Como o cérebro de uma libélula é projetado para matar
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0:00 - 0:03Greg Gage: Se eu lhe pedisse para pensar
num animal assassino feroz, -
0:03 - 0:05você talvez pensaria num leão,
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0:05 - 0:07e, apesar de suas maravilhosas
habilidades predatórias, -
0:07 - 0:11seu índice de sucesso é só cerca de 20%
na captura de uma refeição. -
0:11 - 0:15Um dos caçadores de maior sucesso
em todo o reino animal é surpreendente: -
0:15 - 0:17a libélula.
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0:17 - 0:19Libélulas são moscas assassinas
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0:19 - 0:20e, quando veem uma mosca menor,
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0:20 - 0:23têm cerca de 97% de chance
de pegá-la para uma refeição. -
0:23 - 0:24Isso ocorre em pleno voo.
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0:24 - 0:28Mas como um inseto tão pequeno
consegue ser tão preciso? -
0:28 - 0:29Veremos, neste episódio,
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0:29 - 0:33como o cérebro da libélula é altamente
especializado para ser assassino mortal. -
0:33 - 0:36[Neurociência Faça Você Mesmo]
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0:36 - 0:38O que faz da libélula
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0:38 - 0:40um dos predadores
de maior sucesso do reino animal? -
0:40 - 0:42Primeiro: os olhos.
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0:42 - 0:44Ela tem uma visão de quase 360 graus.
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0:44 - 0:45Segundo: as asas.
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0:45 - 0:47Com controle individual das asas,
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0:47 - 0:49a libélula se move com precisão
em qualquer direção. -
0:49 - 0:53Mas o verdadeiro segredo do sucesso
da libélula é como seu cérebro -
0:53 - 0:57coordena essa informação complexa
entre os olhos e as asas -
0:57 - 0:59e transforma a caça em um simples reflexo.
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0:59 - 1:00Para este estudo,
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1:00 - 1:03Jaimie passou muito tempo
se socializando com libélulas. -
1:03 - 1:05O que é preciso para seus experimentos?
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1:05 - 1:07Jaimie Spahr: Primeiro, libélulas.
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1:07 - 1:10Oliver: Tenho uma rede
para pegar as libélulas. -
1:10 - 1:13JS: Quanto mais eu trabalhava com elas,
mais ficava aterrorizada. -
1:13 - 1:16São muito assustadoras,
especialmente sob um microscópio. -
1:16 - 1:19Têm mandíbulas muito afiadas,
costumam ser bastante agressivas, -
1:19 - 1:21o que também as ajuda
a serem boas predadoras. -
1:21 - 1:24GG: Para aprender o que acontece
dentro do cérebro da libélula -
1:24 - 1:26quando ela vê uma presa,
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1:26 - 1:29vamos escutar uma conversa
entre os olhos e as asas. -
1:29 - 1:33Para isso, temos que anestesiar
a libélula no gelo -
1:33 - 1:36e nos certificar de proteger as asas
para que possamos liberá-la depois. -
1:36 - 1:37O cérebro da libélula
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1:37 - 1:40é composto de células especializadas
chamadas neurônios, -
1:40 - 1:44que permitem a ela
ver e se mover com rapidez. -
1:44 - 1:47Os neurônios individuais
formam circuitos que se conectam -
1:47 - 1:50por meio de fios longos
e minúsculos chamados axônios, -
1:50 - 1:53sobre os quais os neurônios
se comunicam usando eletricidade. -
1:53 - 1:56Na libélula, colocaremos
pequenos fios de metal, ou eletrodos, -
1:56 - 1:58ao longo das trilhas do axônio.
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1:58 - 1:59Isso é muito legal.
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1:59 - 2:02Na libélula, há somente
16 neurônios, 8 por olho, -
2:02 - 2:05que informam às asas
a posição exata do alvo. -
2:05 - 2:08Colocamos os eletrodos
para gravar a partir desses neurônios -
2:08 - 2:10que conectam os olhos às asas.
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2:10 - 2:12Sempre que uma mensagem
passa do olho para a asa, -
2:12 - 2:16nosso eletrodo intercepta essa conversa
na forma de uma corrente elétrica -
2:16 - 2:17e a amplifica.
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2:17 - 2:21Podemos ouvi-la e vê-la
na forma de um pico, -
2:21 - 2:23que também chamamos de potencial de ação.
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2:23 - 2:24Agora vamos escutar.
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2:24 - 2:28Neste momento, temos a libélula
virada de cabeça para baixo. -
2:28 - 2:31Ela está olhando para o chão.
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2:31 - 2:33Vamos pegar uma presa,
o que, às vezes, chamamos de alvo. -
2:33 - 2:36Neste caso, o alvo será uma mosca falsa.
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2:36 - 2:39Vamos movê-la na mira da libélula.
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2:41 - 2:42(Zumbido)
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2:42 - 2:44Oh!
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2:45 - 2:46Oh, veja isso.
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2:50 - 2:52Observe, mas é apenas em uma direção.
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2:53 - 2:54Ah, sim!
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2:55 - 2:57Você não vê picos quando avanço,
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2:57 - 2:59mas eles estão presentes quando volto.
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2:59 - 3:00Em nossos experimentos,
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3:00 - 3:03conseguimos ver que os neurônios
da libélula disparavam -
3:03 - 3:06quando movíamos o alvo
em uma direção, mas não na outra. -
3:06 - 3:07Por quê?
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3:07 - 3:08Lembra-se de que eu disse
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3:08 - 3:11que a libélula tinha uma visão
de quase 360 graus? -
3:11 - 3:14Há uma seção do olho chamada fóvea,
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3:14 - 3:17que é a parte com a acuidade
visual mais nítida. -
3:17 - 3:19Você pode pensar nela como uma mira.
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3:19 - 3:21Lembra-se de que eu disse
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3:21 - 3:24que a libélula tinha controle individual
preciso de suas asas? -
3:24 - 3:28Ao ver sua presa, a libélula treina
sua mira sobre ela -
3:28 - 3:30e, ao longo de seus axônios,
envia mensagens -
3:30 - 3:32apenas para os neurônios
que controlam as partes das asas -
3:32 - 3:35necessárias para manter
a libélula no alvo. -
3:35 - 3:38Portanto, se a presa
estiver à esquerda da libélula, -
3:38 - 3:42apenas os neurônios que puxam as asas
para a esquerda são estimulados. -
3:42 - 3:44Se a presa se mover
para a direita da libélula, -
3:44 - 3:48esses neurônios não serão necessários
e permanecerão quietos. -
3:48 - 3:50A libélula acelera em direção à presa
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3:50 - 3:53em um ângulo fixo que é comunicado
por essa mira às asas -
3:53 - 3:55e então, bum, jantar.
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3:55 - 3:57Tudo isso acontece
em uma fração de segundo -
3:57 - 4:00e é fácil para a libélula,
quase como um reflexo. -
4:00 - 4:04Todo esse processo incrivelmente eficaz
é chamado de fixação. -
4:04 - 4:07Mas há mais uma história nesse processo.
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4:07 - 4:09Vimos como os neurônios
reagem a movimentos, -
4:09 - 4:12mas como a libélula sabe que algo
é realmente uma presa? -
4:13 - 4:14É aqui que o tamanho importa.
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4:14 - 4:17Vamos mostrar à libélula
uma série de pontos. -
4:29 - 4:30Ah, sim!
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4:30 - 4:32JS: Sim, ela prefere esse.
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4:32 - 4:34GG: De todos os tamanhos,
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4:34 - 4:37descobrimos que a libélula reagiu
a alvos menores em vez dos maiores. -
4:38 - 4:39Em outras palavras,
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4:39 - 4:42a libélula foi programada
para perseguir moscas menores -
4:42 - 4:44versus algo muito maior, como um pássaro.
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4:44 - 4:47Assim que reconhece algo
como uma presa, -
4:47 - 4:50a pobre mosca tem apenas
alguns segundos de vida. -
4:50 - 4:52Hoje conseguimos ver
como o cérebro da libélula funciona -
4:52 - 4:54para torná-la uma assassina muito eficaz.
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4:54 - 4:58E sejamos gratos por não termos vivido
há 300 milhões de anos, -
4:58 - 5:01quando as libélulas
eram do tamanho de gatos.
- Title:
- Como o cérebro de uma libélula é projetado para matar
- Speaker:
- DIY Neuroscience
- Description:
-
Libélulas conseguem capturar presas com precisão quase perfeita, a melhor entre todos os predadores. Mas como algo com tão poucos neurônios alcança essa proeza? Nossos intrépidos neurocientistas exploram, por meio de sensores e uma mosca falsa, como uma libélula se prende de modo certeiro à sua presa e faz a captura em milissegundos.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED Series
- Duration:
- 05:17
Elisa Santos approved Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill | ||
Elisa Santos accepted Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill | ||
Elisa Santos edited Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill | ||
Elisa Santos edited Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill | ||
Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill | ||
Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill | ||
Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill | ||
Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for How a dragonfly's brain is designed to kill |