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Partes do corpo em um chip

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    Nós temos um desafio de saúde global
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    em nossas mãos hoje,
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    isto é, a forma como atualmente
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    descobrimos e desenvolvemos
    novos medicamentos
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    é muito cara, demora muito,
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    e falha mais vezes do que é bem sucedida.
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    Não está realmente funcionando,
    e isso significa
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    que pacientes que precisam
    urgentemente de novas terapias
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    não as conseguem,
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    e doenças passam sem serem tratadas.
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    Parece que estamos gastando
    cada vez mais dinheiro.
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    Portanto, para cada bilhão de dólares
    que gastamos em P&D,
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    estamos tendo menos drogas
    aprovadas no mercado.
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    Mais dinheiro, menos drogas. Hmm.
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    O que está acontecendo aqui?
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    Bem, há uma variedade de fatores em jogo,
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    mas acho que um dos fatores-chave
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    é que as ferramentas que temos atualmente
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    disponíveis para testar
    se um medicamento vai funcionar,
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    se ele é eficaz,
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    ou se vai ser seguro
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    antes de colocá-lo
    em testes clínicos em humanos,
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    estão sendo falhos. Não estão prevendo
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    o que vai acontecer em seres humanos.
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    E temos duas ferramentas principais disponíveis
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    à nossa disposição.
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    São células em placas e testes em animais.
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    Agora vamos falar sobre a primeira,
    as células em placas.
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    Então, as células são felizes
    funcionando em nossos corpos.
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    Nós as pegamos e as tiramos
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    do seu ambiente nativo,
    colocamo-las em uma dessas placas,
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    e esperamos que elas trabalhem.
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    Adivinhem só. Elas não trabalham.
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    Elas não gostam desse ambiente
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    porque não é nada parecido
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    com o que elas têm no corpo.
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    Que tal testes em animais?
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    Bem, animais podem fornecer
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    informações extremamente úteis.
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    Eles nos ensinam sobre o que acontece
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    no organismo complexo.
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    Aprendemos mais sobre a própria biologia.
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    No entanto, na maioria das vezes,
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    modelos animais não conseguem prever
    o que vai acontecer em humanos
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    quando uma droga específica lhes for administrada.
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    Então, precisamos de ferramentas melhores.
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    Precisamos de células humanas,
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    mas precisamos de uma maneira
    de mantê-las felizes
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    fora do corpo.
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    Nossos corpos são ambientes dinâmicos.
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    Estamos em constante movimento.
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    Nossas células vivenciam isso.
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    Estão em ambientes dinâmicos em nosso corpo.
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    Estão sob forças mecânicas constantes.
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    Então, se quisermos deixar as células felizes
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    fora de nossos corpos,
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    precisamos nos tornar arquitetos celulares.
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    Precisamos projetar e construir
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    uma casa longe de casa para as células.
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    E no Instituto Wyss,
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    fizemos exatamente isso.
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    Nós o chamamos de órgão-no-chip.
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    E estou com um bem aqui.
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    É lindo, não é? Mas é incrível.
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    Bem aqui na minha mão está um pulmão humano
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    vivo e respirando em um chip.
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    E não é somente bonito.
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    Pode fazer uma grande quantidade de coisas.
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    Temos células vivas naquele pequeno chip,
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    células que estão em um ambiente dinâmico,
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    interagindo com diversos tipos de células.
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    Houve muitas pessoas
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    tentando criar células em laboratório.
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    Tentaram muitas abordagens diferentes.
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    Até tentaram criar pequenos
    miniórgãos no laboratório.
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    Não estamos tentando fazer isso aqui.
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    Estamos simplesmente tentando recriar
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    neste chip minúsculo
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    a menor unidade funcional
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    que representa a bioquímica,
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    a função e a tensão mecânica
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    que as células vivenciam em nossos corpos.
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    Então, como é que funciona?
    Deixem-me lhes mostrar.
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    Usamos técnicas da indústria de fabricação
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    de chips de computadores
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    para fazer estas estruturas numa escala
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    relevante tanto para as células
    quanto para seu ambiente.
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    Temos três canais fluídicos.
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    No centro, temos uma membrana porosa, flexível
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    sobre a qual podemos adicionar células humanas,
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    digamos, dos nossos pulmões,
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    e, por baixo, elas tinham células capilares,
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    as células em nossos vasos sanguíneos.
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    E assim podemos aplicar
    forças mecânicas no chip
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    que esticam e contraem a membrana,
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    para que as células experimentam
    as mesmas forças mecânicas
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    que eles experimentavam quando respiramos.
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    E elas as experimentam como no corpo.
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    Há ar fluindo pelo canal acima,
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    e escoamos um líquido que contém nutrientes
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    através do canal sanguíneo.
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    Bem, o chip é muito bonito,
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    mas o que podemos fazer com ele?
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    Podemos obter uma funcionalidade incrível
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    dentro desses pequenos chips.
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    Deixem-me lhes mostrar.
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    Poderíamos, por exemplo, imitar uma infecção,
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    adicionando células bacterianas ao pulmão,
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    e podemos adicionar glóbulos brancos humanos.
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    Glóbulos brancos são a defesa do nosso corpo
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    contra os invasores bacterianos,
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    e quando eles sentem
    a inflamação devido à infecção,
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    eles vão entrar no pulmão a partir do sangue
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    e engolfar as bactérias.
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    Bem, agora vocês vão ver isso acontecer
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    ao vivo em um pulmão humano real em um chip.
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    Nós marcamos os glóbulos brancos
    para que vocês possam vê-los fluindo,
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    e quando eles detectam a infecção,
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    eles começam a grudar.
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    Eles se aglutinam, e tentam entrar no lado
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    do pulmão a partir do canal sanguíneo.
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    E dá para ver aqui, podemos visualizar
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    um único glóbulo branco.
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    Ele adere, ele vai se contorcendo pelo caminho
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    entre as camadas de células, através do poro,
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    sai do outro lado da membrana,
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    e ali, vai engolfar as bactérias
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    marcadas em verde.
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    Nesse chip minúsculo,
    vocês acabaram de testemunhar
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    uma das respostas mais fundamentais
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    que nosso corpo tem a uma infecção.
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    É a maneira como respondemos
    -- uma resposta imune.
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    É bem emocionante.
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    Agora eu gostaria de compartilhar
    essa imagem com vocês,
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    não só porque é muito bonita,
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    mas porque nos mostra uma enorme
    quantidade de informação
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    sobre o que as células
    estão a fazer dentro dos chips.
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    Ela nos diz que essas células
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    das pequenas vias aéreas em nossos pulmões,
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    na verdade, têm essas estruturas
    semelhantes a pêlos
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    que você esperaria ver no pulmão.
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    Estas estruturas são chamados cílios,
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    e servem para colocar
    o muco para fora do pulmão.
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    É. Muco. Eca.
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    Mas o muco é muito importante, na verdade.
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    O muco prende partículas, vírus,
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    alérgenos potenciais,
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    e esses pequenos cílios se movem
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    e colocam o muco para fora.
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    Quando eles se danificam, por exemplo,
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    por fumaça de cigarro, por exemplo,
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    eles não funcionam adequadamente,
    e não conseguem colocar o muco para fora.
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    E isso pode causar doenças tais como bronquite.
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    Os cílios e a limpeza do muco
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    também estão envolvidos em doenças terríveis
    como a fibrose cística.
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    Mas agora, com a funcionalidade
    que temos nesses chips,
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    podemos começar a buscar
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    novos tratamentos potenciais.
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    Não paramos com o pulmão no chip.
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    Temos um intestino no chip.
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    Podem ver um aqui.
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    E colocamos células intestinais humanas
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    num intestino no chip,
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    e elas estão sob constante movimento peristáltico,
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    este fluxo através das células,
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    e conseguimos imitar muitas das funções
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    que, de fato, se esperaria ver
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    no intestino humano.
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    Agora podemos começar
    a criar modelos de doenças
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    como a síndrome do intestino irritável.
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    Essa é uma doença que afeta
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    um grande número de indivíduos.
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    É realmente debilitante,
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    e não há muitos bons tratamentos para ela.
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    Agora temos toda uma cadeia
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    de diferentes chips de órgãos
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    em que estamos trabalhando no momento
    em nossos laboratórios.
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    Mas o verdadeiro poder
    desta tecnologia, no entanto,
  • 7:44 - 7:46
    vem mesmo do fato
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    de que pode ligá-los com fluidos.
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    Há fluido escoando por essas células.
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    Assim, podemos começar a interligar
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    vários chips diferentes
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    para formar o que chamamos de
    um ser humano virtual no chip.
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    Agora estamos ficando realmente animados.
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    Não vamos nunca recriar
    um ser humano completo nestes chips,
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    mas nosso objetivo é ser capaz de recriar
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    funcionalidades suficientes
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    para que possamos fazer melhores previsões
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    do que vai acontecer em seres humanos.
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    Por exemplo, agora podemos começar a explorar
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    o que acontece quando aplicamos
    um medicamento como aerossol.
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    Aqueles como eu, que têm asma,
    quando pegam seu inalador,
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    podemos explorar como o medicamento
    entra em seus pulmões,
  • 8:30 - 8:32
    como entra no corpo,
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    como pode afetar, digamos, seu coração.
  • 8:34 - 8:35
    Será que ele afeta seu batimento cardíaco?
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    Será que é tóxico?
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    Será que vai ser eliminado pelo fígado?
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    Será que é metabolizado no fígado?
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    Será que é excretado nos rins?
  • 8:43 - 8:45
    Podemos começar a estudar a resposta
  • 8:45 - 8:48
    dinâmica do corpo a um medicamento.
  • 8:48 - 8:50
    Isso poderia mesmo revolucionar
  • 8:50 - 8:52
    e ser um divisor de águas,
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    não só para a indústria farmacêutica,
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    mas toda uma série de diferentes indústrias,
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    incluindo a indústria de cosméticos.
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    Podemos utilizar potencialmente a pele no chip
  • 9:02 - 9:04
    que estamos desenvolvendo
    atualmente no laboratório
  • 9:04 - 9:07
    para testar se os ingredientes em tais produtos
  • 9:07 - 9:10
    que vocês estão usando são mesmo
    seguros para colocar na pele,
  • 9:10 - 9:13
    sem a necessidade de testar em animais.
  • 9:13 - 9:15
    Poderíamos testar a segurança
  • 9:15 - 9:17
    de produtos químicos a que somos expostos
  • 9:17 - 9:19
    diariamente em nosso meio,
  • 9:19 - 9:23
    tais como produtos químicos
    para limpeza doméstica cotidiana.
  • 9:23 - 9:26
    Também poderíamos usar os órgãos nos chips
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    para aplicações em bioterrorismo
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    ou exposição a radiação.
  • 9:31 - 9:34
    Poderíamos usá-los para aprender mais
  • 9:34 - 9:37
    sobre doenças como o ebola,
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    ou outras doenças mortais, como a SARS.
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    Órgãos em chips também poderiam mudar
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    a forma como fazemos ensaios clínicos no futuro.
  • 9:47 - 9:49
    No momento, o participante comum
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    em um ensaio clínico é assim: comum.
  • 9:53 - 9:56
    Tende a ser de meia idade,
    tende a ser do sexo feminino.
  • 9:56 - 9:58
    Não se encontra muitos ensaios clínicos
  • 9:58 - 10:00
    em que crianças estão envolvidas,
  • 10:00 - 10:03
    mas mesmo assim, sempre damos
    medicamentos às crianças,
  • 10:03 - 10:07
    e a única informação de segurança
    que temos sobre esse medicamento
  • 10:07 - 10:10
    é aquela que conseguimos a partir de adultos.
  • 10:10 - 10:12
    Crianças não são adultos.
  • 10:12 - 10:15
    Elas podem não reagir
    da mesma forma que os adultos.
  • 10:15 - 10:18
    Há outras coisas como diferenças genéticas
  • 10:18 - 10:19
    em populações,
  • 10:19 - 10:22
    que podem levar a... populações de risco
  • 10:22 - 10:26
    que correm o risco de ter
    uma reação adversa ao medicamento.
  • 10:26 - 10:29
    Agora, imaginem se pudéssemos retirar células
    de todas essas diferentes populações,
  • 10:29 - 10:31
    colocá-las em chips
  • 10:31 - 10:33
    e criar populações no chip.
  • 10:33 - 10:35
    Isso poderia mesmo mudar a forma
  • 10:35 - 10:37
    como fazemos ensaios clínicos.
  • 10:37 - 10:40
    E esta é a equipe e as pessoas
    que estão fazendo isso.
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    Temos engenheiros, temos biólogos celulares,
  • 10:43 - 10:47
    temos médicos, todos trabalhando juntos.
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    Estamos vendo algo bastante incrível
  • 10:48 - 10:50
    no Instituto Wyss.
  • 10:50 - 10:52
    É uma convergência de disciplinas,
  • 10:52 - 10:56
    onde a biologia está influenciando
    a forma como projetamos,
  • 10:56 - 10:59
    a forma como fazemos engenharia,
    a forma como construímos.
  • 10:59 - 11:00
    É bem emocionante.
  • 11:00 - 11:04
    Estamos estabelecendo
    importantes colaborações industriais,
  • 11:04 - 11:07
    como a que temos com uma empresa
  • 11:07 - 11:11
    que tem experiência em fabricação
    digital de grande escala.
  • 11:11 - 11:13
    Eles vão nos ajudar a fazer,
  • 11:13 - 11:14
    em vez de um,
  • 11:14 - 11:16
    milhões desses chips,
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    para que possamos levá-los às mãos
  • 11:17 - 11:20
    do maior número de pesquisadores possível.
  • 11:20 - 11:24
    E isso é crucial para o potencial dessa tecnologia.
  • 11:24 - 11:27
    Agora, deixem-me lhes mostrar
    nosso instrumento.
  • 11:27 - 11:29
    Este é um instrumento de que nossos engenheiros
  • 11:29 - 11:32
    estão criando um protótipo no laboratório,
  • 11:32 - 11:34
    e este instrumento vai nos dar
  • 11:34 - 11:36
    o controle de engenharia que será necessário
  • 11:36 - 11:41
    a fim de conectar 10 ou mais chips de órgãos.
  • 11:41 - 11:43
    E ainda faz outra coisa que é muito importante.
  • 11:43 - 11:46
    Ele cria uma interface de usuário amigável.
  • 11:46 - 11:49
    Assim, um biólogo celular, como eu, pode entrar,
  • 11:49 - 11:51
    pegar um chip, colocá-lo em um cartucho,
  • 11:51 - 11:53
    como o protótipo que vocês veem ali,
  • 11:53 - 11:55
    colocar o cartucho na máquina,
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    assim como se faria com um CD,
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    e assim se vai longe.
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    Plug-and-play. Fácil.
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    Agora, imaginemos um pouco
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    como poderia ser no futuro
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    se eu pudesse pegar suas células-tronco
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    e colocá-las em um chip,
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    ou suas células-tronco e colocá-las em um chip.
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    Seria um chip personalizado apenas para você.
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    Bem, todos nós aqui somos indivíduos,
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    e essas diferenças individuais significam
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    que poderíamos reagir de forma muito diferente
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    e, às vezes, de forma imprevisível
    aos medicamentos.
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    Eu mesma, alguns anos atrás,
    tive uma dor de cabeça terrível,
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    não conseguia me livrar dela, e pensei:
    "Bem, vou tentar algo diferente."
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    Eu tomei Advil. Quinze minutos depois,
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    Eu estava a caminho da sala de emergência
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    com um ataque de asma total.
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    Bem, obviamente não foi fatal,
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    mas, infelizmente, algumas dessas
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    reações adversas
    a medicamentos podem ser fatais.
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    Então, como podemos evitá-las?
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    Bem, poderíamos imaginar um dia
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    ter a Geraldine em um chip,
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    ter a Danielle em um chip,
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    ter você em um chip.
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    Medicina personalizada. Obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Partes do corpo em um chip
Speaker:
Geraldine Hamilton
Description:

É relativamente fácil imaginar um novo medicamento, uma cura melhor para algumas doenças. Porém, a parte difícil é testá-los, e isso pode atrasar novas curas promissoras por anos. Nesta palestra bem explicativa, Geraldine Hamilton mostra como seu laboratório cria órgãos e partes do corpo em chips, estruturas simples com todas as peças essenciais para testar novos medicamentos, até mesmo curas personalizadas para uma pessoa específica. (Filmado no TEDxBoston)

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:23

Portuguese, Brazilian subtitles

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