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Como se manifestar quando você sente que não consegue | Adam Galinsky | TEDxNewYork

  • 0:08 - 0:11
    Manifestar-se é difícil.
  • 0:12 - 0:16
    Eu entendi isso um mês atrás,
  • 0:16 - 0:20
    quando minha esposa e eu
    nos tornamos pais.
  • 0:20 - 0:22
    Foi um momento incrível.
  • 0:22 - 0:27
    Emocionante e prazeroso,
    mas também assustador.
  • 0:27 - 0:32
    Ficou particularmente assustador,
    quando chegamos em casa do hospital.
  • 0:32 - 0:35
    Não tínhamos certeza se nosso bebê
  • 0:35 - 0:38
    estava recebendo os nutrientes
    necessários com a amamentação.
  • 0:38 - 0:41
    Queríamos ligar para a nossa pediatra,
  • 0:41 - 0:43
    mas também não queríamos
    causar uma má impressão
  • 0:43 - 0:49
    ou ser vistos como pais neuróticos,
    então nos preocupamos e esperamos.
  • 0:49 - 0:51
    Quando chegamos
    ao consultório no dia seguinte,
  • 0:51 - 0:56
    a médica lhe deu leite em pó na hora,
    porque ele estava muito desidratado.
  • 0:56 - 0:58
    Nosso filho está bem agora,
  • 0:58 - 1:01
    e nossa médica nos garantiu
    que sempre podemos contatá-la.
  • 1:01 - 1:04
    Naquele momento,
    eu deveria ter me manifestado,
  • 1:04 - 1:06
    mas não o fiz.
  • 1:06 - 1:09
    Mas às vezes falamos
    quando não deveríamos.
  • 1:09 - 1:14
    Aprendi isso há mais de dez anos
    quando decepcionei meu irmão gêmeo.
  • 1:14 - 1:16
    Meu irmão gêmeo
    é um cineasta de documentários,
  • 1:16 - 1:20
    e, para um de seus filmes, ele recebeu
    uma oferta de uma distribuidora.
  • 1:20 - 1:24
    Ele estava animado
    e inclinado a aceitar a oferta,
  • 1:24 - 1:26
    mas, como pesquisador de negociações,
  • 1:26 - 1:30
    insisti que ele fizesse
    uma contraproposta,
  • 1:30 - 1:33
    e o ajudei a criar uma que fosse perfeita.
  • 1:33 - 1:37
    E ela era perfeita;
    era perfeitamente insultante.
  • 1:37 - 1:41
    A empresa ficou tão ofendida,
    que literalmente retirou a oferta,
  • 1:41 - 1:43
    e meu irmão ficou sem nada.
  • 1:43 - 1:47
    Perguntei a pessoas de todo o mundo
    sobre esse dilema de se manifestar:
  • 1:47 - 1:51
    quando conseguem se impor,
    quando defendem seus interesses,
  • 1:51 - 1:53
    quando expressam opiniões,
  • 1:53 - 1:56
    quando podem fazer um pedido ambicioso.
  • 1:56 - 2:00
    A abrangência das histórias
    é variada e diversa,
  • 2:00 - 2:03
    mas elas também formam
    uma tapeçaria universal.
  • 2:03 - 2:06
    "Posso corrigir meu chefe
    quando ele comete um erro?"
  • 2:06 - 2:10
    "Posso confrontar meu colega
    que vive pegando no meu pé?"
  • 2:10 - 2:13
    "Posso contestar
    a piada insensível do meu amigo?"
  • 2:13 - 2:18
    "Posso contar à pessoa que eu mais amo
    minhas maiores inseguranças?"
  • 2:18 - 2:21
    Através dessas experiências,
    pude reconhecer
  • 2:21 - 2:24
    que cada pessoa tem algo chamado
    "margem de comportamento aceitável".
  • 2:25 - 2:30
    Às vezes, somos fortes demais;
    nos afirmamos demais.
  • 2:30 - 2:32
    Foi o que aconteceu com o meu irmão.
  • 2:32 - 2:36
    Até fazer uma oferta estava fora
    de seu comportamento aceitável.
  • 2:36 - 2:38
    Mas às vezes somos fracos demais.
  • 2:38 - 2:40
    Foi o que aconteceu com minha esposa e eu.
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    Quando ficamos dentro da nossa
    margem de comportamentos aceitáveis,
  • 2:44 - 2:46
    somos recompensados,
  • 2:46 - 2:50
    e quando pisamos fora dela,
    somos punidos de várias formas:
  • 2:50 - 2:53
    somos demitidos, desprezados,
    ou mesmo excluídos,
  • 2:53 - 2:56
    ou perdemos aquele aumento,
    promoção, ou negócio.
  • 2:57 - 3:01
    Agora, a primeira coisa a saber é:
    "Qual é a minha margem?"
  • 3:02 - 3:06
    Mas o importante é
    que nossa margem não é fixa.
  • 3:06 - 3:08
    Na verdade, é bem dinâmica.
  • 3:08 - 3:12
    Ela se expande e se reduz
    dependendo do contexto.
  • 3:12 - 3:17
    Uma coisa determina essa margem
    mais do que qualquer outra:
  • 3:17 - 3:18
    o seu poder.
  • 3:18 - 3:20
    Seu poder determina sua margem.
  • 3:20 - 3:22
    O que é poder?
  • 3:22 - 3:24
    O poder tem diferentes formas.
  • 3:24 - 3:27
    Em negociações,
    vem na forma de alternativas.
  • 3:27 - 3:30
    Meu irmão não tinha alternativas;
    a ele faltava poder.
  • 3:30 - 3:33
    A empresa tinha muitas alternativas;
    eles detinham poder.
  • 3:33 - 3:36
    Ou, às vezes, ser novo em um país,
    como um imigrante,
  • 3:36 - 3:38
    novo em uma organização,
  • 3:38 - 3:41
    ou novo em uma experiência,
    como minha esposa e eu.
  • 3:41 - 3:43
    Às vezes é no trabalho,
  • 3:43 - 3:45
    alguém é o chefe,
    e alguém é o subordinado.
  • 3:45 - 3:47
    Às vezes é em relacionamentos
  • 3:47 - 3:50
    em que uma pessoa
    investe mais que a outra.
  • 3:50 - 3:52
    A questão é,
  • 3:52 - 3:56
    quando temos muito poder,
    nossa margem é muito ampla.
  • 3:56 - 3:59
    Temos muita flexibilidade
    em nosso comportamento.
  • 3:59 - 4:02
    Mas quando não temos poder,
    nossa margem se estreita.
  • 4:02 - 4:04
    Temos muito pouca flexibilidade.
  • 4:04 - 4:07
    O problema é que, quando
    nossa margem se estreita,
  • 4:07 - 4:11
    isso produz o chamado
    "duplo vínculo de baixo poder".
  • 4:11 - 4:15
    O duplo vínculo de baixo poder
    ocorre quando,
  • 4:15 - 4:18
    se não nos manifestarmos,
    não somos notados,
  • 4:18 - 4:20
    mas, se nos manifestarmos, somos punidos.
  • 4:20 - 4:23
    Muitos de vocês já ouviram falar
    na expressão "duplo vínculo"
  • 4:23 - 4:26
    conectado com uma coisa: gênero.
  • 4:26 - 4:28
    O duplo vínculo de gênero é:
  • 4:28 - 4:33
    mulheres que não falam não são notadas,
    e mulheres que falam são punidas.
  • 4:33 - 4:37
    O importante é que as mulheres
    têm a mesma necessidade que os homens
  • 4:37 - 4:41
    de se manifestar, mas elas
    enfrentam barreiras para fazê-lo.
  • 4:41 - 4:44
    Mas o que minha pesquisa tem mostrado
    nas duas últimas décadas
  • 4:44 - 4:48
    é que o que parece uma diferença de gênero
  • 4:48 - 4:53
    não é um duplo vínculo de gênero,
    mas sim um duplo vínculo de baixo poder.
  • 4:53 - 4:55
    O que parece uma diferença de gênero
  • 4:55 - 4:58
    muitas vezes é apenas
    uma diferença de poder disfarçada.
  • 4:58 - 5:02
    Frequentemente, vemos diferença
    entre homens e mulheres
  • 5:02 - 5:04
    e pensamos em uma causa biológica,
  • 5:04 - 5:07
    de que há algo fundamentalmente
    diferente entre os sexos.
  • 5:07 - 5:12
    Mas, estudo após estudo,
    percebi que uma explicação melhor
  • 5:12 - 5:15
    para muitas diferenças de sexo
    é, na verdade, poder.
  • 5:15 - 5:19
    Então é o duplo vínculo de baixo poder,
  • 5:19 - 5:26
    e esse duplo vínculo significa que temos
    uma margem estreita e pouco poder;
  • 5:26 - 5:29
    temos uma margem estreita
    e nosso duplo vínculo é muito grande.
  • 5:29 - 5:32
    Precisamos encontrar formas
    de expandir nossa margem.
  • 5:32 - 5:33
    Nas últimas décadas,
  • 5:33 - 5:37
    meus colegas e eu descobrimos
    que duas coisas realmente importam.
  • 5:37 - 5:41
    Primeiro, parecer poderoso para si mesmo.
  • 5:41 - 5:45
    Segundo, parecer poderoso para os outros.
  • 5:45 - 5:49
    Quando me sinto poderoso,
    me sinto confiante, não receoso,
  • 5:49 - 5:51
    e expando minha própria margem de ação.
  • 5:51 - 5:56
    Quando os outros me veem como poderoso,
    me concedem uma margem mais ampla.
  • 5:56 - 6:01
    Precisamos de ferramentas para expandir
    nossa margem de comportamento.
  • 6:01 - 6:03
    Vou dar a vocês um conjunto
    de ferramentas hoje.
  • 6:03 - 6:05
    Manifestar-se é arriscado.
  • 6:05 - 6:10
    Mas essas ferramentas
    vão diminuir seu risco ao falar.
  • 6:10 - 6:16
    A primeira ferramenta que lhes darei
    foi descoberta em negociações.
  • 6:16 - 6:17
    Uma descoberta importante:
  • 6:17 - 6:21
    em média, mulheres fazem
    ofertas menos ambiciosas,
  • 6:21 - 6:25
    e conseguem resultados piores
    que os homens na mesa de negociação.
  • 6:25 - 6:28
    Mas Hannah Riley Bowles
    e Emily Amanatullah
  • 6:28 - 6:30
    descobriram que há uma situação
  • 6:30 - 6:34
    em que mulheres obtêm os mesmos resultados
    que homens e são igualmente ambiciosas:
  • 6:34 - 6:38
    quando elas defendem outras pessoas.
  • 6:38 - 6:40
    Quando defendem os outros,
  • 6:40 - 6:45
    elas descobrem sua própria margem de ação,
    e a expandem em sua própria mente.
  • 6:45 - 6:47
    Elas se tornam mais assertivas.
  • 6:47 - 6:50
    Isso é chamado algumas vezes
    de "efeito mamãe urso".
  • 6:50 - 6:53
    Como uma mamãe urso
    defendendo seus filhotes,
  • 6:53 - 6:57
    quando defendemos as causas de outros,
    podemos descobrir nossa própria voz.
  • 6:57 - 7:01
    Mas às vezes, precisamos
    defender nossas próprias causas.
  • 7:01 - 7:02
    Como fazer isso?
  • 7:02 - 7:06
    Uma das ferramentas mais importantes
    para defender a nós mesmos
  • 7:06 - 7:08
    é algo chamado "tomada de perspectiva".
  • 7:08 - 7:11
    Tomada de perspectiva é muito simples.
  • 7:11 - 7:16
    É simplesmente olhar o mundo
    pelos olhos de outra pessoa.
  • 7:16 - 7:20
    É uma das mais importantes ferramentas
    para expandir nossa margem de ação.
  • 7:20 - 7:24
    Quando tomo a sua perspectiva,
    e penso sobre o que você realmente quer,
  • 7:24 - 7:28
    você ficará mais propenso a me dar
    o que eu realmente quero.
  • 7:28 - 7:30
    Mas aqui está o problema:
  • 7:30 - 7:32
    tomar outra perspectiva é difícil.
  • 7:32 - 7:34
    Vamos fazer um pequeno experimento:
  • 7:34 - 7:38
    quero que todos vocês
    levantem o dedo, assim.
  • 7:39 - 7:45
    Quero que desenhem uma letra "E" maiúscula
    na testa o mais rápido possível.
  • 7:47 - 7:48
    Certo.
  • 7:48 - 7:51
    O que acontece é que podemos desenhar
    esse "E" de duas formas,
  • 7:51 - 7:54
    e isso foi pensado como um teste
    de tomada de perspectiva.
  • 7:54 - 7:57
    Vou mostrar-lhes duas fotos
    de alguém com um "E" em sua testa,
  • 7:57 - 8:00
    minha ex-aluna Erica Hall.
  • 8:00 - 8:03
    Vocês podem ver aqui,
    este é o "E" correto.
  • 8:03 - 8:07
    Eu desenhei o "E" para que parecesse
    um "E" para outra pessoa.
  • 8:07 - 8:09
    Este é o "E" de tomada de perspectiva,
  • 8:09 - 8:12
    porque parece um "E"
    do ponto de vista de outra pessoa.
  • 8:12 - 8:16
    Mas este "E" aqui é o "E" autocentrado.
  • 8:16 - 8:17
    Com frequência, focamos em nós mesmos,
  • 8:17 - 8:21
    especialmente em uma crise.
  • 8:21 - 8:24
    Quero contar a vocês
    sobre uma crise em particular.
  • 8:24 - 8:27
    Um homem entra em um banco
    em Watsonville, Califórnia.
  • 8:27 - 8:30
    Ele diz: "Dê-me US$ 2 mil,
  • 8:30 - 8:32
    ou eu vou explodir o banco com uma bomba".
  • 8:32 - 8:35
    A gerente do banco não lhe deu o dinheiro.
  • 8:35 - 8:38
    Ela recuou; ela tomou a perspectiva dele.
  • 8:38 - 8:41
    E ela notou algo muito importante.
  • 8:41 - 8:44
    Ele pediu por uma quantia específica.
  • 8:44 - 8:48
    Então ela disse: "Por que você
    pediu por US$ 2 mil?"
  • 8:48 - 8:53
    Ele disse: "Meu amigo vai ser despejado,
    se eu não conseguir US$ 2 mil agora".
  • 8:53 - 8:56
    Ela disse: "Oh, você
    não quer roubar o banco;
  • 8:56 - 8:58
    você quer pedir um empréstimo".
  • 8:58 - 8:59
    (Risos)
  • 8:59 - 9:02
    "Venha até a minha sala
    preencher os papéis."
  • 9:02 - 9:03
    (Risos)
  • 9:04 - 9:09
    A rápida tomada de perspectiva dela
    dispersou uma situação instável.
  • 9:09 - 9:11
    Quando tomamos a perspectiva de alguém,
  • 9:11 - 9:16
    podemos nos tornar ambiciosos
    e assertivos, mas também admirados.
  • 9:16 - 9:20
    Outra forma de ser assertivo
    e ainda assim ser admirado:
  • 9:20 - 9:22
    demonstrar flexibilidade.
  • 9:23 - 9:27
    Imagine que você é um vendedor
    e quer vender um carro a alguém.
  • 9:27 - 9:31
    Será mais provável que você
    feche a venda, se lhe der duas opções.
  • 9:31 - 9:33
    Digamos, opção A:
  • 9:33 - 9:36
    US$ 24 mil por esse carro,
    com garantia de cinco anos.
  • 9:36 - 9:38
    Ou opção B:
  • 9:38 - 9:41
    US$ 23 mil e garantia de três anos.
  • 9:41 - 9:45
    Minha pesquisa mostra que, quando
    você oferece escolhas às pessoas,
  • 9:45 - 9:46
    suas defesas abaixam,
  • 9:46 - 9:49
    e elas ficam mais propensas
    a aceitar a sua oferta.
  • 9:49 - 9:53
    Isso funciona não só com vendedores;
    funciona com pais também.
  • 9:53 - 9:57
    Quando minha sobrinha tinha quatro anos,
    ela resistia a se vestir e rejeitava tudo.
  • 9:57 - 10:00
    Mas então minha cunhada
    teve uma ideia brilhante:
  • 10:00 - 10:03
    "E se eu der uma escolha a ela?"
  • 10:03 - 10:05
    "Esta blusa ou aquela?"
    "Certo, aquela blusa."
  • 10:05 - 10:07
    "Esta calça ou aquela?"
    "Certo, aquela calça."
  • 10:07 - 10:08
    Funcionou maravilhosamente.
  • 10:08 - 10:12
    Ela se vestiu rapidamente
    e sem resistência.
  • 10:12 - 10:15
    Quando perguntei às pessoas
    ao redor do mundo,
  • 10:15 - 10:18
    quando elas se sentem à vontade
    para falar, a primeira resposta é:
  • 10:18 - 10:21
    "Quando tenho o apoio do público".
  • 10:21 - 10:23
    "Quando tenho aliados."
  • 10:23 - 10:27
    Então, precisamos ter aliados.
  • 10:27 - 10:29
    Como fazemos isso?
  • 10:29 - 10:31
    Uma das maneiras é ser uma "mamãe urso".
  • 10:31 - 10:35
    Quando defendemos os outros,
    expandimos nossa margem para nós mesmos
  • 10:35 - 10:38
    e para os outros, mas também
    ganhamos fortes aliados.
  • 10:38 - 10:43
    Outra maneira de ganhar fortes aliados,
    especialmente em níveis mais altos,
  • 10:43 - 10:46
    é pedindo conselhos.
  • 10:46 - 10:50
    Quando pedimos conselhos aos outros,
  • 10:50 - 10:54
    eles gostam de nós porque os lisonjeamos
    e expressamos humildade.
  • 10:54 - 10:58
    Isso funciona para resolver
    outro duplo vínculo.
  • 10:58 - 11:01
    É o duplo vínculo da autopromoção.
  • 11:01 - 11:05
    O duplo vínculo da autopromoção é que,
    se não divulgamos nossas conquistas,
  • 11:05 - 11:09
    ninguém nota, e se as divulgamos,
    não somos admirados.
  • 11:09 - 11:12
    Mas se pedimos conselhos
    sobre uma de nossas conquistas,
  • 11:12 - 11:17
    conseguimos ser competentes
    aos olhos dos outros, além de admirados.
  • 11:17 - 11:19
    Isso é muito poderoso.
  • 11:19 - 11:22
    Funciona até quando você já sabe
    que vai acontecer.
  • 11:22 - 11:26
    Muitas vezes na minha vida fui avisado
  • 11:26 - 11:28
    de que uma pessoa de baixo poder
  • 11:28 - 11:31
    tinha sido aconselhada
    a me pedir conselhos.
  • 11:31 - 11:33
    Há três coisas nisso:
  • 11:33 - 11:37
    primeiro, eu sabia que elas viriam
    me pedir conselhos;
  • 11:37 - 11:39
    dois, eu realmente pesquisei
  • 11:39 - 11:43
    sobre os benefícios estratégicos
    de pedir conselhos;
  • 11:43 - 11:46
    e três, ainda assim funciona!
  • 11:46 - 11:49
    Eu tomei a perspectiva delas,
    tornei-me mais interessado na causa delas,
  • 11:49 - 11:53
    tornei-me mais comprometido com elas,
    porque vieram me pedir conselhos.
  • 11:53 - 11:57
    Outro momento em que nos sentimos
    mais confiantes em nos manifestar
  • 11:57 - 11:59
    é quando somos especialistas no assunto.
  • 11:59 - 12:02
    Proficiência nos dá credibilidade.
  • 12:02 - 12:05
    Quando temos muito poder,
    já temos credibilidade.
  • 12:05 - 12:07
    Só precisamos de boas evidências.
  • 12:07 - 12:10
    Quando não temos poder,
    não temos credibilidade,
  • 12:10 - 12:12
    precisamos de excelentes evidências.
  • 12:12 - 12:16
    Uma forma de nos apresentarmos
    como especialistas
  • 12:16 - 12:18
    é explorando a nossa paixão.
  • 12:19 - 12:21
    Quero que todos, nos próximos dias,
  • 12:21 - 12:24
    digam a algum amigo seu:
  • 12:24 - 12:27
    "Quero que você me descreva
    uma paixão sua".
  • 12:28 - 12:30
    Fiz com que pessoas
    de todo o mundo fizessem isso
  • 12:30 - 12:34
    e lhes perguntei: "O que você notou
    sobre a outra pessoa,
  • 12:34 - 12:36
    quando ela lhe descreveu sua paixão?"
  • 12:36 - 12:38
    As respostas são sempre as mesmas.
  • 12:38 - 12:40
    "Os olhos delas se iluminaram."
  • 12:40 - 12:43
    "Elas sorriram, um sorriso radiante."
  • 12:43 - 12:46
    "Elas gesticulam muito; tive de desviar
    porque suas mãos estavam me atacando."
  • 12:46 - 12:49
    "Elas falam rápido e com um timbre agudo."
  • 12:49 - 12:50
    (Risos)
  • 12:50 - 12:53
    "Elas se inclinaram como se estivessem
    me contando um segredo."
  • 12:53 - 12:57
    Então eu lhes disse: "O que aconteceu
    com você ao ouvir as paixões delas?"
  • 12:57 - 13:02
    Elas disseram: "Meus olhos se iluminaram.
    Eu sorri; eu me inclinei".
  • 13:02 - 13:04
    Quando exploramos nossa paixão,
  • 13:04 - 13:08
    nos damos a coragem
    de falar para nós mesmos,
  • 13:08 - 13:11
    mas também obtemos
    a permissão dos outros para falar.
  • 13:12 - 13:17
    Explorar a nossa paixão funciona
    até mesmo quando parecemos muito fracos.
  • 13:17 - 13:22
    Homens e mulheres são punidos
    no trabalho quando choram.
  • 13:22 - 13:25
    Mas Lizzy Wolf mostrou
  • 13:25 - 13:29
    que quando imaginamos
    fortes emoções como sendo paixões,
  • 13:29 - 13:35
    a condenação devido ao choro
    desaparece para homens e mulheres.
  • 13:36 - 13:39
    Gostaria de terminar com algumas palavras
    de meu falecido pai,
  • 13:39 - 13:42
    ditas no casamento de meu irmão.
  • 13:42 - 13:44
    Aqui está uma foto nossa.
  • 13:45 - 13:47
    Meu pai era psicólogo como eu,
  • 13:47 - 13:52
    mas sua paixão real era o cinema,
    assim como meu irmão.
  • 13:52 - 13:54
    Ele escreveu um discurso
    para o casamento do meu irmão
  • 13:54 - 13:58
    sobre os papéis que desempenhamos
    na comédia humana.
  • 13:58 - 14:00
    Ele disse: "Quanto mais de leve você toca,
  • 14:00 - 14:04
    melhor você se torna em aprimorar
    e enriquecer sua performance.
  • 14:04 - 14:09
    Aqueles que abraçam seus papéis
    e trabalham para melhorar sua performance
  • 14:09 - 14:12
    crescem, transformam-se
    e expandem a si mesmos.
  • 14:12 - 14:15
    Desempenhe-os bem, e a maioria
    dos seus dias será feliz".
  • 14:16 - 14:18
    O que meu pai estava dizendo
  • 14:18 - 14:22
    é que a todos foram dadas
    margens de ação e papéis nesse mundo.
  • 14:22 - 14:26
    Mas ele também estava dizendo
    a essência dessa palestra.
  • 14:26 - 14:31
    Esses papéis e margens
    estão sempre se expandindo e evoluindo.
  • 14:32 - 14:34
    Então, quando a cena pedir,
  • 14:34 - 14:39
    seja uma feroz mamãe urso,
    e um humilde buscador de conselhos.
  • 14:39 - 14:43
    Tenha excelentes evidências
    e fortes aliados.
  • 14:43 - 14:46
    Seja um tomador de perspectiva apaixonado.
  • 14:46 - 14:48
    Se você usar essas ferramentas,
  • 14:48 - 14:51
    e cada um de vocês
    pode usar essas ferramentas,
  • 14:51 - 14:55
    você vai expandir a sua margem
    de comportamento aceitável
  • 14:55 - 14:58
    e a maioria dos seus dias será feliz.
  • 14:59 - 15:00
    Obrigado.
  • 15:00 - 15:02
    (Aplausos)
Title:
Como se manifestar quando você sente que não consegue | Adam Galinsky | TEDxNewYork
Description:

Todos vivemos momentos em que é difícil se manifestar. Não importa se é no trabalho, em nossos relacionamentos, ou em público com um estranho. O psicólogo de negócios Adam Galinsky mostra pesquisas e compartilha dicas úteis para encontrar a sua voz quando mais importa, e como defender os outros quando eles precisam.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:03

Portuguese, Brazilian subtitles

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