Da sarjeta à glória: vencendo a guerra cultural | Elizabeth Birch | TEDxPennsylvaniaAvenue
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0:12 - 0:14Enquanto estamos aqui hoje,
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0:14 - 0:19talvez estejamos às vésperas
de uma decisão da Suprema Corte americana -
0:19 - 0:23tão monumental quanto a do caso Brown
contra o Conselho de Educação, -
0:23 - 0:25ou a do caso Loving contra Virginia.
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0:25 - 0:27É possível
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0:27 - 0:32que a Suprema Corte norte-americana
decida em favor do casamento igualitário -
0:32 - 0:35para casais gays e de lésbicas neste país.
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0:35 - 0:36(Aplausos)
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0:36 - 0:40Foram centenas de ativistas
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0:40 - 0:44e alguns advogados e estrategistas
realmente brilhantes -
0:44 - 0:48que nos trouxeram a este estágio
no que se refere a casamento, -
0:48 - 0:53mas as pessoas não compreendem
que, ao longo dos últimos 20 anos, -
0:53 - 0:55isso não aconteceu por mera casualidade,
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0:55 - 0:57mas por estratégia,
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0:58 - 1:02além de milhares de atos
diários de bravura -
1:02 - 1:07de pessoas LGBT cada vez mais jovens
ao assumirem a verdade de suas vidas. -
1:07 - 1:13Houve pensamento e estratégia
para chegarmos aonde estamos. -
1:13 - 1:16É sobre essa jornada que quero falar hoje.
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1:17 - 1:20Quero relembrar a década de 1950
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1:20 - 1:24para entendermos: como foi que ocorreu
uma mudança tão grande? -
1:24 - 1:28Como foi que ocorreu a forma
mais condensada de história -
1:28 - 1:31e a mudança mais radical
no comportamento popular -
1:31 - 1:33em qualquer movimento social que já vimos?
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1:33 - 1:37Na década de 1950,
os homossexuais eram odiados. -
1:37 - 1:40Éramos vistos como malignos, pervertidos.
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1:40 - 1:42Éramos serpentes prontas a dar o bote,
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1:42 - 1:48tentando agarrar crianças
e lançá-las em cultos sexuais. -
1:48 - 1:50E em nossas horas livres,
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1:50 - 1:54espalhávamos o comunismo
o mais rápido possível pelo mundo. -
1:55 - 1:59Não sei por que, mas sei que é verdade:
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1:59 - 2:03vim a este mundo
como uma lésbica pequenininha. -
2:03 - 2:06Foi assim mesmo, soube desde pequena.
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2:06 - 2:09Apesar de ser cidadã norte-americana,
fui criada no Canadá. -
2:09 - 2:12Nasci em 1956.
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2:14 - 2:19E eu não conheceria outra pessoa LGBT
durante anos e anos. -
2:19 - 2:22Mas, naquele lugarzinho,
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2:22 - 2:28passei a maior parte da minha juventude
pelas florestas da Ilha Vancouver, -
2:28 - 2:31geralmente matando dragões
e salvando donzelas... -
2:31 - 2:34eu não tinha nenhuma
análise feminista na época. -
2:35 - 2:39Isso é prova de que continuei
a crescer como lésbica. -
2:39 - 2:40(Risos)
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2:40 - 2:44Eu meio que confundia
minha família o tempo todo. -
2:45 - 2:47Minha família era incomum.
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2:47 - 2:49Eu era a quarta de cinco filhos.
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2:49 - 2:52Meu pai foi piloto na Segunda Guerra.
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2:52 - 2:56Minha mãe era uma intelectual
irlandesa cheia de vida. -
2:56 - 3:00Nossa casa era bastante caótica
e às vezes desleixada. -
3:00 - 3:03Normalmente tínhamos pouco dinheiro,
mas tínhamos bastante gin. -
3:03 - 3:07Porém, de alguma forma,
no meio daquilo tudo, -
3:07 - 3:09meus pais realizavam um milagre:
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3:09 - 3:14eles nunca me envergonhavam
por eu ser uma menina masculina, -
3:14 - 3:18nunca me envergonhavam
por voltar correndo da escola pra casa, -
3:18 - 3:24tirar o vestidinho o mais rápido possível
e colocar os meus jeans. -
3:24 - 3:29Eu conseguia subir num pinheiro mais
rápido que qualquer criança do bairro. -
3:29 - 3:33No topo da árvore,
eu me balançava e imaginava: -
3:33 - 3:36"Por que sou diferente,
e o que isso me trará?" -
3:36 - 3:40Eu desconfiava que seria
uma grande aventura. -
3:41 - 3:45Foi assim que fugi
da minha cidadezinha no Canadá. -
3:45 - 3:51Aos 16 anos, fui aceita
no elenco europeu de "Up with People". -
3:51 - 3:56Embora eu me visse como uma lésbica
esquerdista e feminista, -
3:56 - 4:00foi assim que acabei
concluindo o ensino médio, -
4:00 - 4:04com jovens que, em sua maioria,
escaparam do serviço militar, -
4:04 - 4:09e jovens realmente talentosos musicalmente
e de regiões de baixa renda do mundo todo, -
4:09 - 4:11além de um monte de homossexuais.
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4:11 - 4:15Foi assim que nos viramos em 1974.
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4:15 - 4:19Fui fazer graduação
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4:19 - 4:23e fui para a Califórnia
para estudar direito, -
4:23 - 4:25bem no coração do Vale do Silício.
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4:25 - 4:30Não havia outro lugar em que eu quisesse
trabalhar que não na Apple Computer. -
4:30 - 4:33Eu adorava a Apple Computer,
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4:33 - 4:38e adorava o Steve Wozniak e o Steve Jobs
porque eles tinham um sonho. -
4:38 - 4:43O sonho deles, no fundo,
era pegar o poder da computação, -
4:43 - 4:49o que conhecíamos na década de 1950
como o gigantesco UNIVAC, -
4:49 - 4:54reduzi-lo e colocar esse poder
na palma da mão das pessoas, -
4:54 - 4:58impulsionando assim
a inovação e a criatividade, -
4:58 - 5:00dando asas à mente,
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5:00 - 5:06para que qualquer um pudesse ser
um Leonardo da Vinci ou um Michelangelo. -
5:06 - 5:09Aí, um dia, eu parei pra refletir,
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5:09 - 5:12olhei pra fora e ao meu redor e pensei:
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5:12 - 5:17"Minha comunidade ainda está
sitiada pela AIDS e pelo HIV. -
5:17 - 5:21Precisamos de algum tipo de mágica",
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5:21 - 5:26o mesmo tipo de mágica que a Apple
havia criado com uma ótima comunicação -
5:26 - 5:30e uma excelente rede de mensagens
e aplicativos de mensagem. -
5:30 - 5:34De certa forma, diferente
de uma marca corporativa, -
5:34 - 5:37precisávamos de uma abordagem
social e empresarial -
5:37 - 5:43para que começássemos a reunir
não só a esquerda no nosso país, -
5:43 - 5:46mas, sinceramente, a grande faixa do meio,
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5:46 - 5:49de pessoas LGBT e seus pais.
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5:49 - 5:52Então, em 1995, saí da Apple
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5:52 - 5:56e fui para Washington D.C. ser presidente
da Human Rights Campaign. -
5:56 - 6:01A primeira coisa que fizemos foi
estudarmos quatro organizações a fundo: -
6:01 - 6:04a Cruz Vermelha dos EUA,
a Coalizão Cristã dos EUA, -
6:04 - 6:09a UJA - United Jewish Appeal,
que agora também é Federação - -
6:09 - 6:11e a AARP.
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6:11 - 6:12Queríamos saber
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6:12 - 6:17quais técnicas de arrecadação
de fundos funcionavam nos EUA -
6:17 - 6:19e o que deu certo nos últimos 100 anos.
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6:19 - 6:22Eu disse aos funcionários:
"Quero essa fórmula". -
6:22 - 6:27Cobertura é para a Associação Americana
de Pessoas Aposentadas -
6:27 - 6:29o que o X é para os gays.
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6:29 - 6:31Mas o que é o X?
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6:31 - 6:36Do que precisamos pra crescer,
atrair e sermos um ímã -
6:36 - 6:38para cetenas de milhares de pessoas?
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6:39 - 6:42Na verdade, a resposta era
o poder da afinidade. -
6:43 - 6:50Lançamos o que hoje é um terceiro logo
universal para o movimento LGBT, -
6:50 - 6:53um simples e nítido símbolo de igualdade.
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6:53 - 6:56Acabou se espalhando por toda parte:
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6:56 - 7:02não só no set de Will & Grace,
mas também na China, no Tibete -
7:02 - 7:03e em todo o mundo,
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7:03 - 7:08e é como uma piscadela secreta
de compreensão e visibilidade. -
7:09 - 7:11Sabíamos que o combustível da mudança
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7:11 - 7:16eram aquelas pessoas saindo do armário
individualmente todos os dias, -
7:16 - 7:18e garantimos
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7:18 - 7:22que chegaríamos longe o bastante
para alcançar todas elas. -
7:23 - 7:27Sempre tivemos quatro filtros
em nosso plano de comunicações. -
7:27 - 7:33Um: tudo que fosse dito tinha que ser
afirmativo para os LGBT mais jovens. -
7:34 - 7:37A segunda coisa é que tínhamos
que falar com os pais. -
7:37 - 7:42A mãe em Iowa e o pai no Alabama
precisavam entender o que dizíamos. -
7:43 - 7:49A terceira regra era a mais importante:
eu tinha que ser uma lésbica legal na TV. -
7:49 - 7:53Quando eu estivesse cara a cara
com Jerry Falwell ou Pat Robertson, -
7:53 - 7:57no segundo em que eu parecesse
má ou irritada, nós perderíamos. -
7:57 - 8:00E precisávamos de diversidade,
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8:00 - 8:04muita diversidade para alcançar
todos os cantos do país. -
8:05 - 8:07Em qualquer movimento, em qualquer causa,
-
8:07 - 8:10é preciso estar disposto
a vencer gigantes. -
8:10 - 8:12Ter crescido no Canadá me ajudou,
-
8:12 - 8:15eu não tinha nenhum misticismo
em relação ao Congresso, -
8:15 - 8:18mas, quando você não consegue
nada no Congresso, -
8:18 - 8:23você tem que correr atrás, focar e dar
resultados às pessoas que representa, -
8:23 - 8:24e nós fizemos isso.
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8:24 - 8:26Iniciamos um programa
-
8:26 - 8:32diretamente em prol do dia a dia
das pessoas LGBT no ambiente de trabalho, -
8:32 - 8:35e conseguimos fazer
com que centenas de empresas -
8:35 - 8:38aceitassem voluntariamente a inclusão
de companheiros como dependentes -
8:39 - 8:42e todo tipo de proteções
para seus empregados gays. -
8:42 - 8:45O efeito foi em cascata.
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8:45 - 8:49Não importava quem estava na Casa Branca,
nem quem estava no Congresso. -
8:49 - 8:52Essa prática avançou em várias áreas,
em vários locais do país. -
8:52 - 8:54Lançamos um programa familiar
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8:54 - 8:59para ajudar pessoas gays a pensarem
e se prepararem para ter filhos. -
8:59 - 9:02É preciso ser muito determinado
se você é gay e quer ter filhos. -
9:03 - 9:06Não acontece assim tão fácil,
no banco traseiro de um Fusca. -
9:06 - 9:07Bem,
-
9:08 - 9:14passamos anos coordenando
e divulgado mensagens consistentes, -
9:14 - 9:16com os porta-vozes certos,
-
9:16 - 9:18continuamente.
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9:18 - 9:22Em conjunto com outras
organizações incríveis, -
9:22 - 9:24vejam aonde chegamos hoje.
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9:24 - 9:27Hoje, se você é gay,
você tem seu próprio programa de TV. -
9:27 - 9:28(Risos)
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9:28 - 9:31É carimbado na sua testa
quando você nasce. -
9:32 - 9:33Não passa um só mês
-
9:33 - 9:37sem que outra grande personalidade
dos esportes saia do armário. -
9:37 - 9:41Os heterossexuais do entretenimento
estão desesperadamente procurando canais, -
9:41 - 9:46tentando encontrar séries de TV
com temática exclusivamente hétero. -
9:46 - 9:49Não existe mais programas do tipo
"rapaz conhece moça". -
9:49 - 9:52Houve uma explosão
no mundo do entretenimento, -
9:52 - 9:54o que francamente confundiu
o público norte-americano -
9:54 - 9:57por este achar que tem direitos.
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9:57 - 10:01Estamos numa inundação transgênero,
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10:01 - 10:05com pessoas corajosas como Caitlyn Jenner
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10:05 - 10:11encarando a verdade
mais difícil e fatigante -
10:11 - 10:13que alguém poderia encarar.
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10:13 - 10:18Aí, de vez em quando,
surge um líder incrível. -
10:19 - 10:22Ele aprovou a Lei de Crimes de Ódio,
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10:22 - 10:25exerceu a liderança necessária
para modificar políticas -
10:25 - 10:29como a terrível "Don't Ask, Don't Tell",
das Forças Armadas dos EUA, -
10:29 - 10:33e permitiu que gays e lésbicas
servissem às Forças Armadas. -
10:33 - 10:36Aí, ele fez algo incrível:
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10:36 - 10:39ele pegou o caso Windsor, do ano passado,
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10:39 - 10:43que derrubou a Seção 3
da Lei de Defesa do Casamento, -
10:43 - 10:48e a administração a interpretou no sentido
de conceder todos os benefícios federais. -
10:48 - 10:51Foi incrível, foi um milagre.
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10:51 - 10:53(Aplausos)
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10:53 - 10:56Então, isso nos leva
ao casamento igualitário. -
10:56 - 10:59Estamos literalmente às vésperas disso,
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10:59 - 11:04e acredito que a Corte
vai finalmente decidir que, sim, -
11:04 - 11:07casais gays e de lésbicas
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11:07 - 11:12podem de fato ter
o direito básico ao casamento -
11:12 - 11:14em todos os estados do país.
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11:14 - 11:17Duas pessoas foram fenomenais.
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11:17 - 11:21Uma é Evan Wolfson,
que literalmente ficou obcecado. -
11:21 - 11:24Ele ficou obcecado anos atrás
pelo casamento igualitário, -
11:24 - 11:29e ele foi como o nosso Paul Revere:
nunca desistiu, sempre seguiu em frente. -
11:29 - 11:32E o nosso Thurgood Marshall
é a Mary Bonuato, -
11:32 - 11:38uma advogada brilhante que, passo a passo,
nos fez chegar aonde estamos hoje. -
11:38 - 11:42Mas nós, nos EUA, adoramos bater no peito
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11:42 - 11:48e nos acharmos incríveis
em termos de direitos civis e humanos. -
11:48 - 11:50Mas sabem de uma coisa?
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11:50 - 11:53Estamos bem atrás desses países aí.
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11:53 - 11:55Eles trataram o casamento
igualitário anos atrás. -
11:55 - 11:58A Irlanda o aprovou por votação popular.
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11:59 - 12:01Estamos bem atrás de outros países,
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12:01 - 12:06não apenas nessa questão,
mas em outras que também afetam os LGBT. -
12:07 - 12:11E, quando algo é errado,
é errado em qualquer época. -
12:11 - 12:12É errado, e ponto.
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12:13 - 12:19O caso Plessy contra Ferguson foi errado
na época, no fim do século 19. -
12:19 - 12:21A doutrina "Separados,
mas Iguais" foi errada. -
12:21 - 12:24Foi errada na época, seria errada hoje.
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12:24 - 12:28Se a Suprema Corte está querendo dar tempo
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12:28 - 12:31para que os norte-americanos reflitam
a fundo sobre o casamento igualitário, -
12:31 - 12:33essa não é a função dela.
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12:33 - 12:36A função dela é fazer justiça,
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12:36 - 12:38não decidir quando a justiça será feita.
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12:39 - 12:40(Aplausos)
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12:40 - 12:42Então, nosso trabalho ainda não terminou.
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12:42 - 12:48Ainda vivemos num país
onde ainda não há proteção federal, -
12:48 - 12:49nenhuma,
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12:49 - 12:53em termos de emprego,
moradia ou assistência social -
12:53 - 12:57para gays, lésbicas,
bissexuais e transgêneros. -
12:57 - 13:00E esse é um retrato do mundo.
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13:00 - 13:04Em todos os países em laranja,
vermelho ou marrom, -
13:04 - 13:10você pode ser preso ou sentenciado à morte
por ser gay ou transgênero. -
13:11 - 13:15Depois de Nelson Mandela ter passado
quase 30 anos na prisão, -
13:15 - 13:17ter sido solto
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13:17 - 13:21e ter trabalhado e sonhado
com uma nova África do Sul, -
13:21 - 13:25ele passou semanas negociando
com os africânderes, -
13:25 - 13:27e eles discutiram
sobre todo tipo de questões: -
13:27 - 13:31verdade e reconciliação,
raça, etnia, gênero. -
13:31 - 13:35Analisaram cada parte
do que a Constituição deveria tratar, -
13:35 - 13:38e abordaram todos as questões imagináveis.
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13:38 - 13:41No finalzinho das negociações,
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13:41 - 13:44Nelson Mandela disse:
"Tem mais uma coisa que quero". -
13:44 - 13:45Os africânderes perguntaram:
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13:45 - 13:49"Do que você está falando?
O que mais você poderia querer?" -
13:50 - 13:51E ele disse:
-
13:51 - 13:55"Quero colocar a orientação sexual
e a identidade de gênero -
13:55 - 13:58na nova Constituição da África do Sul".
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13:59 - 14:01Eles olharam pra ele e disseram:
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14:01 - 14:03"Você perdeu o juízo?
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14:04 - 14:07Após passar tantos anos preso
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14:07 - 14:10e após todo o sangue, as lágrimas, a luta
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14:10 - 14:13e a destruição da nossa nação,
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14:13 - 14:17por que você iria querer inserir
questões tão polêmicas como essas? -
14:18 - 14:20Por que faria isso?"
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14:22 - 14:24E Nelson Mandela respondeu:
-
14:24 - 14:29"Já incluímos diversas outras questões,
e não vou deixar ninguém de fora". -
14:30 - 14:32Então, hoje,
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14:33 - 14:36a África do Sul é o único país da Terra
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14:36 - 14:38que, em sua Constituição,
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14:38 - 14:43protege a orientação sexual
e a identidade de gênero. -
14:43 - 14:47E desde bem pequenininha,
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14:47 - 14:50correndo pelas florestas da Ilha Vancouver
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14:50 - 14:53e sonhando com um novo mundo,
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14:53 - 14:56eu achei que essa era uma ideia
que merecia ser divulgada. -
14:56 - 14:57Obrigada.
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14:57 - 14:59(Aplausos)
- Title:
- Da sarjeta à glória: vencendo a guerra cultural | Elizabeth Birch | TEDxPennsylvaniaAvenue
- Description:
-
Como a comunidade LGBT nos EUA alcançou mudanças tão monumentais na aceitação do público e nas políticas públicas em apenas algumas décadas? Nesta palestra poderosa e inspiradora, Elizabeth Birch, a presidente pelo período mais longo da Campanha pelos Direitos Humanos, nos mostra uma perspectiva única e importante sobre como os dinâmicos líderes da comunidade LGBT, com estratégias inovadoras, ajudaram a assegurar a recente decisão da Suprema Corte norte-americana em favor do casamento igualitário, além de outras vitórias recentes em termos de direitos civis.
Elizabeth Birch tem uma extensa carreira no mundo corporativo, jurídico, de políticas públicas, comunicações e de organizações sem fins lucrativos. Foi conselheira dos governos Clinton e Obama, de membros do Congresso norte-americano, do Pentágono, de muitas corporações e organizações não governamentais de questões relacionadas à população LGBT e suas famílias. Ela é presidente da Elizabeth Birch Company, LLC e da Global Out, e é diretora executiva da Peris Birch. Elizabeth iniciou sua carreira jurídica na Bingham McCutchen. Em 1989, ela foi trabalhar na Apple Computer, Inc. como chefe da área de litígios e do conselho de recursos humanos. Também trabalhou como conselheira-geral da Claris Corporation, empresa de software subsidiária da Apple. Em 1995, Elizabeth se tornou presidente da Human Rights Campaign, a maior organização de defesa dos direitos LGBT nos EUA. Por quase dez anos, Birch liderou uma equipe na HRC que ajudou a fomentar uma compreensão mais profunda em relação à população LGBT, ajudando a levar o debate das ruas às salas de estar dos norte-americanos. Ela mora em Washington, DC, com seus filhos gêmeos de 16 anos, Anna e Jacob.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 15:00