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Por que os remédios frequentemente apresentam efeitos colaterais perigosos para as mulheres

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    Todos nós vamos a médicos.
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    E fazemos isso com a confiança cega
  • 0:09 - 0:13
    de que os exames pedidos
    e as medicações prescritas
  • 0:13 - 0:16
    se baseiam em evidência,
  • 0:16 - 0:20
    evidência feita para nos ajudar.
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    No entanto, a realidade é que isso
    nem sempre se aplicou a todo mundo.
  • 0:27 - 0:28
    E se eu lhes dissesse
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    que as descobertas feitas
    pelas ciências médicas no século passado
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    basearam-se apenas na metade da população?
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    Sou uma médica de emergência.
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    Fui treinada para enfrentar
    emergências médicas.
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    Tem a ver com salvar vidas.
    Mais legal, impossível!
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    É verdade, há muitos casos
    de nariz escorrendo e topadas no dedão
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    e, não importa quem dê
    entrada no pronto-socorro,
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    pedimos os mesmos exames,
  • 0:58 - 1:00
    prescrevemos a mesma medicação,
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    sem nem mesmo pensar no sexo
    ou no gênero de nossos pacientes.
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    E por que deveríamos?
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    Nunca fomos ensinados que havia
    diferenças entre homens e mulheres.
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    Um estudo recente do órgão Government
    Accountability revelou que 80% das drogas
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    são retiradas do mercado
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    por causa dos efeitos
    colaterais nas mulheres.
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    Então, vamos pensar um pouco sobre isso.
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    Por que estamos descobrindo
    efeitos colaterais nas mulheres
  • 1:27 - 1:31
    apenas depois que as drogas
    são lançadas no mercado?
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    Vocês sabiam que são necessários anos
    para uma droga passar do plano da ideia,
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    a ser testada em células num laboratório,
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    passar por estudos em animais,
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    por testes clínicos em humanos,
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    finalmente ser submetida
    a um processo regulatório de aprovação
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    até estar disponível
    para seu médico receitá-la a você?
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    Sem falar nos milhões e bilhões
    de dólares de financiamento
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    necessários a esse processo todo.
  • 2:02 - 2:05
    Por que estamos descobrindo
    efeitos colaterais inaceitáveis
  • 2:05 - 2:09
    em metade da população depois disso tudo?
  • 2:11 - 2:13
    O que está acontecendo?
  • 2:13 - 2:17
    Bem, acontece que as células
    usadas nos laboratórios
  • 2:17 - 2:19
    eram células masculinas,
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    os animais usados nos estudos eram machos,
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    e os testes clínicos foram feitos
    quase exclusivamente em homens.
  • 2:29 - 2:35
    Como foi que o modelo masculino se tornou
    o padrão para a pesquisa médica?
  • 2:35 - 2:39
    Vejamos um exemplo
    que se popularizou na mídia,
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    relativo ao Zolpiden,
    um remédio para dormir.
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    O Zolpiden foi lançado no mercado
    há mais de 20 anos
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    e, desde então, centenas de milhões
    de receitas foram aviadas,
  • 2:52 - 2:56
    principalmente às mulheres, que sofrem
    mais com distúrbios do sono que os homens.
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    Mas, somente no ano passado,
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    a Food and Drug Administration
    recomendou cortar a dose pela metade
  • 3:03 - 3:06
    apenas para mulheres,
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    pois perceberam que as mulheres
    metabolizam a droga
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    numa velocidade menor do que os homens,
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    o que faz com que acordem de manhã
  • 3:13 - 3:17
    com uma quantidade maior
    da droga ativa em seu sistema.
  • 3:17 - 3:21
    E, aí, sonolentas, saem
    ao volante de um carro
  • 3:21 - 3:24
    e correm o risco de um acidente
    com veículos motores.
  • 3:25 - 3:29
    E não posso deixar de pensar,
    como médica de emergência,
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    quantas das pacientes
    das quais cuidei ao longo dos anos
  • 3:34 - 3:37
    se envolveram em acidente
    com veículo motor,
  • 3:37 - 3:40
    que provavelmente poderia ter sido evitado
  • 3:40 - 3:45
    se esse tipo de análise tivesse sido feito
    e posto em prática 20 anos atrás,
  • 3:45 - 3:47
    quando essa droga foi lançada.
  • 3:49 - 3:53
    Quantas outras coisas precisam ser
    analisadas do ponto de vista do gênero?
  • 3:53 - 3:56
    O que mais estamos deixando escapar?
  • 3:58 - 4:01
    A Segunda Guerra Mundial
    mudou muitas coisas,
  • 4:01 - 4:04
    e uma delas foi a necessidade
    de evitar que as pessoas
  • 4:04 - 4:09
    se tornassem vítimas da pesquisa
    médica sem seu livre consentimento.
  • 4:09 - 4:13
    Assim, foram estabelecidas
    algumas orientações ou regras necessárias,
  • 4:13 - 4:18
    e parte disso foi o desejo de proteger
    as mulheres em idade fértil
  • 4:18 - 4:21
    de participar de quaisquer
    pesquisas médicas.
  • 4:22 - 4:27
    Havia medo: e se algo acontecesse
    ao feto durante o estudo?
  • 4:27 - 4:29
    Quem seria o responsável?
  • 4:30 - 4:33
    E, na verdade, os cientistas
    daquela época acharam
  • 4:33 - 4:35
    que isso foi um mal que veio para o bem,
  • 4:35 - 4:41
    pois, vamos reconhecer, o corpo
    do homem é muito mais homogêneo.
  • 4:41 - 4:44
    Eles não possuem a constante
    flutuação dos níveis hormonais
  • 4:44 - 4:48
    que poderia afetar os dados limpos
    que conseguiriam testando apenas homens.
  • 4:49 - 4:52
    Era mais fácil. Era mais barato.
  • 4:54 - 4:57
    Sem contar que, naquele tempo,
    havia uma crença generalizada
  • 4:57 - 5:01
    de que homens e mulheres eram
    semelhantes em todos os aspectos,
  • 5:01 - 5:04
    exceto pelos órgãos reprodutivos
    e pelos hormônios sexuais.
  • 5:05 - 5:08
    Então, decidiu-se assim:
  • 5:09 - 5:13
    a pesquisa médica seria feita em homens,
  • 5:13 - 5:15
    e, mais tarde, os resultados
    seriam aplicados às mulheres.
  • 5:17 - 5:21
    O que isso causou à noção
    de saúde da mulher?
  • 5:21 - 5:25
    A saúde da mulher tornou-se
    sinônimo de reprodução:
  • 5:25 - 5:30
    mamas, ovários, útero, gravidez.
  • 5:30 - 5:33
    É esse termo que chamamos
    agora de "medicina do biquíni".
  • 5:34 - 5:37
    E foi assim até cerca dos anos 1980,
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    quando esse conceito foi questionado
    pela comunidade médica
  • 5:41 - 5:45
    e pelos formuladores de políticas
    de saúde pública, ao perceberem
  • 5:45 - 5:49
    que excluir as mulheres de todos
    os estudos na pesquisa médica,
  • 5:49 - 5:53
    na verdade, era prestar
    a elas um desserviço.
  • 5:53 - 5:55
    E, exceto pelas questões reprodutivas,
  • 5:55 - 6:00
    pouco se sabia sobre as necessidades
    específicas da paciente mulher.
  • 6:01 - 6:07
    Desde aquela época, uma quantidade
    enorme de evidências vieram à tona,
  • 6:07 - 6:12
    mostrando-nos como homens e mulheres
    são diferentes em todos os aspectos.
  • 6:17 - 6:20
    Temos um ditado em medicina que diz:
  • 6:20 - 6:23
    "criança não é um adulto em miniatura".
  • 6:25 - 6:27
    E dizemos isso para lembrar a nós mesmos
  • 6:27 - 6:32
    que as crianças têm uma fisiologia
    diferente da dos adultos normais.
  • 6:33 - 6:38
    E foi por causa disso que surgiu
    a especialidade médica da pediatria.
  • 6:38 - 6:44
    Agora, realizamos pesquisas
    com crianças para melhorar a vida delas.
  • 6:45 - 6:48
    E sei que o mesmo pode ser
    dito com relação às mulheres.
  • 6:48 - 6:53
    As mulheres não são apenas
    homens com peitos e trompas.
  • 6:55 - 6:58
    Mas elas têm uma anatomia
    e fisiologia próprias
  • 6:58 - 7:02
    que merecem ser estudadas
    com o mesmo interesse.
  • 7:03 - 7:06
    O sistema cardiovascular, por exemplo.
  • 7:07 - 7:11
    Nessa área da medicina, tem-se
    feito o máximo para descobrir
  • 7:11 - 7:15
    por que parece que homens e mulheres
    têm infartos completamente diferentes.
  • 7:16 - 7:21
    A doença coronariana é a que mais mata,
    tanto homens quanto mulheres,
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    mas mais mulheres morrem no primeiro ano
    após ter um infarto do que os homens.
  • 7:27 - 7:31
    Homens reclamam de dor opressiva no peito,
  • 7:31 - 7:34
    como se houvesse um elefante
    sentado em seu peito.
  • 7:34 - 7:36
    E chamamos isso de típico.
  • 7:38 - 7:41
    As mulheres têm dor no peito também.
  • 7:41 - 7:48
    Contudo, mais mulheres do que homens
    reclamam de "não se sentir muito bem",
  • 7:49 - 7:52
    "estar com falta de ar",
  • 7:52 - 7:54
    "se sentir tão cansada ultimamente".
  • 7:55 - 7:58
    E, por alguma razão,
    chamamos isso de atípico,
  • 7:58 - 8:02
    mesmo que, como mencionei,
    as mulheres sejam metade da população.
  • 8:04 - 8:09
    Então, qual é a evidência que explica
    algumas dessas diferenças?
  • 8:10 - 8:13
    Se observarmos a anatomia,
  • 8:13 - 8:19
    os vasos sanguíneos ao redor do coração
    são menores nas mulheres,
  • 8:19 - 8:23
    e a forma como esses vasos sanguíneos
    desenvolvem a doença é diferente
  • 8:23 - 8:25
    nas mulheres, comparado com os homens.
  • 8:26 - 8:31
    E os exames que usamos para determinar
    o risco de alguém ter um ataque cardíaco
  • 8:31 - 8:36
    foram inicialmente criados, testados
    e aperfeiçoados em homens
  • 8:36 - 8:39
    e, assim, não são muito bons
    para detectar isso em mulheres.
  • 8:40 - 8:43
    E, se pensarmos nos remédios,
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    remédios comuns que usamos, como aspirina,
  • 8:48 - 8:52
    damos aspirina para homens saudáveis
    para ajudar a prevenir ataques cardíacos,
  • 8:52 - 8:57
    mas vocês sabiam que a aspirina
    para uma mulher saudável
  • 8:57 - 8:58
    na verdade é prejudicial?
  • 9:00 - 9:03
    O que isso claramente nos mostra
  • 9:03 - 9:06
    é que se trata apenas da ponta do iceberg.
  • 9:07 - 9:11
    A medicina de emergência é uma área
    que tem um ritmo frenético.
  • 9:12 - 9:15
    Em quantos tratamentos médicos
    que envolvem risco de vida,
  • 9:15 - 9:19
    como no caso do câncer e do derrame,
  • 9:19 - 9:23
    há diferenças importantes entre os sexos
    às quais deveríamos atentar?
  • 9:24 - 9:29
    Até para saber por que alguns têm
    mais problema de nariz escorrendo
  • 9:29 - 9:31
    do que outros,
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    ou por que os remédios dados
    para aliviar a dor das topadas no dedão
  • 9:35 - 9:38
    funcionam para alguns, e não para outros?
  • 9:41 - 9:47
    O Instituto de Medicina afirma
    que toda célula tem um sexo.
  • 9:48 - 9:49
    O que isto significa?
  • 9:51 - 9:53
    Sexo é DNA.
  • 9:53 - 9:57
    Gênero é a forma como alguém
    se apresenta na sociedade.
  • 9:58 - 10:00
    E esses dois nem sempre combinam,
  • 10:00 - 10:04
    como podemos ver na população transgênero.
  • 10:05 - 10:10
    Mas é importante perceber que,
    desde o momento da concepção,
  • 10:10 - 10:12
    todas as células do nosso corpo,
  • 10:12 - 10:15
    pele, cabelo, coração e pulmões,
  • 10:15 - 10:18
    contêm nosso DNA único,
  • 10:18 - 10:22
    e esse DNA contém
    os cromossomos que determinam
  • 10:22 - 10:27
    se vamos nos tornar macho
    ou fêmea, homem ou mulher.
  • 10:28 - 10:30
    Costumava-se pensar
  • 10:30 - 10:34
    que esses cromossomos determinantes
    do sexo mostrados aqui,
  • 10:34 - 10:38
    XY para macho, XX para fêmea,
  • 10:38 - 10:43
    meramente determinavam se íamos
    nascer com ovários ou testículos,
  • 10:43 - 10:47
    e eram os hormônios sexuais
    que esses órgãos produziam
  • 10:47 - 10:51
    que eram os responsáveis pelas diferenças
    que vemos no sexo oposto.
  • 10:53 - 10:58
    Mas sabemos que essa teoria está errada,
  • 10:58 - 11:00
    ou pelo menos está um pouco incompleta.
  • 11:00 - 11:05
    E, graças a cientistas como o Dr. Page,
    do Whitehead Institute,
  • 11:05 - 11:07
    que trabalha com o cromossomo Y,
  • 11:07 - 11:09
    e o Dr. Yang, da UCLA,
  • 11:09 - 11:15
    que encontraram evidências de que
    esses cromossomos determinantes do sexo,
  • 11:15 - 11:17
    presentes em todas
    as células do nosso corpo,
  • 11:17 - 11:23
    continuam ativos durante toda nossa vida
  • 11:25 - 11:28
    e poderiam ser os responsáveis
    pelas diferenças que vemos
  • 11:28 - 11:30
    na dosagem das drogas,
  • 11:30 - 11:33
    ou pelas diferenças
    entre homens e mulheres
  • 11:33 - 11:37
    na susceptibilidade
    e severidade das doenças.
  • 11:39 - 11:43
    Este novo conhecimento é decisivo,
  • 11:45 - 11:49
    e cabe aos cientistas continuarem
    a descobrir essas evidências,
  • 11:49 - 11:53
    mas cabe aos médicos começarem
    a traduzir esses dados
  • 11:53 - 11:55
    no leito dos pacientes
  • 11:55 - 11:57
    hoje.
  • 11:57 - 11:59
    Imediatamente.
  • 12:01 - 12:05
    Eu ajudo nisso. Sou cofundadora
    de uma organização nacional
  • 12:05 - 12:08
    chamada "Sex and Gender
    Women's Health Collaborative",
  • 12:08 - 12:12
    em que coletamos todos esses dados,
    que ficam disponíveis para o ensino
  • 12:12 - 12:14
    e para o cuidado dos pacientes.
  • 12:14 - 12:19
    E estamos tentando promover
    um debate entre os educadores médicos.
  • 12:20 - 12:22
    É uma grande empreitada.
  • 12:22 - 12:27
    Está havendo mudança na formação médica.
  • 12:29 - 12:31
    Mas acredito neles.
  • 12:32 - 12:38
    Sei que vão perceber a importância
    de se adotar o ponto de vista do gênero
  • 12:38 - 12:40
    no atual currículo escolar.
  • 12:41 - 12:46
    Tem a ver com treinar futuros provedores
    de assistência médica corretamente.
  • 12:48 - 12:50
    E, regionalmente,
  • 12:50 - 12:54
    sou cocriadora de um setor dentro
    do Departamento de Medicina de Emergência
  • 12:54 - 12:55
    aqui na Brown University,
  • 12:55 - 12:58
    chamado "Sexo e Gênero
    na Medicina de Emergência",
  • 12:58 - 13:03
    e realizamos pesquisas para determinar
    as diferenças entre homens e mulheres
  • 13:03 - 13:05
    nas situações de emergência,
  • 13:05 - 13:10
    como doença cardíaca, derrame,
    sepse e abuso de substâncias,
  • 13:10 - 13:15
    mas também acreditamos
    que a educação é fundamental.
  • 13:15 - 13:19
    Criamos um modelo de educação abrangente.
  • 13:19 - 13:25
    Temos programas para os médicos,
    para os enfermeiros, para os estudantes
  • 13:25 - 13:27
    e para os pacientes.
  • 13:28 - 13:32
    Porque isso não pode ser deixado a cargo
    apenas dos profissionais de saúde.
  • 13:32 - 13:36
    Todos tempos um papel a desempenhar.
  • 13:37 - 13:41
    Mas tenho de lhes avisar que não é fácil.
  • 13:42 - 13:44
    Na verdade, é difícil.
  • 13:45 - 13:50
    Basicamente, é mudar a forma
    como pensamos a medicina,
  • 13:50 - 13:53
    a saúde e a pesquisa.
  • 13:54 - 13:57
    É mudar nosso relacionamento
    com o sistema de saúde.
  • 13:58 - 14:01
    Mas não há volta.
  • 14:01 - 14:05
    Agora sabemos o bastante
  • 14:05 - 14:09
    para saber que não estávamos
    no caminho certo.
  • 14:10 - 14:12
    Martin Luther King Jr. disse:
  • 14:12 - 14:17
    “A mudança não anda
    sobre as rodas da inevitabilidade,
  • 14:17 - 14:20
    mas acontece através da luta contínua".
  • 14:20 - 14:24
    E o primeiro passo em direção
    à mudança é a conscientização.
  • 14:24 - 14:29
    Não tem a ver somente com melhorar
    o tratamento para as mulheres.
  • 14:29 - 14:34
    Tem a ver com prestar assistência
    médica personalizada a todos.
  • 14:35 - 14:39
    Essa conscientização tem
    o poder de transformar
  • 14:39 - 14:43
    os serviços de saúde para
    homens e mulheres.
  • 14:43 - 14:49
    E, de agora em diante, quero
    que perguntem a seus médicos
  • 14:49 - 14:53
    se o tratamento que estão recebendo
    é específico para seu sexo e gênero.
  • 14:54 - 14:57
    Talvez eles não saibam a resposta
  • 14:57 - 14:58
    ainda.
  • 14:59 - 15:03
    Mas o debate começou e podemos
    todos aprender juntos.
  • 15:04 - 15:11
    Lembrem-se, para mim e meus colegas
    da área, seu sexo e gênero importam.
  • 15:11 - 15:13
    Obrigada.
  • 15:13 - 15:17
    (Aplausos)
Title:
Por que os remédios frequentemente apresentam efeitos colaterais perigosos para as mulheres
Speaker:
Alyson McGregor
Description:

Em grande parte do século passado, as drogas aprovadas e lançadas no mercado foram testadas apenas em pacientes masculinos, levando a dosagens inadequadas e a efeitos colaterais inaceitáveis para as mulheres. Apenas recentemente, diferenças fisiológicas importantes entre homens e mulheres foram levadas em consideração na pesquisa médica. A médica especialista em emergência, Dra. Alyson McGregor, estuda essas diferenças e, em sua fascinante palestra, discute a história por trás de como o modelo masculino se tornou o padrão para a pesquisa médica, mostrando que entender as diferenças entre homens e mulheres pode levar a tratamentos mais efetivos para ambos os sexos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:29
  • Solicito ao LC que aprovar esta palestra a gentileza de voltar para o original o uso do "por que" na seguinte linha (penso que é separado mesmo, e não como ficou após a revisão):

    "1:231:27 Porque estamos descobrindo
    efeitos colaterais nas mulheres".

    Desde já, muito obrigada.
    Raissa

Portuguese, Brazilian subtitles

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