Neil MacGregor: 2.600 anos de história em um objeto
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0:00 - 0:02As coisas que fazemos
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0:02 - 0:05têm uma qualidade suprema,
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0:05 - 0:07elas vivem mais que nós.
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0:07 - 0:09Nós perecemos, elas sobrevivem;
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0:09 - 0:12nós temos uma vida, elas têm muitas vidas,
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0:12 - 0:15e em cada vida elas podem significar coisas diferentes.
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0:15 - 0:18O que quer dizer que, enquanto todos nós temos uma biografia,
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0:18 - 0:20elas têm muitas.
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0:20 - 0:22Quero, esta manhã, falar
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0:22 - 0:25sobre a história, a biografia -- ou melhor, as biografias --
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0:25 - 0:28de um objeto em particular,
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0:28 - 0:30uma coisa extraordinária.
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0:30 - 0:32Ele, concordo,
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0:32 - 0:34não parece muito
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0:34 - 0:37Tem aproximadamente o tamanho de uma bola de rúgbi,
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0:37 - 0:39É feito de argila
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0:39 - 0:41e foi modelado
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0:41 - 0:44numa forma cilíndrica,
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0:44 - 0:46recoberto com uma escrita de caracteres muito próximos
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0:46 - 0:49e então secado ao sol.
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0:49 - 0:51Como podem ver,
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0:51 - 0:53levou algumas pancadas,
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0:53 - 0:55o que não é surpresa
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0:55 - 0:58porque foi feito dois mil e quinhentos anos atrás
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0:58 - 1:00e foi escavado
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1:00 - 1:02em 1879.
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1:02 - 1:04Mas hoje,
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1:04 - 1:06esta coisa é, acredito,
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1:06 - 1:08uma peça chave
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1:08 - 1:10na política do Oriente Médio.
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1:10 - 1:12E é um objeto
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1:12 - 1:14com histórias fascinantes
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1:14 - 1:18e histórias que de modo algum estão terminadas.
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1:18 - 1:20A história começa
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1:20 - 1:24na guerra Irã-Iraque
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1:24 - 1:26e naquela série de eventos
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1:26 - 1:28que culminaram
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1:28 - 1:30na invasão do Iraque
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1:30 - 1:32por forças estrangeiras,
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1:32 - 1:34na remoção de um governante despótico
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1:34 - 1:37e mudança instantânea de regime.
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1:37 - 1:39E quero começar
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1:39 - 1:41com um episódio daquela sequência de eventos
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1:41 - 1:44com o qual muitos de vocês estariam familiarizados,
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1:44 - 1:46o banquete de Baltazar --
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1:46 - 1:48porque estamos falando sobre a guerra Irã-Iraque
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1:48 - 1:51de 539 A.C.
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1:51 - 1:53E os paralelos
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1:53 - 1:55entre os eventos
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1:55 - 1:58de 539 A.C. e 2003 e no intervalo
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1:58 - 2:00são surpreendentes.
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2:00 - 2:02O que estão vendo é uma pintura de Rembrandt,
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2:02 - 2:04agora na Galeria Nacional, em Londres,
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2:04 - 2:06ilustrando o texto do profeta Daniel
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2:06 - 2:09nas escrituras hebraicas.
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2:09 - 2:11E todos vocês conhecem a história em linhas gerais.
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2:11 - 2:14Baltazar, o filho de Nabucodonosor,
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2:14 - 2:17Nabucodonosor que conquistou Israel, saqueou Jerusalém,
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2:17 - 2:19capturou o povo
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2:19 - 2:21e levou os judeus de volta à Babilônia.
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2:21 - 2:24Não apenas os judeus, ele levou os cálices do templo.
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2:24 - 2:27Ele saqueou e profanou o templo.
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2:27 - 2:30E os grandes cálices de ouro do templo em Jerusalém
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2:30 - 2:33foram levados à Babilônia.
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2:33 - 2:35Baltazar, seu filho,
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2:35 - 2:37decide fazer um banquete.
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2:37 - 2:39E para torná-lo ainda mais excitante,
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2:39 - 2:42ele acrescenta um pouquinho de sacrilégio ao restante da diversão,
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2:42 - 2:45e traz os cálices do templo.
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2:45 - 2:48Ele já está em guerra com os iranianos,
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2:48 - 2:50com o rei da Pérsia.
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2:50 - 2:53E naquela noite, Daniel nos conta,
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2:53 - 2:55no alto das festividades
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2:55 - 2:58uma mão apareceu e escreveu na parede:
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2:58 - 3:01"Você foi pesado na balança e julgado em falta,
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3:01 - 3:03e seu reino será passado
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3:03 - 3:05aos medas e persas."
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3:05 - 3:07E naquela mesma noite
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3:07 - 3:11Ciro, rei dos persas, entrou na Babilônia
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3:11 - 3:16e todo o regime de Baltazar caiu.
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3:16 - 3:18É, claro, um grande momento
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3:18 - 3:20na história
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3:20 - 3:22do povo judeu.
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3:22 - 3:24É uma grande história. É história que todos conhecemos.
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3:24 - 3:26"A escrita na parede"
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3:26 - 3:29é parte de nossa linguagem cotidiana.
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3:29 - 3:31O que aconteceu a seguir
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3:31 - 3:33foi notável,
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3:33 - 3:35e é quando nosso cilindro
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3:35 - 3:37entra na história.
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3:37 - 3:39Ciro, o rei dos persas,
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3:39 - 3:41entrou na Babilônia sem uma batalha --
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3:41 - 3:43o grande império da Babilônia,
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3:43 - 3:45que abrangia do centro-sul do Iraque
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3:45 - 3:47até o Mediterrâneo,
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3:47 - 3:49cai ante Ciro.
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3:49 - 3:53E Ciro faz uma declaração.
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3:53 - 3:56E isso é o que este cilindro é,
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3:56 - 3:59a declaração feita pelo governante guiado por Deus
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3:59 - 4:03que derrubou o déspota iraquiano
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4:03 - 4:05e ia trazer liberdade ao povo.
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4:05 - 4:07Em sonoro babilônio --
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4:07 - 4:09foi escrito em babilônio --
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4:09 - 4:12ele diz: "Eu sou Ciro, rei de todo o universo,
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4:12 - 4:14o grande rei, o poderoso rei,
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4:14 - 4:18rei da Babilônia, rei dos quatro cantos do mundo."
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4:18 - 4:21Eles não se acanham com hipérboles, como podem ver.
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4:21 - 4:23Esta é provavelmente
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4:23 - 4:25a primeira autêntica declaração à imprensa
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4:25 - 4:27por um exército vitorioso
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4:27 - 4:29que temos.
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4:29 - 4:31E é escrita, como veremos no momento devido,
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4:31 - 4:34por consultores de relações públicas muito habilidosos.
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4:34 - 4:37Assim, a hipérbole não é de fato surpreendente.
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4:37 - 4:39E o que o grande rei, o poderoso rei,
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4:39 - 4:42o rei dos quatro cantos do mundo vai fazer?
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4:42 - 4:45Ele continua a dizer que, tendo conquistado a Babilônia,
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4:45 - 4:48ele permitirá, de uma vez, que todos os povos
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4:48 - 4:50que os babilônios - Nabucodonosor e Baltazar --
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4:50 - 4:52capturaram e escravizaram
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4:52 - 4:54sejam livres.
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4:54 - 4:56Ele permitirá que retornem a seus países.
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4:56 - 4:58E mais importante,
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4:58 - 5:00ele permitirá a todos eles recuperar
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5:00 - 5:02os deuses, as estátuas,
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5:02 - 5:04os cálices do templo
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5:04 - 5:06que tinham sido confiscados.
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5:06 - 5:09Todos os povos que os babilônios tinham reprimido e deslocado
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5:09 - 5:11irão para casa,
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5:11 - 5:14e levarão com eles seus deuses.
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5:14 - 5:17E eles poderão restaurar seus altares
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5:17 - 5:19e adorar seus deuses
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5:19 - 5:22a seu modo, em seu próprio local.
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5:22 - 5:24Este é o decreto,
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5:24 - 5:27este objeto é a evidência
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5:27 - 5:29para o fato de que os judeus,
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5:29 - 5:31após o exílio na Babilônia,
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5:31 - 5:34os anos que passaram à beira das águas da Babilônia,
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5:34 - 5:37chorando quando se lembravam de Jerusalém,
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5:37 - 5:40àqueles judeus foi permitido ir para casa.
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5:40 - 5:42Foi-lhes permitido retornar a Jerusalém
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5:42 - 5:44e reconstruir o templo.
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5:44 - 5:46É um documento fundamental
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5:46 - 5:48na história dos judeus.
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5:48 - 5:52E o Livro de Crônicas, o Livro de Ezra nas escrituras hebraicas
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5:52 - 5:54relatou em termos sonoros.
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5:54 - 5:56Esta é versão judia
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5:56 - 5:58da mesma história.
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5:58 - 6:00"Então disse Ciro, rei da Pérsia:
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6:00 - 6:03'Todos os reinos da terra foram-lhe dados pelo Senhor Deus do céu
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6:03 - 6:05e ele me encarregou
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6:05 - 6:07de construir-lhe uma casa em Jerusalém.
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6:07 - 6:09Quem entre vocês é de seu povo?
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6:09 - 6:11Que o Senhor Deus esteja com ele,
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6:11 - 6:14e permitam-lhe levantar-se."
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6:14 - 6:16"Levante-se" -- aaleh.
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6:16 - 6:19O elemento central, ainda,
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6:19 - 6:21da noção do retorno,
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6:21 - 6:23uma parte fundamental
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6:23 - 6:25da vida do judaísmo.
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6:25 - 6:27Como todos sabem, aquele retorno do exílio,
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6:27 - 6:29o segundo templo,
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6:29 - 6:31Judaísmo reformulado.
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6:31 - 6:33E aquela mudança,
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6:33 - 6:35aquele grande momento histórico,
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6:35 - 6:39foi tornado possível por Ciro, o rei da Pérsia,
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6:39 - 6:42relatado a nós, pelos hebreus, nas escrituras
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6:42 - 6:45e, pelos babilônios, em argila.
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6:45 - 6:47Dois grandes textos,
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6:47 - 6:49e a política?
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6:49 - 6:51O que estava acontecendo
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6:51 - 6:54era uma mudança fundamental na história do Oriente Médio.
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6:54 - 6:57O império do Irã, os medas e os persas,
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6:57 - 6:59unidos sob Ciro,
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6:59 - 7:03tornaram-se o primeiro grande império mundial.
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7:03 - 7:06Ciro começa em 530 AC.
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7:06 - 7:10E à época de seu filho Dario,
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7:10 - 7:13todo o Mediterrâneo oriental
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7:13 - 7:15está sob o controle persa.
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7:15 - 7:17Este império é, de fato,
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7:17 - 7:19o Oriente Médio como o conhecemos,
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7:19 - 7:22e é o que forma o Oriente Médio como o conhecemos.
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7:22 - 7:24Foi o maior império que o mundo tinha conhecido até então.
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7:24 - 7:26Muito mais mportante,
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7:26 - 7:28foi o primeiro
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7:28 - 7:30estado com múltiplas culturas, múltiplas crenças
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7:30 - 7:32numa escala formidável.
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7:32 - 7:34E tinha que ser conduzido de uma forma bastante nova.
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7:34 - 7:36Tinha que ser conduzido em diferentes línguas.
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7:36 - 7:39O fato de que este decreto está em babilônio diz algo.
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7:39 - 7:41E tinha que reconhecer seus diferentes hábitos,
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7:41 - 7:44diferentes povos, diferentes religiões, diferentes crenças religiosas.
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7:44 - 7:47Tudo isso é respeitado por Ciro.
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7:47 - 7:49Ciro estabelece um modelo
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7:49 - 7:51de como conduzir
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7:51 - 7:56uma grande sociedade de múltiplas nacionalidades, crenças, culturas.
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7:56 - 7:58E o resultado disso
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7:58 - 8:01foi um império que incluiu as áreas que veem na tela,
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8:01 - 8:04e que sobreviveu por 200 anos de estabilidade
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8:04 - 8:07até que foi aniquilado por Alexandre.
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8:07 - 8:09Deixou o sonho do Oriente Médio como uma unidade,
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8:09 - 8:11e uma unidade na qual povos de diferentes crenças
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8:11 - 8:13poderiam viver juntos.
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8:13 - 8:15As invasões gregas acabaram com isso.
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8:15 - 8:18E é claro, Alexandre não pôde sustentar um governo
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8:18 - 8:20e ele se fragmentou.
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8:20 - 8:22Mas o que Ciro representou
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8:22 - 8:24manteve-se absolutamente fundamental.
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8:24 - 8:27O historiador grego Xenofonte
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8:27 - 8:29escreveu o livro "Ciropédia"
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8:29 - 8:31promovendo Ciro como o grande governante.
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8:31 - 8:34E por toda a cultura europeia mais tarde,
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8:34 - 8:37Ciro permaneceu como modelo.
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8:37 - 8:39Esta é a imagem do século XVI
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8:39 - 8:41para mostrar-lhes quão difundida
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8:41 - 8:44realmente era a veneração por ele.
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8:44 - 8:46E o livro de Xenofonte sobre Ciro
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8:46 - 8:49de como você conduz uma sociedade diversificada
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8:49 - 8:51foi um dos grandes livros
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8:51 - 8:53que inspirou os Pais Fundadores
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8:53 - 8:55da Revolução Americana.
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8:55 - 8:57Jefferson era um grande admirador --
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8:57 - 8:59os ideais de Ciro,
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8:59 - 9:01obviamente falando para aqueles ideais do século XVIII,
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9:01 - 9:03de como você cria tolerância religiosa
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9:03 - 9:06em um novo estado.
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9:08 - 9:10Entretanto, de volta à Babilônia,
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9:10 - 9:12as coisas não iam bem.
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9:12 - 9:15Depois de Alexandre, os outros impérios,
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9:15 - 9:18a Babilônia declina, cai em ruínas,
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9:18 - 9:22e todos os traços do grande império babilônico perdem-se --
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9:22 - 9:24até 1879,
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9:24 - 9:27quando o cilindro é descoberto
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9:27 - 9:30por um bolsista do Museu Britânico, cavando na Babilônia.
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9:30 - 9:33E ele entra agora em uma outra história.
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9:33 - 9:35Ele entra naquele grande debate
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9:35 - 9:37no meio do século XIX:
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9:37 - 9:40As escrituras são fidedignas? Podemos confiar nelas?
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9:40 - 9:42Só sabíamos
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9:42 - 9:44do retorno dos judeus e do decreto de Ciro
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9:44 - 9:46pelas escrituras hebraicas.
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9:46 - 9:48Nenhuma outra evidência.
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9:48 - 9:50De repente, isto apareceu.
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9:50 - 9:52E grande agitação
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9:52 - 9:54para um mundo no qual aqueles que acreditavam nas escrituras
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9:54 - 9:56tiveram a sua fé na criação abalada
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9:56 - 9:58pela evolução, pela geologia,
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9:58 - 10:00aqui estava a prova
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10:00 - 10:02de que as escrituras eram historicamente verdadeiras.
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10:02 - 10:05É um grande momento no século XIX.
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10:05 - 10:10Mas -- e isso, claro, é quando ele se torna complicado --
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10:10 - 10:12os fatos eram verdadeiros,
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10:12 - 10:15viva para a arqueologia,
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10:15 - 10:18mas a interpretação era bem mais complicada.
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10:18 - 10:21Porque o relato do cilindro e o relato da Bíblia hebraica
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10:21 - 10:23diferem em um aspecto chave.
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10:23 - 10:25O cilindro babilônico
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10:25 - 10:27é escrito pelos sacerdotes
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10:27 - 10:29do grande deus da Babilônia, Marduk.
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10:29 - 10:31E, sem surpresas,
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10:31 - 10:33eles dizem a você que tudo isso foi feito por Marduk.
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10:33 - 10:36"Marduk, nós sustentamos, chamou Ciro pelo seu nome."
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10:36 - 10:39Marduk leva Ciro pela mão,
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10:39 - 10:41convoca-o para conduzir seu povo
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10:41 - 10:44e lhe dá as leis da Babilônia.
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10:44 - 10:46Marduk diz a Ciro
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10:46 - 10:48que ele fará essas coisas grandes e generosas
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10:48 - 10:50de libertar o povo.
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10:50 - 10:52E é por isso que devemos todos ser gratos a ele
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10:52 - 10:54e adorar Marduk.
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10:54 - 10:56Os escritores hebreus
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10:56 - 10:58no Velho Testamento,
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10:58 - 11:01vocês não ficarão surpreendidos ao saber,
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11:01 - 11:03têm uma visão bem diferente disto.
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11:03 - 11:05Para eles, é claro, não pode ser Marduk
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11:05 - 11:07que fez tudo isso acontecer.
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11:07 - 11:09Só pode ser Jeová.
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11:09 - 11:11E assim em Isaías,
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11:11 - 11:13temos os maravilhosos textos
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11:13 - 11:15dando todo o crédito disto,
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11:15 - 11:16não a Marduk,
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11:16 - 11:19mas ao Senhor Deus de Israel --
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11:19 - 11:21o Senhor Deus de Israel
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11:21 - 11:23que também chamou Ciro pelo nome,
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11:23 - 11:26também toma Ciro pela mão
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11:26 - 11:28e lhe diz para conduzir seu povo.
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11:28 - 11:30É um notável exemplo
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11:30 - 11:34de duas apropriações clericais diferentes do mesmo evento,
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11:34 - 11:36duas assunções religiosas diferentes
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11:36 - 11:38de um fato político.
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11:38 - 11:40Deus, nós sabemos,
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11:40 - 11:42geralmente está ao lado dos grandes batalhões.
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11:42 - 11:45A questão é: que deus era esse?
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11:45 - 11:47E o debate causa inquietação
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11:47 - 11:49a todos no século XIX
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11:49 - 11:51e leva a perceber que as escrituras hebraicas
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11:51 - 11:54são parte de um mundo de religião muito mais amplo.
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11:54 - 11:56E está muito claro
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11:56 - 11:59que o cilindro é mais velho que o texto de Isaías,
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11:59 - 12:01e ainda assim, Jeová está falando
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12:01 - 12:03com palavras muito semelhantes
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12:03 - 12:05àquelas usadas por Marduk.
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12:05 - 12:08E há uma ligeira percepção de que Isaías sabe disso,
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12:08 - 12:10porque ele diz,
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12:10 - 12:13isto é Deus falando, claro,
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12:13 - 12:15"Chamei-te pelo teu nome
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12:15 - 12:17embora tu não me conheças."
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12:17 - 12:19Penso que se reconhece
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12:19 - 12:21que Ciro não percebe
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12:21 - 12:24que ele está agindo sob ordens de Jeová.
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12:24 - 12:27E igualmente, teria se surpreendido que estivesse agindo sob ordens de Marduk.
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12:27 - 12:29Porque interessantemente, claro,
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12:29 - 12:31Ciro é um bom iraniano
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12:31 - 12:33com um conjunto de deuses completamente diferente
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12:33 - 12:35que não são mencionados em nenhum desses textos.
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12:35 - 12:37(Risadas)
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12:37 - 12:39Isso é 1879.
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12:39 - 12:4140 anos à frente
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12:41 - 12:44e estamos em 1917,
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12:44 - 12:46e o cilindro entra em um mundo diferente.
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12:46 - 12:48Desta vez, a política real
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12:48 - 12:50do mundo contemporâneo --
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12:50 - 12:53o ano da Declaração Balfour,
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12:53 - 12:56o ano em que o novo poder imperial no Oriente Médio, a Grã-Bretanha,
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12:56 - 12:58decide que irá anunciar
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12:58 - 13:00um lar nacional judeu,
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13:00 - 13:02permitirá
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13:02 - 13:04que os judeus retornem.
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13:04 - 13:06E a resposta a isto
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13:06 - 13:09pela população de judeus na Europa Oriental é arrebatadora.
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13:09 - 13:11E por toda Europa Oriental,
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13:11 - 13:13judeus expõem quadros de Ciro
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13:13 - 13:15e de George V
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13:15 - 13:17lado a lado --
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13:17 - 13:19os dois grandes governantes
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13:19 - 13:22que permitiram o retorno a Jerusalém.
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13:22 - 13:25E o cilindro de Ciro volta aos olhos do público
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13:25 - 13:27e o texto
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13:27 - 13:30como uma demonstração de por que o que ia acontecer
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13:30 - 13:33depois que a guerra acabasse, em 1918,
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13:33 - 13:36é parte de um plano divino.
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13:36 - 13:38Todos vocês sabem o que aconteceu.
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13:38 - 13:41O estado de Israel é criado,
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13:41 - 13:44e 50 anos depois, ao final dos anos 60,
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13:44 - 13:47está claro que o papel da Grã-Bretanha como poder imperial está acabado.
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13:47 - 13:50E uma outra história do cilindro começa.
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13:50 - 13:52A região, o Reino Unido e os Estados Unidos decidem,
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13:52 - 13:55tem que ser mantida a salvo do comunismo,
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13:55 - 13:58e o super poder que será criado para fazer isso
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13:58 - 14:00seria o Irã, o Xá.
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14:00 - 14:03E assim o Xá inventa uma história iraniana,
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14:03 - 14:05ou um retorno à história iraniana,
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14:05 - 14:08que o coloca no centro de uma grande tradição
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14:08 - 14:10e cunha moedas
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14:10 - 14:12exibindo a si mesmo
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14:12 - 14:14com o cilindro de Ciro.
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14:14 - 14:17Quando realiza grandes celebrações, em Persépolis,
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14:17 - 14:19ele convoca o cilindro
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14:19 - 14:22e o cilindro é emprestado pelo Museu Britânico, vai para Teerã,
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14:22 - 14:24e é parte dessas grandes celebrações
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14:24 - 14:27da dinastia Pahlavi.
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14:27 - 14:30O cilindro de Ciro: o avalista do Xá.
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14:30 - 14:33Dez anos mais tarde, uma outra história:
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14:33 - 14:35revolução iraniana, 1979.
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14:35 - 14:37Revolução islâmica, sem Ciro;
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14:37 - 14:39não estamos interessados nessa história,
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14:39 - 14:42estamos interessados no Irã islâmico --
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14:42 - 14:44até que o Iraque,
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14:44 - 14:47o novo superpoder que todos nós decidimos que deveria haver na região,
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14:47 - 14:49ataca.
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14:49 - 14:51Então uma outra guerra Irã-Iraque.
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14:51 - 14:53E torna-se crítico para os iranianos
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14:53 - 14:56lembrar seu grande passado,
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14:56 - 14:58seu grande passado
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14:58 - 15:01quando lutaram contra o Iraque e venceram.
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15:01 - 15:03Torna-se crítico encontrar um símbolo
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15:03 - 15:06que unirá todos os iranianos --
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15:06 - 15:08muçulmanos e não muçulmanos,
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15:08 - 15:11cristãos, zoroastrianos, judeus vivendo no Irã,
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15:11 - 15:13pessoas que são devotos, não devotos.
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15:13 - 15:16E o emblema óbvio é Ciro.
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15:16 - 15:19Assim quando o Museu Britânico e o Museu Nacional de Teerã
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15:19 - 15:21cooperaram e trabalharam juntos, como temos feito,
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15:21 - 15:23os iranianos pediram apenas uma coisa
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15:23 - 15:25como um empréstimo.
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15:25 - 15:27É o único objeto que eles querem.
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15:27 - 15:29Eles querem emprestar o cilindro de Ciro.
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15:29 - 15:31E no ano passado,
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15:31 - 15:35o cilindro de Ciro foi a Teerã
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15:35 - 15:38pela segunda vez.
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15:38 - 15:41Mostra-se sendo apresentado aqui, colocado em seu estojo
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15:41 - 15:44pela diretora do Museu Nacional de Teerã,
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15:44 - 15:47uma das muitas mulheres no Irã em posições elevadas,
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15:47 - 15:49sra. Ardakani.
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15:49 - 15:51Foi um evento formidável.
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15:51 - 15:54Este é o outro lado dessa mesma foto.
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15:54 - 15:57Foi vista em Teerã
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15:57 - 15:59por de um a dois milhões de pessoas
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15:59 - 16:01no espaço de poucos meses.
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16:01 - 16:03Isto está além de qualquer exibição de muito sucesso
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16:03 - 16:05no Oeste.
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16:05 - 16:08E é o tópico de um vasto debate
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16:08 - 16:11sobre o que significa este cilindro, o que significa Ciro,
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16:11 - 16:14mas, acima de tudo, Ciro como articulado através deste cilindro --
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16:14 - 16:17Ciro como o defensor da terra natal,
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16:17 - 16:19o campeão, é claro, da identidade iraniana
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16:19 - 16:21e dos povos iranianos,
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16:21 - 16:23tolerante com todas as crenças.
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16:23 - 16:25E no Irã atual,
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16:25 - 16:28zoroastrianos e cristãos têm assentos garantidos
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16:28 - 16:31no parlamento iraniano, algo para se ter muito, muito orgulho.
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16:31 - 16:34Para ver este objeto em Teerã,
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16:34 - 16:36milhares de judeus vivendo no Irã
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16:36 - 16:38vieram a Teerã vê-lo.
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16:38 - 16:40Tornou-se um grande emblema,
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16:40 - 16:42um grande tópico de debate
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16:42 - 16:45sobre o que o Irã é em casa e no exterior.
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16:45 - 16:48O Irã ainda é o defensor dos oprimidos?
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16:48 - 16:50O Irã libertará os povos
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16:50 - 16:53que os tiranos escravizaram e expropriaram?
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16:53 - 16:56Isto é retórica nacional arrebatada,
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16:56 - 16:58e tudo foi colocado junto
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16:58 - 17:00numa grande apresentação pública
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17:00 - 17:02lançando o retorno.
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17:02 - 17:05Aqui vocês veem este cilindro de Ciro ampliado no palco
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17:05 - 17:08com grandes figuras da história iraniana
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17:08 - 17:10juntos para tomar seus lugares
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17:10 - 17:13na herança do Irã.
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17:13 - 17:15Foi a narrativa apresentada
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17:15 - 17:18pelo próprio presidente.
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17:18 - 17:20E para mim,
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17:20 - 17:22levar este objeto ao Irã,
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17:22 - 17:24ser autorizado a levar este objeto ao Irã
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17:24 - 17:26foi ser autorizado a ser parte
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17:26 - 17:28de um debate extraordinário
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17:28 - 17:30conduzido nos níveis mais altos
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17:30 - 17:32sobre o que o Irã é,
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17:32 - 17:35quais diferentes Irãs há
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17:35 - 17:37e como as diferentes histórias do Irã
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17:37 - 17:40poderiam moldar o mundo hoje.
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17:40 - 17:43É um debate que ainda continua,
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17:43 - 17:45e continuará a soar com estrondo,
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17:45 - 17:47porque este objeto
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17:47 - 17:49é uma das grandes declarações
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17:49 - 17:51da aspiração humana.
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17:51 - 17:55Destaca-se com a constituição americana.
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17:55 - 17:58Certamente diz muito mais sobre reais liberdades
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17:58 - 18:00que a Carta Magna.
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18:00 - 18:03É um documento que pode significar tantas coisas,
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18:03 - 18:06para o Irã e para a região.
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18:06 - 18:08Uma réplica disto
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18:08 - 18:10está nas Nações Unidas.
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18:10 - 18:13Em New York, neste outono, ele estará presente
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18:13 - 18:15quando os grandes debates
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18:15 - 18:18sobre o futuro do Oriente Médio ocorrerem.
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18:18 - 18:20E quero finalizar perguntando-lhes
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18:20 - 18:22qual será a próxima história
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18:22 - 18:24na qual este objeto figurará.
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18:24 - 18:26Aparecerá, certamente,
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18:26 - 18:28em muitas histórias mais do Oriente Médio.
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18:28 - 18:30E qual história do Oriente Médio,
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18:30 - 18:32qual história do mundo,
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18:32 - 18:34vocês querem ver
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18:34 - 18:36refletindo o que é dito,
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18:36 - 18:38o que expresso neste cilindro?
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18:38 - 18:40O direito dos povos
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18:40 - 18:42de viver juntos no mesmo estado,
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18:42 - 18:44adorando de forma diferente, livre --
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18:44 - 18:46um Oriente Médio, um mundo,
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18:46 - 18:48no qual a religião não é assunto de divisão
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18:48 - 18:51ou de debate.
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18:51 - 18:54No mundo do Oriente Médio no momento,
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18:54 - 18:57os debates são, como sabem, estridentes.
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18:57 - 18:59Mas penso que é possível
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18:59 - 19:03que a voz mais poderosa e mais sábia de todas elas
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19:03 - 19:05pode bem ser a voz
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19:05 - 19:07desta coisa muda,
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19:07 - 19:09o cilindro de Ciro.
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19:09 - 19:11Obrigado.
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19:11 - 19:15(Aplausos)
- Title:
- Neil MacGregor: 2.600 anos de história em um objeto
- Speaker:
- Neil MacGregor
- Description:
-
Um cilindro de argila recoberto pela escrita cuneiforme acadiana, danificado e partido, o Cilindro de Ciro é um símbolo poderoso de tolerância religiosa e multiculturalismo. Nesta cativante 'talk', Neil MacGregor, diretor do Museu Britânico, desenha 2.600 anos da história do Oriente Médio através deste simples objeto.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 19:16