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O nosso corpo contra os implantes — Kaitlyn Sadtler

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    As bombas de insulina melhoram a vida
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    de muitos dos 415 milhões de diabéticos
    do mundo inteiro,
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    controlando o açúcar do sangue,
    administrando insulina
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    e evitando a necessidade
    de constantes picadelas nos dedos
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    e análises ao sangue.
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    Estas pequenas máquinas incluem
    uma bomba e uma agulha,
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    que deteta os níveis de glucose,
    informa a bomba
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    e calcula a quantidade de insulina
    a fornecer pela agulha.
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    Mas têm um contra: são temporárias.
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    Ao fim de uns dias, os sensores de glucose
    têm de ser retirados e substituídos.
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    Não são só os monitores de glucose
    e as bombas de insulina
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    que têm esse problema,
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    mas todos os implantes corporais
    em escalas de tempo diferentes.
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    As próteses de plástico dos joelhos
    têm de ser substituídas ao fim de 20 anos.
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    Outros implantes, como os que são
    usados por razões cosméticas,
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    podem ter o mesmo destino
    ao fim de 10 anos.
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    Não se trata apenas de um aborrecimento:
    pode ser caro e perigoso.
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    Este inconveniente existe devido
    ao sistema imunitário do nosso corpo.
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    Aperfeiçoado por centenas de milhões
    de anos de evolução,
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    este sistema defensivo
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    tornou-se extremamente bom
    a identificar objetos estranhos.
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    O nosso sistema imunitário
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    dispõe de um impressionante arsenal
    de ferramentas
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    para atacar, intercetar e destruir
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    tudo o que considere
    que não deve estar ali.
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    Mas a consequência
    desta vigilância permanente
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    é que o corpo trata os implantes úteis,
    como as bombas de insulina,
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    com a mesma suspeita com que tratam
    um vírus ou uma bactéria prejudiciais.
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    Logo que a bomba de insulina
    é implantada na pele,
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    a sua presença desencadeia
    uma "reação a um corpo estranho".
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    Isso começa com proteínas
    que flutuam livremente
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    e aderem à superfície do implante.
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    Essas proteínas incluem anticorpos
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    que tentam neutralizar o novo objeto
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    e enviam um sinal que atrai
    outras células imunitárias para o local
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    para reforçar o ataque.
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    Células inflamatórias de reação rápida
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    como os neutrófilos e os macrófagos,
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    respondem à chamada de emergência.
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    Os neutrófilos libertam
    pequenos grânulos com enzimas
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    que tentam quebrar a superfície
    da agulha da bomba de insulina.
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    Os macrófagos também segregam enzimas,
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    juntamente com radicais de óxido nítrico
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    que criam uma reação química
    que degrada o objeto com o tempo.
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    Se os macrófagos não conseguem
    eliminar rapidamente o corpo estranho
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    fundem-se, formando uma massa
    de células, chamada uma "célula gigante".
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    Ao mesmo tempo, as células
    chamadas fibroblastos,
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    dirigem-se para o local e depositam
    camadas densas de tecido conectivo.
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    Essas camadas envolvem a agulha
    que a bomba usa para fornecer a insulina
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    e testar os níveis de glucose.
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    Com o tempo, esta construção aumenta,
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    formando uma cicatriz
    em volta do implante.
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    A cicatriz funciona quase
    como um muro impenetrável
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    que pode começar a bloquear
    interações vitais
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    entre o corpo e o implante.
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    Por exemplo, as cicatrizes
    em volta dos "pacemakers"
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    podem interromper a transmissão elétrica
    fundamental para o seu funcionamento.
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    Uma articulação sintética do joelho
    pode libertar partículas ao desgastar-se
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    fazendo com que as células imunitárias
    se inflamem em volta desses fragmentos.
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    Infelizmente, o ataque
    do sistema imunitário pode ser mortal.
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    Mas os investigadores vão encontrando
    formas de iludir o sistema imunitário
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    para aceitar os novos dispositivos
    que introduzimos nos tecidos corporais.
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    Descobrimos que revestindo os implantes
    com determinados químicos e drogas
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    podem reduzir a reação imunitária.
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    Isso torna os implantes invisíveis
    ao sistema imunitário.
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    Também fazemos mais implantes
    a partir de materiais naturais
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    e de formas que imitam os tecidos,
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    de forma que o corpo desencadeia
    um ataque mais fraco
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    do que desencadearia se encontrasse
    um implante totalmente artificial.
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    Alguns tratamentos médicos
    envolvem implantes
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    concebidos para regenerar
    tecidos perdidos ou danificados.
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    Nesses casos, podemos conceber
    implantes que contenham ingredientes
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    que libertem sinais específicos,
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    e adaptem cuidadosamente
    as reações imunitárias do corpo.
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    No futuro, esta forma de trabalhar
    juntamente com o sistema imunitário
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    poderá ajudar a desenvolver
    órgãos totalmente artificiais,
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    próteses plenamente integradas
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    e terapias que curam ferimentos
    por si sós.
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    Estes tratamentos podem vir
    a revolucionar a medicina
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    e transformar para sempre
    o corpo com que vivemos.
Title:
O nosso corpo contra os implantes — Kaitlyn Sadtler
Speaker:
Kaitlyn Sadtler
Description:

Vejam a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/your-body-vs-implants-kaitlyn-sadtler

As bombas de insulina melhoram a vida de milhões de diabéticos no mundo inteiro, controlando o açúcar no sangue, administrando insulina e evitando a necessidade de constantes picadelas no dedo. Mas há um contra: são temporárias. E não são só as bombas de insulina que têm esse problema, mas todos os implantes corporais. Porquê? Kaitlyn Sadtler explica como o sistema imunitário reage a corpos estranhos.

Lição de Kaitlyn Sadtler, realização de Andrew Foerster.

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English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:27
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Your body vs. implants
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Your body vs. implants
Isabel Vaz Belchior accepted Portuguese subtitles for Your body vs. implants
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Your body vs. implants
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Your body vs. implants
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