O nosso corpo contra os implantes — Kaitlyn Sadtler
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0:07 - 0:09As bombas de insulina melhoram a vida
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0:09 - 0:13de muitos dos 415 milhões de diabéticos
do mundo inteiro, -
0:13 - 0:16controlando o açúcar do sangue,
administrando insulina -
0:16 - 0:19e evitando a necessidade
de constantes picadelas nos dedos -
0:19 - 0:21e análises ao sangue.
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0:21 - 0:23Estas pequenas máquinas incluem
uma bomba e uma agulha, -
0:23 - 0:27que deteta os níveis de glucose,
informa a bomba -
0:27 - 0:30e calcula a quantidade de insulina
a fornecer pela agulha. -
0:30 - 0:34Mas têm um contra: são temporárias.
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0:34 - 0:38Ao fim de uns dias, os sensores de glucose
têm de ser retirados e substituídos. -
0:38 - 0:41Não são só os monitores de glucose
e as bombas de insulina -
0:41 - 0:43que têm esse problema,
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0:43 - 0:46mas todos os implantes corporais
em escalas de tempo diferentes. -
0:46 - 0:51As próteses de plástico dos joelhos
têm de ser substituídas ao fim de 20 anos. -
0:51 - 0:54Outros implantes, como os que são
usados por razões cosméticas, -
0:54 - 0:57podem ter o mesmo destino
ao fim de 10 anos. -
0:57 - 1:01Não se trata apenas de um aborrecimento:
pode ser caro e perigoso. -
1:02 - 1:05Este inconveniente existe devido
ao sistema imunitário do nosso corpo. -
1:05 - 1:09Aperfeiçoado por centenas de milhões
de anos de evolução, -
1:09 - 1:10este sistema defensivo
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1:10 - 1:14tornou-se extremamente bom
a identificar objetos estranhos. -
1:14 - 1:16O nosso sistema imunitário
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1:16 - 1:18dispõe de um impressionante arsenal
de ferramentas -
1:18 - 1:20para atacar, intercetar e destruir
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1:20 - 1:23tudo o que considere
que não deve estar ali. -
1:23 - 1:26Mas a consequência
desta vigilância permanente -
1:26 - 1:30é que o corpo trata os implantes úteis,
como as bombas de insulina, -
1:30 - 1:34com a mesma suspeita com que tratam
um vírus ou uma bactéria prejudiciais. -
1:34 - 1:38Logo que a bomba de insulina
é implantada na pele, -
1:38 - 1:42a sua presença desencadeia
uma "reação a um corpo estranho". -
1:42 - 1:44Isso começa com proteínas
que flutuam livremente -
1:44 - 1:47e aderem à superfície do implante.
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1:47 - 1:50Essas proteínas incluem anticorpos
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1:50 - 1:52que tentam neutralizar o novo objeto
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1:52 - 1:56e enviam um sinal que atrai
outras células imunitárias para o local -
1:56 - 1:58para reforçar o ataque.
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1:58 - 2:00Células inflamatórias de reação rápida
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2:00 - 2:03como os neutrófilos e os macrófagos,
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2:03 - 2:05respondem à chamada de emergência.
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2:05 - 2:08Os neutrófilos libertam
pequenos grânulos com enzimas -
2:08 - 2:12que tentam quebrar a superfície
da agulha da bomba de insulina. -
2:12 - 2:15Os macrófagos também segregam enzimas,
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2:15 - 2:17juntamente com radicais de óxido nítrico
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2:17 - 2:21que criam uma reação química
que degrada o objeto com o tempo. -
2:21 - 2:26Se os macrófagos não conseguem
eliminar rapidamente o corpo estranho -
2:26 - 2:31fundem-se, formando uma massa
de células, chamada uma "célula gigante". -
2:31 - 2:34Ao mesmo tempo, as células
chamadas fibroblastos, -
2:34 - 2:39dirigem-se para o local e depositam
camadas densas de tecido conectivo. -
2:39 - 2:43Essas camadas envolvem a agulha
que a bomba usa para fornecer a insulina -
2:43 - 2:45e testar os níveis de glucose.
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2:45 - 2:48Com o tempo, esta construção aumenta,
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2:48 - 2:51formando uma cicatriz
em volta do implante. -
2:51 - 2:55A cicatriz funciona quase
como um muro impenetrável -
2:55 - 2:57que pode começar a bloquear
interações vitais -
2:57 - 3:00entre o corpo e o implante.
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3:00 - 3:03Por exemplo, as cicatrizes
em volta dos "pacemakers" -
3:03 - 3:07podem interromper a transmissão elétrica
fundamental para o seu funcionamento. -
3:08 - 3:11Uma articulação sintética do joelho
pode libertar partículas ao desgastar-se -
3:11 - 3:15fazendo com que as células imunitárias
se inflamem em volta desses fragmentos. -
3:15 - 3:20Infelizmente, o ataque
do sistema imunitário pode ser mortal. -
3:20 - 3:24Mas os investigadores vão encontrando
formas de iludir o sistema imunitário -
3:24 - 3:28para aceitar os novos dispositivos
que introduzimos nos tecidos corporais. -
3:28 - 3:32Descobrimos que revestindo os implantes
com determinados químicos e drogas -
3:32 - 3:34podem reduzir a reação imunitária.
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3:34 - 3:38Isso torna os implantes invisíveis
ao sistema imunitário. -
3:38 - 3:41Também fazemos mais implantes
a partir de materiais naturais -
3:42 - 3:44e de formas que imitam os tecidos,
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3:44 - 3:47de forma que o corpo desencadeia
um ataque mais fraco -
3:47 - 3:51do que desencadearia se encontrasse
um implante totalmente artificial. -
3:51 - 3:53Alguns tratamentos médicos
envolvem implantes -
3:53 - 3:57concebidos para regenerar
tecidos perdidos ou danificados. -
3:57 - 4:00Nesses casos, podemos conceber
implantes que contenham ingredientes -
4:00 - 4:03que libertem sinais específicos,
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4:03 - 4:06e adaptem cuidadosamente
as reações imunitárias do corpo. -
4:07 - 4:11No futuro, esta forma de trabalhar
juntamente com o sistema imunitário -
4:11 - 4:14poderá ajudar a desenvolver
órgãos totalmente artificiais, -
4:14 - 4:16próteses plenamente integradas
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4:16 - 4:19e terapias que curam ferimentos
por si sós. -
4:19 - 4:22Estes tratamentos podem vir
a revolucionar a medicina -
4:22 - 4:26e transformar para sempre
o corpo com que vivemos.
- Title:
- O nosso corpo contra os implantes — Kaitlyn Sadtler
- Speaker:
- Kaitlyn Sadtler
- Description:
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Vejam a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/your-body-vs-implants-kaitlyn-sadtler
As bombas de insulina melhoram a vida de milhões de diabéticos no mundo inteiro, controlando o açúcar no sangue, administrando insulina e evitando a necessidade de constantes picadelas no dedo. Mas há um contra: são temporárias. E não são só as bombas de insulina que têm esse problema, mas todos os implantes corporais. Porquê? Kaitlyn Sadtler explica como o sistema imunitário reage a corpos estranhos.
Lição de Kaitlyn Sadtler, realização de Andrew Foerster.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 04:27
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