A arte do labirinto | Adrian Fisher | TEDxCapeMay
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0:23 - 0:26Os americanos são
comunicadores compulsivos, -
0:26 - 0:28obviamente, tal como esta conferência.
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0:28 - 0:30Mas o que me surpreende
é que levam isso muito a peito, -
0:30 - 0:32individualmente.
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0:32 - 0:36Uma vez, passei um tempo
numa casa de campo em Maryland. -
0:36 - 0:40Estava na casa de banho,
a lavar os dentes, -
0:40 - 0:43virei-me e olhei para cima.
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0:43 - 0:46Descobri recados
na parede da casa de banho: -
0:46 - 0:48"Escolhe o teu parceiro na vida
cuidadosamente. -
0:49 - 0:53"95% da tua felicidade ou não
depende dessa decisão". -
0:54 - 0:55(Risos)
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0:56 - 0:59Tenho de guardar a escova de dentes.
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1:01 - 1:04Isso aconteceu antes do pequeno almoço.
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1:04 - 1:07Quando o meu anfitrião me convidou
para vir falar aqui, -
1:07 - 1:11muito amavelmente, perguntou-me
se eu ia trazer a minha noiva. -
1:12 - 1:14Eu disse: "Infelizmente, não".
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1:14 - 1:16Mas isso deixou-me a pensar.
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1:16 - 1:20A minha mulher Marie e eu
temos seis netos. -
1:20 - 1:23O nosso filho mais novo tem 16 anos.
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1:23 - 1:27Em Inglaterra, a palavra "noiva"
refere-se apenas ao dia do casamento. -
1:28 - 1:31Mas fiquei muito honrado
por ele ter reconhecido em Marie -
1:31 - 1:33as qualidades maravilhosas de uma noiva
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1:33 - 1:36que nos dão tanta felicidade
todos os dias. -
1:38 - 1:40Cá está ela, estão a ver?
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1:40 - 1:42Felizmente, somos todos diferentes.
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1:42 - 1:45O parceiro ideal para cada um de nós,
é alguém diferente, -
1:45 - 1:49assim, há espaço para milhões
de esposas com qualidades de noivas -
1:49 - 1:52e, esperemos, muitos maridos
com qualidades de noivos. -
1:52 - 1:57Por isso, 95% da nossa procura
de felicidade já está assegurada. -
1:57 - 1:59(Risos)
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2:00 - 2:03Ok, virando-me para os outros 5%
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2:06 - 2:08— eu sou um artista.
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2:08 - 2:12A forma de arte que escolhi é o labirinto.
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2:13 - 2:17Este é um exemplo de um desenho
que está hoje na paisagem em Inglaterra. -
2:17 - 2:19É de Alice no País das Maravilhas.
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2:19 - 2:21Vemos Alice em cima
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2:21 - 2:24e, quando damos a volta
e ficamos no meio do morro, -
2:25 - 2:28vemos o Chapeleiro Maluco,
o Coelho Branco, o Gato Risonho, -
2:28 - 2:32a Rainha de Copas, o Grifo,
a Tartaruga Fingida e o Dodô. -
2:32 - 2:37Tudo acontece num chá festivo,
por isso, vemos o bule no meio. -
2:39 - 2:43O relógio, com a escada para subir
e descer à torre, marca 4 horas -
2:43 - 2:45que, em Inglaterra, é a hora do chá.
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2:45 - 2:47E há um pequeno Arganaz no ponteiro
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2:47 - 2:49e cartas de jogar no final.
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2:49 - 2:51Antes de vocês começarem
a olhar para isto, -
2:51 - 2:54como um quebra-cabeças físico,
na paisagem, para solucionar, -
2:54 - 2:57também há este rico
e maravilhoso simbolismo. -
2:58 - 3:00Acho que tenho
o melhor trabalho do mundo. -
3:00 - 3:02Tenho conhecido várias pessoas
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3:02 - 3:05que também afirmam ter
o melhor trabalho do mundo -
3:05 - 3:06— o trabalho delas —
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3:06 - 3:08o que é ótimo.
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3:08 - 3:10Felizmente, há espaço
para muitas pessoas afirmarem isso -
3:11 - 3:14visto que todas as nossas profissões
e todos nós somos diferentes. -
3:14 - 3:18Talvez uma forma de a Humanidade
procurar a felicidade -
3:18 - 3:21seja ter tantas pessoas
quantas possível, a procurar -
3:21 - 3:23e, para cada uma delas, a encontrar
-
3:23 - 3:25o melhor trabalho do mundo.
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3:25 - 3:28Assim, há mais felicidade.
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3:28 - 3:31Adiante, voltando aos labirintos.
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3:32 - 3:35Este é um labirinto em Itália
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3:35 - 3:37com um labirinto de sebe ao fundo
e uma torre no meio -
3:37 - 3:41e diversas pessoas
a divertirem-se no labirinto. -
3:41 - 3:43O Blenheim Palace —
este é para o Duque de Marlborough. -
3:43 - 3:48Sebes de teixo finamente aparadas
numa paisagem histórica. -
3:48 - 3:50Na República Checoslovaca
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3:50 - 3:52este está situado numa paisagem
muito bonita. -
3:52 - 3:54É um caminho de sentido único
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3:54 - 3:56— mais do que um labirinto,
um caminho de vida. -
3:57 - 4:00E este é um que criei
no meu jardim em Inglaterra, -
4:00 - 4:02que é um labirinto de relva.
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4:02 - 4:04Retrocede muitos séculos
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4:04 - 4:07e as crianças seguem o caminho da vida:
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4:07 - 4:11é o fio do tempo,
do nascimento à morte e ressurreição. -
4:12 - 4:15Este parece que está ali há séculos
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4:15 - 4:18que os anéis de pedra foram esquecidos,
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4:18 - 4:21que as plantas ganharam raízes
e cresceram. -
4:21 - 4:23Mas só foi feito há uns anos
-
4:23 - 4:25deixando propositadamente
as árvores onde elas estavam -
4:25 - 4:28para criar a sensação de antigo,
mas a atmosfera é ótima. -
4:28 - 4:31As pessoas vão para lá meditar.
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4:32 - 4:35Há 500 anos, tivemos
uma dinastia chamada os Tudor -
4:35 - 4:37e esta era a casa dessa época.
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4:37 - 4:43Em 1985, criámos um labirinto Tudor Rose,
para comemorar esse evento histórico. -
4:44 - 4:47Creio que o nosso país
foi fundado um pouco depois. -
4:47 - 4:49(Risos)
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4:49 - 4:50Um labirinto aquático.
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4:50 - 4:53Que divertido quando temos
outra dimensão, a dimensão do tempo. -
4:53 - 4:55As paredes sobem e descem
ao longo do tempo. -
4:55 - 4:58Entramos numa cela,
a companheira entra na cela ao lado, -
4:58 - 5:00a água cresce entre nós dois.
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5:00 - 5:01O futuro dela é diferente do nosso.
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5:01 - 5:03Podemos ir para o lado,
mas ela não pode. -
5:03 - 5:05Ela segue em frente
para a cela seguinte, -
5:05 - 5:07mas nós não podemos.
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5:07 - 5:11Portanto, uma interessante reviravolta
na dimensão do tempo. -
5:12 - 5:16Em Liverpool, em 1984,
houve um festival internacional de jardins -
5:16 - 5:19e este foi o labirinto dos Beatles
que criámos, com um submarino. -
5:19 - 5:23Sua Majestade a Rainha
veio e abriu o labirinto -
5:23 - 5:25o que foi muito divertido.
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5:25 - 5:27Se forem ao Dubai,
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5:28 - 5:32este é um labirinto na fachada
de um edifício que tem 180 metros -
5:32 - 5:36com 55 pisos de varandas e paredes.
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5:36 - 5:39Não é para ser experimentado,
a não ser que sejam o Homem Aranha. -
5:39 - 5:40(Risos)
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5:40 - 5:43Lá dentro, podem ver
um labirinto de espelhos. -
5:43 - 5:45Este aqui é no México.
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5:45 - 5:48Se tiverem três bebés,
podem ter a ilusão de dezoito. -
5:48 - 5:50(Risos)
-
5:51 - 5:56Conceber um labirinto é como jogar
um jogo de xadrez com o público. -
5:56 - 5:58Tenho de pensar em todos os movimentos
antecipadamente -
5:58 - 6:01e, contudo, no fim,
tenho de vos deixar ganhar. -
6:01 - 6:04Tenho de vos deixar ganhar,
antes de vocês ficarem fartos. -
6:04 - 6:06Este é uma locomotiva.
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6:06 - 6:08Está situado na Pensilvânia,
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6:08 - 6:10com o caminho-de-ferro
da Pensilvânia a passar por baixo, -
6:11 - 6:12mas parece uma locomotiva a vapor.
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6:12 - 6:14É excitante este "puzzle".
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6:15 - 6:16É fascinante.
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6:16 - 6:19O percurso num labirinto
pode tornar-se numa aventura. -
6:19 - 6:20A satisfação de resolver o enigma
-
6:20 - 6:23é reforçada pela descoberta
dos seus sentidos ocultos. -
6:23 - 6:28A história decorre gradualmente
como no filme "Pulp Fiction", -
6:28 - 6:31em que a história não é contada
por ordem cronológica rigorosa. -
6:31 - 6:35Num labirinto, podem deparar-se
com algumas coisas mais de uma vez -
6:35 - 6:37e não reparar noutras coisas.
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6:37 - 6:39Esta é uma das formas
de tornar fascinante um labirinto, -
6:39 - 6:42porque cada visita é diferente.
-
6:42 - 6:44Mas o verdadeiro encontro artístico
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6:44 - 6:47é o que acontece quando
nos envolvemos com um labirinto -
6:47 - 6:49— como quando encontramos
uma escultura -
6:49 - 6:51e nos envolvemos com ela.
-
6:51 - 6:53Andamos à roda dela, exploramo-la
-
6:53 - 6:55e depois, quando vamos embora,
olhamos para trás -
6:55 - 6:57e não conseguimos tirá-la
da cabeça. -
6:57 - 7:00Começamos a falar dela aos amigos,
quando está fora da vista, e amanhã. -
7:00 - 7:02Se isso é uma obra de arte,
-
7:02 - 7:05sugiro que o labirinto
é uma forma de arte. -
7:06 - 7:08Depois, quando solucionamos
um labirinto, -
7:08 - 7:09o que é a palavra "solucionar"?
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7:09 - 7:12É a palavra latina "solvere",
andar à vela. -
7:12 - 7:17Tal como na vida, é a forma
como fazemos o percurso que é crucial, -
7:17 - 7:21não a velocidade com que chegamos
ao fim e atingimos o cume. -
7:23 - 7:27Como é que estes quebra-cabeças 3D
aparentemente simples, -
7:27 - 7:29que já existem há mais de 4000 anos,
-
7:29 - 7:31podem agradar tanto às pessoas?
-
7:50 - 7:54Estas duas raparigas estão
num labirinto de espelhos em Espanha -
7:54 - 7:57e estão mesmo perdidas.
-
7:57 - 7:59(Risos)
-
8:00 - 8:02Esta rapariga é uma amiga
incrivelmente leal. -
8:02 - 8:04(Risos)
-
8:05 - 8:09Estão a fazer escolhas
e estão mesmo perdidas. -
8:12 - 8:14E, pronto, finalmente conseguiu.
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8:14 - 8:16É estupendo.
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8:16 - 8:18O que vimos aqui
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8:18 - 8:21são três ocasiões muito poderosas
da experiência dos labirintos. -
8:21 - 8:23Uma é que fazem as coisas em conjunto.
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8:23 - 8:26A segunda é que estão a fazer escolhas.
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8:26 - 8:28E a terceira é que estão
a explorar o desconhecido. -
8:28 - 8:31Agora, vamos observar estas três coisas.
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8:31 - 8:33Ao fazer as coisas em conjunto
-
8:33 - 8:35as pessoas sentem-se mais felizes
-
8:35 - 8:37quando fazem coisas que levam
ao êxito do grupo. -
8:37 - 8:39Os grupos fazem esforços
enormes, socialmente, -
8:39 - 8:43para criarem e manterem
a sua coesão. -
8:43 - 8:45As fronteiras dissolvem-se,
há regras iguais -
8:45 - 8:46e as pessoas festejam
-
8:46 - 8:50com pessoas de origem e estatuto
totalmente diferentes. -
8:50 - 8:53Muitos de nós já sentimos
uma coisa parecida na nossa vida. -
8:53 - 8:56Jogámos numa equipa desportiva,
-
8:56 - 8:57cantámos num coro,
-
8:57 - 9:01talvez tenhamos trabalhado de perto
em grupo, para atingir um objetivo nobre. -
9:01 - 9:04Perdemo-nos e esquecemos
as nossas pequenas preocupações. -
9:04 - 9:07Ficamos cheios de energia
e de objetivos. -
9:07 - 9:10Essas recordações
aparecem com frequência -
9:10 - 9:12em momentos altos de felicidade
-
9:12 - 9:15quando as pessoas refletem
na sua vida. -
9:15 - 9:19Procurar experiências de intensa alegria
fazendo coisas em conjunto com outros -
9:19 - 9:21é uma necessidade humana fundamental.
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9:22 - 9:25Nos labirintos, a primeira coisa
que as crianças fazem -
9:25 - 9:28é correr em frente
e desaparecerem da vista. -
9:28 - 9:31A oportunidade para a família
de o resolverem em conjunto -
9:31 - 9:34pode ter desaparecido
antes de terem começado. -
9:34 - 9:38Nos EUA, em 1993, concebi
o primeiro labirinto de milho do mundo. -
9:39 - 9:40Este é um exemplo.
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9:40 - 9:43São uns três hectares,
seis quilómetros de caminhos, -
9:43 - 9:45pontes, torres, vigias,
-
9:46 - 9:49tudo com base
num castelo de fantasia, este aqui. -
9:49 - 9:51Ao contrário dos labirintos de teixo,
-
9:51 - 9:54o milho cresce mais alto
do que a nossa cabeça -
9:54 - 9:56e não se consegue ver ninguém.
-
9:56 - 9:59Assim, começámos a dar
uma bandeira a cada visitante -
9:59 - 10:02e, assim, vemos centenas
de bandeiras a tremelicar -
10:02 - 10:05no que, de outro modo,
seria apenas um milharal. -
10:05 - 10:09Um dia, recebi uma chamada
do nosso labirinto em Massachusetts. -
10:09 - 10:11Estavam a ficar sem bandeiras.
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10:11 - 10:12Havia imensa gente naquele dia.
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10:12 - 10:16Eu sugeri que as racionassem:
uma bandeira para cada família. -
10:16 - 10:19Naquela noite, recebi uma segunda
chamada, muito excitada. -
10:19 - 10:23"Estão a ter um comportamento
muito diferente: as famílias andam juntas. -
10:23 - 10:26"Saem de lá mais felizes,
sentindo-se melhor consigo mesmas". -
10:26 - 10:30Agora, racionamos as bandeiras
deliberadamente: uma para cada família. -
10:31 - 10:35As crianças revezam-se
para levar a bandeira -
10:35 - 10:38e entregam-na sempre
que um adulto o sugere. -
10:38 - 10:40Se eu tivesse uma bandeira
— isto é uma escova de dentes. -
10:40 - 10:43Temos aqui a pequena Sophie,
estão a vê-la? -
10:43 - 10:46Ela está a dizer: "Ok, pessoal,
acho que devemos ir para a esquerda. -
10:46 - 10:48"Avô, o que é que achas?"
-
10:48 - 10:49"Hum, talvez".
-
10:49 - 10:51"Ok, oiçam todos.
-
10:51 - 10:53"O avô e eu decidimos ir
para a esquerda. Sigam-me". -
10:53 - 10:56Uma Sophie precoce,
uma criança de três anos, -
10:56 - 10:58a liderar toda a equipa.
-
10:59 - 11:02Pouco depois, é o irmão
que leva a bandeira -
11:02 - 11:03e faz outras escolhas.
-
11:04 - 11:07Toda a família está empenhada
neste conjunto aleatório de escolhas -
11:07 - 11:10que os pequeninos estão a fazer.
-
11:11 - 11:14Manter-se perto da pessoa
atrás da bandeira -
11:14 - 11:20é uma antiga tradição americana
pouco notada, mas notável, -
11:20 - 11:23como se pode ver neste quadro
da chegada de Cristóvão Colombo -
11:23 - 11:25ao Novo Mundo.
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11:25 - 11:27É ele quem segura na bandeira.
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11:27 - 11:29(Risos)
-
11:29 - 11:31E não há nenhum milharal à vista.
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11:31 - 11:35Outra coisa em que reparámos
com as raparigas no labirinto de espelhos -
11:35 - 11:37foi fazerem escolhas.
-
11:37 - 11:40Quanto mais escolhas temos de fazer,
mais felizes nos sentimos. -
11:40 - 11:43Mas termos demasiadas escolhas
pode ser mau. -
11:43 - 11:47Há uma experiência clássica
da Professora Sheena Iyengar, -
11:47 - 11:52em que ela oferece aos clientes
uma escolha "gourmet" de 24 compotas. -
11:52 - 11:54Descobriu que,
quantas mais compotas oferecia, -
11:54 - 11:57mais pessoas eram atraídas
à vitrina de exposição, -
11:57 - 12:00mas menos pessoas
compravam alguma delas. -
12:01 - 12:05Então, arranjou outra exposição
apenas com três ou seis. -
12:05 - 12:07Apareceram menos pessoas
-
12:07 - 12:10mas um bom terço delas, ou mais,
compraram uma compota. -
12:10 - 12:13Como é que isto funciona
para o traçado dos labirintos? -
12:13 - 12:16Ajuda bastante.
-
12:16 - 12:19Num labirinto de teixo
— este aqui está na Escócia, -
12:19 - 12:23vemos que se trata duma espécie
de xadrez de sebes verdes e acobreadas — -
12:23 - 12:26não podemos ter mais
de duas ou três junções -
12:26 - 12:28em nenhuma parte do labirinto.
-
12:29 - 12:31Funciona muito bem.
-
12:31 - 12:37Por sorte, tenho projetado labirintos
com duas e três opções, há muitos anos. -
12:37 - 12:40Mas só recentemente descobri
porque é que estava a fazer isso. -
12:40 - 12:42A teoria é esta.
-
12:42 - 12:44(Risos)
-
12:45 - 12:48Agora, explorando o desconhecido.
-
12:48 - 12:54A compulsão de ver o que está
por detrás daquela serra ou daquele oceano -
12:54 - 12:56faz parte da nossa identidade.
-
12:56 - 12:59Que espécie de loucura humana é esta
de estar sempre a explorar? -
13:00 - 13:06Usa-se o genoma DRD4
para controlar a dopamina, -
13:06 - 13:08o mensageiro químico do cérebro.
-
13:08 - 13:12Os investigadores descobriram
que o DRD4-7R -
13:13 - 13:16envolve o aumento da curiosidade
e da insatisfação. -
13:16 - 13:20Estudos demonstraram que as pessoas
ficam mais propensas a correr riscos, -
13:20 - 13:22a explorar locais, ideias,
alimentos e amizades -
13:22 - 13:25e, em geral, a aderir ao movimento,
à mudança e à aventura. -
13:25 - 13:27Portanto, tendo isto presente,
-
13:27 - 13:31adoro antigas cidades medievais
e as suas maravilhosas ruas entrelaçadas, -
13:31 - 13:35locais como Jerusalém
ou, neste caso, Marraqueche. -
13:35 - 13:38Suponho que uma das minhas
preferidas é Veneza, -
13:38 - 13:41onde as avenidas e as pontes pedonais
se entrecruzam -
13:41 - 13:43por cima da rede dos canais.
-
13:44 - 13:47Estamos sempre a querer saber
o que há fora da vista e proibido. -
13:48 - 13:52Graças à insaciável curiosidade
no Jardim do Éden, -
13:53 - 13:57Eva mostrou-nos sinais
definitivos de ter 7R. -
13:57 - 13:58(Risos)
-
13:58 - 14:01Ao comerem o fruto proibido,
-
14:01 - 14:04Adão e Eva trouxeram a mortalidade
para toda a Humanidade -
14:04 - 14:07e foram expulsos dum local muito belo.
-
14:09 - 14:11Os labirintos podem ter consequências.
-
14:11 - 14:13Apesar deste episódio bíblico de aviso,
-
14:13 - 14:16não podemos escapar ao facto
de estarmos geneticamente programados -
14:16 - 14:19para explorarmos com prazer.
-
14:20 - 14:23As crianças reconhecem isso
logo que aprendem a andar. -
14:23 - 14:25Para elas, brincar é a sua profissão.
-
14:25 - 14:29Infelizmente, quando crescemos,
perdemos esse espírito brincalhão. -
14:29 - 14:32Assim, penso que a minha tarefa
enquanto "designer" de labirintos, -
14:32 - 14:37é ressuscitar e acordar esse ímpeto
primitivo, para libertar mais felicidade. -
14:38 - 14:40Estes são três princípios
-
14:40 - 14:44que tenho aplicado durante 35 anos
enquanto "designer" de labirintos. -
14:44 - 14:45Cada um deles
-
14:45 - 14:48também é um elemento fundamental
na procura da felicidade. -
14:49 - 14:52Mas funcionarão fora
do mundo dos labirintos? -
14:53 - 14:57Em agosto, fomos ao País de Gales,
de férias com os meus seis netos, -
14:58 - 15:01as nossas filhas, os genros
e Figaro, o cão. -
15:01 - 15:04A premissa, nas férias de família,
é muito simples: -
15:04 - 15:07o que dá felicidade às crianças,
dá felicidade aos pais -
15:07 - 15:11e o que dá felicidade aos netos
dá felicidade aos avós. -
15:11 - 15:13E o cão também se sente feliz.
-
15:14 - 15:18O meu neto mais velho
— este é Tom, o de chapéu verde — -
15:19 - 15:21tem a paixão dos comboios.
-
15:21 - 15:23(Risos)
-
15:23 - 15:28Por isso, acabámos por andar
no funicular mais alto da Grã-Bretanha, -
15:28 - 15:33noutro comboio funicular
e num comboio de via estreita. -
15:33 - 15:34Era muito simples.
-
15:34 - 15:35A escolha era.
-
15:35 - 15:38Andamos no comboio de via estreita
ou vamos no funicular? -
15:38 - 15:43Tudo se reduzia a duas opções
— umas férias fáceis, fantásticas. -
15:43 - 15:46Por isso, fizemos escolhas.
-
15:46 - 15:47Fizemos isso em conjunto.
-
15:47 - 15:49Aqui está a família toda
na carruagem da via estreita -
15:49 - 15:52e descobrimos coisas
com que nunca tínhamos sonhado. -
15:52 - 15:55Numa estação, encontrámos numa plataforma
-
15:55 - 15:59uma charanga de galeses
a tocar na plataforma. -
15:59 - 16:00Magnífico!
-
16:00 - 16:04Em conjunto, descobrimos uma coisa
de que não estávamos à espera. -
16:04 - 16:07Assim, descobrimos três coisas.
-
16:07 - 16:09fazer escolhas,
-
16:09 - 16:11fazer coisas em conjunto,
-
16:12 - 16:14e descobrir coisas.
-
16:15 - 16:18E encontrámos que isso
também funciona nos labirintos. -
16:18 - 16:24Estes princípios também
se aplicam aos comboios a vapor -
16:25 - 16:31e talvez se lembrem de outras formas
na próxima vez que lavarem os dentes. -
16:32 - 16:33(Risos)
-
16:33 - 16:36(Aplausos)
- Title:
- A arte do labirinto | Adrian Fisher | TEDxCapeMay
- Description:
-
Adrian Fisher tem renome mundial como importante "designer" de labirintos que considera o futuro das diversões como uma experiência social, formada por escolhas partilhadas e um conteúdo rico.
Nos últimos 35 anos, Adrian Fisher criou mais de 600 labirintos em mais de 30 países, batendo seis recordes de ganhando duas medalhas de ouro pelo "design" de jardins. Os "designs" imaginativos e inovadores de Adrian são visualmente artísticos, recreativos, divertidos e mediáticos. A obra dele pode ser vista nos edifícios históricos e em jardins privados mais requintados do mundo, incluindo o Castelo Alnwick, o Palácio Blenheim, a a Mansão Capel, a Casa Longleat e Speke Hall. Também criou percursos e quebra-cabeças para icónicas atrações de visitantes em todo o globo, incluindo a Legoland, o Tussauds e a Masmorra de Londres.Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 16:51
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for The art of the maze | Adrian Fisher | TEDxCapeMay | ||
Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for The art of the maze | Adrian Fisher | TEDxCapeMay | ||
Mafalda Ferreira edited Portuguese subtitles for The art of the maze | Adrian Fisher | TEDxCapeMay | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The art of the maze | Adrian Fisher | TEDxCapeMay | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The art of the maze | Adrian Fisher | TEDxCapeMay | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The art of the maze | Adrian Fisher | TEDxCapeMay | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The art of the maze | Adrian Fisher | TEDxCapeMay |