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Partes do corpo num "chip"

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    Temos um desafio de saúde global
  • 0:03 - 0:04
    em nossas mãos.
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    A forma com que, atualmente,
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    descobrimos e desenvolvemos
    novos medicamentos
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    é muito cara, leva muito tempo
  • 0:14 - 0:18
    e obtemos mais fracassos do que sucessos.
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    Isto simplesmente não está a funcionar,
    o que significa
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    que os pacientes que precisam muito
    de novas terapias
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    não as conseguem receber
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    e algumas doenças continuam
    sem tratamento.
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    Parece que estamos a gastar
    cada vez mais dinheiro,
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    pois para cada mil milhões de dólares
    gastos com pesquisa e desenvolvimento,
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    temos menos medicamentos
    aprovados no mercado.
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    Mais dinheiro, menos medicamentos. Hmm.
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    Então, o que está a acontecer?
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    Bem, há diversos fatores em jogo,
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    mas acredito que um dos principais
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    seja que as ferramentas que temos
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    disponíveis para testar
    se um medicamento irá funcionar,
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    se será eficaz,
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    ou se será seguro
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    antes de chegar aos testes clínicos
    em humanos, estão a falhar.
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    Não conseguem prever
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    o que acontecerá nos humanos.
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    E nós temos duas ferramentas importantes
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    à nossa disposição.
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    São as células "in vitro"
    e os testes em animais.
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    Vamos falar sobre a primeira,
    as células "in vitro".
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    Lá estão as células,
    a funcionar felizes nos nossos corpos.
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    Nós pegamos nelas e retiramo-las
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    do seu "habitat" natural,
    metemo-las em placas de cultura,
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    e esperamos que elas funcionem.
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    Adivinhem só. Elas não funcionam.
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    Não gostam daquele ambiente
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    porque não tem nada a ver
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    com o que existe no corpo.
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    E os testes com animais?
  • 1:41 - 1:44
    Bem, os animais de facto fornecem
  • 1:44 - 1:46
    informações extremamente úteis.
  • 1:46 - 1:48
    Ele ensinam-nos o que se passa
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    nos organismos complexos.
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    Aprendemos mais sobre a biologia
    propriamente dita.
  • 1:53 - 1:56
    Entretanto, na maioria das vezes,
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    os modelos animais falham na previsão
    do que acontecerá nos humanos
  • 2:00 - 2:04
    quando são tratados
    com uma droga específica.
  • 2:04 - 2:06
    Portanto, precisamos de
    melhores ferramentas.
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    Precisamos de células humanas,
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    mas precisamos de encontrar uma forma
    de mantê-las felizes
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    fora do corpo.
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    Os nossos corpos são ambientes dinâmicos.
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    Estamos em constante movimento.
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    As nossas células sentem isso.
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    Estão em ambientes dinâmicos
    dentro do nosso corpo.
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    Estão sob forças mecânicas constantes.
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    Então, para fazer as células felizes
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    fora dos nossos corpos,
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    precisamos de nos tornar
    arquitetos celulares.
  • 2:31 - 2:35
    Precisamos de desenhar,
    planear e construir
  • 2:35 - 2:39
    um lar longe de casa para as células.
  • 2:39 - 2:40
    E no Wyss Institute
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    fizemos exatamente isso.
  • 2:42 - 2:45
    Nós chamamo-lo de órgão em "chip".
  • 2:45 - 2:47
    E eu tenho um aqui.
  • 2:47 - 2:50
    É lindo, não é?
    Mas é inacreditável.
  • 2:50 - 2:54
    Bem, aqui na minha mão
    há um pulmão humano
  • 2:54 - 2:57
    a respirar, vivo num "chip".
  • 2:57 - 2:59
    E não é só bonito.
  • 2:59 - 3:02
    Ele consegue fazer
    uma imensa variedade de coisas.
  • 3:02 - 3:05
    Temos células vivas
    naquele pequeno "chip",
  • 3:05 - 3:08
    células que estão num ambiente dinâmico
  • 3:08 - 3:11
    a interagir com diferentes tipos celulares.
  • 3:11 - 3:13
    Muitas pessoas já tentaram
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    cultivar células em laboratório.
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    Tentaram de muitas maneiras diferentes.
  • 3:18 - 3:20
    Tentaram até cultivar pequenos
    mini-órgãos em laboratório.
  • 3:20 - 3:22
    Não é o que estamos a tentar fazer aqui.
  • 3:22 - 3:24
    Estamos simplesmente a tentar recriar
  • 3:24 - 3:25
    neste "chip" minúsculo
  • 3:25 - 3:28
    a menor unidade funcional
  • 3:28 - 3:31
    que represente a bioquímica,
  • 3:31 - 3:34
    a função e tensão mecânica
  • 3:34 - 3:38
    que as células vivenciam nos nossos corpos.
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    Mas, como funciona?
    Vou mostrar-vos.
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    Usamos as técnicas da indústria
    que fabrica
  • 3:43 - 3:45
    "chips" de computador
  • 3:45 - 3:47
    para fazer estas estruturas numa escala
  • 3:47 - 3:50
    relevante tanto em relação às células
    como ao seu ambiente.
  • 3:50 - 3:52
    Temos três canais fluídicos.
  • 3:52 - 3:56
    No centro, temos uma membrana
    porosa, flexível
  • 3:56 - 3:58
    na qual podemos adicionar células humanas,
  • 3:58 - 3:59
    por exemplo, dos pulmões,
  • 3:59 - 4:02
    e mais abaixo teriam as células capilares,
  • 4:02 - 4:04
    as células nos nossos vasos sanguíneos.
  • 4:04 - 4:08
    E podemos, então, aplicar
    forças mecânicas ao "chip"
  • 4:08 - 4:11
    que esticam e encolhem a membrana,
  • 4:11 - 4:14
    para que as células recebam
    as mesmas forças mecânicas
  • 4:14 - 4:17
    que receberiam quando respiramos.
  • 4:17 - 4:20
    E elas a recebem da mesma maneira
    que aconteceria no corpo.
  • 4:20 - 4:22
    Existe ar a passar pelo canal superior,
  • 4:22 - 4:26
    e acrescentamos um líquido
    que contém nutrientes
  • 4:26 - 4:28
    através do canal do sangue.
  • 4:28 - 4:31
    O "chip" é bem bonito,
  • 4:31 - 4:33
    mas o que podemos fazer com ele?
  • 4:33 - 4:35
    Podemos ter funcionalidades incríveis
  • 4:35 - 4:37
    dentro destes pequenos "chips".
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    Mostrar-vos-ei.
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    Poderíamos, por exemplo,
    imitar uma infeção,
  • 4:41 - 4:45
    introduzindo células bacterianas
    nos pulmões.
  • 4:45 - 4:48
    Então, podemos adicionar glóbulos brancos.
  • 4:48 - 4:50
    Os glóbulos brancos são as células
    de defesa do nosso corpo
  • 4:50 - 4:52
    contra as bactérias invasoras,
  • 4:52 - 4:55
    e ao perceberem esta inflamação
    devido à infeção,
  • 4:55 - 4:58
    elas vão passar do sangue para o pulmão
  • 4:58 - 5:00
    para esmagar a bactéria.
  • 5:00 - 5:02
    Bem, agora vocês vão ver acontecer
  • 5:02 - 5:05
    ao vivo num pulmão humano em "chip".
  • 5:05 - 5:09
    Nós marcámos os glóbulos brancos
    para que os possam ver a fluir.
  • 5:09 - 5:11
    Quando eles detetam a infeção,
  • 5:11 - 5:12
    começam a aderir.
  • 5:12 - 5:16
    Eles aderem e tentam passar
    da artéria
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    para o pulmão,
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    É possível ver aqui,
    podemos realmente visualizar
  • 5:22 - 5:25
    um único glóbulo branco.
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    Ele adere, abre caminho por entre
  • 5:28 - 5:30
    as camadas celulares, através do poro,
  • 5:30 - 5:32
    surge do outro lado da membrana,
  • 5:32 - 5:36
    e aí, irá envolver a bactéria
  • 5:36 - 5:37
    marcada a verde.
  • 5:37 - 5:40
    Neste minúsculo "chip",
    vocês acabaram de testemunhar
  • 5:40 - 5:44
    uma das respostas mais fundamentais
  • 5:44 - 5:46
    do nosso corpo contra uma infeção.
  • 5:46 - 5:49
    É assim que respondemos
    — uma resposta imune.
  • 5:49 - 5:52
    É muito empolgante.
  • 5:52 - 5:54
    Agora quero partilhar
    esta imagem convosco,
  • 5:54 - 5:57
    não só por ser tão bonita,
  • 5:57 - 6:00
    mas por trazer uma enorme quantidade
    de informações
  • 6:00 - 6:03
    sobre o que as células fazem
    dentro dos "chips".
  • 6:03 - 6:05
    Isto mostra-nos que estas células
  • 6:05 - 6:07
    das pequenas vias aéreas
    nos nossos pulmões,
  • 6:07 - 6:09
    realmente têm estas estruturas
    parecidas com pelos
  • 6:09 - 6:11
    que se espera ver nos pulmões.
  • 6:11 - 6:12
    Estas estruturas são chamadas cílios,
  • 6:12 - 6:15
    e movem o muco para fora do pulmão.
  • 6:15 - 6:17
    Sim. Muco. Que nojo!
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    Mas o muco é realmente muito importante.
  • 6:19 - 6:22
    O muco captura partículas, vírus,
  • 6:22 - 6:23
    alergéneos em potencial,
  • 6:23 - 6:25
    e estes cílios movimentam-se
  • 6:25 - 6:27
    e limpam o muco para fora.
  • 6:27 - 6:29
    Quando são danificados, digamos,
  • 6:29 - 6:31
    pelo fumo de cigarro, por exemplo,
  • 6:31 - 6:34
    não funcionam adequadamente,
    e não conseguem limpar o muco.
  • 6:34 - 6:38
    Isso pode causar doenças como a bronquite.
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    Os cílios e a limpeza do muco
  • 6:41 - 6:45
    também estão envolvidos em
    doenças terríveis como a fibrose quística.
  • 6:45 - 6:49
    Mas agora, com a funcionalidade
    que temos nestes "chips",
  • 6:49 - 6:51
    podemos começar a procurar
  • 6:51 - 6:53
    possíveis novos tratamentos.
  • 6:53 - 6:55
    Não parámos no pulmão em "chip".
  • 6:55 - 6:57
    Temos um intestino em "chip".
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    Vocês podem vê-lo aqui.
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    E colocámos células de intestino humano
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    num intestino em "chip",
  • 7:04 - 7:07
    que estão sob constantes movimentos
    peristálticos,
  • 7:07 - 7:10
    este fluxo intermitente através
    das células,
  • 7:10 - 7:13
    e podemos simular muitas outras funções
  • 7:13 - 7:15
    que realmente existem
  • 7:15 - 7:17
    no intestino humano.
  • 7:17 - 7:20
    Agora podemos começar a criar
    modelos de doenças
  • 7:20 - 7:23
    como a síndrome do intestino irritável.
  • 7:23 - 7:25
    Esta doença afeta
  • 7:25 - 7:27
    um grande número de pessoas.
  • 7:27 - 7:29
    É muito incapacitante,
  • 7:29 - 7:33
    e não existem muitos tratamentos
    bons para isso.
  • 7:33 - 7:35
    Agora, temos toda uma tubulação
  • 7:35 - 7:37
    de diferentes "chips" de órgãos
  • 7:37 - 7:41
    em que estamos a trabalhar atualmente
    nos nossos laboratórios.
  • 7:41 - 7:44
    O verdadeiro poder desta tecnologia,
    no entanto,
  • 7:44 - 7:46
    vem do facto de podermos
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    ligá-los fluidicamente.
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    Existe fluido a passar
    por entre as células,
  • 7:51 - 7:53
    de modo que podemos interligar
  • 7:53 - 7:56
    múltiplos "chips" diferentes juntos
  • 7:56 - 8:00
    para formar o que chamamos de
    "humano em 'chip' ".
  • 8:00 - 8:03
    Agora sim, estamos muito empolgados!
  • 8:03 - 8:07
    Nunca recriaremos um humano inteiro
    nestes "chips",
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    mas o nosso objetivo é
    sermos capazes de recriar
  • 8:11 - 8:13
    funcionalidades suficientes
  • 8:13 - 8:16
    para que possamos fazer melhores previsões
  • 8:16 - 8:18
    do que irá acontecer nos humanos.
  • 8:18 - 8:21
    Por exemplo, podemos começar a explorar
  • 8:21 - 8:24
    o que acontece quando damos
    um medicamento por inalação.
  • 8:24 - 8:27
    Quem de vocês tem asma, assim como eu,
    ao usar a bombinha,
  • 8:27 - 8:30
    podemos explorar como o medicamento
    entra nos seus pulmões,
  • 8:30 - 8:32
    como entra no seu corpo,
  • 8:32 - 8:34
    como poderá afetar, digamos, o seu coração.
  • 8:34 - 8:35
    Será que altera
    os seus batimentos cardíacos?
  • 8:35 - 8:37
    Será que é tóxico?
  • 8:37 - 8:39
    Será que é eliminado pelo fígado?
  • 8:39 - 8:41
    É metabolizado no fígado?
  • 8:41 - 8:43
    Será excretado pelos rins?
  • 8:43 - 8:45
    Podemos estudar a resposta dinâmica
  • 8:45 - 8:48
    do corpo a um medicamento.
  • 8:48 - 8:50
    Isto poderá mesmo revolucionar
  • 8:50 - 8:52
    e virar o jogo
  • 8:52 - 8:55
    não só para a indústria farmacêutica,
  • 8:55 - 8:57
    mas para toda uma gama de
    diferentes indústrias,
  • 8:57 - 8:59
    incluindo a indústria cosmética.
  • 8:59 - 9:02
    Poderemos usar a pele em "chip"
  • 9:02 - 9:04
    que está em desenvolvimento no laboratório
  • 9:04 - 9:07
    para testar se os ingredientes dos produtos
  • 9:07 - 9:10
    que você usa são mesmo seguros
    para colocar na sua pele
  • 9:10 - 9:13
    sem a necessidade de testes em animais.
  • 9:13 - 9:15
    Poderíamos testar a segurança
  • 9:15 - 9:17
    dos produtos químicos
    aos quais estamos expostos
  • 9:17 - 9:19
    diariamente no ambiente,
  • 9:19 - 9:23
    tais como os presentes
    em produtos de limpeza.
  • 9:23 - 9:26
    Poderíamos usar os "chips" de órgãos
  • 9:26 - 9:28
    para aplicações no bioterrorismo
  • 9:28 - 9:31
    ou exposição à radiação.
  • 9:31 - 9:34
    Poderíamos usá-los para saber mais sobre
  • 9:34 - 9:37
    doenças como o ébola
  • 9:37 - 9:41
    ou outras letais como
    a síndrome respiratória aguda grave.
  • 9:41 - 9:43
    Os "chips" de órgãos também poderiam mudar
  • 9:43 - 9:47
    o modo como faremos testes clínicos
    no futuro.
  • 9:47 - 9:49
    Atualmente, o participante médio
  • 9:49 - 9:53
    num estudo clínico é assim: médio.
  • 9:53 - 9:56
    Tende a ser de meia idade,
    tende a ser mulher.
  • 9:56 - 9:58
    Não se encontram muitos estudos clínicos
  • 9:58 - 10:00
    a envolver crianças,
  • 10:00 - 10:03
    apesar de, diariamente,
    darmos remédios às crianças
  • 10:03 - 10:07
    e a única informação que temos sobre
    a segurança desses medicamentos
  • 10:07 - 10:10
    é obtida a partir de adultos.
  • 10:10 - 10:12
    As crianças não são adultos.
  • 10:12 - 10:15
    Podem não ter a mesma resposta
    dos adultos.
  • 10:15 - 10:18
    Há outros fatores como
    as diferenças genéticas
  • 10:18 - 10:19
    nas populações
  • 10:19 - 10:22
    que podem levar a populações de risco
  • 10:22 - 10:26
    que podem sofrer reações adversas
    ao medicamento.
  • 10:26 - 10:29
    Agora, imagine que pegamos em células
    de todas estas diferentes populações
  • 10:29 - 10:31
    colocamo-las em "chips"
  • 10:31 - 10:33
    e criamos populações em "chip".
  • 10:33 - 10:35
    Isso realmente poderia mudar o modo
  • 10:35 - 10:37
    de fazer estudos clínicos.
  • 10:37 - 10:40
    E esta é a equipa e as pessoas
    que estão a fazer isto.
  • 10:40 - 10:43
    Temos engenheiros, biólogos celulares,
  • 10:43 - 10:47
    temos médicos, todos a trabalhar juntos.
  • 10:47 - 10:48
    Estamos a presenciar algo
    realmente incrível
  • 10:48 - 10:50
    no Wyss Institute.
  • 10:50 - 10:52
    É uma verdadeira convergência
    de disciplinas,
  • 10:52 - 10:56
    onde a biologia influencia o modo
    como desenhamos,
  • 10:56 - 10:59
    planeamos e construímos.
  • 10:59 - 11:00
    É muito empolgante.
  • 11:00 - 11:04
    Estabelecemos importantes
    parcerias industriais
  • 11:04 - 11:07
    como a que temos com uma empresa
  • 11:07 - 11:11
    especialista em manufatura digital
    em larga escala.
  • 11:11 - 11:13
    Eles ajudar-nos-ão a fazer
  • 11:13 - 11:14
    em vez de apenas um,
  • 11:14 - 11:16
    milhões destes "chips",
  • 11:16 - 11:17
    para que os possamos ter nas mãos
  • 11:17 - 11:20
    do maior número possível de investigadores.
  • 11:20 - 11:24
    E isso é fundamental para o potencial
    desta tecnologia.
  • 11:24 - 11:27
    Agora, deixem-me mostrar-vos
    o nosso instrumento.
  • 11:27 - 11:29
    É o instrumento em que
    os nossos engenheiros
  • 11:29 - 11:32
    estão a trabalhar neste momento,
    como protótipo no laboratório,
  • 11:32 - 11:34
    e ele fornecer-nos-á
  • 11:34 - 11:36
    os controlos necessários de modo a
  • 11:36 - 11:41
    unirmos 10 ou mais "chips" de órgãos.
  • 11:41 - 11:43
    Também faz algo de muita importância.
  • 11:43 - 11:46
    Cria uma "interface" de fácil utilização.
  • 11:46 - 11:49
    Assim, um biólogo celular como eu
    pode entrar,
  • 11:49 - 11:51
    pegar num "chip", colocá-lo num cartucho
  • 11:51 - 11:53
    como o protótipo visto aqui,
  • 11:53 - 11:55
    colocar o cartucho na máquina
  • 11:55 - 11:56
    tal como se faz com um CD,
  • 11:56 - 11:57
    e pronto.
  • 11:57 - 12:00
    Ligar à corrente e pôr a máquina
    a funcionar. Fácil.
  • 12:00 - 12:03
    Agora, imaginem um pouco
  • 12:03 - 12:04
    como seria no futuro
  • 12:04 - 12:06
    se eu pudesse pegar
    nas suas células estaminais
  • 12:06 - 12:08
    e as colocasse num "chip",
  • 12:08 - 12:11
    ou nas suas células estaminais
    e as colocasse num "chip".
  • 12:11 - 12:14
    Seria um "chip" personalizado
    à sua medida.
  • 12:14 - 12:18
    Todos nós aqui somos indivíduos,
  • 12:18 - 12:21
    e as diferenças individuais significam
  • 12:21 - 12:23
    que podemos reagir de modos diferentes
  • 12:23 - 12:27
    e, às vezes, imprevisíveis
    aos medicamentos.
  • 12:27 - 12:32
    Eu mesma, há alguns anos,
    tive uma forte dor de cabeça,
  • 12:32 - 12:34
    de que não me conseguia livrar e pensei:
    "Vou tentar algo diferente."
  • 12:34 - 12:36
    Tomei Advil.
    Quinze minutos depois,
  • 12:36 - 12:38
    eu estava a caminho das emergências
  • 12:38 - 12:40
    com uma completa crise de asma.
  • 12:40 - 12:42
    Obviamente, não foi fatal,
  • 12:42 - 12:45
    mas, infelizmente,
    alguns destes efeitos adversos
  • 12:45 - 12:49
    dos medicamentos podem ter
    reações fatais.
  • 12:49 - 12:51
    Então, como os prevenimos?
  • 12:51 - 12:53
    Bem, poderíamos imaginar um dia
  • 12:53 - 12:56
    ter a Geraldine num "chip",
  • 12:56 - 12:57
    ter a Danielle num "chip",
  • 12:57 - 12:59
    tê-lo a si num "chip".
  • 12:59 - 13:01
    Medicina personalizada.
    Obrigada!
  • 13:01 - 13:04
    (Aplausos)
Title:
Partes do corpo num "chip"
Speaker:
Geraldine Hamilton
Description:

É relativamente fácil imaginar uma nova medicina, uma melhor cura para algumas doenças. O difícil, no entanto, é testá-la, o que pode adiar as curas promissoras por anos. Nesta palestra bem explicada, Geraldine Hamilton mostra como o seu laboratório cria órgãos e partes do corpo em "chip", estruturas simples com todos os componentes essenciais para testar novos medicamentos — inclusive curas personalizadas para uma determinada pessoa. (Filmado no TEDxBoston)

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:23
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for Body parts on a chip
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Body parts on a chip
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Body parts on a chip
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Body parts on a chip
Isabel Vaz Belchior commented on Portuguese subtitles for Body parts on a chip
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Body parts on a chip
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Body parts on a chip
Tatiana Paraizo accepted Portuguese subtitles for Body parts on a chip
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  • Fiz algumas mudanças logo no início, para ficar mais próximo do sentido original da frase. Em "whether it has efficacy or whether it's going to be safe", troquei o tempo verbal, para concordar com o anterior. Fora isso, apenas pequenas correções de digitação. Muito bom trabalho, Marcella! Foi um prazer contribuir!

  • Esta tradução deveria ter sido feita e revista em português europeu e não em português do Brasil. No que respeita à revisão, Tatiana, a colega podia ter retificado muito mais.

Portuguese subtitles

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