Como fui ridícula quando cheguei a África | Carmen Alonso | TEDxGijon
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0:15 - 0:17Boas tardes.
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0:17 - 0:19Nesta minha palestra
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0:19 - 0:22pretendo romper
um pouco com os esquemas -
0:22 - 0:24ou, pelo menos, que vos apercebam
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0:24 - 0:27que, por vezes, os esquemas
que temos não servem de muito. -
0:29 - 0:31Como já foi dito, vou falar
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0:31 - 0:32do tempo que passei em África.
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0:33 - 0:36Fui lá há uns anos
para trabalhar num orfanato. -
0:37 - 0:40Antes de ir, como toda a gente,
tinha umas ideias sobre África, -
0:41 - 0:44Pensem por instantes
o que vos vem à cabeça -
0:44 - 0:46quando pensam em África.
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0:47 - 0:50Pode ser qualquer coisa como isto.
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0:51 - 0:55Talvez. É uma imagem rural, não é?
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0:55 - 0:57É uma coisa típica.
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0:57 - 1:00Mas, quando cheguei a África, a Angola,
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1:00 - 1:02o que encontrei foi isto.
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1:03 - 1:05Isto é Luanda, a Luanda de hoje,
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1:05 - 1:07Luanda é uma cidade enorme,
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1:07 - 1:10é uma das maiores do mundo
e das mais caras do mundo. -
1:10 - 1:12Neste posto, compete com Tóquio,
vão alternando, -
1:13 - 1:16É uma cidade que está
a crescer muito. -
1:16 - 1:20Para começar a minha palestra,
quero apresentar-vos Angola, -
1:20 - 1:23para sabermos de que país
estamos a falar, -
1:23 - 1:26que classe de país é
e mais algumas coisas. -
1:27 - 1:30Como veem neste mapa,
Angola situa-se no sul de África. -
1:30 - 1:33É um país muito grande
e é rico em recursos naturais. -
1:34 - 1:39Até 1975 foi uma colónia de Portugal,
por isso, aqui fala-se português. -
1:39 - 1:43Nesse ano, começou uma guerra civil
— quando se descolonizou — -
1:43 - 1:45que durou até 2002.
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1:45 - 1:48Fazendo as contas,
foram 27 anos de guerra, -
1:48 - 1:51a maior guerra civil de África.
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1:51 - 1:54Esta guerra enfrentou
várias fações locais -
1:54 - 1:57que lutaram pelo poder
depois da descolonização. -
1:57 - 2:01Mas, além disso, foi mais um
dos cenários da guerra fria, -
2:01 - 2:04onde estavam também envolvidas
as grandes potências. -
2:04 - 2:07Em Angola, ainda podemos encontrar
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2:07 - 2:09muitos restos da herança cubana
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2:09 - 2:12dos soldados que lutaram
muitos anos em Angola. -
2:12 - 2:14Ainda têm muitos laços culturais.
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2:17 - 2:20Em 2002, esta guerra acabou
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2:20 - 2:22e já há mais de 10 anos vivem em paz.
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2:22 - 2:25Estes 10 anos têm sido
anos de crescimento -
2:25 - 2:27— fundamentalmente
baseado no petróleo, -
2:27 - 2:30nos investimentos
estrangeiros — e de desenvolvimento, -
2:31 - 2:34embora este desenvolvimento
não tenha atingido o grosso da população -
2:34 - 2:37que ainda está a viver
em condições de muita carência. -
2:37 - 2:40Fundamentalmente, talvez pela corrupção,
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2:40 - 2:42pela concentração do poder político,
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2:42 - 2:44essas coisas que se passam.
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2:46 - 2:49Mesmo assim, os angolanos
veem o futuro de Angola -
2:49 - 2:51com muito otimismo.
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2:51 - 2:53De facto, quando lá estive,
para mim foi um alívio -
2:53 - 2:56porque, em Espanha,
já estávamos em plena crise -
2:56 - 2:59e foram uns meses
em que não ouvi falar da crise. -
2:59 - 3:02Aquilo não tinha nada a ver
com o que se passava em Angola. -
3:02 - 3:04Eles sentiam-se de outro modo,
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3:04 - 3:06viam o futuro com muito otimismo.
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3:07 - 3:10Voltando ao que ali vivi,
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3:10 - 3:12fui com umas ideias na cabeça
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3:13 - 3:15que ia encontrar muitas perguntas.
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3:15 - 3:20Muita gente me tinha dito:
"Vai ser um grande choque -
3:20 - 3:23"ires para um sítio tão diferente,
é quase o oposto. -
3:23 - 3:25"Aqui é a Europa e África
está do outro lado". -
3:26 - 3:27Realmente, é um pouco assim.
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3:28 - 3:29Uma das ideias que eu levava
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3:29 - 3:32era esta, a do deserto, da seca.
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3:32 - 3:35Sabemos que, em África,
há pouca água, é o que nos dizem. -
3:35 - 3:38E está certo, talvez esteja certo
em muitas zonas de África. -
3:39 - 3:42Quando cheguei a Angola,
ia muito convencida -
3:42 - 3:43de que em Angola havia pouca água
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3:43 - 3:46e, além disso, era preciso
poupar a água, -
3:46 - 3:48não podíamos viver como aqui.
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3:48 - 3:51Assim, durante os primeiros dias,
estive a poupar a água -
3:51 - 3:53até que me apercebi
de que era a única pateta -
3:53 - 3:55que só tomava banho uma vez por dia
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3:55 - 3:58porque, claro, em Angola faz muito calor.
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3:58 - 4:00Não é em vão o que dizia
Richard Kapuściński. -
4:00 - 4:03Richard Kapuściński é um jornalista polaco
que viajou muito por África -
4:03 - 4:06e escreveu um livro, "Ébano",
muito bonito. -
4:06 - 4:09"Ébano" começa por dizer
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4:09 - 4:11que o que mais chama
a atenção dos ocidentais -
4:11 - 4:15quando chegamos a África,
é a luz e o calor. -
4:16 - 4:21Outra ideia que eu tinha
antes de chegar a África -
4:21 - 4:23era esta, a imagem da fome.
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4:23 - 4:27Esta imagem da criança de barriga inchada
com as moscas à volta. -
4:27 - 4:31O que vi em Angola foi
que, mais do que a fome, -
4:31 - 4:33havia muito má nutrição,
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4:33 - 4:34não porque não houvesse comida,
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4:34 - 4:37mas porque a comida era muito cara.
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4:37 - 4:39Por exemplo, nos mercados locais,
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4:39 - 4:42o tomate é mais caro
do que custa na Europa. -
4:42 - 4:45O leite, um pacote de leite,
que é um produto básico aqui, -
4:45 - 4:49lá é um produto de luxo,
e as pessoas consomem leite em pó. -
4:51 - 4:54Podia continuar a falar
das muitas carências de África -
4:54 - 4:56ou dos problemas que há
concretamente em Angola, -
4:56 - 4:59de habitação, de saúde,
de doenças tropicais, -
4:59 - 5:01e de todas essas coisas que já sabemos.
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5:01 - 5:05Mas o que me chamou a atenção
quando estive em Angola, -
5:05 - 5:07foi outra coisa muito diferente.
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5:07 - 5:10Não é porque seja uma coisa
lógica, se pensarmos nisso, -
5:10 - 5:11nem porque tenha sentido,
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5:12 - 5:14mas porque eu nunca tinha pensado assim.
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5:15 - 5:18Quando cheguei a Angola,
encontrei gente -
5:18 - 5:21que estava a fazer a sua vida
com as circunstâncias que têm -
5:21 - 5:23mas sem drama.
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5:23 - 5:26Ou seja, não passavam a vida
a pensar na fome -
5:26 - 5:28ou no mal que comiam,
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5:28 - 5:31ou como eram as suas casas
em comparação com as nossas. -
5:31 - 5:33Tal como nós passamos a vida
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5:33 - 5:36a comparar-nos com milionários,
por exemplo, -
5:36 - 5:38e lamentamo-nos por não viver como eles
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5:38 - 5:40ou por não fazer o que eles fazem.
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5:40 - 5:41Eles também não faziam isso.
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5:41 - 5:44Não pensavam como eram
as cidades europeias. -
5:44 - 5:45De certo modo,
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5:45 - 5:48tal como nós vivemos a nossa vida
com as nossas circunstâncias, -
5:48 - 5:50eles faziam o mesmo.
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5:50 - 5:53Para mim, foi muito reveladora
nesse sentido, -
5:53 - 5:56uma historieta que me aconteceu
ali, nos primeiros dias. -
5:57 - 6:00Pouco depois de chegar
fui a uma missa local. -
6:00 - 6:02As missas em África são muito bonitas
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6:03 - 6:04porque têm muitos rituais locais,
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6:04 - 6:07são muito alegres, têm muita música.
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6:07 - 6:10Nessa missa, quando estive em Angola,
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6:10 - 6:13que ocorreu em 2011,
coincidiu com o terramoto no Japão -
6:13 - 6:17que provocou o acidente nuclear
da central de Fukushima. -
6:17 - 6:20Naquela missa, o peditório
que se realizou -
6:20 - 6:25era destinado aos prejudicados
pelo terramoto do Japão. -
6:26 - 6:29Eu fiquei impressionada,
aquilo não fazia sentido. -
6:29 - 6:33No fim de contas, o Japão
é um dos países mais ricos do mundo, -
6:33 - 6:35está entre os cinco ou seis países
mais ricos do mundo, -
6:35 - 6:39enquanto Angola está em 80.º lugar.
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6:39 - 6:40Não fazia sentido.
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6:42 - 6:44Mas ali ninguém pensava nisso,
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6:44 - 6:46ou seja, tinha havido um desastre
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6:46 - 6:48e era preciso colaborar,
era preciso contribuir. -
6:48 - 6:52Os angolanos não se sentiam
os pobres do mundo -
6:52 - 6:54em relação aos que era preciso ajudar.
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7:00 - 7:03Estas raparigas são duas raparigas
do orfanato onde eu estava. -
7:03 - 7:06Podíamos pensar que o orfanato
era um sítio triste. -
7:06 - 7:09Mas, na realidade, parecia
um pequeno acampamento de verão. -
7:09 - 7:12Era um montão de raparigas
que viviam ali, brincavam, -
7:12 - 7:15viviam aquilo de uma forma normal.
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7:16 - 7:18Há duas semanas, estive em Itália,
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7:18 - 7:20fui lá ver quatro raparigas
daquele orfanato -
7:20 - 7:24que tinham obtido uma bolsa
para estudarem em Itália. -
7:26 - 7:30Estavam contentes, estudavam muito,
aprendiam italiano e trabalhavam. -
7:30 - 7:33Mas tinham-lhes sucedido duas coisas
-
7:33 - 7:36que as tinham chocado muito.
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7:37 - 7:39A primeira foi que, quando chegaram,
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7:39 - 7:44muitos homens viam as quatro raparigas,
jovens, negras, africanas -
7:44 - 7:46e pensavam que elas eram prostitutas.
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7:46 - 7:50Seguiam-nas, às vezes, de automóvel
e perguntavam-lhes quanto cobravam. -
7:51 - 7:53A segunda coisa que lhes aconteceu
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7:53 - 7:56foi que muitas mulheres
daquele bairro onde viviam, -
7:57 - 7:59numa cidade pequena do sul de Itália,
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7:59 - 8:02nos primeiros dias,
davam-lhes muita roupa velha -
8:02 - 8:05e coisas que tinham em casa
e julgavam que elas podiam precisar. -
8:05 - 8:08Tanto uns como as outras,
com melhores ou piores intenções, -
8:08 - 8:12eram incapazes de separar essas imagens
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8:12 - 8:15que tinham de mulheres negras, africanas,
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8:15 - 8:17dessas raparigas que eram estudantes,
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8:18 - 8:20mas não eram capazes de ver isso.
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8:21 - 8:24Isso fez com que eu me apercebesse
de que, muitas vezes, esses preconceitos, -
8:25 - 8:26essas ideias que temos,
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8:26 - 8:29não só afetam realmente
a forma como entendemos a realidade, -
8:29 - 8:31mas como interpretamos o contexto,
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8:31 - 8:33o ridículo que podemos ser,
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8:33 - 8:37e que afeta muito a forma
como nos comportamos com os outros, -
8:37 - 8:40a forma como os tratamos;
até sermos injustos com eles. -
8:40 - 8:43Romper um pouco
com os nossos próprios esquemas -
8:43 - 8:45consiste em que,
quando vemos outra pessoa, -
8:45 - 8:47nos apercebamos de que ela é uma pessoa
-
8:47 - 8:49muito mais parecida connosco
do que cremos. -
8:49 - 8:50Muito obrigada.
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8:50 - 8:53(Aplausos)
- Title:
- Como fui ridícula quando cheguei a África | Carmen Alonso | TEDxGijon
- Description:
-
Carmen fala da necessidade de romper com os esquemas, os preconceitos, e de aprender que todos os que nos rodeiam são muito mais parecidos connosco, apesar da cor da pele ou do país de origem.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Spanish
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 09:10
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