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O poder de um centro comunitário | Joana Dionísio | TEDxSetúbal

  • 0:10 - 0:12
    A pergunta que se faz hoje é: "Para onde?"
  • 0:12 - 0:15
    E foi a pergunta que eu já fiz
    várias vezes na minha vida
  • 0:15 - 0:18
    e que me veio à mente três vezes
    para falar aqui hoje.
  • 0:18 - 0:21
    A primeira vez foi quando me perguntei
  • 0:21 - 0:24
    para onde ia a nossa sociedade.
  • 0:24 - 0:28
    Essas notícias são verdadeiras,
    são de jornais,
  • 0:28 - 0:31
    publicadas entre 2000 e 2018
  • 0:31 - 0:33
    e são notícias horríveis,
  • 0:33 - 0:36
    como já tiveram oportunidade de ler;
  • 0:38 - 0:40
    e são verdadeiras.
  • 0:41 - 0:43
    O que me faz pensar
  • 0:43 - 0:45
    em como é que chegamos ao ponto
  • 0:45 - 0:48
    de deixar que notícias assim aconteçam,
  • 0:48 - 0:50
    principalmente esta última,
    que me choca bastante.
  • 0:50 - 0:52
    Como é que alguém morre em casa
  • 0:52 - 0:56
    e não nos damos conta
    de que o nosso vizinho morreu?
  • 0:56 - 0:58
    É algo que me deixa muito triste
  • 0:58 - 1:01
    e foi algo em que pensei
    durante algum tempo.
  • 1:01 - 1:04
    A segunda pergunta era
    para onde ia a minha comunidade.
  • 1:05 - 1:07
    Eu moro no bairro 25 de Abril,
    aqui em Setúbal.
  • 1:07 - 1:09
    Para quem não conhece,
  • 1:09 - 1:12
    é um bairro que antes se chamava
    Bairro Fundação Salazar.
  • 1:12 - 1:16
    É um bairro bem antigo
  • 1:16 - 1:19
    fundado antes do "25 de Abril".
  • 1:19 - 1:21
    É um bairro de conjuntos habitacionais,
  • 1:21 - 1:24
    que são destinados às pessoas carentes,
    economicamente desfavorecidos.
  • 1:25 - 1:29
    Mas também é um bairro muito diferente,
    quando se compara aos que vocês conhecem.
  • 1:30 - 1:33
    É um bairro onde conhecemos
    todas as pessoas.
  • 1:33 - 1:36
    Literalmente, todas as pessoas.
  • 1:36 - 1:38
    Não dizemos apenas "Olá" e "Boa tarde",
  • 1:38 - 1:42
    nós conhecemos as vizinhas, os primos,
    os namorados, as tias, as filhas
  • 1:42 - 1:45
    e sabemos que a vizinha
    do quinto andar do lado esquerdo
  • 1:45 - 1:49
    já não namora mais o mesmo namorado
    porque sai com outro homem há três dias.
  • 1:49 - 1:51
    Nós sabemos de tudo, mesmo.
  • 1:51 - 1:54
    Nossas câmeras de vigilância
  • 1:54 - 1:57
    são as velhinhas sentadas nos bancos.
  • 1:57 - 2:01
    Portanto, é uma comunidade rica,
    mas tem alguns defeitos.
  • 2:01 - 2:03
    É uma comunidade muito pobre,
  • 2:03 - 2:07
    e que tem alguns conflitos entre vizinhos
  • 2:07 - 2:09
    o que me faz pensar
  • 2:09 - 2:11
    que nela poderiam acontecer alguns fatores
  • 2:11 - 2:13
    que eu mencionei nas notícias anteriores;
  • 2:13 - 2:16
    que um dia, aquilo poderia acontecer
  • 2:16 - 2:20
    pela falta de ligação entre as pessoas
  • 2:20 - 2:23
    porque, apesar de nos conhecermos
    e de nos darmos bem,
  • 2:23 - 2:26
    havia problemas que eu acho
    que poderiam ser resolvidos.
  • 2:27 - 2:31
    A terceira pergunta que me perguntei
    era "Para onde eu iria?"
  • 2:31 - 2:33
    Nascida e criada em Setúbal,
  • 2:33 - 2:35
    com um gostinho pelo ativismo
  • 2:35 - 2:39
    e com a ideia na cabeça
    de que consigo mudar o mundo.
  • 2:39 - 2:42
    Portanto, pensei onde eu poderia ir
  • 2:43 - 2:46
    para poder mudar o meu bairro
  • 2:46 - 2:49
    e poder mudar o mundo.
  • 2:49 - 2:52
    O engraçado é que a resposta
    para as três perguntas foi a mesma.
  • 2:52 - 2:54
    "O terreno do prédio 16".
  • 2:54 - 2:58
    Este é um terreno que está
    disponível no meu bairro.
  • 2:58 - 3:01
    Ficou disponível porque era
    pra ser uma creche,
  • 3:01 - 3:03
    depois uma associação,
  • 3:03 - 3:07
    Poderia ser várias coisas
    e até agora não foi nada.
  • 3:08 - 3:10
    E agora está disponível.
  • 3:10 - 3:12
    As minhas vizinhas souberam
    e vieram logo me contar.
  • 3:12 - 3:15
    Eu, sempre cheia de energia,
  • 3:15 - 3:16
    vieram logo me dizer:
  • 3:16 - 3:19
    "Olha, o terreno está disponível,
    vai logo pedir pra gente."
  • 3:20 - 3:23
    E foi isso que eu fiz;
    eu fui pedir o terreno.
  • 3:24 - 3:26
    Então, fui a uma reunião e perguntei
  • 3:26 - 3:29
    qual era a ideia que tinham
    para aquele espaço
  • 3:29 - 3:32
    e me disseram "um centro comunitário".
  • 3:32 - 3:34
    Eu já tinha arquitetado
    com as minhas vizinhas
  • 3:34 - 3:35
    e disse logo que sim.
  • 3:35 - 3:39
    Se me perguntassem: "Você sabe
    o que é um centro comunitário?"
  • 3:39 - 3:41
    eu responderia: "Não".
  • 3:41 - 3:43
    Eu tenho uma noção,
    como acho que todos aqui têm,
  • 3:43 - 3:45
    mas não muito mais que isso.
  • 3:45 - 3:49
    Eu não possuía um conhecimento
    profundo sobre o assunto.
  • 3:49 - 3:54
    Então, fui pesquisar no Google,
    como qualquer pessoa faz em 2018,
  • 3:54 - 3:58
    e a melhor definição que achei foi esta:
  • 3:58 - 4:01
    "O centro comunitário elege
    como alvo prioritário da sua ação
  • 4:01 - 4:04
    a família e a comunidade,
    sem perder de vista
  • 4:04 - 4:07
    a situação particular
    e específica de cada pessoa".
  • 4:07 - 4:11
    Primeiro, achei que isso é uma definição
    da Direção Geral da Ação Social,
  • 4:11 - 4:12
    não está errada,
  • 4:13 - 4:14
    contudo, achei que soava fria,
  • 4:14 - 4:18
    não era algo que eu
    verdadeiramente queria ouvir.
  • 4:18 - 4:21
    Então, pesquisei exemplos,
  • 4:21 - 4:25
    e vi vários centros comunitários
    que faziam coisas interessantes,
  • 4:25 - 4:29
    faziam várias atividades
    com pessoas idosas,
  • 4:29 - 4:32
    faziam brincadeiras com crianças,
  • 4:32 - 4:35
    ajudavam crianças em situações
    de desestrutura familiar
  • 4:35 - 4:39
    e todo o trabalho feito
    deve ser valorizado.
  • 4:39 - 4:44
    Contudo, eu tive uma visão
    de algo que poderia ser diferente
  • 4:44 - 4:47
    e algo que poderia ser mais vantajoso.
  • 4:47 - 4:52
    A minha ideia seria criar um formulário
  • 4:52 - 4:54
    para cada pessoa da comunidade,
  • 4:54 - 4:57
    em que constasse o nome,
    idade, membros familiares
  • 4:57 - 5:01
    necessidades, hobbies,
    saberes, inexperiências,
  • 5:01 - 5:03
    gostos pelos animais e pela natureza.
  • 5:04 - 5:05
    O que isto me permitirá saber?
  • 5:06 - 5:10
    A primeira parte dos dados
    permitirá identificar a pessoa em questão;
  • 5:10 - 5:12
    a idade e seus membros familiares:
  • 5:12 - 5:15
    assim saberei quantas pessoas
    vivem em cada casa,
  • 5:15 - 5:18
    as idades delas, se há discrepâncias,
  • 5:18 - 5:20
    se existem menores vivendo
    com pessoas idosas
  • 5:20 - 5:22
    se existem idosos morando sozinhos;
  • 5:23 - 5:25
    e suas necessidades.
  • 5:25 - 5:27
    Ou seja, assim podemos
    identificar várias coisas
  • 5:27 - 5:30
    que irão ajudar a minha comunidade.
  • 5:30 - 5:33
    As pessoas que vivem sozinhas
  • 5:33 - 5:37
    poderão participar
    de oficinas e atividades
  • 5:37 - 5:41
    e coisas que façam essas pessoas
    saírem de casa,
  • 5:41 - 5:44
    e tenham convívio social,
    que não se isolem numa depressão
  • 5:44 - 5:49
    ou, em casos piores,
    tirem a própria vida ou morram,
  • 5:49 - 5:52
    ou outras situações tristes do gênero.
  • 5:52 - 5:54
    Irei também identificar as necessidades,
  • 5:54 - 5:56
    porque ninguém vai querer saber,
  • 5:56 - 6:00
    ninguém quer ouvir falar
    que a vizinha do lado passa fome,
  • 6:00 - 6:02
    quando nós temos uma mesa farta.
  • 6:02 - 6:05
    Isso fará com que possamos criar
    eventos de trocas de alimentos,
  • 6:05 - 6:07
    trocas de artigos
  • 6:07 - 6:11
    e acabar com as necessidades
    nas comunidades.
  • 6:11 - 6:14
    Os hobbies, os saberes e as inexperiências
  • 6:14 - 6:19
    também permitirão criar oficinas
  • 6:19 - 6:20
    para trocas de saberes.
  • 6:20 - 6:24
    Os idosos ensinarão os mais novos
    e os mais novos ensinarão os idosos.
  • 6:24 - 6:29
    Os idosos ensinarão a costurar,
    tricotar, cozinhar...
  • 6:29 - 6:32
    os mais novos ensinarão o Facebook,
  • 6:32 - 6:38
    a criar documentos no Word,
  • 6:38 - 6:41
    ensinarão várias coisas
    que os idosos não sabem.
  • 6:41 - 6:44
    Nessa troca de saberes,
    também haverá o convívio
  • 6:44 - 6:48
    e haverá também a proximidade,
  • 6:48 - 6:51
    aquela proximidade
    que às vezes vemos acabar
  • 6:51 - 6:53
    e que culmina na falta de respeito,
  • 6:53 - 6:58
    que eu sinto que é isso
    que temos feito ultimamente,
  • 6:58 - 7:01
    nos afastamos cada vez mais do próximo.
  • 7:01 - 7:03
    Depois, o gosto pelos animais
    e pela natureza
  • 7:03 - 7:06
    é uma questão própria do meu bairro.
  • 7:07 - 7:11
    Nós temos vários animais,
    temos muitos gatos.
  • 7:11 - 7:13
    O gosto pelos animais vai fazer
  • 7:13 - 7:16
    com que criemos uma comunidade,
  • 7:16 - 7:20
    criemos um website
  • 7:20 - 7:25
    para que os animais sejam adotados,
  • 7:25 - 7:27
    acabando também com esse problema,
  • 7:27 - 7:34
    que, infelizmente, para muitos,
    é um problema de saúde pública.
  • 7:34 - 7:36
    Não que eu concorde 100%,
  • 7:36 - 7:38
    contudo, comunidade é isso mesmo.
  • 7:38 - 7:39
    Temos ideias diferentes
  • 7:39 - 7:41
    e todas as pessoas têm de me respeitar
  • 7:41 - 7:43
    como tenho de respeitar todas as pessoas.
  • 7:43 - 7:47
    O gosto pela natureza é porque
    esta parte aqui de baixo
  • 7:48 - 7:52
    é um descampado enorme.
  • 7:53 - 7:56
    Poderemos usar para fazer
    hortas comunitárias
  • 7:56 - 8:00
    podemos embelezar
    com canteiros, com flores.
  • 8:00 - 8:01
    Qual a vantagem disso?
  • 8:01 - 8:03
    Vamos usar como exemplo as necessidades:
  • 8:03 - 8:07
    Caso alguém passe fome, podemos
    plantar nossa própria comida,
  • 8:07 - 8:11
    e ao menos prover
    uma alimentação vegetariana
  • 8:11 - 8:13
    a todos os indivíduos da comunidade.
  • 8:13 - 8:16
    Claro que essa foi uma ideia
    que eu tive para o meu bairro,
  • 8:16 - 8:19
    porque a questão foi
    colocada no meu bairro.
  • 8:20 - 8:25
    Contudo, este é um projeto
    que tem como objetivo
  • 8:25 - 8:29
    abranger todos os espaços, em todo o país.
  • 8:29 - 8:32
    Porque mesmo que agora
    não tenhamos o centro comunitário
  • 8:32 - 8:34
    com toda essa aproximação
  • 8:34 - 8:37
    e essa ligação entre todos,
  • 8:37 - 8:41
    mas que possamos mesmo bater de frente
    com o problema, que são as necessidades,
  • 8:43 - 8:46
    quando tivermos, por exemplo,
    o centro no meu bairro,
  • 8:46 - 8:48
    outro centro no bairro ao lado, em Setúbal
  • 8:48 - 8:49
    em outro bairro,
  • 8:49 - 8:52
    haverá mais centros comunitários.
  • 8:52 - 8:56
    Isso fará com que depois,
    já tendo uma comunidade próxima,
  • 8:56 - 8:59
    consigamos criar comunidades
    próximas entre outros bairros.
  • 8:59 - 9:03
    Futuramente, expandiremos
    para cima e para baixo,
  • 9:03 - 9:05
    e quando nos dermos conta,
  • 9:05 - 9:07
    Portugal inteiro será uma comunidade.
  • 9:07 - 9:10
    E poderemos fazer isso globalmente,
  • 9:10 - 9:13
    fazendo com que o mundo inteiro
    seja uma comunidade.
  • 9:13 - 9:19
    Sei que agora esse projeto parece utópico,
    e que todos estão pensando:
  • 9:19 - 9:22
    "Nossa, isso é muito bonito
    na teoria, mas na prática..."
  • 9:22 - 9:24
    Mas a verdade é que somos todos humanos,
  • 9:24 - 9:28
    somos todos feitos da mesma matéria,
  • 9:28 - 9:30
    somos feitos de carne e osso
  • 9:30 - 9:34
    e temos de nos aproximar cada vez mais
    entre nós, como pessoas
  • 9:34 - 9:37
    e lutarmos cada vez mais
  • 9:37 - 9:40
    por nós mesmos e pela nossa comunidade.
  • 9:40 - 9:43
    Assim, criando essa rede global,
  • 9:43 - 9:46
    podemos ter a noção de várias coisas.
  • 9:46 - 9:48
    Termos noção das necessidades
  • 9:48 - 9:50
    e podermos criar coisas
    muito interessantes
  • 9:50 - 9:52
    como viagens entre bairros,
  • 9:52 - 9:54
    entre cidades,
  • 9:54 - 9:58
    e pessoas que hoje não têm
    dinheiro para comer,
  • 9:58 - 10:02
    amanhã poderão ter comida
    na mesa com este meu projeto
  • 10:02 - 10:05
    e poderão comer no norte ou em Algarve
  • 10:05 - 10:08
    ou em qualquer lugar
    onde sequer cogitaram estar.
  • 10:08 - 10:10
    Porque, por incrível que pareça,
  • 10:10 - 10:12
    há pessoas que sonham em andar de avião,
  • 10:12 - 10:15
    coisa que, se pensar, aqui tem pessoas
  • 10:15 - 10:18
    que já andaram duas ou três vezes.
  • 10:18 - 10:22
    E podemos fazer isso com amor ao próximo.
  • 10:22 - 10:24
    Por que tive essa ideia?
  • 10:24 - 10:26
    Primeiro, porque eu acho que aquela frase
  • 10:26 - 10:30
    "Pensar local para agir global"
  • 10:30 - 10:31
    é o melhor.
  • 10:31 - 10:33
    Não podemos pensar em mudar o mundo
  • 10:33 - 10:35
    se não mudamos o nosso próximo.
  • 10:35 - 10:36
    Não podemos pensar:
  • 10:36 - 10:40
    "Se eu estivesse no Brasil,
    não votaria no Bolsonaro",
  • 10:40 - 10:43
    mas, depois, não conseguir
    ajudar o próximo
  • 10:43 - 10:45
    porque quero um esmalte cor-de-rosa.
  • 10:45 - 10:49
    A verdade é que temos de pensar
    sempre local para agir global.
  • 10:49 - 10:52
    Esta ideia também me veio
  • 10:52 - 10:54
    porque eu vi este vídeo,
  • 10:54 - 11:00
    que se chama "Alegoria
    das grandes colheres".
  • 11:00 - 11:02
    É uma campanha da Cáritas.
  • 11:02 - 11:04
    A verdade é que é isso que fazemos.
  • 11:04 - 11:06
    Sempre que temos uma dificuldade.
  • 11:06 - 11:08
    o ser humano tem a ideia brilhante
  • 11:08 - 11:11
    de que "porrada que é bom"
    e que "confusão é que é bom"
  • 11:11 - 11:14
    e "afastar-se do próximo é a solução",
  • 11:15 - 11:17
    e é isso que acontece, até chegar ao caos,
  • 11:17 - 11:20
    nesse caso, uma colher quebrada.
  • 11:21 - 11:23
    E é isto que eu proponho hoje:
  • 11:23 - 11:24
    pegar da minha colher
  • 11:24 - 11:27
    e dar a todos vocês,
    dar a todos do meu bairro,
  • 11:27 - 11:28
    dar a todos.
  • 11:28 - 11:32
    É criar um formulário por pessoa
  • 11:32 - 11:35
    e termos noção das dificuldades
    que essa pessoa está passando
  • 11:36 - 11:39
    a nível financeiro, social,
  • 11:39 - 11:40
    a nível mental,
  • 11:40 - 11:44
    e criar uma sociedade
    que dê cor e vida uns aos outros.
  • 11:44 - 11:46
    Porque nós somos seres humanos
  • 11:46 - 11:48
    e é por isso que estamos aqui.
  • 11:48 - 11:50
    Se temos de ter
    uma missão na vida, é esta:
  • 11:51 - 11:52
    ajudar o próximo.
  • 11:53 - 11:56
    Então, quero terminar dizendo
  • 11:56 - 11:58
    que eu não estou sozinha,
  • 11:58 - 12:01
    estão comigo todos do meu bairro social,
  • 12:02 - 12:04
    todas as pessoas dos bairros sociais,
  • 12:05 - 12:06
    todos que passam fome,
  • 12:06 - 12:09
    todas as pessoas que vivem
    em condições desumanas,
  • 12:10 - 12:13
    mas também estão a mudança
    e o querer algo melhor,
  • 12:13 - 12:15
    o querer um centro comunitário
  • 12:15 - 12:18
    onde todas as pessoas possam se aproximar.
  • 12:20 - 12:23
    A pergunta que deixo para vocês hoje é:
  • 12:23 - 12:27
    "Se o centro comunitário existir,
    que é por isso que estou lutando,
  • 12:27 - 12:29
    se esta for a mudança, eu vou.
  • 12:29 - 12:30
    Vocês vem comigo?"
  • 12:30 - 12:31
    Obrigada.
  • 12:31 - 12:34
    (Aplausos)
Title:
O poder de um centro comunitário | Joana Dionísio | TEDxSetúbal
Description:

"A pergunta do dia é 'Para onde?' e é uma pergunta que eu me fiz várias vezes na minha vida e que me veio à mente três vezes para falar aqui hoje", diz Joana Dionísio, ativista no Apoio à Comunidade.

Esta palestra foi dada num evento TEDx que usa o formato de conferências TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais acesse http://ted.com/tedx

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Video Language:
Portuguese
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:43

Portuguese, Brazilian subtitles

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