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Showing Revision 1 created 03/12/2012 by Isabel Villan.
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Title:
Neil MacGregor: 2.600 anos de história em um objeto
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Description:
Um cilindro de argila recoberto pela escrita cuneiforme acadiana, danificado e partido, o Cilindro de Ciro é um símbolo poderoso de tolerância religiosa e multiculturalismo. Nesta cativante 'talk', Neil MacGregor, diretor do Museu Britânico, desenha 2.600 anos da história do Oriente Médio através deste simples objeto.
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As coisas que fazemos
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têm uma qualidade suprema,
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elas vivem mais que nós.
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Nós perecemos, elas sobrevivem;
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nós temos uma vida, elas têm muitas vidas,
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e em cada vida elas podem significar coisas diferentes.
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O que quer dizer que, enquanto todos nós temos uma biografia,
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elas têm muitas.
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Quero, esta manhã, falar
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sobre a história, a biografia -- ou melhor, as biografias --
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de um objeto em particular,
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uma coisa extraordinária.
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Ele, concordo,
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não parece muito
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Tem aproximadamente o tamanho de uma bola de rúgbi,
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É feito de argila
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e foi modelado
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numa forma cilíndrica,
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recoberto com uma escrita de caracteres muito próximos
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e então secado ao sol.
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Como podem ver,
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levou algumas pancadas,
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o que não é surpresa
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porque foi feito dois mil e quinhentos anos atrás
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e foi escavado
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em 1879.
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Mas hoje,
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esta coisa é, acredito,
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uma peça chave
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na política do Oriente Médio.
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E é um objeto
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com histórias fascinantes
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e histórias que de modo algum estão terminadas.
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na guerra Irã-Iraque
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e naquela série de eventos
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que culminaram
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na invasão do Iraque
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por forças estrangeiras,
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na remoção de um governante despótico
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e mudança instantânea de regime.
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E quero começar
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com um episódio daquela sequência de eventos
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com o qual muitos de vocês estariam familiarizados,
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o banquete de Baltazar --
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porque estamos falando sobre a guerra Irã-Iraque
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de 539 A.C.
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E os paralelos
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entre os eventos
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de 539 A.C. e 2003 e no intervalo
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são surpreendentes.
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O que estão vendo é uma pintura de Rembrandt,
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agora na Galeria Nacional, em Londres,
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ilustrando o texto do profeta Daniel
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nas escrituras hebraicas.
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E todos vocês conhecem a história em linhas gerais.
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Baltazar, o filho de Nabucodonosor,
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Nabucodonosor que conquistou Israel, saqueou Jerusalém,
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capturou o povo
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e levou os judeus de volta à Babilônia.
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Não apenas os judeus, ele levou os cálices do templo.
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Ele saqueou e profanou o templo.
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E os grandes cálices de ouro do templo em Jerusalém
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foram levados à Babilônia.
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Baltazar, seu filho,
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decide fazer um banquete.
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E para torná-lo ainda mais excitante,
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ele acrescenta um pouquinho de sacrilégio ao restante da diversão,
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e traz os cálices do templo.
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Ele já está em guerra com os iranianos,
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com o rei da Pérsia.
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E naquela noite, Daniel nos conta,
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no alto das festividades
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uma mão apareceu e escreveu na parede:
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"Você foi pesado na balança e julgado em falta,
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e seu reino será passado
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aos medas e persas."
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E naquela mesma noite
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Ciro, rei dos persas, entrou na Babilônia
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e todo o regime de Baltazar caiu.
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É, claro, um grande momento
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na história
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do povo judeu.
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É uma grande história. É história que todos conhecemos.
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"A escrita na parede"
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é parte de nossa linguagem cotidiana.
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O que aconteceu a seguir
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foi notável,
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e é quando nosso cilindro
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entra na história.
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Ciro, o rei dos persas,
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entrou na Babilônia sem uma batalha --
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o grande império da Babilônia,
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que abrangia do centro-sul do Iraque
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até o Mediterrâneo,
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cai ante Ciro.
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E Ciro faz uma declaração.
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E isso é o que este cilindro é,
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a declaração feita pelo governante guiado por Deus
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que derrubou o déspota iraquiano
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e ia trazer liberdade ao povo.
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Em sonoro babilônio --
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foi escrito em babilônio --
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ele diz: "Eu sou Ciro, rei de todo o universo,
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o grande rei, o poderoso rei,
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rei da Babilônia, rei dos quatro cantos do mundo."
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Eles não se acanham com hipérboles, como podem ver.
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Esta é provavelmente
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a primeira autêntica declaração à imprensa
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por um exército vitorioso
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que temos.
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E é escrita, como veremos no momento devido,
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por consultores de relações públicas muito habilidosos.
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Assim, a hipérbole não é de fato surpreendente.
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E o que o grande rei, o poderoso rei,
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o rei dos quatro cantos do mundo vai fazer?
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Ele continua a dizer que, tendo conquistado a Babilônia,
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ele permitirá, de uma vez, que todos os povos
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que os babilônios - Nabucodonosor e Baltazar --
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capturaram e escravizaram
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sejam livres.
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Ele permitirá que retornem a seus países.
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E mais importante,
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ele permitirá a todos eles recuperar
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os deuses, as estátuas,
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os cálices do templo
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que tinham sido confiscados.
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Todos os povos que os babilônios tinham reprimido e deslocado
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irão para casa,
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e levarão com eles seus deuses.
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E eles poderão restaurar seus altares
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e adorar seus deuses
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a seu modo, em seu próprio local.
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Este é o decreto,
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este objeto é a evidência
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para o fato de que os judeus,
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após o exílio na Babilônia,
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os anos que passaram à beira das águas da Babilônia,
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chorando quando se lembravam de Jerusalém,
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àqueles judeus foi permitido ir para casa.
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Foi-lhes permitido retornar a Jerusalém
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e reconstruir o templo.
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É um documento fundamental
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na história dos judeus.
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E o Livro de Crônicas, o Livro de Ezra nas escrituras hebraicas
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relatou em termos sonoros.
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Esta é versão judia
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da mesma história.
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"Então disse Ciro, rei da Pérsia:
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'Todos os reinos da terra foram-lhe dados pelo Senhor Deus do céu
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e ele me encarregou
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de construir-lhe uma casa em Jerusalém.
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Quem entre vocês é de seu povo?
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Que o Senhor Deus esteja com ele,
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e permitam-lhe levantar-se."
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"Levante-se" -- aaleh.
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O elemento central, ainda,
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da noção do retorno,
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uma parte fundamental
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da vida do judaísmo.
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Como todos sabem, aquele retorno do exílio,
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o segundo templo,
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Judaísmo reformulado.
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E aquela mudança,
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aquele grande momento histórico,
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foi tornado possível por Ciro, o rei da Pérsia,
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relatado a nós, pelos hebreus, nas escrituras
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e, pelos babilônios, em argila.
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e a política?
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O que estava acontecendo
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era uma mudança fundamental na história do Oriente Médio.
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O império do Irã, os medas e os persas,
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unidos sob Ciro,
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tornaram-se o primeiro grande império mundial.
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Ciro começa em 530 AC.
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E à época de seu filho Dario,
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todo o Mediterrâneo oriental
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está sob o controle persa.
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Este império é, de fato,
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o Oriente Médio como o conhecemos,
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e é o que forma o Oriente Médio como o conhecemos.
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Foi o maior império que o mundo tinha conhecido até então.
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Muito mais mportante,
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foi o primeiro
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estado com múltiplas culturas, múltiplas crenças
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numa escala formidável.
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E tinha que ser conduzido de uma forma bastante nova.
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Tinha que ser conduzido em diferentes línguas.
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O fato de que este decreto está em babilônio diz algo.
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E tinha que reconhecer seus diferentes hábitos,
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diferentes povos, diferentes religiões, diferentes crenças religiosas.
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Tudo isso é respeitado por Ciro.
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Ciro estabelece um modelo
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de como conduzir
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uma grande sociedade de múltiplas nacionalidades, crenças, culturas.
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E o resultado disso
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foi um império que incluiu as áreas que veem na tela,
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e que sobreviveu por 200 anos de estabilidade
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até que foi aniquilado por Alexandre.
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Deixou o sonho do Oriente Médio como uma unidade,
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e uma unidade na qual povos de diferentes crenças
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poderiam viver juntos.
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As invasões gregas acabaram com isso.
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E é claro, Alexandre não pôde sustentar um governo
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e ele se fragmentou.
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Mas o que Ciro representou
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manteve-se absolutamente fundamental.
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O historiador grego Xenofonte
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escreveu o livro "Ciropédia"
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promovendo Ciro como o grande governante.
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E por toda a cultura europeia mais tarde,
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Ciro permaneceu como modelo.
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Esta é a imagem do século XVI
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para mostrar-lhes quão difundida
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realmente era a veneração por ele.
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E o livro de Xenofonte sobre Ciro
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de como você conduz uma sociedade diversificada
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foi um dos grandes livros
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que inspirou os Pais Fundadores
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da Revolução Americana.
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Jefferson era um grande admirador --
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os ideais de Ciro,
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obviamente falando para aqueles ideais do século XVIII,
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de como você cria tolerância religiosa
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em um novo estado.
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Entretanto, de volta à Babilônia,
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as coisas não iam bem.
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Depois de Alexandre, os outros impérios,
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a Babilônia declina, cai em ruínas,
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e todos os traços do grande império babilônico perdem-se --
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até 1879,
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quando o cilindro é descoberto
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por um bolsista do Museu Britânico, cavando na Babilônia.
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E ele entra agora em uma outra história.
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Ele entra naquele grande debate
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no meio do século XIX:
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As escrituras são fidedignas? Podemos confiar nelas?
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Só sabíamos
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do retorno dos judeus e do decreto de Ciro
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pelas escrituras hebraicas.
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Nenhuma outra evidência.
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De repente, isto apareceu.
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E grande agitação
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para um mundo no qual aqueles que acreditavam nas escrituras
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tiveram a sua fé na criação abalada
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pela evolução, pela geologia,
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aqui estava a prova
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de que as escrituras eram historicamente verdadeiras.
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É um grande momento no século XIX.
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Mas -- e isso, claro, é quando ele se torna complicado --
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os fatos eram verdadeiros,
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viva para a arqueologia,
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mas a interpretação era bem mais complicada.
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Porque o relato do cilindro e o relato da Bíblia hebraica
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diferem em um aspecto chave.
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O cilindro babilônico
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é escrito pelos sacerdotes
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do grande deus da Babilônia, Marduk.
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E, sem surpresas,
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eles dizem a você que tudo isso foi feito por Marduk.
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"Marduk, nós sustentamos, chamou Ciro pelo seu nome."
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Marduk leva Ciro pela mão,
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convoca-o para conduzir seu povo
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e lhe dá as leis da Babilônia.
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Marduk diz a Ciro
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que ele fará essas coisas grandes e generosas
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de libertar o povo.
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E é por isso que devemos todos ser gratos a ele
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e adorar Marduk.
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no Velho Testamento,
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vocês não ficarão surpreendidos ao saber,
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têm uma visão bem diferente disto.
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Para eles, é claro, não pode ser Marduk
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que fez tudo isso acontecer.
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Só pode ser Jeová.
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E assim em Isaías,
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temos os maravilhosos textos
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dando todo o crédito disto,
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não a Marduk,
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mas ao Senhor Deus de Israel --
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o Senhor Deus de Israel
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que também chamou Ciro pelo nome,
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também toma Ciro pela mão
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e lhe diz para conduzir seu povo.
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É um notável exemplo
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de duas apropriações clericais diferentes do mesmo evento,
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duas assunções religiosas diferentes
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de um fato político.
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geralmente está ao lado dos grandes batalhões.
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A questão é: que deus era esse?
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E o debate causa inquietação
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a todos no século XIX
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e leva a perceber que as escrituras hebraicas
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são parte de um mundo de religião muito mais amplo.
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E está muito claro
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que o cilindro é mais velho que o texto de Isaías,
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e ainda assim, Jeová está falando
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com palavras muito semelhantes
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àquelas usadas por Marduk.
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E há uma ligeira percepção de que Isaías sabe disso,
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porque ele diz,
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isto é Deus falando, claro,
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"Chamei-te pelo teu nome
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embora tu não me conheças."
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Penso que se reconhece
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que Ciro não percebe
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que ele está agindo sob ordens de Jeová.
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E igualmente, teria se surpreendido que estivesse agindo sob ordens de Marduk.
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Porque interessantemente, claro,
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Ciro é um bom iraniano
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com um conjunto de deuses completamente diferente
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que não são mencionados em nenhum desses textos.
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40 anos à frente
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e estamos em 1917,
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e o cilindro entra em um mundo diferente.
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Desta vez, a política real
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do mundo contemporâneo --
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o ano da Declaração Balfour,
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o ano em que o novo poder imperial no Oriente Médio, a Grã-Bretanha,
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decide que irá anunciar
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um lar nacional judeu,
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permitirá
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que os judeus retornem.
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E a resposta a isto
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pela população de judeus na Europa Oriental é arrebatadora.
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E por toda Europa Oriental,
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judeus expõem quadros de Ciro
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e de George V
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lado a lado --
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os dois grandes governantes
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que permitiram o retorno a Jerusalém.
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E o cilindro de Ciro volta aos olhos do público
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e o texto
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como uma demonstração de por que o que ia acontecer
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depois que a guerra acabasse, em 1918,
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é parte de um plano divino.
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Todos vocês sabem o que aconteceu.
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O estado de Israel é criado,
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e 50 anos depois, ao final dos anos 60,
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está claro que o papel da Grã-Bretanha como poder imperial está acabado.
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E uma outra história do cilindro começa.
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A região, o Reino Unido e os Estados Unidos decidem,
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tem que ser mantida a salvo do comunismo,
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e o super poder que será criado para fazer isso
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seria o Irã, o Xá.
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E assim o Xá inventa uma história iraniana,
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ou um retorno à história iraniana,
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que o coloca no centro de uma grande tradição
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e cunha moedas
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exibindo a si mesmo
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com o cilindro de Ciro.
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Quando realiza grandes celebrações, em Persépolis,
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ele convoca o cilindro
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e o cilindro é emprestado pelo Museu Britânico, vai para Teerã,
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e é parte dessas grandes celebrações
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da dinastia Pahlavi.
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O cilindro de Ciro: o avalista do Xá.
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Dez anos mais tarde, uma outra história:
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revolução iraniana, 1979.
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Revolução islâmica, sem Ciro;
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não estamos interessados nessa história,
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estamos interessados no Irã islâmico --
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até que o Iraque,
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o novo superpoder que todos nós decidimos que deveria haver na região,
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ataca.
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Então uma outra guerra Irã-Iraque.
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E torna-se crítico para os iranianos
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lembrar seu grande passado,
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seu grande passado
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quando lutaram contra o Iraque e venceram.
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Torna-se crítico encontrar um símbolo
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que unirá todos os iranianos --
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muçulmanos e não muçulmanos,
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cristãos, zoroastrianos, judeus vivendo no Irã,
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pessoas que são devotos, não devotos.
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E o emblema óbvio é Ciro.
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Assim quando o Museu Britânico e o Museu Nacional de Teerã
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cooperaram e trabalharam juntos, como temos feito,
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os iranianos pediram apenas uma coisa
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como um empréstimo.
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É o único objeto que eles querem.
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Eles querem emprestar o cilindro de Ciro.
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E no ano passado,
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o cilindro de Ciro foi a Teerã
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pela segunda vez.
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Mostra-se sendo apresentado aqui, colocado em seu estojo
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pela diretora do Museu Nacional de Teerã,
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uma das muitas mulheres no Irã em posições elevadas,
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sra. Ardakani.
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Foi um evento formidável.
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Este é o outro lado dessa mesma foto.
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Foi vista em Teerã
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por de um a dois milhões de pessoas
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no espaço de poucos meses.
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Isto está além de qualquer exibição de muito sucesso
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no Oeste.
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E é o tópico de um vasto debate
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sobre o que significa este cilindro, o que significa Ciro,
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mas, acima de tudo, Ciro como articulado através deste cilindro --
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Ciro como o defensor da terra natal,
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o campeão, é claro, da identidade iraniana
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e dos povos iranianos,
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tolerante com todas as crenças.
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E no Irã atual,
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zoroastrianos e cristãos têm assentos garantidos
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no parlamento iraniano, algo para se ter muito, muito orgulho.
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Para ver este objeto em Teerã,
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milhares de judeus vivendo no Irã
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vieram a Teerã vê-lo.
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Tornou-se um grande emblema,
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um grande tópico de debate
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sobre o que o Irã é em casa e no exterior.
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O Irã ainda é o defensor dos oprimidos?
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O Irã libertará os povos
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que os tiranos escravizaram e expropriaram?
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Isto é retórica nacional arrebatada,
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e tudo foi colocado junto
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numa grande apresentação pública
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lançando o retorno.
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Aqui vocês veem este cilindro de Ciro ampliado no palco
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com grandes figuras da história iraniana
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juntos para tomar seus lugares
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na herança do Irã.
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Foi a narrativa apresentada
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pelo próprio presidente.
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levar este objeto ao Irã,
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ser autorizado a levar este objeto ao Irã
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foi ser autorizado a ser parte
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de um debate extraordinário
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conduzido nos níveis mais altos
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sobre o que o Irã é,
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quais diferentes Irãs há
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e como as diferentes histórias do Irã
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poderiam moldar o mundo hoje.
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É um debate que ainda continua,
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e continuará a soar com estrondo,
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porque este objeto
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é uma das grandes declarações
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da aspiração humana.
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Destaca-se com a constituição americana.
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Certamente diz muito mais sobre reais liberdades
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que a Carta Magna.
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É um documento que pode significar tantas coisas,
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para o Irã e para a região.
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está nas Nações Unidas.
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Em New York, neste outono, ele estará presente
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quando os grandes debates
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sobre o futuro do Oriente Médio ocorrerem.
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E quero finalizar perguntando-lhes
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qual será a próxima história
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na qual este objeto figurará.
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Aparecerá, certamente,
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em muitas histórias mais do Oriente Médio.
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E qual história do Oriente Médio,
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qual história do mundo,
-
vocês querem ver
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refletindo o que é dito,
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o que expresso neste cilindro?
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O direito dos povos
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de viver juntos no mesmo estado,
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adorando de forma diferente, livre --
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um Oriente Médio, um mundo,
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no qual a religião não é assunto de divisão
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ou de debate.
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No mundo do Oriente Médio no momento,
¶
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os debates são, como sabem, estridentes.
-
Mas penso que é possível
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que a voz mais poderosa e mais sábia de todas elas
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pode bem ser a voz
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desta coisa muda,
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o cilindro de Ciro.
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