assim.
  • 20:00 - 20:03
    Poxa, a partir de amanhã nós vamos estar nessa economia? Não.
  • 20:03 - 20:08
    É um processo que o planeta inteiro vêm brotando essas consciências.
  • 20:08 - 20:11
    Não é só o Projeto Vênus que está pensando dessa forma.
  • 20:11 - 20:19
    São vários, são várias outras culturas, e cada uma com suas particularidades, porém caminhando para esse aspecto.
  • 20:19 - 20:21
    Agora, existe o fator educação.
  • 20:21 - 20:26
    Não tem como a gente pegar um favelado hoje, por exemplo, e trazer pra viver numa cultura dessa.
  • 20:26 - 20:31
    E não tem nem como você pegar uma pessoa milionária, por exemplo, e trazer para uma cultura dessa.
  • 20:31 - 20:36
    Nós temos que ir trabalhando isso aos poucos, e essa é a proposta do Projeto Vênus. Muita educação.
  • 20:36 - 20:41
    É, quer dizer, além de educação, uma mudança total de mentalidade. Exato. Total, não é?
  • 20:41 - 20:45
    Bom, mais uma pergunta da Luísa. Vamos lá, Luísa.
  • 20:46 - 20:51
    Bom, esses técnicos, eles não teriam acesso à informação diferente,
  • 20:52 - 21:00
    mais vantajoso do que outras pessoas, e isso não poderia gerar um tipo de poder perigoso?
  • 21:00 - 21:03
    Sim, poderia sim. É um cuidado que a gente tem que tomar,
  • 21:03 - 21:10
    porque senão vira lá o George Orwell, na Revolução dos Bichos.
  • 21:10 - 21:13
    E é um cuidado que realmente a gente tem,
  • 21:13 - 21:22
    mas, uma vez que a gente tira o fator econômico, onde que a pessoa pode se seobrepor... Tirar proveito?
  • 21:22 - 21:29
    É, tirar proveito de outras, no sentido, pelo menos, econômico, esse fator desaparece.
  • 21:29 - 21:37
    O que nós teríamos que trabalhar seria a consciência das pessoas a nível de viver em comunidade,
  • 21:37 - 21:39
    para que a comunidade tenha um futuro.
  • 21:39 - 21:42
    O que é interessante que a gente vê hoje,
  • 21:42 - 21:48
    é que lá nos Estados Unidos, onde que o Jacque e a Roxanne, eles dão várias palestras lá,
  • 21:48 - 21:56
    não são pessoas pobres que estão interessadas nos projetos. São pessoas de todas as classe sociais.
  • 21:56 - 22:00
    Porque a grande pergunta é a seguinte. Qual é o nosso futuro?
  • 22:00 - 22:05
    Se a gente pára para perguntar qual é o nosso futuro, não existe.
  • 22:05 - 22:11
    Nós estamos caminhando para o caos. Nós estamos caminhando para a destruição total. Isso tudo por ganância.
  • 22:11 - 22:13
    Bom, isso aqui é o quê?
  • 22:13 - 22:16
    Esse seria um modelo da cidade enquanto uma...
  • 22:16 - 22:21
    Volta aqui para o modelo, aqui, por favor. Volta aqui, para o modelo, isso.
  • 22:21 - 22:29
    Esse aqui seria o modelo da cidade, onde aqui seria o center dome, e aqui os círculos. Círculo de educação, lazer.
  • 22:29 - 22:34
    Agora, isso aqui é uma maquete, e não necessariamente isso aconteceria dessa forma.
  • 22:34 - 22:40
    Vou mostrar uma outra aqui, um pouco mais... Aqui, esta aqui. Por favor.
  • 22:41 - 22:45
    Aqui, por exemplo, teria center dome, aqui vários projetos.
  • 22:45 - 22:53
    Inclusive nós temos aqui um projeto de uma nave espacial, de uma estação espacial. É muito audacioso o projeto, tá?
  • 22:53 - 22:56
    Aqui seria, por exemplo, um círculo.
  • 22:56 - 23:01
    Nesses círculos aqui nós teríamos círculos de água. Além de transporte, ele serviria para irrigação.
  • 23:01 - 23:08
    É totalmente bem planejado. Aqui seria, realmente, o que é uma cidade.
  • 23:08 - 23:16
    Uma convivência, por exemplo, com vários círculos aqui, mas não necessariamente nessa ordem, tão... não é?
  • 23:16 - 23:21
    É. A Luísa está querendo fazer mais uma pergunta para você aqui. Luísa.
  • 23:21 - 23:25
    Marcos, vocês propõem estes novos modelos de cidade,
  • 23:25 - 23:32
    que convivem, com você falou, com o meio-ambiente de uma forma diferente, e propõe uma qualidade de vida melhor.
  • 23:32 - 23:37
    Essa ideia é super interessante. Agora, onde é que ficariam as velhas cidades? Elas seriam destruídas?
  • 23:37 - 23:41
    Em termos de mundo, como é que ficaria?
  • 23:41 - 23:44
    Essa é uma mudança que ia acontecendo aos poucos.
  • 23:44 - 23:50
    Da mesma forma que essas cidades, eu não digo até, poxa, o quê que seria um prédio?
  • 23:50 - 23:56
    Não, esse prédio pode ser aproveitado. Desde que ele não, é, agrida a natureza de alguma forma.
  • 23:57 - 24:02
    Nós temos aqui, por exemplo, alguns... olha, esse aqui, vamos passar esse aqui, que eu acho que seria interessante.
  • 24:02 - 24:07
    Vou daqui rapidinho. Aqui, pronto. Beleza.
  • 24:07 - 24:15
    Esse aqui, por exemplo, seria um, algum modelo, em áreas totalmente... aqui mostra essa área aqui, totalmente árida. Tá?
  • 24:15 - 24:18
    Porquê? Não seria por exemplo, um núcleo, aqui.
  • 24:18 - 24:24
    Ou então, eu quero viver na Florida. Eu quero viver no Rio de Janeiro. Não é? Então não seria isso.
  • 24:24 - 24:27
    Nós temos núcleos que seriam espalhados pelo mundo inteiro.
  • 24:27 - 24:36
    E o mais interessante. Essa tecnologia que está sendo construída, já há 22 anos na Florida,
  • 24:36 - 24:39
    ela não será vendida. Não existe esse aspecto.
  • 24:39 - 24:45
    Quando um grupo, por exemplo, resolver montar uma unidade dessa na África,
  • 24:45 - 24:55
    a tecnologia seria simplesmente repassada, para que eles adaptassem aquela tecnologia à sua cultura e à sua região,
  • 24:55 - 25:00
    e implantada da maneira que eles acharem melhor, não necessário dessa, não necessariamente dessa forma.
  • 25:01 - 25:04
    Mas isto aqui seria necessário. A forma de captar energia.
  • 25:04 - 25:07
    É a tecnologia que eles não têm, e que eles vão precisar.
  • 25:08 - 25:11
    Está certo. Eu queria que você deixasse aqui o telefone de contato,
  • 25:11 - 25:18
    para as pessoas interessadas num maior esclarecimento, e saber mais detalhes, mesmo, deste projeto.
  • 25:18 - 25:21
    Como que ele já vem funcionando, já tem algumas unidades.
  • 25:21 - 25:27
    E como que isso está aqui no Brasil, porque essas unidades são na Florida, não é? Estados Unidos.
  • 25:27 - 25:31
    Como que isso está acontecendo aqui no Brasil. Então, pode ser? Deixar o seu telefone de contato?
  • 25:31 - 25:37
    Sim. O que acontece aqui é, o Projeto Vênus necessita ser divulgado.
  • 25:37 - 25:43
    Quanto mais pessoas souberem da existência desse projeto, é nesse processo que ele começa a acontecer.
  • 25:43 - 25:49
    É através desse programa, por exemplo, dessa oportunidade, que as pessoas vão me procurar, e nós vamos falar,
  • 25:49 - 25:52
    olha, nós temos que montar uma estrutura aqui para gente mudar.
  • 25:53 - 25:56
    O lugar mais fácil para encontrar o Projeto Vênus é na internet, tá?
  • 25:57 - 26:01
    É simplesmente fazer uma pesquisa na internet sobre o Projeto Vênus,
  • 26:01 - 26:05
    e vocês vão cair aqui no meu site, aqui no Brasil,
  • 26:05 - 26:08
    onde lá tem todas as informações, e vocês vão poder navegar,
  • 26:09 - 26:17
    e pesquisar cada projeto lá na Florida, tanto aqui, na Florida, vocês vão poder percorrer.
  • 26:17 - 26:22
    O telefone de contato é 223 2707.
  • 26:22 - 26:30
    Esse é o telefone da minha casa, o Projeto Vênus, eu repito aqui, ele não tem nenhum intuito econômico.
  • 26:30 - 26:32
    Ele não é meu projeto, isso é bom ficar claro.
  • 26:33 - 26:36
    É um projeto, é, do planeta, da civilização.
  • 26:36 - 26:40
    E simplesmente, é uma idéia que eu trazia comigo há muito tempo,
  • 26:40 - 26:43
    e quando descobri o projeto, eu resolvi colocar em prática. Não é?
  • 26:43 - 26:47
    Aqui. Aqui no Brasil. Está certo. Eu vou correr atrás disso.
  • 26:47 - 26:52
    É 223 2707, é o telefone do Marcos Birro Calixto,
  • 26:52 - 26:54
    e entrando em contato com ele, ele pode dar maior esclarecimento,
  • 26:54 - 26:59
    inclusive dizer o endereço na internet, que a pessoa pode entrar em contato pela internet.
  • 26:59 - 27:04
    Marcos, obrigada, obrigada pela presença, pela participação, e pelo esclarecimento. Tá jóia?
  • 27:04 - 27:09
    Obrigado a vocês, e eu espero que eu receba bastante telefonemas para participar do projeto.
  • 27:09 - 27:11
    Vai ser muito importante para a nossa civilização.
  • 27:11 - 27:17
    Tá jóia, obrigada. Um breve intervalo, mas o Profissão Mulher volta já, já.
Title:
Projecto Venus (1996) (Brazilian)
Description:

Marces Birro Calisto presents the Venus Project on Caval 25. Aug. 26, 1996

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Source: Archive

http://www.thevenusproject.com/

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Duration:
27:30

Portuguese, Brazilian subtitles

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