Afrofuturismo na cultura popular | Wanuri Kahiu | TEDxNairobi
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0:14 - 0:15Minha palestra
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0:17 - 0:19é sobre afrofuturismo e os africanos.
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0:20 - 0:24Afrofuturismo é considerado
o que ficção especulativa, -
0:24 - 0:27mitos, lendas, ficção científica,
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0:29 - 0:33e histórias desses gêneros
são para afro-americanos, -
0:33 - 0:39África, diáspora africana
e a população negra no geral. -
0:39 - 0:43O que Denenge Akpem se refere a isso
é como o negro vai se parecer no futuro, -
0:43 - 0:45real ou imaginado.
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0:47 - 0:52A história do afrofuturismo vem dos EUA
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0:52 - 0:56e foi elaborada primeiro
por um homem chamado Mark Dery. -
0:56 - 0:59Quando ele começou
a falar sobre afrofuturismo, -
0:59 - 1:02ele falou sobre a ideia da literatura,
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1:02 - 1:05os livros que Octavia Butler escreveria
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1:05 - 1:07e coisas assim.
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1:07 - 1:11Mas depois também mudou
para uma nova região, da música, -
1:11 - 1:14então teríamos pessoas
como Sun Ra e George Clinton, -
1:14 - 1:18mas para mim, em especial, Sun Ra
que tem um lugar especial no meu coração. -
1:18 - 1:22Ele acreditava ter vindo
do planeta Saturno -
1:22 - 1:27para a Terra para espalhar
a mensagem de amor e paz. -
1:27 - 1:31Como em seu filme "Space is the Place"
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1:31 - 1:35ele introduz a ideia do alienígena
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1:35 - 1:38para os negros nos EUA.
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1:41 - 1:44Mas era muito específico
sobre afro-americanos -
1:44 - 1:48e eu queria encontrar um lugar
para afrofuturismo na África. -
1:49 - 1:52Obviamente, o primeiro lugar
que me veio foi o Monte Quênia, -
1:53 - 1:56onde o Deus do Monte Quênia vive,
de acordo com a tradição Kikuyu. -
1:56 - 1:59O Mwene Nyaga está sentado
no topo dessa montanha, -
1:59 - 2:04e apresentou nosso Adão e Eva,
Gikuyu e Mumbi, -
2:04 - 2:07e a partir daí somos
descendentes dos nove filhos. -
2:09 - 2:15Mas antes mesmo da ideia
do mito de Gikuyu e Mumbi, -
2:15 - 2:17a ideia do afrofuturismo,
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2:17 - 2:22ou lendas, mitos e histórias foram
contadas para mim pela minha mãe. -
2:22 - 2:25Ela é uma ótima contadora de histórias
assim como é pediatra, -
2:25 - 2:31então terei que dizer que suas histórias
são verdadeiras ficções científicas. -
2:31 - 2:32(Risos)
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2:32 - 2:36Ela contava que se eu comesse
abóbora meu cabelo cresceria. -
2:37 - 2:40Ou se, o que é estranho,
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2:41 - 2:45se eu colocasse sanguessugas
nos mamilos, meus peitos cresceriam. -
2:47 - 2:48E então...
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2:51 - 2:52eu fiz isso.
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2:52 - 2:54(Risos)
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2:54 - 3:01Ela falava também sobre
como na tradição Kikuyu, -
3:01 - 3:04se você rodasse pela árvore Mugumo
sete vezes você mudaria de sexo. -
3:06 - 3:09Ao crescer e deixar as histórias
da minha mãe para trás, -
3:09 - 3:13eu comecei a ler histórias sozinha
e elas eram inevitavelmente repletas -
3:13 - 3:17com o ogro e a jovem menina
que se perdia pela floresta, -
3:17 - 3:20o que aconteceria se ela
se perdesse pela floresta -
3:20 - 3:25e como ela encontrava esse ogro horrível
porque saiu dos caminhos da sociedade. -
3:26 - 3:31Nessa época conheci Ben Okri,
a ideia do filho espiritual -
3:31 - 3:36e a ideia de usar espiritualismo
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3:36 - 3:39ou realismo mítico através de histórias.
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3:39 - 3:43Para mim é um vínculo com o Afrofuturismo.
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3:45 - 3:48O que realmente me inspirou sobre Ben Okri
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3:48 - 3:55foi sua habilidade de fundir perfeitamente
a ideia do mundo espiritual e a ficção, -
3:56 - 4:00e a ideia de que vivemos num continente
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4:00 - 4:02que é tão ligado ao mundo espiritual,
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4:02 - 4:07que de alguma forma
o vivenciamos todos os dias. -
4:07 - 4:11Isso é real quando
se refere a curandeiros, -
4:11 - 4:17sangoma ou pessoas que lidam
com os reinos espirituais. -
4:18 - 4:20É real também os espíritos do litoral,
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4:20 - 4:24não sei quantos de vocês
já foram para Mombaça ou Zanzibar, -
4:24 - 4:28mas sei por experiência própria
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4:28 - 4:31que um gato me seguiu
por cinco quilômetros -
4:31 - 4:35e toda vez que eu virava ele estava lá
e eu poderia jurar que era um espírito. -
4:35 - 4:37Tenho certeza disso.
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4:37 - 4:40De fato, tenho amigos que podem
atestar sobre isso também. -
4:41 - 4:45Afrofuturismo sempre foi parte
da nossa cultura, parte de nós. -
4:46 - 4:53Ainda mais interessante, sempre foi parte
da história da África ocidental. -
4:53 - 4:57A África ocidental acredita,
especialmente em Mali, -
4:57 - 5:00onde há um povo chamado Dogon,
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5:00 - 5:06que acredita que eles
conheceram o planeta Sirius B -
5:06 - 5:11antes de ele ser descoberto
por cientistas ocidentais. -
5:13 - 5:16Que eles conheceram esse planeta
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5:16 - 5:21através de uma raça
de anfíbios extraterrestres -
5:21 - 5:25que veio pelo oceano
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5:25 - 5:28e falou não somente sobre o planeta,
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5:28 - 5:34mas também sobre a sua rotação
e como ele funciona no espaço. -
5:35 - 5:38Alguns desenhos rupestres, como estes,
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5:38 - 5:44mostraram as criaturas anfíbias
na parte inferior das pessoas, -
5:44 - 5:47ou as pessoas que vieram
para falar para eles sobre esse planeta. -
5:47 - 5:50Então, mais tarde, isso foi descoberto.
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5:50 - 5:53Em 1930, eles tiveram o conhecimento,
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5:53 - 5:56mas só nos anos 70 o planeta foi visto.
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5:58 - 6:03Se não é ficção científica ou história
interessante, então não sei o que é. -
6:04 - 6:08Mas também na África do Sul
temos pessoas como Credo Mutwa -
6:08 - 6:14que acredita nos povos reptilianos,
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6:15 - 6:20cuja linhagem estende-se
para a realeza moderna -
6:21 - 6:23e para os executivos modernos,
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6:23 - 6:28e é o que, eu acho, teóricos
chamariam de Illuminati. -
6:31 - 6:35Então, estabelecemos que, fato ou ficção,
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6:35 - 6:38os mitos sempre existiram
muito perto de nós. -
6:39 - 6:43Mas tem surgido uma crescente
necessidade para a ideia do afrofuturismo, -
6:43 - 6:47e eu teria que perguntar por quê?
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6:49 - 6:53Conversando com um amigo sobre isso,
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6:53 - 6:57ele disse: "Africanos
são naturalmente futuristas, -
6:57 - 7:01dado o puro capricho
de nossa situação atual". -
7:03 - 7:07Esse foi o meu amigo Michael Odhiambo
que se acha muito inteligente. -
7:07 - 7:12Depois tem o escritor chamado
David William Cohen que diz: -
7:12 - 7:18"A luta do homem contra o poder é a luta
da memória contra o esquecimento". -
7:18 - 7:20Isso faz muito sentido
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7:20 - 7:24porque sugere-se que o afrofuturismo,
como um estilo, esteja crescendo -
7:24 - 7:28porque como africanos
ou descendentes de africanos, -
7:28 - 7:33nós nunca tivemos espaço ou voz
dentro da nossa própria história. -
7:33 - 7:36Nós nunca tivemos a chance
de falar sobre a nossa história, -
7:36 - 7:39ela sempre foi escrita por outras pessoas.
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7:39 - 7:43Agora, porque não temos
um vínculo com a nossa história -
7:43 - 7:46ou porque não tivemos
o domínio da nossa história, -
7:46 - 7:52estamos usando o afrofuturismo
para marcar um lugar no futuro -
7:52 - 7:55para que possamos nos identificar
fortemente no futuro. -
7:57 - 7:59Mark Dery diz que a geração mais nova
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7:59 - 8:02tem usado a tecnologia
como forma de se inserir -
8:02 - 8:04num cenário real e imaginado
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8:04 - 8:08para afirmar fisicamente
suas presenças no presente -
8:08 - 8:12e para deixar claro suas intenções
de delimitar seus direitos no futuro. -
8:13 - 8:16Então, porque não podemos
recuperar a nossa história, -
8:16 - 8:20estamos tentando projetar o nosso futuro.
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8:21 - 8:26Ao projetar o nosso futuro, temos
que perguntar: "Onde estamos fazendo isso? -
8:26 - 8:28Em quais meios estamos fazendo isso?"
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8:28 - 8:30No Quênia, fazemos isso na música,
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8:30 - 8:33e temos alguns dos meus músicos
favoritos aqui também. -
8:34 - 8:39Mas, para mim, só uma banda
tem demonstrado afrofuturismo -
8:39 - 8:41em suas próprias músicas,
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8:41 - 8:44especialmente em "Huff+Puff",
uma das músicas recentes. -
8:44 - 8:46Eles dizem: "Toca aqui,
é bom estar vivo. -
8:46 - 8:48O céu parece tão distante.
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8:48 - 8:50Espero que saiba que fomos
e voltamos da Lua. -
8:50 - 8:53Tenha certeza de que nada
vai nos impedir". -
8:54 - 8:58Sabemos que somos maiores que a vida.
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8:58 - 9:03Sabemos que somos maiores
do que a Terra e do que o cosmos, -
9:03 - 9:06e que isso é refletido no nosso
trabalho e na nossa música. -
9:06 - 9:11Obviamente, pelo continente
há pessoas como Nnedi Okorafor, -
9:12 - 9:15que escreveu o livro "Quem Teme a Morte".
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9:15 - 9:18Esta é uma pintura fosca feita
pela queniana, Ivonne Wende, -
9:18 - 9:21sobre o livro "Quem Teme a Morte".
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9:21 - 9:27No livro, Nnedi usa a ideia
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9:27 - 9:31de manipular a tecnologia,
como a conhecemos, -
9:31 - 9:35para entender onde estamos
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9:35 - 9:38ou para tentar dominar nosso ambiente.
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9:38 - 9:41Como africanos, fazemos isso o tempo todo.
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9:41 - 9:44Usamos tecnologia que tem sido usada
fora do nosso espaço, -
9:44 - 9:48ou que foi inventada
fora dos nossos espaços, -
9:48 - 9:51e a usamos do nosso jeito.
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9:51 - 9:57Em "Quem Teme a Morte", Nnedi Okarafor
cria estas máquinas específicas -
9:57 - 9:59chamadas estações de captação de água,
-
9:59 - 10:02e elas absorvem toda a água
da atmosfera ao redor delas -
10:02 - 10:05para que as pessoas possam
tomar banho e ter água para beber, -
10:05 - 10:07e assim por diante.
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10:07 - 10:09Esse é o lado ficcional disso,
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10:10 - 10:15mas, na prática, como os quenianos
estão usando o afrofuturismo? -
10:16 - 10:21Vou me referir ao site AfriGadget,
-
10:21 - 10:28que tem uma superabundância de pessoas
diferentes fazendo coisas criativas -
10:28 - 10:33e muito futurísticas, incluindo um jovem
de 13 anos chamado Richard Turere, -
10:33 - 10:39que criou uma lanterna
-
10:39 - 10:42que funciona através
de uma bateria de carro, -
10:42 - 10:46para afastar predadores
da propriedade de sua família. -
10:47 - 10:52Para mim é um jeito muito
afrofuturístico de usar tecnologia, -
10:52 - 10:57mas de um jeito muito rústico,
que faz sentido para nós. -
11:00 - 11:05No meu filme "Pumzi" eu usei
a ideia de tecnologia -
11:05 - 11:09e esta é uma foto do que podemos
chamar de gerador autoalimentado: -
11:09 - 11:12haveria algumas pessoas
correndo em esteiras -
11:12 - 11:16e isso geraria
eletricidade onde morassem. -
11:16 - 11:21Achei que estava sendo
criativa até pesquisar no Google. -
11:21 - 11:22(Risos)
-
11:22 - 11:24E eu não estava.
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11:24 - 11:26Geradores autoalimentados já existem.
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11:26 - 11:30São modos de usar energia cinética
para energizar estações. -
11:30 - 11:32No momento, não está completamente em uso,
-
11:32 - 11:36mas é uma ideia de formas
que podemos usar tecnologia -
11:36 - 11:39num cenário afrofuturista
-
11:39 - 11:42para fazer funcionar
nossas coisas do cotidiano. -
11:43 - 11:47Obviamente, não há como falar
do futuro sem falar de tecnologia. -
11:47 - 11:52No "Pumzi", eu também falo de comunicação
e sei por experiência própria -
11:52 - 11:57que sentaria numa mesa com um amigo
e trocaríamos "tuíte" um com o outro. -
11:58 - 12:01Aprendemos a nos comunicar
com 140 caracteres ou menos. -
12:03 - 12:08Até mesmo ao falar das coisas
que estão acontecendo na minha vida, -
12:08 - 12:12usarei uma "hashtag",
como se fosse parte da frase. -
12:15 - 12:19No "Pumzi", eu criei uma ideia,
-
12:19 - 12:21que veremos a seguir,
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12:21 - 12:26sobre como usamos diferentes camadas
de tecnologia para nos comunicarmos -
12:26 - 12:29e o processo de reflexão sobre isso
-
12:29 - 12:35é que procuramos por meios de comunicação
mais eficientes do que emotivos. -
12:36 - 12:39Para mim, o que é mais importante
e o que encontrei ao fazer o "Pumzi" -
12:40 - 12:45é que a ideia do afrofuturismo
funcionou melhor para mim -
12:45 - 12:51porque sou capaz de extrapolar ideias,
pensamentos e sentimentos que tenho -
12:51 - 12:53sobre como o mundo está funcionando
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12:53 - 12:56sem ofender pessoas ou sem ser grosseira.
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12:56 - 13:00Para mim, o "Pumzi"
é um reflexo da sociedade, -
13:00 - 13:03e foi filmado 35 anos
depois do "Water Wars", -
13:03 - 13:08no qual todos vivem dentro de casa porque
foi falado que o exterior está morto, -
13:08 - 13:14até que uma personagem,
Asher, acorda de um sonho, -
13:14 - 13:15o que não é permitido,
-
13:15 - 13:18pois todos deveriam
tomar supressivos para sonhos, -
13:18 - 13:24e encontra uma semente
que depois ela planta e começa a crescer. -
13:24 - 13:27Mas num mundo onde o exterior está morto,
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13:27 - 13:30e ela sendo a curadora
de um museu natural virtual, -
13:30 - 13:32e esse é o único lugar
que você tem acesso à natureza, -
13:33 - 13:38ela tem que encontrar um jeito
fora dela para provar que há vida. -
13:39 - 13:41Este é o "Pumzi".
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13:41 - 13:45Mas a minha metáfora do "Pumzi"
é sobre a vida e o sacrifício, -
13:45 - 13:48e o fato de que precisamos
cuidar da Mãe Natureza. -
13:49 - 13:53Temos que fazer sacrifícios
para viver nela -
13:53 - 13:59e temos que saber que o nosso
comportamento afetará futuras gerações. -
14:00 - 14:05Como uma contadora de histórias
na tradição do Kikuyu, -
14:05 - 14:09meu trabalho é ser uma vidente,
não somente uma historiadora, -
14:09 - 14:12e ser capaz, como Moreau,
que previu a chegada dos brancos -
14:12 - 14:17como se fossem borboletas coloridas
ou o trem no sentido do modo -
14:17 - 14:20que ele viu uma cobra
com fumaça saindo da cabeça, -
14:20 - 14:21e ser capaz de dizer:
-
14:21 - 14:25há mais na vida do que vemos
e ouvimos dos contadores de histórias. -
14:25 - 14:29Eles também têm uma voz
e a voz deles é importante. -
14:30 - 14:32Então, deixarei vocês
com um clipe do "Pumzi", -
14:32 - 14:38e esta é apenas uma indicação
das possibilidades da mente humana, -
14:38 - 14:41das possibilidades do afrofuturismo,
-
14:41 - 14:45e como o afrofuturismo
nos relaciona como africanos. -
14:45 - 14:47(Aplausos) (Vivas)
- Title:
- Afrofuturismo na cultura popular | Wanuri Kahiu | TEDxNairobi
- Description:
-
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
Em 2008, Wanuri completou seu primeiro longa-metragem "From A Whisper", baseado em fatos reais sobre dois atentados à bomba em embaixadas americanas em Nairobi e Dar es Salaam, no dia 7 de agosto de 1998. O filme ganhou cinco prêmios na "Africa Movie Academy Awards", incluindo melhor diretor e fotografia. Em 2009, ela escreveu e dirigiu o "Pumzi", um curta-metragem de ficção científica, que ganhou como melhor curta-metragem no Festival de Cannes, em maio de 2010, e levou a prata no "Carthage Film Festival Tunisia", em outubro de 2010. Agora, Wanuri está adaptando dois livros para filmes de longa-metragem.
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- English
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- TEDxTalks
- Duration:
- 15:12
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