Return to Video

Como o governo dos EUA espia as pessoas que protestam — incluindo vocês

  • 0:01 - 0:03
    Hoje, somos todos ativistas.
  • 0:04 - 0:05
    (Aplausos)
  • 0:05 - 0:06
    Obrigada,
  • 0:07 - 0:08
    Vou ficar por aqui.
  • 0:08 - 0:09
    (Risos)
  • 0:09 - 0:14
    Desde as famílias que lutam para manter
    o financiamento das escolas públicas,
  • 0:15 - 0:19
    as dezenas de milhares de pessoas
    que se juntaram ao Occupy Wall Street
  • 0:19 - 0:21
    ou marcharam com
    Black Lives Matter,
  • 0:21 - 0:25
    para protestar contra a brutalidade
    da polícia sobre os afro-americanos,
  • 0:26 - 0:28
    as famílias que se juntam
    em manifestações
  • 0:28 - 0:30
    pró-vida e pró-escolha,
  • 0:32 - 0:33
    aqueles que receiam
  • 0:33 - 0:36
    que os nossos amigos e vizinhos
    venham a ser deportados
  • 0:37 - 0:39
    ou que sejam adicionados a listas
  • 0:39 - 0:41
    só porque são muçulmanos,
  • 0:41 - 0:46
    as pessoas que defendem o direito
    de usar armas e o controlo das armas
  • 0:47 - 0:50
    e os milhões de pessoas
    que se juntaram às marchas das mulheres
  • 0:50 - 0:53
    por todo o país, em janeiro passado.
  • 0:53 - 0:55
    (Aplausos)
  • 0:56 - 0:58
    Hoje, somos todos ativistas.
  • 0:58 - 1:02
    Isso significa que todos temos
    qualquer coisa a recear da vigilância.
  • 1:03 - 1:06
    Vigilância significa
    que o governo recolhe e usa
  • 1:06 - 1:09
    dados privados e sensíveis sobre nós.
  • 1:09 - 1:11
    A vigilância é essencial
  • 1:11 - 1:14
    para impor a lei
    e a segurança nacional.
  • 1:14 - 1:16
    Mas a história da vigilância
  • 1:16 - 1:20
    inclui o abuso da vigilância
  • 1:20 - 1:23
    em que estas informações sensíveis
    têm sido usadas contra as pessoas
  • 1:23 - 1:25
    por causa da sua etnia,
  • 1:25 - 1:27
    da sua origem nacional,
  • 1:27 - 1:29
    da sua orientação sexual
  • 1:29 - 1:32
    e, em especial,
    por causa do seu ativismo,
  • 1:32 - 1:34
    das suas crenças políticas.
  • 1:35 - 1:37
    Há cerca de 53 anos,
  • 1:37 - 1:41
    o Dr. Martin Luther King Jr.
    fez o seu discurso "Eu tenho um sonho"
  • 1:41 - 1:43
    no Mall, em Washington.
  • 1:43 - 1:48
    Hoje, as ideias por detrás desse discurso
    de igualdade racial e de tolerância
  • 1:48 - 1:50
    são tão incontroversas
  • 1:50 - 1:53
    que as minhas filhas
    estudam o discurso no terceiro ano.
  • 1:53 - 1:54
    Mas, naquela época,
  • 1:55 - 1:57
    o Dr. King foi extremamente controverso.
  • 1:58 - 2:03
    O lendário e famoso diretor do FBI,
    J. Edgar Hoover, acreditava
  • 2:03 - 2:05
    — ou queria acreditar —
  • 2:05 - 2:09
    que o Movimento dos Direitos Civis
    era uma conspiração comunista soviética,
  • 2:09 - 2:12
    destinada a desestabilizar
    o governo dos EUA.
  • 2:12 - 2:18
    Por isso, Hoover mandou pôr escutas
    no quarto de hotel do Dr. King.
  • 2:18 - 2:24
    Essas escutas apanharam conversas
    entre líderes dos direitos civis
  • 2:24 - 2:28
    que falavam sobre as estratégias e táticas
    do Movimento dos Direitos Civis.
  • 2:29 - 2:31
    Também apanharam sons do Dr. King
  • 2:31 - 2:34
    a ter relações sexuais com mulheres
    que não eram a mulher dele.
  • 2:34 - 2:37
    J. Edgar viu aí a oportunidade
  • 2:37 - 2:41
    de desacreditar e enfraquecer
    o Movimento dos Direitos Civis.
  • 2:41 - 2:45
    O FBI enviou um pacote com essas gravações
  • 2:45 - 2:48
    juntamente com uma nota manuscrita
    para o Dr. King.
  • 2:49 - 2:55
    Anos mais tarde, encontrou-se uma minuta
    dessa nota, nos arquivos do FBI.
  • 2:55 - 2:57
    A carta dizia:
  • 2:57 - 3:00
    "Você não é nenhum homem do clero
    e sabe-o bem.
  • 3:00 - 3:04
    "King, tal como todas as fraudes,
    o seu fim aproxima-se".
  • 3:04 - 3:10
    A carta parecia encorajar
    o Dr. King a suicidar-se, dizendo:
  • 3:10 - 3:13
    "King, só lhe resta fazer uma coisa.
  • 3:13 - 3:15
    "Sabe bem o que é.
  • 3:15 - 3:19
    "É melhor fazê-lo já,
    seu anormal, promíscuo e fraudulento,
  • 3:19 - 3:21
    "antes que o denunciemos à nação o saiba".
  • 3:21 - 3:24
    O importante é que
    o Dr. King não era anormal.
  • 3:25 - 3:29
    Todos nós temos qualquer coisa
    que queremos esconder de alguém.
  • 3:30 - 3:32
    Mas, mais importante ainda,
  • 3:32 - 3:34
    J. Edgar Hoover também não era anormal.
  • 3:35 - 3:37
    A história dos abusos da vigilância
  • 3:37 - 3:41
    não é a história de um homem
    mau, megalomaníaco.
  • 3:41 - 3:44
    Durante as dezenas de anos
    que esteve no FBI,
  • 3:44 - 3:48
    J. Edgar Hoover teve o apoio
    dos presidentes da nação,
  • 3:48 - 3:50
    tanto Democratas como Republicanos.
  • 3:51 - 3:54
    Afinal, foi John F. Kennedy
    e o seu irmão Robert Kennedy
  • 3:54 - 3:58
    que tiveram conhecimento
    e aprovaram a vigilância do Dr. King.
  • 3:59 - 4:03
    Hoover dirigiu um programa,
    chamado Cointelpro, durante 15 anos,
  • 4:03 - 4:08
    que se destinava a espiar
    e denegrir grupos cívicos
  • 4:08 - 4:11
    dedicados a coisas
    como os direitos civis,
  • 4:11 - 4:12
    o Movimento de Direitos das Mulheres,
  • 4:12 - 4:15
    e grupos pela paz e contra a guerra.
  • 4:15 - 4:18
    A vigilância não se limitava a isso.
  • 4:18 - 4:20
    Lyndon Baines Johnson,
  • 4:20 - 4:22
    durante a sua campanha eleitoral,
  • 4:22 - 4:28
    tinha escutas no avião de campanha
    do seu rival Barry Goldwater,
  • 4:28 - 4:31
    na tentativa de ganhar essas eleições.
  • 4:31 - 4:34
    Depois, claro, aconteceu o Watergate.
  • 4:36 - 4:37
    Foram apanhados assaltantes
  • 4:37 - 4:40
    a penetrar na sede da Comissão
    Nacional dos Democratas,
  • 4:40 - 4:41
    no Hotel Watergate.
  • 4:42 - 4:46
    A administração de Nixon
    estava implicada na cobertura do assalto
  • 4:46 - 4:49
    e Nixon acabou por ter
    que se demitir de presidente.
  • 4:50 - 4:55
    O Cointelpro e Watergate
    foram um alerta para os norte-americanos.
  • 4:55 - 4:57
    A vigilância estava fora de controlo
  • 4:57 - 5:01
    e estava a ser usada
    para suprimir adversários políticos.
  • 5:01 - 5:04
    Na ocasião, os norte-americanos protestaram
  • 5:04 - 5:08
    e a lei da vigilância
    acabou por ser reformada.
  • 5:08 - 5:13
    O principal instrumento usado
    para reformar a lei da vigilância
  • 5:13 - 5:15
    foi exigir um mandado de pesquisa
  • 5:15 - 5:18
    para o governo poder ter acesso
  • 5:18 - 5:22
    às nossas chamadas telefónicas
    e correspondência.
  • 5:22 - 5:25
    A razão por que é importante
    um mandado de pesquisa
  • 5:25 - 5:27
    é porque interpõe um juiz
  • 5:27 - 5:30
    na relação entre investigadores
    e cidadãos.
  • 5:31 - 5:34
    Assim, a função do juiz é garantir
  • 5:34 - 5:36
    que há uma boa razão
    para a vigilância,
  • 5:36 - 5:40
    que a vigilância é dirigida
    para a pessoa certa
  • 5:40 - 5:42
    e que as informações que são recolhidas
  • 5:42 - 5:46
    vão ser usadas para fins legítimos
    do governo
  • 5:46 - 5:49
    e não para fins discriminativos.
  • 5:49 - 5:50
    Era este o nosso sistema.
  • 5:50 - 5:55
    Significa que o presidente Obama
    não pôs escutas na Torre Trump.
  • 5:55 - 6:00
    O sistema está instituído
    para impedir que isso aconteça
  • 6:00 - 6:02
    sem haver o envolvimento de um juiz.
  • 6:02 - 6:05
    Mas o que acontece,
    quando deixamos de ter
  • 6:06 - 6:08
    chamadas telefónicas ou correspondência?
  • 6:09 - 6:11
    Hoje temos uma tecnologia
  • 6:11 - 6:15
    que torna mais barato e mais fácil
    para o governo recolher informações
  • 6:15 - 6:18
    sobre o comum das pessoas.
  • 6:19 - 6:21
    O registo das nossas chamadas telefónicas
  • 6:21 - 6:25
    pode revelar se temos uma dependência,
  • 6:25 - 6:26
    qual é a nossa religião,
  • 6:27 - 6:29
    para que obras de caridade
    contribuímos,
  • 6:29 - 6:32
    que candidato político apoiamos.
  • 6:32 - 6:36
    Contudo, o nosso governo recolheu,
    ao estilo de arrastão,
  • 6:36 - 6:39
    as chamadas telefónicas
    dos norte-americanos, durante anos.
  • 6:40 - 6:44
    Em 2012, a Convenção Nacional
    dos Republicanos
  • 6:44 - 6:48
    revelou que se planeava usar
    uma nova tecnologia
  • 6:48 - 6:49
    de reconhecimento facial,
  • 6:49 - 6:52
    para identificar pessoas
    no meio da multidão
  • 6:52 - 6:55
    que podiam ser ativistas
    ou arruaceiros
  • 6:55 - 6:57
    e detê-las antecipadamente.
  • 6:57 - 7:01
    Hoje, mais de 50%
    dos adultos norte-americanos
  • 7:01 - 7:04
    têm a sua fotografia
    numa base de dados governamental.
  • 7:04 - 7:07
    O Gabinete do Álcool, do Tabaco,
    das Armas de Fogo e Explosivos
  • 7:07 - 7:09
    traçou um plano
  • 7:09 - 7:12
    para descobrir que norte-americanos
    vão a exposições de armas
  • 7:12 - 7:15
    usando detetores de chapas de matrículas
  • 7:15 - 7:17
    para detetar as chapas de matrículas
    dos automóveis
  • 7:17 - 7:20
    que estavam nos parques
    de estacionamento das exposições.
  • 7:20 - 7:24
    Pensamos que, hoje, mais de 70%
    dos departamentos da polícia
  • 7:24 - 7:27
    têm uma tecnologia de deteção automática
    de chapas de matrículas
  • 7:27 - 7:31
    que usam para detetar os carros
    das pessoas, enquanto circulam pela cidade.
  • 7:32 - 7:35
    Todas estas informações,
  • 7:35 - 7:38
    as chapas de matrícula, as fotografias,
  • 7:38 - 7:39
    os registos de telefonemas,
  • 7:39 - 7:42
    os nossos livros de endereços,
    as listas dos nossos amigos,
  • 7:42 - 7:46
    as fotos que carregamos
    no Dropbox ou no Google Photos,
  • 7:46 - 7:51
    e, por vezes, até as nossas
    conversas e os nossos "emails"
  • 7:51 - 7:53
    não estão protegidos
    por exigência de mandado de busca.
  • 7:54 - 7:59
    Isso significa que estas informações
    sobre pessoas comuns
  • 7:59 - 8:03
    estão disponíveis a um custo muito baixo.
  • 8:03 - 8:05
    É a idade de ouro para a vigilância.
  • 8:08 - 8:12
    Todos os pais devem perceber
    o que é que isso significa.
  • 8:12 - 8:14
    Quando temos um bebé,
  • 8:14 - 8:16
    uma criança pequena,
  • 8:16 - 8:19
    essa criança não consegue
    sair do seu berço.
  • 8:19 - 8:22
    Mas, por fim, a criança cresce
  • 8:22 - 8:26
    já consegue sair do berço,
    e nós dizemos-lhe:
  • 8:26 - 8:29
    "Não saias do berço, ok?"
  • 8:29 - 8:31
    Todos os pais sabem
    o que vai acontecer.
  • 8:31 - 8:35
    Algumas dessas crianças
    vão sair do berço, não é?
  • 8:35 - 8:38
    É essa a diferença entre
    capacidade e autorização.
  • 8:38 - 8:41
    O mesmo acontece hoje
    com o governo.
  • 8:41 - 8:44
    Antigamente, o nosso governo
    não tinha capacidade
  • 8:44 - 8:47
    para alargar uma vigilância maciça
    a centenas de milhões de americanos
  • 8:47 - 8:49
    e abusar dessas informações.
  • 8:50 - 8:52
    Mas agora o nosso governo cresceu.
  • 8:52 - 8:54
    Hoje temos essa tecnologia.
  • 8:54 - 8:57
    O governo tem essa capacidade
  • 8:57 - 9:00
    e isso significa que a lei
    é mais importante do que nunca.
  • 9:00 - 9:02
    Supostamente, a lei deve dizer
  • 9:02 - 9:06
    quando é que o governo
    tem autorização para o fazer
  • 9:06 - 9:10
    e, supostamente, garantir
    que há uma ramificação.
  • 9:10 - 9:13
    Damos por isso,
    quando essas leis são violadas
  • 9:13 - 9:16
    e há qualquer ramificação ou punição.
  • 9:16 - 9:19
    A lei é mais importante do que nunca,
    porque agora vivemos num mundo
  • 9:19 - 9:21
    em que só as regras
    podem deter o governo
  • 9:21 - 9:23
    de abusar destas informações.
  • 9:23 - 9:26
    Mas a lei está a falhar na sua função.
  • 9:26 - 9:30
    Especialmente a partir de 11 de setembro,
    a lei tem falhado na sua função
  • 9:30 - 9:33
    e nós não temos as leis
    de que precisamos.
  • 9:33 - 9:36
    Estamos a ver essas ramificações.
  • 9:36 - 9:40
    Os centros de fusão
    são essas forças operacionais conjuntas
  • 9:40 - 9:42
    entre governos locais,
    estatais e federais
  • 9:42 - 9:45
    que se destinam a desmascarar
    o terrorismo interno.
  • 9:45 - 9:48
    Temos visto relatos
    de centros de fusão
  • 9:48 - 9:51
    que dizem que podemos ser perigosos
  • 9:51 - 9:54
    se votamos num candidato
    de um terceiro partido,
  • 9:54 - 9:57
    ou se possuímos uma bandeira
    "Não me pisem",
  • 9:58 - 10:02
    ou se vemos filmes que são
    contra os impostos.
  • 10:02 - 10:03
    Esses mesmos centros de fusão
  • 10:03 - 10:07
    espiam listas de leitura de grupos
    da comunidade muçulmana
  • 10:07 - 10:11
    e "quakers" que se opõem ao recrutamento
    militar nas escolas secundárias.
  • 10:13 - 10:17
    O Serviço de Receitas Internas
    tem auditado desproporcionadamente
  • 10:17 - 10:20
    grupos que têm no seu nome
    "Tea Party" ou "Patriota".
  • 10:21 - 10:23
    E agora as patrulhas alfandegárias
    e de fronteiras
  • 10:23 - 10:26
    estão a deter pessoas
    quando entram no país
  • 10:26 - 10:29
    e a exigir as nossas senhas
    de acesso às redes sociais
  • 10:29 - 10:32
    que lhes permitirá ver
    quem são os nossos amigos,
  • 10:32 - 10:33
    o que dizemos
  • 10:33 - 10:36
    e até a substituir-nos "online".
  • 10:37 - 10:39
    Ora bem, os libertários civis,
    como eu sou,
  • 10:39 - 10:43
    há anos que tentam chamar a atenção
    das pessoas para estas coisas
  • 10:43 - 10:46
    e lutar contra elas.
  • 10:46 - 10:50
    Isto foi um enorme problema
    durante a administração Obama
  • 10:51 - 10:54
    mas hoje o problema ainda é maior.
  • 10:55 - 10:57
    Quando o Departamento da Polícia
    de Nova Iorque
  • 10:57 - 10:59
    espia os muçulmanos
  • 10:59 - 11:03
    ou um departamento de polícia
    usa detetores de chapas de matrícula
  • 11:03 - 11:06
    para descobrir onde estão
    as mulheres de oficiais
  • 11:07 - 11:08
    ou esse tipo de coisas,
  • 11:08 - 11:10
    isso é extremamente perigoso.
  • 11:10 - 11:14
    Mas quando um presidente
    reutiliza o poder da vigilância federal
  • 11:14 - 11:16
    e do governo federal
  • 11:16 - 11:19
    para retaliar a oposição política,
  • 11:19 - 11:20
    isso é uma tirania.
  • 11:20 - 11:24
    Por isso, hoje somos todos ativistas
  • 11:25 - 11:28
    e todos temos a recear com a vigilância.
  • 11:29 - 11:33
    Mas, tal como no tempo
    do Dr. Martin Luther King,
  • 11:33 - 11:35
    podemos reformar o modo
    como as coisas são.
  • 11:36 - 11:39
    Primeiro que tudo,
    usem a encriptação.
  • 11:39 - 11:42
    A encriptação protege as nossas informações
  • 11:42 - 11:47
    de serem recolhidas, sem custos
    e oportunisticamente.
  • 11:47 - 11:50
    Limita a idade de ouro
    da vigilância.
  • 11:52 - 11:55
    Segundo, apoiem a reforma da vigilância.
  • 11:56 - 11:58
    Sabiam que, se temos um amigo
  • 11:58 - 12:01
    que trabalha para o governo
    francês ou alemão,
  • 12:01 - 12:04
    ou para qualquer grupo
    internacional de direitos humanos,
  • 12:04 - 12:08
    ou para uma empresa petrolífera
    multinacional,
  • 12:08 - 12:12
    esse nosso amigo é um alvo válido
    para os serviços de informações?
  • 12:12 - 12:16
    Isso significa que, quando temos
    uma conversa com esse amigo,
  • 12:16 - 12:20
    o governo dos EUA
    pode estar a recolher essas informações.
  • 12:20 - 12:23
    E, depois de recolhidas essas informações,
  • 12:23 - 12:26
    apesar de serem conversas
    com norte-americanos,
  • 12:26 - 12:29
    podem ser canalizadas para o FBI
  • 12:29 - 12:31
    e o FBI tem permissão de as vasculhar
  • 12:31 - 12:33
    sem precisar de um mandado,
  • 12:33 - 12:34
    sem causa provável,
  • 12:34 - 12:37
    procurando informações
    sobre norte-americanos
  • 12:37 - 12:40
    e quaisquer crimes
    que possamos ter praticado
  • 12:40 - 12:44
    sem precisar de documentar
    qualquer tipo de suspeita.
  • 12:44 - 12:47
    A lei que permite que isto aconteça
  • 12:47 - 12:51
    chama-se Secção 702
    da Lei de Emendas da FISA
  • 12:51 - 12:54
    e, este ano, temos uma ótima oportunidade
  • 12:54 - 12:58
    porque a Secção 702
    expira no final de 2017,
  • 12:58 - 13:03
    o que significa que a inércia
    do Congresso está do nosso lado,
  • 13:03 - 13:05
    se quisermos uma reforma.
  • 13:05 - 13:08
    Podemos pressionar
    os nossos representantes
  • 13:08 - 13:12
    para implementarem
    reformas importantes a esta lei
  • 13:12 - 13:16
    e proteger os nossos dados
    em relação a esta direção e abuso.
  • 13:17 - 13:22
    Finalmente, uma das razões
    por que as coisas se descontrolaram tanto
  • 13:22 - 13:24
    é que muito do que acontece
    com a vigilância
  • 13:25 - 13:28
    — a tecnologia, as normas
    que a permitem
  • 13:28 - 13:33
    e as políticas que a defendem
    em vez de nos protegerem —
  • 13:33 - 13:35
    é confidencial ou está sob reserva.
  • 13:35 - 13:39
    Precisamos de transparência,
    precisamos de saber, enquanto americanos,
  • 13:39 - 13:42
    o que é que o governo está a fazer
    em nosso nome,
  • 13:42 - 13:45
    para que a responsabilidade
    por essa vigilância existente
  • 13:45 - 13:47
    e pelo uso dessas informações
  • 13:47 - 13:49
    seja democraticamente assumida.
  • 13:50 - 13:52
    Hoje, todos somos ativistas,
  • 13:53 - 13:56
    o que significa que todos temos
    que nos preocupar com a vigilância.
  • 13:57 - 14:00
    Mas, tal como na época
    do Dr. Martin Luther King,
  • 14:00 - 14:03
    podemos fazer certas coisas quanto a isso.
  • 14:03 - 14:06
    Portanto, juntem-se a mim
    e mãos à obra.
  • 14:07 - 14:08
    Obrigada.
  • 14:08 - 14:11
    (Aplausos)
Title:
Como o governo dos EUA espia as pessoas que protestam — incluindo vocês
Speaker:
Jennifer Granick
Description:

O que impede o governo dos EUA de registar os nossos telefonemas, ler os nossos "emails" e vigiar a nossa localização? Muito pouco, diz Jennifer Granick, consultora de vigilância e segurança cibernética. O governo reúne todo o tipo de informações sobre nós, com toda a facilidade, quase sem custos e sem um mandado judicial e, se já participaram numa manifestação de protesto ou visitaram uma exposição de armas, provavelmente são considerados pessoas de interesse. Saibam mais sobre os vossos direitos, os riscos que correm e como se protegerem na idade de ouro da vigilância.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:25

Portuguese subtitles

Revisions