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O Equilíbrio das Indústrias e a Destruição Criativa

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    ♪ [música] ♪
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    [Alex] Vamos agora para a segunda
    das propriedades da mão invisível:
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    o equilíbrio das indústrias.
  • 0:14 - 0:15
    Veremos também sobre
  • 0:15 - 0:18
    os vendavais da destruição criativa.
  • 0:23 - 0:25
    A propriedade nº1
    da mão invisível diz
  • 0:25 - 0:28
    que a produção
    de qualquer quantidade de um bem
  • 0:28 - 0:32
    será alocada entre
    as empresas desse setor
  • 0:32 - 0:35
    de forma a minimizar
    os custos totais do setor.
  • 0:35 - 0:39
    Mas a questão é: o quanto deve
    ser produzido em cada indústria?
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    A propriedade nº1 da
    mão invisível diz que
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    se vamos porduzir
    5,4 toneladas de trigo
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    então podemos ter certeza de
  • 0:46 - 0:48
    que se tivermos
    um mercado competitivo,
  • 0:48 - 0:51
    essas 5,4t serão alocadas
    pelas diferentes empresas
  • 0:51 - 0:55
    de maneira a ser minimizado
    o custo total da atividade.
  • 0:55 - 0:58
    Mas devemos produzir
    5,4t,
  • 0:58 - 1:00
    13,6t ou 27,2t de trigo?
  • 1:00 - 1:05
    Como o trigo deve ser comparado
    a milho, carros ou livros?
  • 1:05 - 1:07
    É a segunda questão
  • 1:07 - 1:13
    sobre como a produção de bens
    é equilibrada entre as indústrias
  • 1:13 - 1:17
    que a propriedade nº2
    da mão invisível se resume.
  • 1:17 - 1:20
    A fim de maximizar
    o valor dos recursos,
  • 1:20 - 1:23
    queremos cada indústria
    produzindo a quantidade certa --
  • 1:23 - 1:26
    nem trigo a mais,
    nem a menos,
  • 1:26 - 1:28
    mas a quantidade certa.
  • 1:28 - 1:32
    E a entrada ou saída é o que garantem
  • 1:32 - 1:36
    que capital e mão-de-obra
    circulem entre diferentes setores
  • 1:36 - 1:38
    para que a produção seja
    otimizadamente equilibrada
  • 1:38 - 1:42
    e nossos recursos escassos
    tenham a melhor aplicação possível.
  • 1:42 - 1:45
    E para mostrar isso, nós
    na verdade não precisamos usar
  • 1:45 - 1:47
    nenhuma técnica nova,
  • 1:47 - 1:50
    precisamos apenas
    reinterpretar algumas das coisas
  • 1:50 - 1:51
    que já apredemos.
  • 1:52 - 1:53
    Vejamos.
  • 1:53 - 1:58
    Lucro é o sinal que aloca
    capital e mão-de-obra entre indústrias
  • 1:58 - 2:02
    de tal maneira
    que maximiza o valor total.
  • 2:03 - 2:05
    Logo, lembre-se, se preço
    é maior que o custo médio,
  • 2:05 - 2:07
    significa que os lucros
    estão acima do normal.
  • 2:08 - 2:10
    Agora, o que significa
    lucros acima do normal?
  • 2:11 - 2:13
    Significa que o produção
    desse setor
  • 2:13 - 2:16
    vale mais do que seus insumos.
  • 2:16 - 2:20
    O sinal do lucro está indicando
    que queremos mais desse bem.
  • 2:21 - 2:24
    Esse bem vale mais do que
    a mão-de-bra e o capital
  • 2:24 - 2:28
    empregados para criá-lo, e
    assim, produz-se mais dele.
  • 2:29 - 2:33
    Assim, o lucro sinaliza
    e incentiva capital e mão-de-bra
  • 2:33 - 2:35
    a entrarem nesse setor,
  • 2:35 - 2:38
    isto é, sair de um
    setor de baixo valor
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    para um de alto valor.
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    Analogamente, se o preço
    é menor que o custo médio,
  • 2:44 - 2:46
    isso significa que o lucro
    está abaixo do normal,
  • 2:46 - 2:49
    que por sua vez significa que
    a produção nesse setor
  • 2:49 - 2:50
    está valendo menos que seus insumos.
  • 2:51 - 2:55
    Então, o sinal de perda está dizendo:
    nós queremos menos desse bem.
  • 2:56 - 3:00
    A perda sinaliza e incentiva
    capital e mão-de-obra
  • 3:00 - 3:02
    a deixarem o setor,
  • 3:03 - 3:06
    isto é, saírem de uma
    atividade de baixo valor,
  • 3:06 - 3:07
    onde há prejuízos,
  • 3:07 - 3:10
    para um setor de alto ou de mais valor.
  • 3:11 - 3:15
    Devido a essa entrada e saída,
  • 3:15 - 3:18
    a taxa de lucro em todos
    os setores competitivos
  • 3:18 - 3:20
    tendem a convergir para
    o mesmo nível.
  • 3:21 - 3:25
    E isso é o que equilibra a produção
    em todos os setores
  • 3:25 - 3:28
    a fim de maximizar o valor total
    do que é produzido.
  • 3:29 - 3:32
    Se os lucros fossem maiores
    em um setor do que em outro,
  • 3:33 - 3:35
    isso indica que a produção
    nesse setor valeria mais,
  • 3:35 - 3:38
    portanto deveríamos ter mais
    desses bens.
  • 3:38 - 3:42
    E isso é exatamente
    o que o sinal de entrada faz.
  • 3:42 - 3:44
    E o mesmo vale para a saída.
  • 3:45 - 3:47
    Vejamos algumas consequências
  • 3:47 - 3:49
    de seguir esses
    sinais de lucros e prejuízos.
  • 3:50 - 3:52
    Primeiro, o princípio da eliminação.
  • 3:52 - 3:56
    Lucros acima do normal
    são eliminados pela entrada
  • 3:56 - 4:00
    e abaixo do normal
    são eliminados pela saída.
  • 4:01 - 4:03
    Assim, recursos sempre tendem a circular
  • 4:03 - 4:05
    em direção a um aumento
    no valor de produção
  • 4:05 - 4:08
    e empreendedores aqui são fundamentais.
  • 4:08 - 4:11
    São eles os que
    alocam os recursos
  • 4:11 - 4:15
    de uma atividade não-rentável
    para uma rentável.
  • 4:16 - 4:19
    Outra implicação disso
    é que lucros acima do normal
  • 4:19 - 4:21
    são sempre temporários.
  • 4:22 - 4:24
    Para lucrar
    acima do normal
  • 4:24 - 4:26
    você tem que fazer algo
    diferente.
  • 4:26 - 4:28
    Você precisa inovar.
  • 4:29 - 4:32
    Joseph Schumpeter, o
    grande economista austríaco,
  • 4:32 - 4:35
    era muito eloquente
    na importância da inovação
  • 4:35 - 4:37
    em uma economia capitalista.
  • 4:37 - 4:40
    Ele dizia em seus livros
    o que é competição.
  • 4:40 - 4:43
    Trata-se de empurrar o preço
    para baixo, para o custo médio,
  • 4:43 - 4:45
    e criar lucros normais.
  • 4:45 - 4:47
    Porém, "Na realidade capitalista,
  • 4:47 - 4:50
    diferentemente dos livros didáticos,
  • 4:50 - 4:52
    o tipo de competição que conta
  • 4:52 - 4:55
    é a competição
    das novas commodities,
  • 4:55 - 4:57
    das novas tecnologias,
    das novas fontes de suprimento,
  • 4:57 - 5:00
    dos novos tipos de organizações...
  • 5:00 - 5:02
    [competição] que acerta
    não nas margens
  • 5:02 - 5:06
    dos lucros e da produção
    das firmas existentes,
  • 5:06 - 5:09
    mas nos seus próprios alicerces
    e suas próprias vidas.
  • 5:10 - 5:13
    Esse processo de destruição criativa
  • 5:13 - 5:16
    é o fato essencial
    sobre o capitalismo."
  • 5:17 - 5:19
    Grande declaração
    de Joseph Schumpeter.
  • 5:20 - 5:24
    Veja, a mão invisível é admirável,
    mas não miraglosa.
  • 5:25 - 5:28
    Ela funciona quando
    temos instituições específicas.
  • 5:28 - 5:30
    Não funciona todas as vezes.
  • 5:30 - 5:34
    Especificamente, não funcionará
  • 5:34 - 5:38
    se os preços não sinalizarem
    custos e benefícios precisamente .
  • 5:38 - 5:41
    Se isso acontece,
  • 5:41 - 5:45
    não teremos o balanço
    otimizado entre setores.
  • 5:45 - 5:48
    E, mais tarde, quando falarmos
    sobre externalidades,
  • 5:48 - 5:50
    apresentaremos certas situações
  • 5:50 - 5:53
    em que preços não estarão
    sinalizando de forma precisa.
  • 5:53 - 5:57
    Segundo, a mão invisível
    funciona melhor
  • 5:57 - 5:59
    quando mercados são competitivos.
  • 5:59 - 6:00
    Quando não o são,
  • 6:00 - 6:03
    quando há monopólios
    e oligopólios,
  • 6:03 - 6:05
    ela não vai funcionar corretamente.
  • 6:05 - 6:08
    Falaremos mais sobre isso
    nos capítulos futuros,
  • 6:08 - 6:11
    mas você pode pensar
    da seguinte forma.
  • 6:11 - 6:16
    Monopólios e oligopólios
    ganham lucros acima do normal,
  • 6:16 - 6:20
    mas a entrada não
    empurra esse lucro para baixo.
  • 6:20 - 6:23
    É por isso que são monopólios
    e oligopólios --
  • 6:23 - 6:25
    porque entrada não está funcionando.
  • 6:25 - 6:28
    Porque os lucros não são
    empurrados para baixo,
  • 6:28 - 6:32
    teremos muito pouco daqueles
    bens rentáveis sendo produzidos.
  • 6:33 - 6:35
    Falaremos mais disso depois.
  • 6:35 - 6:39
    De novo, isso é só um lembrete
  • 6:39 - 6:42
    de que a mão invisível requer
    uma série de instituições
  • 6:42 - 6:45
    para que funcione.
  • 6:45 - 6:46
    Assim, para resumir,
  • 6:46 - 6:50
    propriedade nº1 diz que
    a condição L = CM
  • 6:50 - 6:54
    resulta na minimização
    dos custos totais do setor.
  • 6:54 - 6:57
    Propriedade nº2 da mão invisível
    diz que entrada e saída resultam
  • 6:57 - 7:01
    na melhor aplicação
    dos nossos recursos escassos.
  • 7:01 - 7:06
    O princípio da eliminação diz que
    lucros acima do normal são temporários
  • 7:06 - 7:08
    e, de fato, para se ter
    lucros acima do normal
  • 7:08 - 7:10
    uma empresa deve inovar.
  • 7:10 - 7:13
    E aqui é onde está a importância
    da destruição criativa
  • 7:13 - 7:15
    para a economia capitalista.
  • 7:15 - 7:18
    Se você realmente deseja
    lucrar muito,
  • 7:18 - 7:20
    você tem que criar algo diferente.
  • 7:20 - 7:22
    Você tem que trazer
    alguma coisa nova para o jogo.
  • 7:22 - 7:24
    Você trazer a inovação.
  • 7:25 - 7:27
    - [Narrador] Se quiser fazer um teste,
  • 7:27 - 7:29
    clique "Practice Questions".
  • 7:29 - 7:32
    Se está pronto para continuar,
    clique "Next Video".
  • 7:34 - 7:36
    ♪ [música] ♪
Title:
O Equilíbrio das Indústrias e a Destruição Criativa
Description:

Por que os sinais de preços e a concorrência de mercado são tão importantes para uma economia de mercado? Quando os preços sinalizam com precisão os custos e benefícios e os mercados são competitivos, a Mão Invisível assegura que os custos sejam minimizados e a produção seja maximizada. Se estas condições não forem atendidas, surgem ineficiências de mercado e a Mão Invisível não pode fazer seu trabalho. Neste vídeo, mostramos como dois grandes processos, a destruição criativa e o princípio da eliminação, trabalham com a Mão Invisível para criar um mercado competitivo que funcione para produtores e consumidores.

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Video Language:
English
Team:
Marginal Revolution University
Project:
Micro
Duration:
07:38

Portuguese, Brazilian subtitles

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