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Linguagem corporal, o poder está nas palmas das mãos | Allan Pease | TEDxMacquarieUniversity

  • 0:20 - 0:21
    Bom dia.
  • 0:23 - 0:25
    Antes de começar,
    vamos iluminar mais a sala
  • 0:25 - 0:27
    para que possa enxergar
    o rosto das "vítimas",
  • 0:27 - 0:30
    os participantes que vou escolher
    e ver onde estão.
  • 0:30 - 0:32
    Assim está melhor.
  • 0:32 - 0:35
    Coloquem a mão direita para frente
    como num aperto de mão.
  • 0:35 - 0:39
    Descruzem as pernas e relaxem.
    Mão direita para frente.
  • 0:39 - 0:41
    Quando eu disser "agora"
    vão fazer o seguinte:
  • 0:41 - 0:43
    vão virar para a pessoa ao lado
  • 0:43 - 0:45
    apertar as mãos
    como em um primeiro encontro
  • 0:45 - 0:48
    e continuar apertando até eu mandar parar.
  • 0:48 - 0:49
    Depois de parar, mantenham o aperto
  • 0:49 - 0:51
    e veremos o resultado. Entenderam?
  • 0:51 - 0:53
    Sem tempo para pensar. Façam agora.
  • 0:53 - 0:55
    Escolham alguém e apertem. Apertem, todos.
  • 0:55 - 0:57
    Apertem! Apertem! Apertem!
  • 0:57 - 1:00
    Parados! Segurem!
  • 1:00 - 1:03
    Mantenham o aperto de mãos.
  • 1:03 - 1:05
    Quem ficou com a mão por cima
    está dizendo:
  • 1:05 - 1:08
    sou eu quem manda por aqui.
  • 1:08 - 1:11
    (Risos)
  • 1:17 - 1:20
    Quando se conhece alguém
    pela primeira vez,
  • 1:20 - 1:22
    nos primeiros quatro minutos do encontro,
  • 1:22 - 1:27
    cerca de 80% da opinião está formada.
  • 1:27 - 1:30
    Nesses quatro minutos vocês decidem
  • 1:30 - 1:32
    se darão um tratamento
    ou julgamento justo,
  • 1:32 - 1:34
    ou se vão rejeitar aquela pessoa.
  • 1:34 - 1:37
    A primeira coisa que acontece
    é o aperto de mão.
  • 1:37 - 1:39
    Vou tentar com duas pessoas
    da primeira fileira.
  • 1:39 - 1:41
    Vão sentir três coisas no aperto de mão.
  • 1:41 - 1:44
    A primeira é uma sensação boa.
  • 1:44 - 1:46
    Acho que vamos nos dar bem.
  • 1:46 - 1:49
    Acho que podemos fazer negócios.
    Vamos nos relacionar bem.
  • 1:49 - 1:52
    Foi bom. Vou tentar com a segunda.
  • 1:52 - 1:53
    Certo.
  • 1:53 - 1:55
    (Risos)
  • 1:55 - 1:58
    Deixe-me checar minha carteira,
    ver se está tudo aqui...
  • 1:58 - 2:01
    Me senti um pouco intimidado.
    Vou tentar com a terceira.
  • 2:01 - 2:04
    Você faria qualquer coisa
    que eu quiser, não é?
  • 2:04 - 2:05
    (Risos)
  • 2:05 - 2:08
    Na verdade, quase todos deram
    o mesmo aperto.
  • 2:08 - 2:11
    Experimentamos uma sensação
    que se deve a duas coisas:
  • 2:11 - 2:14
    primeiro, o ângulo da mão,
    e segundo, a força dela.
  • 2:14 - 2:16
    Vou demonstrar com este senhor
    da primeira fileira.
  • 2:16 - 2:18
    Por gentileza, pode subir aqui?
  • 2:18 - 2:20
    Ele parece preocupado. (Aplausos)
  • 2:20 - 2:23
    Venha para cá.
  • 2:23 - 2:26
    Assim é o aperto de mão ocidental moderno.
  • 2:26 - 2:29
    Usamos essa posição
    há cerca de dois mil anos.
  • 2:29 - 2:32
    Se voltarmos quatro mil anos
    para a época romana,
  • 2:32 - 2:34
    já devem ter visto isso em vasos,
  • 2:34 - 2:37
    essa é a posição original
    e tem vários significados.
  • 2:37 - 2:41
    Os líderes das tropas se encontravam
    depois da batalha ou treinamento.
  • 2:41 - 2:45
    Somente homens, e era, até recentemente,
    uma saudação masculina.
  • 2:45 - 2:47
    Ao se encontrarem, faziam desse jeito.
  • 2:47 - 2:49
    Se seu braço era mais forte faziam assim.
  • 2:49 - 2:51
    E então diziam: "Ele tem a mão por cima."
  • 2:51 - 2:53
    "Ter a mão por cima"
    é um termo romano antigo.
  • 2:53 - 2:56
    Com a mão por cima,
    seus homens são os primeiros
  • 2:56 - 2:59
    nos festejos e diversões.
    Meus homens têm que esperar.
  • 2:59 - 3:01
    Se virar assim,
    meus homens são os primeiros.
  • 3:01 - 3:03
    Se estiver no meio, é 50/50.
  • 3:03 - 3:07
    Antes isso era feito agachado.
    Hoje é em pé.
  • 3:07 - 3:09
    Os dedos ficam embaixo do punho
    e não em cima,
  • 3:09 - 3:12
    mas basicamente,
    usamos a mesma posição.
  • 3:12 - 3:15
    Quando as mãos se apertam,
    se a dele está um pouco por cima,
  • 3:15 - 3:18
    -- não precisa ficar tão em cima
    só um pouquinho --
  • 3:18 - 3:21
    tenho a sensação de ser instintiva
  • 3:21 - 3:23
    porque nunca fomos treinados
    para decifrar isso.
  • 3:23 - 3:26
    Mas tenho a sensação
    de que está sendo dominante.
  • 3:26 - 3:29
    Tenho a sensação de que serei dominado.
  • 3:29 - 3:30
    Se fizer para o outro lado,
  • 3:30 - 3:35
    sinto que esse otário
    está sob meu controle.
  • 3:35 - 3:37
    Como criar uma boa relação
    no aperto de mão?
  • 3:37 - 3:41
    São duas regras:
    primeiro é manter a mão reta.
  • 3:41 - 3:44
    A segunda requer um pouco de prática,
    sobretudo se for mulher.
  • 3:44 - 3:47
    Apertem com a mesma força
    que estão recebendo.
  • 3:47 - 3:51
    Em uma escala de um a dez,
    digamos que dez é muito forte
  • 3:51 - 3:55
    e que um indica muita moleza.
  • 3:55 - 3:57
    Vamos tentar novamente.
  • 3:57 - 4:00
    Na escala de um a dez, o seu é sete.
  • 4:00 - 4:03
    O meu é cerca de sete também.
    Por isso me sinto muito bem.
  • 4:03 - 4:08
    Ninguém ficou com a mão dominante.
    Por isso a sensação é boa para ambos.
  • 4:08 - 4:11
    Posso ver pela expressão que foi boa.
  • 4:11 - 4:12
    Sim, foi boa.
  • 4:12 - 4:15
    Muito boa.
  • 4:15 - 4:17
    E se encontrar alguém que tem...
  • 4:17 - 4:20
    desta vez, vai me dar um nove
    e vou dar um sete.
  • 4:20 - 4:22
    Faça um nove com vontade.
  • 4:22 - 4:23
    Agora a mão vai direto por cima.
  • 4:23 - 4:27
    Tenho que responder com 20% a mais
    só para ficar igual.
  • 4:27 - 4:30
    Senão, ele vai ter vantagem
    antes mesmo de começarmos.
  • 4:30 - 4:33
    Sabemos disso sem dizer
    uma palavra. Faz sentido?
  • 4:33 - 4:36
    Aplausos para ele. Obrigado.
  • 4:36 - 4:38
    (Aplausos)
  • 4:39 - 4:43
    Há mais ligações
    entre o cérebro e a palma da mão
  • 4:43 - 4:45
    do que qualquer outra parte
    do corpo, sabiam?
  • 4:45 - 4:48
    Mais ligações entre o cérebro
    e a palma da mão,
  • 4:48 - 4:52
    tanto para homens quanto mulheres,
    do que qualquer outra parte do corpo.
  • 4:52 - 4:55
    As palmas evoluíram
    como parte importante do cérebro.
  • 4:55 - 4:59
    E são mesmo. Elas arrumam
    a cama, penteiam o cabelo,
  • 4:59 - 5:03
    fazem artesanato,
    dão apertos de mão, tocam piano.
  • 5:03 - 5:06
    É mais do que a maioria
    das outras partes do corpo.
  • 5:06 - 5:07
    Aqui está a minha pergunta:
  • 5:07 - 5:11
    para convencer e incentivar pessoas
    para que fiquem ao seu lado,
  • 5:11 - 5:13
    para que digam "sim",
    qualquer que seja sua proposta.
  • 5:13 - 5:18
    Seja aquele emprego, encontro,
    ou apenas para que aceitem suas ideias.
  • 5:18 - 5:20
    Onde estão as palmas enquanto conversam?
  • 5:20 - 5:25
    A maioria das pessoas nunca pensa nisso.
  • 5:25 - 5:28
    Depois da palestra, vão começar a pensar.
  • 5:28 - 5:31
    Mais tarde vão passar a perceber
    porque os outros respondem
  • 5:31 - 5:33
    de um jeito que nunca perceberam antes.
  • 5:33 - 5:35
    Vou mostrar algo.
  • 5:35 - 5:38
    Vou dizer a mesma coisa três vezes.
  • 5:38 - 5:41
    Só vou mudar o que faço com as palmas.
  • 5:41 - 5:47
    Vou manter meu corpo imóvel,
    para não usar outros sinais corporais.
  • 5:47 - 5:49
    Também vou manter minha voz no mesmo tom,
  • 5:49 - 5:55
    pois quando mudamos a linguagem corporal,
    instintivamente mudamos a voz.
  • 5:55 - 5:57
    Vou tentar não mudar muito
  • 5:57 - 6:00
    e usar as mesmas frases
    e a mesma ordem três vezes.
  • 6:00 - 6:02
    Sua tarefa é decidir.
  • 6:02 - 6:05
    Vão aceitar minhas ordens ou rejeitar?
  • 6:05 - 6:09
    Vão lutar contra mim ou concordar comigo?
    Vão dizer "sim" ou "não"?
  • 6:09 - 6:11
    Está claro? Então vamos começar.
  • 6:11 - 6:15
    Primeira instrução: não façam isso,
    somente imaginem.
  • 6:15 - 6:18
    Quero pedir a vocês
    que estão sentados nas cadeiras aqui
  • 6:18 - 6:20
    para que se sentem deste lado da sala.
  • 6:20 - 6:22
    Vou pedir para as pessoas daqui
    que se sentem ali.
  • 6:22 - 6:25
    Aquelas aí no fundo
    podem passar para a frente.
  • 6:25 - 6:28
    Vocês na frente
    podem sentar onde quiserem.
  • 6:28 - 6:31
    Levantem a mão caso sintam-se bem
    com a minha proposta
  • 6:31 - 6:33
    Quem se sentiu bem? Levante a mão.
  • 6:33 - 6:35
    Quase todos estavam dispostos
    a fazer o que pedi.
  • 6:35 - 6:39
    Vocês nem sabem o que é,
    mas estavam dispostos a fazer o que pedi,
  • 6:39 - 6:42
    porque sabem que não estou
    ameaçando nem intimidando.
  • 6:42 - 6:45
    Embora possa parecer meio bobo,
    isso pode ser divertido.
  • 6:45 - 6:46
    É o que estão pensando...
  • 6:46 - 6:48
    Usei um sinal
    que apela ao cérebro primitivo
  • 6:48 - 6:53
    Segunda instrução: mesmas palavras,
    mesma voz, mudando somente as palmas.
  • 6:53 - 6:58
    Peço para as pessoas sentadas neste lado
    para que se sentem nessas cadeiras aqui.
  • 6:58 - 7:00
    As pessoas aqui se sentam para cá.
  • 7:00 - 7:02
    Aquelas no fundo podem vir para frente.
  • 7:02 - 7:05
    Aquelas na frente podem
    se sentar onde quiserem.
  • 7:05 - 7:08
    Digam uma palavra que descreve isto.
    O que estão sentindo. Uma palavra.
  • 7:08 - 7:10
    Parece que estão recebendo ordens?
  • 7:10 - 7:12
    Levante a mão quem recebeu uma ordem.
  • 7:12 - 7:17
    Então tudo o que preciso fazer
    é virar as palmas para cima
  • 7:17 - 7:20
    e vocês fariam tudo sem questionar?
  • 7:20 - 7:22
    Agora que virei para baixo estão pensando:
  • 7:22 - 7:27
    "Espera um minuto,
    esse cara está me dando ordens.
  • 7:27 - 7:32
    Talvez eu não queira fazer isso.
    Sou independente.
  • 7:32 - 7:33
    Vou pensar sobre isso.
  • 7:33 - 7:37
    Faça-me rir, cara engraçadinho."
  • 7:37 - 7:40
    Quantos de vocês estão resistindo?
    Vamos tentar uma terceira vez.
  • 7:40 - 7:42
    Vou pedir para vocês sentados
    nessas cadeiras
  • 7:42 - 7:44
    que se sentem neste lado, por favor.
  • 7:44 - 7:46
    E vocês podem se sentar aqui.
  • 7:46 - 7:49
    Aquelas que estão no fundo
    podem vir para frente, bem aqui.
  • 7:49 - 7:52
    Vocês na frente podem
    se sentar onde quiserem.
  • 7:52 - 7:54
    Digam uma palavra que descreve isso.
  • 7:54 - 7:57
    Não um gesto, mas uma palavra.
  • 7:57 - 7:59
    (Risos)
  • 7:59 - 8:01
    Acho que isso foi uma palavra.
  • 8:01 - 8:03
    O que estão sentindo?
  • 8:03 - 8:09
    Foi mais do que uma ordem, foi um comando.
    Vocês não têm escolha e são otários.
  • 8:10 - 8:12
    Fizemos um teste simples
  • 8:12 - 8:15
    com uma plateia em um auditório
    parecido com este.
  • 8:15 - 8:17
    O locutor apresentou uma proposta
  • 8:17 - 8:21
    e em 20 minutos teve que fazer a plateia
    concordar com a proposta.
  • 8:21 - 8:24
    Ele foi instruído a fazer
    a mesma coisa três vezes
  • 8:24 - 8:27
    com três plateias
    de características iguais.
  • 8:27 - 8:32
    Na primeira vez, o locutor discursou
    com as palmas para cima.
  • 8:32 - 8:34
    É assim que a proposta funciona:
  • 8:34 - 8:38
    dá certo para você,
    dá certo na Austrália e nos EUA.
  • 8:38 - 8:40
    Foi assim que fizemos a primeira proposta.
  • 8:40 - 8:43
    Depois colocamos uma segunda plateia.
  • 8:43 - 8:45
    A mesma apresentação
    e plateia semelhante,
  • 8:45 - 8:47
    numa plateia diferente
    usando palmas para baixo.
  • 8:47 - 8:49
    É assim que o negócio funciona:
  • 8:49 - 8:53
    dá certo para você e você,
    dá certo nos EUA e na Islândia.
  • 8:53 - 8:56
    Mudamos com uma terceira plateia,
  • 8:56 - 8:58
    a mesma proposta
    sinalizando com o dedo.
  • 8:58 - 9:00
    É assim que a proposta funciona:
  • 9:00 - 9:05
    dá certo para você, você e você,
    nos EUA, Austrália e África.
  • 9:05 - 9:08
    Analisamos as três plateias
    procurando duas coisas.
  • 9:08 - 9:13
    Primeiro, um teste simples para saber
    quanto conseguiam se lembrar da proposta,
  • 9:13 - 9:15
    ou seja, o quanto prestaram atenção
    ao que foi dito
  • 9:15 - 9:19
    ao invés de julgarem o locutor.
  • 9:19 - 9:22
    Segundo, pedimos para escolherem
    adjetivos de uma lista
  • 9:22 - 9:25
    que melhor descreviam o locutor.
  • 9:25 - 9:27
    Acham que houve alguma diferença?
  • 9:27 - 9:29
    Já sabem a resposta, não é?
  • 9:29 - 9:32
    E sabem sem terem vistos os resultados.
  • 9:32 - 9:35
    O locutor obteve 40% mais sucesso
    com as palmas para cima,
  • 9:35 - 9:37
    do que com as palmas para baixo.
  • 9:37 - 9:41
    Teve os melhores adjetivos: descontraído,
    simpático, engraçado, cativante.
  • 9:41 - 9:44
    As palmas para baixo:
    autoritário, mandão, insistente.
  • 9:44 - 9:49
    Apontando o dedo, ninguém se lembrou
    de muito e recebeu os piores adjetivos.
  • 9:49 - 9:51
    Aqui está a minha pergunta:
  • 9:51 - 9:53
    "Qual é a posição que mais usam?"
  • 9:53 - 9:57
    Vocês têm uma dessas posições, mas qual é?
  • 9:57 - 9:58
    Nunca pensaram nisso.
  • 9:58 - 10:02
    Vocês têm uma posição que usam
    ao lidar com pessoas.
  • 10:02 - 10:04
    É para cima, para baixo ou apontando?
  • 10:04 - 10:08
    Sabemos que usar palmas para baixo
    é, historicamente, um sinal de poder.
  • 10:08 - 10:13
    Há quatro vezes mais poder
    nas mãos para baixo do que para cima.
  • 10:13 - 10:15
    Um exemplo famoso é Adolf Hitler.
  • 10:15 - 10:18
    A saudação nazista com o "Heil Hitler",
    aterrorizou todo mundo.
  • 10:18 - 10:20
    Como ficaria se fosse "Heil Hitler"?
  • 10:20 - 10:23
    (Risos)
  • 10:24 - 10:26
    Ninguém vai seguir "Heil Hitler".
  • 10:26 - 10:29
    Assim é assustador e assim é submissão.
  • 10:29 - 10:32
    Aqui tenho uma boa novidade.
  • 10:32 - 10:36
    Vocês podem mudar os sinais das mãos
    com um pouco de prática.
  • 10:36 - 10:38
    Quando começam a fazer assim...
  • 10:38 - 10:39
    o que acontece se mais tarde
  • 10:39 - 10:42
    vocês notam que estão apontando o dedo?
  • 10:42 - 10:45
    Estão conversando com os amigos
    e já se esqueceram da palestra.
  • 10:45 - 10:47
    Eles estão vendo suas mãos
  • 10:47 - 10:51
    e aí estão vocês humilhando
    e dominando os otários.
  • 10:51 - 10:53
    A linguagem corporal
  • 10:53 - 10:56
    é um reflexo exterior
    do seu estado emocional.
  • 10:56 - 10:58
    A linguagem corporal mostra
    como estão se sentindo.
  • 10:58 - 11:00
    Qualquer atitude ou emoção que sentirem
  • 11:00 - 11:03
    é refletida nos gestos,
    movimentos ou postura.
  • 11:03 - 11:05
    O contrário também é verdadeiro.
  • 11:05 - 11:09
    Se adotarem certas posições ou posturas,
    vão começar a sentir essas emoções.
  • 11:09 - 11:13
    Por exemplo, façam assim
  • 11:13 - 11:16
    na posição de rezar,
    batendo os dedos levemente.
  • 11:16 - 11:20
    Coloquem um sorriso no rosto.
    Sem mostrar os dentes.
  • 11:20 - 11:23
    Chamamos isso de atitude.
    Como se sentem fazendo isso?
  • 11:23 - 11:25
    Estão tramando um bom plano.
  • 11:25 - 11:27
    Vocês são espertos e estão no controle.
  • 11:27 - 11:29
    A palavra para isso é confiança.
  • 11:29 - 11:32
    Estão confiantes, como se soubessem
    o que estão falando.
  • 11:32 - 11:33
    "Estou no comando. Sou um perito."
  • 11:33 - 11:36
    Fazemos isso sem perceber.
  • 11:36 - 11:38
    Mas se fizermos assim
  • 11:38 - 11:41
    em situações de tensão ou nervosismo,
    duas coisas podem acontecer:
  • 11:41 - 11:44
    primeiro, quando fazem esse gesto
  • 11:44 - 11:48
    começam a se sentir mais confiantes,
    mais no controle.
  • 11:48 - 11:51
    (Suspiro) Posso controlar minhas emoções.
  • 11:51 - 11:54
    E mais importante,
    a pessoa na sua frente sente
  • 11:54 - 11:57
    que você sabe o que está fazendo.
  • 11:57 - 12:02
    Quando eu encontrei aquela pessoa
    ela parecia tão confiante.
  • 12:02 - 12:05
    Mas na verdade,
    estava fazendo isso de propósito
  • 12:05 - 12:08
    para se tranquilizar
    e para que vocês se sintam bem.
  • 12:08 - 12:10
    Finjam até conseguirem.
  • 12:10 - 12:12
    Se continuarem fazendo assim
    como parte da rotina,
  • 12:12 - 12:15
    eventualmente vão se sentir confiantes
  • 12:15 - 12:18
    sobre o que estão falando,
    mesmo não se sentindo.
  • 12:18 - 12:20
    E poderão entrar para a política.
  • 12:20 - 12:22
    (Risos)
  • 12:24 - 12:26
    Minha pergunta para vocês é:
  • 12:26 - 12:29
    qual é a posição típica de vocês?
    Palmas para cima, para baixo ou apontando?
  • 12:29 - 12:33
    Pensem sobre a vida hoje,
    seus negócios e relacionamentos.
  • 12:33 - 12:36
    Tudo é sobre as pessoas.
    Se elas confiam em vocês.
  • 12:36 - 12:39
    Se confiarem, principalmente
    nos primeiros quatro minutos,
  • 12:39 - 12:41
    estão formando até 90%
    de sua opinião sobre vocês
  • 12:41 - 12:45
    Se confiam em vocês, confiarão
    em tudo que se relaciona a vocês.
  • 12:45 - 12:48
    O que está relacionado a vocês
    é o que vocês querem que eles façam.
  • 12:48 - 12:50
    O contrário também é verdadeiro:
  • 12:50 - 12:53
    se não confiam em vocês,
    não confiam em nada relacionado a vocês,
  • 12:53 - 12:55
    mesmo que seja uma boa ideia.
  • 12:55 - 12:58
    Sem aquela conexão,
    sentem que vocês não gostam deles,
  • 12:58 - 13:00
    ou os está ameaçando ou intimidando.
  • 13:00 - 13:03
    De repente, eles não querem dizer "sim"
    para qualquer coisa que sugerirem,
  • 13:03 - 13:06
    mesmo que seja uma boa ideia.
  • 13:06 - 13:09
    Vocês podem praticar palmas para cima
    quando quiserem cooperação.
  • 13:09 - 13:11
    Às vezes, podem querer
    um pouco de autoridade,
  • 13:11 - 13:13
    então virem as palmas para baixo.
  • 13:13 - 13:16
    Se o alarme de incêndio dispara
    neste prédio, eu diria:
  • 13:16 - 13:20
    "Faremos o seguinte:
    usaremos aquela saída..."
  • 13:20 - 13:23
    e não: "Faremos o seguinte, usaremos...",
  • 13:23 - 13:27
    pois se eu fizesse isso,
    seria um salve-se quem puder.
  • 13:27 - 13:30
    De repente, ao praticar as posições
    com as palmas para cima,
  • 13:30 - 13:34
    vão perceber que as pessoas
    vão se sentir atraídas por vocês.
  • 13:34 - 13:36
    De fato, enquanto estava falando
  • 13:36 - 13:39
    eu estava usando o abraço do Obama.
  • 13:39 - 13:41
    "Queremos ajudar os americanos.
  • 13:41 - 13:43
    Queremos que venham para cá.
  • 13:43 - 13:47
    Sim, amamos vocês.
    Como sua mãe ou seu pai abraça vocês."
  • 13:47 - 13:48
    Já o antecessor dele disse:
  • 13:48 - 13:53
    "Queremos ajudar a todos,
    queremos ajudar... você, você e você!"
  • 13:56 - 13:59
    A linguagem corporal
    é um reflexo exterior das emoções.
  • 13:59 - 14:03
    Se adotarem e praticarem certas posições,
  • 14:03 - 14:06
    isso vai mudar o modo com o qual
    as pessoas percebem vocês,
  • 14:06 - 14:08
    e vai mudar até a fisiologia de vocês.
  • 14:08 - 14:11
    Vocês se sentem diferentes.
    É uma coisa bacana.
  • 14:11 - 14:13
    Podem fazer coisas de propósito
  • 14:13 - 14:16
    para terem a chance de conseguir
    um "sim" naquele emprego,
  • 14:16 - 14:18
    naquela proposta, naquela ideia
    ou naquele encontro,
  • 14:18 - 14:21
    ou algo melhor.
  • 14:21 - 14:23
    (Aplausos)
Title:
Linguagem corporal, o poder está nas palmas das mãos | Allan Pease | TEDxMacquarieUniversity
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx local, produzido independentemente das Conferências TED.
Allan Pease pesquisa e estuda marketing de relacionamento e comunicação humana. Ele ensina técnicas e habilidades simples, testadas em campo e que produzem resultados. Seu jeito bem-humorado motiva as pessoas a querer usá-las.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:30

Portuguese, Brazilian subtitles

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