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O segredo feliz para trabalhar melhor

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    Quando eu tinha sete anos
    e minha irmã apenas cinco,
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    estávamos brincando
    na cama de cima de um beliche.
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    Eu era dois anos mais velho do que ela;
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    quero dizer, continuo dois anos
    mais velho agora;
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    mas na época, isso significava que ela
    tinha que fazer tudo que eu mandava,
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    e eu queria brincar de guerra.
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    Estávamos na cama de cima do beliche.
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    E num lado da cama,
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    eu tinha colocado todos
    os meus soldadinhos e arminhas.
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    E do outro lado estavam os
    My Little Ponies da minha irmã
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    prontos para um ataque da cavalaria.
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    Há diferentes versões
    do que aconteceu naquela tarde,
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    mas como minha irmã não está aqui hoje,
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    eu vou lhes contar
    a verdadeira historia:
  • 0:35 - 0:36
    (Risos)
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    minha irmã é um pouquinho desajeitada.
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    De algum jeito, sem ajuda ou um empurrão
    de seu irmão mais velho,
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    de repente Amy desapareceu
    de cima da cama beliche
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    e aterrissou no chão com um estrondo.
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    E eu, nervoso, espiei do lado da cama
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    para ver o que havia acontecido
    com a minha irmã
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    e vi que ela aterrissada
    sobre suas mãos e joelhos,
  • 0:53 - 0:54
    de quatro no chão.
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    Eu estava nervoso porque
    meus pais tinham me feito
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    prometer que minha irmã e eu
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    brincaríamos com segurança
    e sem fazer muito barulho.
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    E sabendo que acidentalmente
    eu tinha quebrado o braço de Amy
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    somente uma semana antes ...
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    (Risos)
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    heroicamente tirando-a do caminho
  • 1:13 - 1:16
    de um tiro iminente e imaginário
  • 1:16 - 1:18
    (Risos)
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    pelo qual ainda não me agradeceram,
  • 1:20 - 1:22
    Eu tentava fazer tudo o possível --
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    ela não esperava por aquilo.
  • 1:24 - 1:26
    Eu estava tentando me comportar
    da melhor maneira possível.
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    E vi seu rosto,
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    um grito de dor, sofrimento e surpresa
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    ameaçando entrar em erupção
    em sua boca e acordar
  • 1:32 - 1:34
    meus pais do longo cochilo
    de inverno no qual estavam.
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    Então fiz a única coisa que
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    minha frenética cabecinha de sete anos
    podia pensar para evitar uma tragédia.
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    Se tiverem filhos, já devem
    ter visto isso várias vezes
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    Eu disse: “Amy, espera.
    Não chore. Não chore.
  • 1:45 - 1:46
    Você viu como você caiu?
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    Nenhum ser humano cai de quatro assim.
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    Amy, acho que isso significa
    que você é um unicórnio.”
  • 1:51 - 1:54
    (Risos)
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    Foi trapaça porque não havia nada
    neste mundo que minha irmã queria mais
  • 1:57 - 2:00
    do que não ser Amy, a irmãzinha machucada,
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    mas Amy, o unicórnio especial.
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    Claro que em sua cabeça essa era
    uma opção que lhe parecia impossível.
  • 2:05 - 2:08
    E podia-se ver como minha
    manipulada irmã encarava o conflito,
  • 2:08 - 2:10
    enquanto sua cabecinha
    tentava prestar atenção
  • 2:10 - 2:12
    ao sofrimento e a dor
    que sentia e a surpresa
  • 2:12 - 2:14
    que ela tinha acabado de vivenciar,
  • 2:14 - 2:17
    ou contemplar sua recém descoberta
    identidade de unicórnio.
  • 2:17 - 2:18
    E a última venceu.
  • 2:18 - 2:20
    Em vez de chorar,
    em vez de parar nossa brincadeira,
  • 2:20 - 2:22
    em vez de acordar meus pais,
  • 2:22 - 2:24
    com todas as consequências
    negativas para mim,
  • 2:24 - 2:26
    em vez disso, um sorriso cobriu seu rosto
  • 2:26 - 2:30
    e ela voltou para cima do beliche
    com a graça de um bebê unicórnio ...
  • 2:30 - 2:32
    (Risos)
  • 2:32 - 2:33
    … com uma perna quebrada.
  • 2:33 - 2:35
    O que descobrimos
  • 2:35 - 2:37
    na tenra idade de cinco e sete --
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    não tínhamos a mínima ideia na época --
  • 2:39 - 2:42
    é algo que estaria na vanguarda
    de uma revolução científica,
  • 2:42 - 2:45
    que viria 20 anos depois, no modo
    de observar o cérebro humano.
  • 2:45 - 2:48
    O que descobrimos
    foi algo chamado psicologia positiva,
  • 2:48 - 2:49
    que é a razão de eu estar aqui hoje
  • 2:49 - 2:51
    e de eu acordar toda manhã.
  • 2:51 - 2:53
    Quando comecei a falar sobre essa pesquisa
  • 2:53 - 2:55
    fora do mundo acadêmico,
    com empresas e escolas,
  • 2:55 - 2:58
    a primeira coisa que me disseram
    para nunca fazer
  • 2:58 - 3:00
    era começar uma palestra com um gráfico.
  • 3:00 - 3:03
    A primeira coisa, vou começar
    a palestra com um gráfico.
  • 3:03 - 3:04
    Esse gráfio parece chato,
  • 3:04 - 3:06
    mas é a razão de eu me animar
    todo dia de manhã.
  • 3:06 - 3:09
    E ele não significa nada,
    são dados falsos.
  • 3:09 - 3:10
    O que descobrimos foi...
  • 3:10 - 3:12
    (Risos)
  • 3:12 - 3:16
    Se eu tivesse esses dados num estudo
    neste salão eu ficaria emocionado,
  • 3:16 - 3:18
    porque há uma tendência
    óbvia acontecendo aqui,
  • 3:18 - 3:21
    e isso significa que posso
    conseguir uma publicação,
  • 3:21 - 3:22
    que é o que realmente importa.
  • 3:22 - 3:25
    O fato de que há um ponto vermelho
    esquisito acima da curva,
  • 3:25 - 3:27
    há uma pessoa esquisita no salão;
  • 3:27 - 3:29
    eu sei quem é, eu o vi antes;
  • 3:29 - 3:31
    não é um problema.
  • 3:31 - 3:33
    Não importa, como a maioria sabe,
  • 3:33 - 3:35
    porque eu bem posso apagar aquele ponto.
  • 3:35 - 3:38
    Posso apagar porque claramente
    é um erro de medição
  • 3:38 - 3:39
    E sabemos que é um erro de medição
  • 3:39 - 3:41
    porque está atrapalhando meus dados.
  • 3:41 - 3:43
    (Risos)
  • 3:43 - 3:45
    Uma das primeiras coisas que ensinamos
  • 3:45 - 3:48
    nos cursos de economia,
    estatística, administração e psicologia
  • 3:48 - 3:51
    é como eliminar os esquisitos
    de uma forma estatisticamente válida.
  • 3:51 - 3:53
    Como eliminamos essas discrepâncias
  • 3:53 - 3:55
    para encontrar a linha de melhor ajuste?
  • 3:55 - 3:57
    O que é fantástico se eu quiser saber
  • 3:57 - 4:00
    quantos Advil uma pessoa comum
    deveria tomar: dois.
  • 4:00 - 4:02
    Mas se estou interessado no potencial,
  • 4:02 - 4:04
    ou na felicidade, ou na produtividade
  • 4:04 - 4:05
    ou na energia ou na criatividade,
  • 4:05 - 4:08
    estamos criando
    um culto científico dos medianos.
  • 4:08 - 4:09
    Se eu fizer uma pergunta tipo,
  • 4:09 - 4:12
    "Quanto uma criança demora
    para aprender a ler em sala de aula?"
  • 4:12 - 4:15
    cientistas mudam a pergunta para
    “Quanto uma criança demora,
  • 4:15 - 4:17
    em média, para aprender
    a ler em sala de aula?”
  • 4:17 - 4:19
    e ajustamos as classes
    de acordo com a média.
  • 4:19 - 4:21
    Agora, se caem abaixo
    da média nesta curva,
  • 4:21 - 4:23
    aí os psicólogos se animam,
  • 4:23 - 4:26
    porque significa que você
    está deprimido ou tem um problema,
  • 4:26 - 4:27
    ou, com sorte, ambos.
  • 4:27 - 4:27
    (Risos)
  • 4:27 - 4:30
    Esperamos ambos porque
    nosso modelo de negócios
  • 4:30 - 4:32
    se você vem a uma sessão
    com um problema,
  • 4:32 - 4:34
    fazemos questão que
    saia sabendo que tem 10,
  • 4:34 - 4:35
    para que volte muitas vezes.
  • 4:35 - 4:38
    Vamos levá-lo de volta
    a sua infância, se necessário,
  • 4:38 - 4:40
    mas, no final, só queremos
    deixá-lo normal de novo.
  • 4:40 - 4:42
    Mas normal é meramente mediano.
  • 4:42 - 4:44
    E o que eu a psicologia positiva propomos
  • 4:44 - 4:45
    é que estudando o meramente mediano,
  • 4:45 - 4:47
    nós vamos continuar meramente medianos.
  • 4:47 - 4:50
    Em vez de apagar
    essas discrepâncias positivas,
  • 4:50 - 4:51
    eu vejo uma população como essa
  • 4:51 - 4:52
    e pergunto: por quê?
  • 4:52 - 4:54
    Por que alguns estão tão acima da curva
  • 4:54 - 4:57
    em termos de habilidade
    intelectual, atlética e musical,
  • 4:57 - 4:59
    criatividade, níveis de energia,
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    resiliência em frente a desafios,
    senso de humor?
  • 5:01 - 5:04
    Seja o que for, em vez de deletá-lo,
    prefiro estudá-lo.
  • 5:04 - 5:06
    Pois talvez obtenhamos informação;
  • 5:06 - 5:08
    não só como levantar
    as pessoas até a média,
  • 5:08 - 5:10
    mas como podemos levantar todo a média
  • 5:10 - 5:12
    em nossas empresas
    e escolas do mundo inteiro.
  • 5:12 - 5:14
    Esse gráfico é importante porque
  • 5:14 - 5:17
    quando ouço o noticiário,
    parece que a maioria da informação
  • 5:17 - 5:19
    não é positiva, na verdade, é negativa.
  • 5:19 - 5:22
    A maioria é sobre assassinato,
    corrupção, doenças, desastres naturais.
  • 5:22 - 5:24
    E rapidamente meu cérebro
    começa a pensar,
  • 5:24 - 5:27
    é a proporção correta de negativo
    para positivo no mundo.
  • 5:27 - 5:29
    O que está fazendo é criar algo
  • 5:29 - 5:31
    chamado de síndrome
    da faculdade de medicina;
  • 5:31 - 5:33
    que se conhecem estudante de medicina,
  • 5:33 - 5:35
    no primeiro ano de treinamento médico,
  • 5:35 - 5:37
    lendo a lista de sintomas
    e doenças que poderiam ser,
  • 5:37 - 5:39
    de repente percebem que têm todos.
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    Tenho um cunhado
    chamado Bobo; outra história.
  • 5:41 - 5:43
    Bobo casou-se com Amy, o unicórnio.
  • 5:43 - 5:46
    Bobo me ligou
  • 5:46 - 5:49
    da Faculdade de Medicina de Yale
  • 5:49 - 5:51
    e disse: Shawn, tenho lepra.”
  • 5:51 - 5:52
    (Risos)
  • 5:52 - 5:54
    Que, até em Yale, é bastante raro.
  • 5:54 - 5:57
    Mas não sabia como consolar
    o pobre do Bobo
  • 5:57 - 6:00
    pois ele tinha acabado de se recuperar
    de uma semana com menopausa.
  • 6:00 - 6:01
    (Risos)
  • 6:01 - 6:04
    Descobrimos que a realidade
    não necessariamente nos molda ,
  • 6:04 - 6:08
    mas as lentes pelas quais o cérebro
    vê o mundo que moldam sua realidade.
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    E se conseguirmos mudar as lentes,
    não só podemos mudar a felicidade,
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    mas também cada resultado educacional
    e empresarial, ao mesmo tempo.
  • 6:15 - 6:17
    Quando me candidatei a Harvard,
    me inscrevi como um desafio.
  • 6:17 - 6:20
    Não esperava entrar e minha família
    não podia pagar faculdade.
  • 6:20 - 6:24
    Duas semanas depois, consegui uma bolsa
    de estudos militar e me admitiram.
  • 6:24 - 6:27
    Então, o que nem era
    uma possibilidade, tornou-se realidade.
  • 6:27 - 6:30
    Quando cheguei, achei que todos
    considerariam um privilégio,
  • 6:30 - 6:31
    que estariam animados.
  • 6:31 - 6:34
    Mesmo estando numa sala cheia
    de gente mais esperta que você,
  • 6:34 - 6:37
    você estaria feliz só de estar
    naquela sala, foi isso que senti.
  • 6:37 - 6:38
    Mas o que descobri
  • 6:38 - 6:39
    é que algumas pessoas sentem isso,
  • 6:39 - 6:41
    quando me formei em quatro anos
  • 6:41 - 6:44
    e passei os próximos oito
    em dormitórios com os estudantes;
  • 6:44 - 6:46
    Harvard me pediu, eu não era esse cara.
  • 6:46 - 6:47
    (Risos)
  • 6:47 - 6:50
    Eu trabalhava em Harvard aconselhando
    estudantes nos difíceis quatro anos.
  • 6:50 - 6:52
    E o que encontrei
    em pesquisas e dando aulas
  • 6:52 - 6:55
    é que esses estudantes,
    por mais felizes que sejam
  • 6:55 - 6:57
    com o sucesso de entrar na universidade,
  • 6:57 - 7:00
    duas semanas depois, não focavam
    o privilégio de estar lá,
  • 7:00 - 7:01
    nem na filosofia ou na física.
  • 7:01 - 7:03
    Eles focavam a competição,
    o trabalho acadêmico,
  • 7:03 - 7:05
    os problemas, as pressões, as reclamações.
  • 7:05 - 7:09
    Quando fui lá pela primeira vez,
    entrei no salão de jantar dos calouros,
  • 7:09 - 7:12
    que era onde meus amigos
    de Waco, Texas, onde eu cresci;
  • 7:12 - 7:14
    sei que alguns de vocês já ouviram falar;
  • 7:14 - 7:16
    Quando vinham me visitar,
    olhavam ao redor,
  • 7:16 - 7:17
    e diziam: “Este salão parece algo
  • 7:17 - 7:20
    de Hogwarts do filme “Harry Potter”
    e parece mesmo.
  • 7:20 - 7:23
    Este é Hogwarts do filme
    "Harry Potter" e este é Harvard.
  • 7:23 - 7:24
    E quando veem isso,
  • 7:24 - 7:27
    dizem: “Shawn, por que você perde tempo
    estudando felicidade em Harvard?
  • 7:27 - 7:29
    Sério, o que pode fazer
    um estudante de Harvard
  • 7:29 - 7:30
    se sentir infeliz?”
  • 7:30 - 7:31
    Implícito nessa pergunta
  • 7:31 - 7:34
    está a chave para o entendimento
    da ciência da felicidade.
  • 7:34 - 7:35
    Porque o que ela presume
  • 7:35 - 7:39
    é que o nosso mundo externo
    pode prever nossos níveis de felicidade,
  • 7:39 - 7:41
    quando na realidade,
    se sei tudo sobre seu mundo externo,
  • 7:41 - 7:44
    só posso prever 10%
    da sua felicidade a longo prazo.
  • 7:44 - 7:46
    90% da sua felicidade a longo prazo
  • 7:46 - 7:47
    não é prevista pelo mundo externo,
  • 7:47 - 7:50
    mas pela maneira como seu cérebro
    processa o mundo.
  • 7:50 - 7:51
    E se mudarmos,
  • 7:51 - 7:54
    se mudarmos nossa fórmula
    da felicidade e sucesso,
  • 7:54 - 7:56
    o que podemos fazer é mudar a forma
  • 7:56 - 7:58
    que podemos então afetar a realidade.
  • 7:58 - 8:00
    Descobrimos que somente
    25% do sucesso profissional
  • 8:00 - 8:02
    são previstos por QI.
  • 8:02 - 8:03
    75% do sucesso profissional
  • 8:03 - 8:06
    são previstos pelo seus níveis
    de otimismo, seu suporte social
  • 8:06 - 8:09
    e sua capacidade de ver o estresse
    como desafio, e não como ameaça.
  • 8:09 - 8:13
    Falei em um colégio em New England,
    talvez o de maior prestigio
  • 8:13 - 8:15
    e disseram: “Já sabemos disso.
  • 8:15 - 8:18
    Todo ano, não só ensinamos os alunos,
    mas também temos uma semana do bem-estar
  • 8:18 - 8:22
    É fantástico. Na noite de segunda-feira
    temos um expert e líder mundial
  • 8:22 - 8:24
    que vai falar sobre depressão adolescente.
  • 8:24 - 8:27
    Na terça-feira é sobre violência
    e bullying na escola.
  • 8:27 - 8:28
    Na quarta, distúrbios alimentares.
  • 8:28 - 8:30
    Quinta, como evitar o uso das drogas.
  • 8:30 - 8:33
    E na sexta estamos decidindo
    entre riscos do sexo ou felicidade."
  • 8:33 - 8:34
    (Risos)
  • 8:34 - 8:37
    Eu disse: "Isso é a noite de sexta
    para a maioria das pessoas."
  • 8:37 - 8:39
    (Risos)
  • 8:39 - 8:41
    (Aplausos)
  • 8:41 - 8:44
    Fico feliz por vocês terem gostado,
    eles não gostaram nem um pouco.
  • 8:44 - 8:46
    Silêncio no telefone.
  • 8:46 - 8:49
    E no silêncio, eu disse: “Ficaria feliz
    de dar uma palestra em sua escola,
  • 8:49 - 8:53
    Mas saiba que isso não é uma semana
    do bem-estar, é uma semana da doença.
  • 8:53 - 8:55
    Delineou todas as coisas
    negativas que podem acontecer,
  • 8:55 - 8:57
    mas não falou das positivas.”
  • 8:57 - 8:58
    A ausência da doença não é saúde.
  • 8:58 - 9:00
    Aqui está como chegamos à saúde:
  • 9:00 - 9:03
    Precisamos inverter a fórmula
    da felicidade e do sucesso.
  • 9:03 - 9:05
    Nos últimos três anos viajei
    a 45 países diferentes,
  • 9:05 - 9:07
    trabalhando em escolas e empresas
  • 9:07 - 9:08
    no meio de um declínio econômico.
  • 9:08 - 9:11
    E, o que vi é que a maior parte
    das empresas e escolas
  • 9:11 - 9:13
    segue uma fórmula do sucesso, que é:
  • 9:13 - 9:15
    se eu trabalhar mais duro
    serei mais bem-sucedido.
  • 9:15 - 9:18
    E se eu for mais bem-sucedido,
    então serei mais feliz.
  • 9:18 - 9:20
    É base para nosso estilo
    parental, de gestão,
  • 9:20 - 9:23
    e para a maneira como motivamos
    nosso comportamento.
  • 9:23 - 9:26
    O problema é que é cientificamente
    incorreta e retrógrada por duas razões.
  • 9:26 - 9:28
    Primeiro, cada vez
    que seu cérebro tem um sucesso
  • 9:28 - 9:30
    você acabou de alterar a meta do sucesso.
  • 9:30 - 9:33
    Você teve boas notas,
    agora precisa de notas melhores,
  • 9:33 - 9:35
    entrou numa boa escola
    e depois, numa escola melhor,
  • 9:35 - 9:38
    conseguiu um bom emprego,
    agora, um emprego melhor,
  • 9:38 - 9:40
    atingiu sua meta das vendas,
    vamos mudar sua meta.
  • 9:40 - 9:44
    Se a felicidade estiver oposta ao sucesso,
    seu cérebro nunca chega.
  • 9:44 - 9:45
    Nós empurramos a felicidade,
  • 9:45 - 9:47
    além do horizonte cognitivo,
    como sociedade.
  • 9:47 - 9:50
    E é porque pensamos
    que precisamos ser bem sucedidos,
  • 9:50 - 9:51
    e seremos mais felizes.
  • 9:51 - 9:54
    O problema é que nosso cérebro
    funciona no sentido oposto.
  • 9:54 - 9:56
    Se elevarmos o positivismo
    de alguém no presente,
  • 9:56 - 9:59
    seu cérebro vivencia o que
    chamamos de vantagem da felicidade,
  • 9:59 - 10:00
    ou seja, o cérebro no positivo
  • 10:00 - 10:02
    tem um desmpenho significativamente melhor
  • 10:02 - 10:05
    do que no negativo, neutro ou estressado.
  • 10:05 - 10:08
    Sua inteligência, criatividade,
    seu nível de energia aumentam.
  • 10:08 - 10:09
    De fato, descobrimos
  • 10:09 - 10:11
    que todos os resultados
    em negócios melhoram.
  • 10:11 - 10:13
    Um cérebro no positivo
    é 31% mais produtivo
  • 10:13 - 10:15
    que no negativo, neutro ou estressado
  • 10:15 - 10:17
    Você é 37% melhor nas vendas.
  • 10:17 - 10:19
    Os médicos são 19%
    mais rápidos e precisos,
  • 10:19 - 10:21
    para identificar o diagnóstico correto
  • 10:21 - 10:23
    quando positivo em vez de negativo,
    neutro ou estressado.
  • 10:23 - 10:26
    Isso indica que nós podemos
    inverter a fórmula.
  • 10:26 - 10:28
    Se acharmos um jeito
    de ficar positivo no presente,
  • 10:28 - 10:31
    nossos cérebros funcionariam
    com mais sucesso ainda
  • 10:31 - 10:34
    pois somos capazes de trabalhar mais,
    mais rápido e mais inteligentemente.
  • 10:34 - 10:36
    Precisamos aprender
    como inverter esta fórmula
  • 10:36 - 10:39
    para começar a ver o que nosso cérebro
    é realmente capaz de fazer.
  • 10:39 - 10:43
    Porque a dopamina, que inunda seu sistema
    quando você está positivo,
  • 10:43 - 10:44
    tem duas funções.
  • 10:44 - 10:45
    Ela não só deixa mais feliz,
  • 10:45 - 10:48
    ela aciona todos os centros
    de aprendizagem do seu cérebro
  • 10:48 - 10:50
    permitindo-lhe se adaptar
    ao mundo de forma diferente.
  • 10:50 - 10:53
    Descobrimos que há maneiras
    de treinar o cérebro
  • 10:53 - 10:54
    para que se torne mais positivo.
  • 10:54 - 10:57
    Em intervalos de dois minutos
    durante 21 dias consecutivos,
  • 10:57 - 10:59
    podemos reprogramar seu cérebro,
  • 10:59 - 11:01
    permitindo que ele trabalhe,
  • 11:01 - 11:03
    com mais otimismo e com mais sucesso.
  • 11:03 - 11:05
    Fizemos isso nas pesquisas
  • 11:05 - 11:07
    em todas as empresas com que trabalhei,
  • 11:07 - 11:10
    pedindo-lhes que escrevessem
    três coisas novas pelas quais são gratos.
  • 11:10 - 11:13
    durante 21 dias consecutivos,
    três coisas novas todo dia.
  • 11:13 - 11:14
    No final desse período,
  • 11:14 - 11:16
    o cérebro começou a reter um padrão
  • 11:16 - 11:19
    de buscar no mundo, não o negativo,
    mas primeiro o positivo.
  • 11:19 - 11:22
    Escrever uma experiência positiva
    que tenha tido nas últimas 24 horas
  • 11:22 - 11:24
    possibilita a seu cérebro revivê-la.
  • 11:24 - 11:27
    Exercícios ensinam seu cérebro
    que o comportamento é importante.
  • 11:27 - 11:29
    Vemos que a meditação ajuda o cérebro
  • 11:29 - 11:30
    a superar o TDAH cultural que criamos
  • 11:30 - 11:33
    ao tentar realizar
    múltiplas tarefas de uma vez
  • 11:33 - 11:35
    e ajuda o cérebro
    a se concentrar em uma tarefa.
  • 11:35 - 11:39
    E finalmente, atos aleatórios de gentileza
    são atos conscientes de gentileza.
  • 11:39 - 11:41
    Pedimos às pessoas,
    quando acessarem seu email,
  • 11:41 - 11:42
    escrever um email positivo
  • 11:42 - 11:44
    elogiando ou agradecendo alguém.
  • 11:44 - 11:45
    E ao fazer essas atividades
  • 11:45 - 11:48
    e treinar nosso cérebro
    tal como treinamos o nosso físico,
  • 11:48 - 11:51
    descobrimos que podemos inverter
    a fórmula da felicidade e sucesso,
  • 11:51 - 11:53
    e ao fazê-lo, não só criamos
    ondas de positividade,
  • 11:53 - 11:55
    mas criamos uma verdadeira revolução.
  • 11:55 - 11:57
    Muito obrigado.
  • 11:57 - 12:00
    (Aplausos)
Title:
O segredo feliz para trabalhar melhor
Speaker:
Shawn Achor
Description:

Acreditamos que devemos trabalhar para sermos felizes, mas será que poderia ser o contrário? Nesta palestra de fala rápida e divertida do TEDxBloomington, o psicólogo Shawn Achor argumenta que, na verdade, a felicidade inspira a produtividade.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:00

Portuguese, Brazilian subtitles

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