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Introdução à Comunicação Não-Violenta Parte 4/4 - Perguntas & Expressando e Recebendo Gratidão

  • 0:00 - 0:07
    Parte 4:
    Perguntas & Expressando
    e Recebendo Gratidão
  • 0:08 - 0:12
    Esta manhã você fez uma referência
    ao "lamento de girafa",
  • 0:12 - 0:15
    e [mencionou] que há uma forma diferente de
    pedir desculpas a alguém,
  • 0:15 - 0:18
    e gostaria de saber
    como se faz isso.
  • 0:18 - 0:21
    - Está bem, vamos ver primeiramente o que quero dizer com "lamento de girafa".
  • 0:21 - 0:24
    Pense em algo que você tenha feito,
  • 0:24 - 0:27
    que desejava não ter feito.
  • 0:27 - 0:29
    [Risos]
  • 0:30 - 0:35
    E identifique... Tente se lembrar ao máximo, de como falou com você mesma.
  • 0:35 - 0:39
    quando você disse algo, ou fez algo, ou o que quer que tenha feito.
  • 0:39 - 0:45
    Então, o que fez você desejar
    não ter feito, depois de ter feito?
  • 0:46 - 0:51
    E me dê um exemplo do que disse
    para si mesma quando o fez.
  • 0:52 - 0:56
    Você tem algum em mente?
  • 1:00 - 1:01
    - Ok.
  • 1:03 - 1:07
    [Uma vez] estava me sentindo
    na defensiva, e critiquei alguém.
  • 1:07 - 1:10
    - Então, o que fez foi:
  • 1:10 - 1:15
    você disse algumas coisas a outra pessoa,
    que desejou não ter dito.
  • 1:15 - 1:19
    - Certo. - Ok, e o que você disse para si
    mesma quando você fez isso?
  • 1:20 - 1:23
    - Normalmente, no momento, me sinto na defensiva comigo mesma.
  • 1:23 - 1:28
    - Não, quero saber concretamente...
    para este exercício, eu preciso saber concretamente
  • 1:28 - 1:32
    o que você diz para si mesma quando
    se comporta de forma que não gosta.
  • 1:33 - 1:37
    - Hmm - Isto é muito importante para responder a sua pergunta sobre o "lamento de girafa",
  • 1:37 - 1:44
    -Hmm - Muito importante para identificar o que o seu educador interno te diz.
  • 1:44 - 1:47
    Consegue ver? Todos nós temos um educador interno,
  • 1:48 - 1:53
    cuja função é de nos educar quando somos
    menos que perfeitos.
  • 1:54 - 1:58
    Agora, a maioria de nós cometeu o erro
    de enviar o nosso educador interno
  • 1:59 - 2:03
    para uma academia chacal cruel
    de educadores internos.
  • 2:05 - 2:08
    e por isso, é importante estar consciente
  • 2:08 - 2:12
    de como o nosso educador interno fala
    conosco. É por isso que estou te perguntando.
  • 2:12 - 2:17
    Quando você disse o que disse ao seu
    marido, o que o seu educador interno...
  • 2:17 - 2:20
    De que modo o seu educador interno tentou te educar?
  • 2:20 - 2:23
    O que ele te disse em relação ao que você tinha feito?
  • 2:23 - 2:26
    - No momento ou depois? - Em qualquer um deles.
  • 2:26 - 2:31
    - Bem, o ponto em que comecei a
    sentir remorso ou arrependimento foi depois.
  • 2:32 - 2:35
    - Em qualquer ponto, o que você disse a você
    mesma em relação a aquilo que você tinha feito?
  • 2:35 - 2:38
    - Ok. Disse que era uma pessoa má...
  • 2:38 - 2:41
    - Agora, isso é suficiente. Consegue ver?
  • 2:41 - 2:47
    O seu educador interno tenta educar
    você através da penitência.
  • 2:48 - 2:52
    Através de fazê-la odiar a si
    mesma pelo que você fez.
  • 2:52 - 2:56
    Ele usa uma linguagem que implica que
    existem coisas como uma pessoa má.
  • 2:57 - 3:03
    Tudo bem. Agora, se você pedir desculpas
    através dessa energia, isso é chacal.
  • 3:03 - 3:08
    Qualquer desculpa que venha através do
    pensamento de que você fez algo de errado
  • 3:08 - 3:12
    não fará bem para você ou para a outra pessoa.
  • 3:13 - 3:14
    Você está seguindo o meu raciocínio até agora?
  • 3:14 - 3:18
    - Eu sei que isso não parece bom.
    - Sim. Isso parece ruim.
  • 3:18 - 3:21
    E quero realmente que você se
    sinta mal nesta situação,
  • 3:21 - 3:24
    mas quero que você se sinta
    gentilmente desconfortável.
  • 3:25 - 3:29
    Um desconforto gentil que vai lhe ajudar a aprender
    com isso, sem que você odeie a si mesma.
  • 3:30 - 3:34
    Quando você coloca na sua cabeça que você
    é uma pessoa má, isso é um desconforto ruim.
  • 3:34 - 3:36
    É um desconforto punitivo.
  • 3:36 - 3:40
    Que vai primeiramente fazer com que
    se torne difícil de aprender.
  • 3:40 - 3:42
    E mesmo que você aprenda, vai ser
    através do ódio a si mesma,
  • 3:43 - 3:46
    então qualquer mudança que
    você fizer, terá um custo alto.
  • 3:47 - 3:49
    Então, esse é o seu educador interior.
  • 3:49 - 3:51
    Esse foi o seu educador interno
    falando com você
  • 3:51 - 3:54
    quando você disse que é uma pessoa má.
  • 3:54 - 3:57
    Agora, estivemos aprendendo hoje
  • 3:57 - 4:00
    que todos os julgamentos são
    expressões de necessidades, certo?
  • 4:00 - 4:03
    Então, o seu educador interno
    tem boas intenções.
  • 4:03 - 4:07
    Ele realmente tem boas intenções.
    Ele quer que você aprenda com isso
  • 4:07 - 4:10
    de um jeito que vai servir à vida.
  • 4:10 - 4:15
    Ele tem boas intenções, é só a
    linguagem que não presta. Ok?
  • 4:15 - 4:19
    Por isso nós não queremos ouvir o que
    o nosso educador interno pensa de nós.
  • 4:19 - 4:21
    Nós queremos ouvir a necessidade
    que não está sendo atendida,
  • 4:21 - 4:25
    e que está tentando chamar a nossa atenção.
  • 4:25 - 4:28
    Então, qual é a necessidade que o seu
    educador interno está tentando chamar a sua atenção
  • 4:29 - 4:32
    e que você não conseguiu do
    jeito que se comportou?
  • 4:38 - 4:40
    - Aaah... uma necessidade de...
  • 4:44 - 4:47
    ... estar em um relacionamento com a outra pessoa?
  • 4:47 - 4:49
    - Uma necessidade... em que tipo de relacionamento?
  • 4:49 - 4:52
    - De entendimento mútuo, respeitosa?
    - Certo
  • 4:52 - 4:58
    Então o relacionamento não atendeu sua necessidade
    de ser respeitosa e entender a outra pessoa.
  • 4:58 - 5:03
    - Isso. - E como você se sentiu quando essa
    necessidade não foi atendida?
  • 5:07 - 5:11
    - Culpada. - Então você ainda estava com a
    imagem da "pessoa má" na cabeça. Consegue ver?
  • 5:11 - 5:15
    Você ainda pensa que você é má... se
    ainda tem alguma coisa acontecendo,
  • 5:15 - 5:17
    essa culpa vem do julgamento.
  • 5:18 - 5:20
    - Bem, me sinto separada e isolada.
  • 5:20 - 5:22
    Mas como você se sente?
    Que emoção você sente
  • 5:22 - 5:25
    por não atender a suas próprias necessidades
  • 5:25 - 5:27
    de entendimento e respeito?
  • 5:27 - 5:31
    Veja, a culpa vem dessa imagem
    de uma pessoa má.
  • 5:31 - 5:34
    Que sentimento vem de não
    atender a sua necessidade
  • 5:34 - 5:39
    de reagir com respeito e entendimento
    para com esta pessoa?
  • 5:39 - 5:40
    - Tristeza.
  • 5:40 - 5:42
    - Essa é uma dor gentil.
  • 5:43 - 5:45
    Este é o lamento de girafa.
  • 5:46 - 5:48
    Então, se você disser à outra pessoa
  • 5:48 - 5:51
    "Sabe, eu me sinto muito triste pela
    maneira com que falo com você."
  • 5:51 - 5:56
    "Isso não atende a minha necessidade
    de respeitar e entender você."
  • 6:00 - 6:03
    Consegue ver? Aqui não há nenhuma
    imagem de que sou uma pessoa má.
  • 6:03 - 6:05
    Estou triste.
  • 6:05 - 6:10
    Não correspondi à minha própria
    necessidade de te respeitar e te entender.
  • 6:10 - 6:14
    Confirme com a outra pessoa
    o que ela preferiria ouvir.
  • 6:15 - 6:17
    Se ela preferiria ouvir um lamento de girafa,
  • 6:17 - 6:20
    ou a desculpa de que você é uma pessoa má.
  • 6:23 - 6:25
    Sim.
  • 6:25 - 6:29
    - Eu estou tendo um pouco de dificuldade
    tentando me encontrar
  • 6:29 - 6:32
    neste modelo.
  • 6:32 - 6:36
    Parece que tudo está... mesmo que estivéssemos falando a um nível de sentimentos,
  • 6:36 - 6:39
    tudo parece... estou interpretando, que seja...
  • 6:39 - 6:43
    é um tipo de nível mental em oposição a um nível emocional,
  • 6:43 - 6:46
    embora ache que eu vá muito pela minha intuição,
  • 6:46 - 6:50
    e estou tentando chegar lá de alguma forma.
  • 6:50 - 6:53
    Então preciso de ajuda com isso.
  • 6:53 - 6:55
    Basicamente, diga-me como
  • 6:55 - 7:00
    eu poderia ser capaz de usar esta
    técnica na minha vida diária.
  • 7:03 - 7:07
    para fazê-la... não. Bem, para
    que seja natural, sabe?
  • 7:07 - 7:09
    Não é natural para mim operar desta forma.
  • 7:09 - 7:12
    - A primeira coisa que recomendaria para você
  • 7:12 - 7:15
    seria mudar a palavra "natural" para "habitual".
  • 7:15 - 7:19
    - Fazer o quê?
    - Mudar a palavra "natural" para "habitual".
  • 7:19 - 7:21
    Penso que esse processo é natural,
  • 7:21 - 7:24
    mais natural do que o modo
    como você foi treinado a pensar.
  • 7:24 - 7:27
    Então, Gandhi disse "É muito
    perigoso misturar as palavras
  • 7:27 - 7:30
    "natural" e "habitual"".
  • 7:30 - 7:33
    Ele disse "Nós fomos treinados para
    sermos bastante habituais em nos comunicarmos
  • 7:33 - 7:36
    de formas que são bastante artificiais".
  • 7:38 - 7:41
    Então, não consigo imaginar uma
    forma mais natural de se comunicar
  • 7:41 - 7:44
    do que falar sobre o que está vivo em nós.
  • 7:44 - 7:46
    É apenas o que nós estamos sentindo e necessitando.
  • 7:46 - 7:50
    - Quando você se sente como se dissesse...
    Se eu me sinto como se estivesse dizendo "não",
  • 7:50 - 7:54
    dizer "não" parece correto para mim, mas
    o que você estava falando antes disso...
  • 7:54 - 7:58
    - O que você quer dizer com "correto"
    em "É correto dizer não"?
  • 7:58 - 8:01
    - O que você quer dizer com o que eu quero dizer? [Risos]
    Podemos ir para frente e para trás.
  • 8:02 - 8:04
    - Perdão? - Podemos ir para frente e para
    trás perguntando um ao outro...
  • 8:04 - 8:07
    - Sim, então deixe-me ser mais específico.
  • 8:08 - 8:11
    Quando você diz "não",
  • 8:11 - 8:14
    Prevejo que ao dizer "não",
  • 8:15 - 8:19
    mais frequentemente do que você gostaria,
    a outra pessoa vai reagir a você
  • 8:19 - 8:22
    de um jeito que não vai
    ser-lhe muito interessante.
  • 8:24 - 8:29
    Mas se você falar da necessidade por trás do "não",
    isso tenderá a acontecer menos.
  • 8:29 - 8:32
    - Logo, então, se estou compreendendo
    o que você está falando,
  • 8:32 - 8:36
    você está tentando... A ideia é se
    comunicar de um modo que
  • 8:36 - 8:38
    a outra pessoa se comunicaria de volta com você,
  • 8:38 - 8:41
    portanto isso ficará mais interessante para mim?
  • 8:41 - 8:45
    - Estou dizendo que o propósito deste processo
    é satisfazer as necessidades de todo mundo,
  • 8:45 - 8:48
    e que as necessidades são satisfeitas
    voluntariamente pelas pessoas,
  • 8:49 - 8:52
    e não por nenhuma motivação coercitiva.
  • 8:52 - 8:56
    E também digo que quando
    você diz "não", isso atrapalha
  • 8:56 - 9:01
    a probabilidade de que as necessidades
    de todo mundo sejam cumpridas
  • 9:02 - 9:06
    Se você disser a necessidade que
    o impede de dizer "sim"
  • 9:06 - 9:11
    prevejo uma maior probabilidade de que as
    necessidades de todo mundo sejam satisfeitas
  • 9:14 - 9:17
    - Então se estou entendendo bem,
    você está dizendo que
  • 9:17 - 9:20
    tenho que expressar minhas
    necessidades sem dizer o 'não'?
  • 9:21 - 9:26
    - Estou dizendo que a necessidade é uma
    expressão clara do que você quer ao dizer o "não"
  • 9:28 - 9:30
    Você se torna mais claro e
    mais conectado a vida
  • 9:30 - 9:33
    quando você diz a necessidade
    que o levou a não dizer o "sim",
  • 9:33 - 9:35
    em vez do "não".
  • 9:35 - 9:38
    E tem menos possibilidade de ser
    interpretado como uma rejeição,
  • 9:39 - 9:41
    como se você estivesse na defensiva...
  • 9:42 - 9:44
    Ao dizer apenas o "não"
    por si só, prevejo
  • 9:45 - 9:49
    que existe maiores chances de que o interpretem
    de formas que não lhe sejam favoráveis.
  • 9:49 - 9:52
    - Às vezes quando não escuto um "não"
  • 9:52 - 9:55
    vejo isso como sendo uma
    resposta passivo-agressiva
  • 9:55 - 9:59
    a algo que eu possa querer.
  • 10:00 - 10:04
    Alguém... por exemplo, digamos que
    marco um encontro com alguém
  • 10:04 - 10:07
    e em vez de ela dizer "não",
    ela apenas não aparece.
  • 10:07 - 10:09
    E depois ela me dá uma razão
    do por quê não apareceu.
  • 10:09 - 10:13
    - Sim. Não estou sugerindo isso.
    Não estou sugerindo essa resposta.
  • 10:13 - 10:16
    Estou sugerindo que teria gostado que essa pessoa
  • 10:16 - 10:20
    tivesse lhe dito honestamente naquele momento
    qual era a necessidade dela.
  • 10:20 - 10:24
    Acho que se tivesse dito isso desde
    o princípio não teria chegado a essa situação.
  • 10:26 - 10:28
    Ela disse um "sim" que não era um "sim".
  • 10:28 - 10:32
    - Alguma pessoas não diriam "Temo".
    - Desculpe?
  • 10:32 - 10:34
    - Digamos que a razão
    é que ela tem medo.
  • 10:35 - 10:38
    - Isso vai depender bastante do que
    aconteceu no passado entre elas
  • 10:38 - 10:42
    quando ela diz "não"
    qualquer que seja o jeito que foi dito.
  • 10:43 - 10:49
    Se ela não recebeu respostas
    muito empáticas no passado,
  • 10:49 - 10:52
    então é provável que ela tenha
    medo de ser honesta no presente.
  • 10:53 - 10:56
    - Vejo que isso tudo tem o seu valor.
    Relamente.
  • 10:56 - 10:59
    Imagino que essa seja a ideia de
    coisas como tocar-sentir
  • 10:59 - 11:01
    que não estou muito acostumado.
  • 11:02 - 11:04
    - O que você está tentando descobrir,
    se estou entendendo,
  • 11:04 - 11:06
    é como realmente colocar isso num
  • 11:06 - 11:09
    idioma que você pode usar no seu
    cotidiano e usar confortavelmente.
  • 11:09 - 11:12
    - Essa é uma forma de colocar o problema.
  • 11:12 - 11:13
    - Pois bem, em nossos treinamentos,
  • 11:13 - 11:17
    primeiro mostramos às pessoas
    como desenvolver esse linguajar
  • 11:17 - 11:23
    e, em seguida, como traduzir
    para sua fala comum.
  • 11:24 - 11:26
    Tive um estudante que viajava comigo,
  • 11:26 - 11:31
    e ele queria me agradecer. Ok?
  • 11:31 - 11:35
    Ele gostou de algo que fiz.
    Eu vinha trabalhando pesado com o grupo.
  • 11:35 - 11:39
    E durante o intervalo, ele disse "ditador!".
  • 11:40 - 11:42
    Aquilo foi "girafa"
  • 11:43 - 11:47
    porque ele sabia que eu sabia
    ao quê ele estava reagindo.
  • 11:47 - 11:49
    Ele sabia que eu não ouviria um julgamento.
  • 11:49 - 11:53
    Ele sabia que eu adivinharia ali
    quais eram o sentimento e a necessidade.
  • 11:53 - 11:56
    Assim, ele podia me dizer isso: "ditador!"
  • 11:56 - 11:58
    Então, depois que a gente consegue
    realmente identificar de forma clara
  • 11:59 - 12:01
    nossos, sentimentos,
    necessidades, pedidos,
  • 12:01 - 12:03
    então podemos começar a
    colocá-los numa linguagem
  • 12:04 - 12:07
    que possa nos conectar com
    as pessoas que estamos falando.
  • 12:07 - 12:10
    Mas nesse momento do dia,
    depois de um dia,
  • 12:10 - 12:13
    ainda estou trabalhando com vocês
    para ter certeza que entenderam
  • 12:13 - 12:17
    o que é um sentimento e uma necessidade,
    pois se vocês não entenderem isso,
  • 12:17 - 12:20
    será muito difícil saber como
    colocá-los no seu próprio idioma.
  • 12:20 - 12:23
    - Acho que estou reconhecendo
    chacal novaiorquino.
  • 12:23 - 12:26
    [risadas]
  • 12:26 - 12:29
    Tenho a impressão que
  • 12:29 - 12:32
    se desculpar não é
  • 12:33 - 12:35
    o melhor jeito de ser girafa.
  • 12:36 - 12:38
    Gostaria de saber se
    você poderia modelar...
  • 12:38 - 12:41
    Gostaria que você modelasse para mim
  • 12:41 - 12:45
    um reconhecimento de
    "pisar na bola",
  • 12:45 - 12:47
    mentindo corajosamente...
  • 12:47 - 12:49
    - Se você se lembra quando mais cedo
  • 12:49 - 12:53
    mostrei um exemplo onde
    falei de uma pessoa dizendo
  • 12:53 - 12:55
    "Estou triste.
    Gostaria de ter
  • 12:56 - 12:59
    respondido com mais compreensão
    do que respondi".
  • 12:59 - 13:02
    - Então você não está usando "me desculpe".
    Vocês está dizendo "estou triste".
  • 13:02 - 13:04
    Não é tanto as palavras "me desculpe".
  • 13:04 - 13:08
    O que mudamos foi o pensamento
    de que fiz alguma coisa errada,
  • 13:08 - 13:11
    de que isso foi mau.
    É esse pensamento que é o problema,
  • 13:12 - 13:15
    e o "me desculpe" que se segue
    desse pensamento.
  • 13:15 - 13:19
    Então, não que eu apenas não diga "me
    desculpe". Digo "estou triste", se estou triste.
  • 13:19 - 13:21
    As palavras "me desculpe"
    significam quase nada.
  • 13:21 - 13:25
    As pessoas podem dizer isso
    e não sentir nada.
  • 13:25 - 13:29
    Se diz isso para comprar o perdão.
  • 13:29 - 13:34
    Se estou me sentindo triste, digo isso.
    "Estou triste. Gostaria de ter
  • 13:34 - 13:36
    sido mais atento às suas
    necessidades", por exemplo,
  • 13:36 - 13:39
    quando não levei as necessidades
    da pessoa em consideração.
  • 13:39 - 13:43
    Mas não vou dizer
    "Me desculpe, não fui muito atencioso".
  • 13:44 - 13:47
    Aqui não existe auto-culpa.
    Não fiz nada de errado.
  • 13:47 - 13:51
    Não existe isso de
    fazer alguma coisa errado.
  • 13:51 - 13:55
    O que fiz não estava em harmonia
    com minhas necessidades. Quero lamentar isso.
  • 13:56 - 13:59
    "Estou triste. Gostaria de ter sido mais
    atencioso com suas necessidades".
  • 13:59 - 14:03
    - Algo do gênero. Isso é um exemplo?
    - Sem dúvida. Obrigado.
  • 14:04 - 14:07
    - Tenho uma pergunta.
    Aqui, à sua esquerda.
  • 14:10 - 14:13
    Tem uma situação
    com meu parceira íntima
  • 14:14 - 14:17
    em que muitas vezes quando nos
    encontramos, discutimos muito
  • 14:17 - 14:21
    e tenho essa necessidade
  • 14:22 - 14:24
    que você disse antes que é inapropriada:
  • 14:24 - 14:27
    Quero que ela seja feliz.
  • 14:27 - 14:30
    - Eu não disse que era inapropriada.
    Disse que não era exequível.
  • Not Synced
    - OK, tá.
    É o que ela vive me dizendo.
  • Not Synced
    - Se você me diz para ser feliz,
    diga-me a ação para que isso aconteça.
  • Not Synced
    Isso eu posso fazer.
    Se me dizes uma ação
  • Not Synced
    que você prevê que se eu realizá-la,
    serei feliz no final,
  • Not Synced
    isso seria de muita ajuda. Diga-me a ação.
    Não me diga apenas para ser feliz.
  • Not Synced
    Não me diga para ter
    confiança em mim mesmo.
  • Not Synced
    Diga-me o que você gostaria que
    eu fizesse para ter confiança.
  • Not Synced
    A ação vai me levar até lá,
    mas dizer-me apenas o que sentir
  • Not Synced
    me coloca num círculo paradoxal.
  • Not Synced
    - Ok.
  • Not Synced
    Uma outra coisa seria que
  • Not Synced
    quando estamos juntos,
    não necessariamente tenho vontade
  • Not Synced
    de ir a algum lugar com ela, se ela
    não está num bom humor na hora
  • Not Synced
    ou se existe alguma tensão no ar...
  • Not Synced
    - Então empatize com o porque não
    estou de bom humor e acabarei ficando.
  • Not Synced
    Mas me dizer que tenho que
    estar de bom humor
  • Not Synced
    para que você queira sair comigo
    me coloca num humor ainda pior.
  • Not Synced
    - Ok.
  • Not Synced
    - Fico pensando se tem
    momentos em que
  • Not Synced
    Aqui.
  • Not Synced
    Estou sentindo um pouco de ansiedade sobre
    uma viagem, quero visitar minha mãe em breve
  • Not Synced
    e temos uma dinâmica em que
    ela quer muito me ajudar
  • Not Synced
    a perceber todos os detalhes do que
    estou fazendo durante minha visita,
  • Not Synced
    e eu gostaria que pudesse ficar em paz.
    - Tá, deixe-me te mostrar como fazer isso.
  • Not Synced
    - E tenho medo que se eu
    disser isso pra ela,
  • Not Synced
    tornará as coisas muito piores.
    - Ok. Vamos te ensinar como fazer...
  • Not Synced
    E se piorar, vamos te mostrar como
    desfrutar mesmo assim.
  • Not Synced
    Mas primeiro, deixe-me mostrar
    como começar.
  • Not Synced
    Se queremos que uma pessoa
    mude de comportamento,
  • Not Synced
    comece a comunicação
    mostrando a ela que
  • Not Synced
    o que ela vem fazendo é a coisa mais
    preciosa que ela poderia estar fazendo.
  • Not Synced
    Dessa forma: empatia.
  • Not Synced
    Comece empatizando com a tentativa
    da sua mãe em se comportar como ela faz.
  • Not Synced
    Mãe, imagino que quando você
    aparece e quer me mostrar
  • Not Synced
    todas as coisas que
    poderiam ser feitas,
  • Not Synced
    você realmente se importa com
    o meu divertimento nesta viagem
  • Not Synced
    e quer ter certeza de
    que isso vai acontecer.
  • Not Synced
    - Ah, sim, sim, bla, bla...
  • Not Synced
    - Sim, então, é bem importante
    pra você que
  • Not Synced
    eu me divirta e você
    quer contribuir com isso?
  • Not Synced
    - Sim.
  • Not Synced
    Esse é o primeiro passo.
    Entende?
  • Not Synced
    É o que quero dizer com começar
    mostrando entendimento.
  • Not Synced
    Agora, quanto mais a gente está
    preocupada com esse comportamento
  • Not Synced
    mais importante é
    é começar dessa forma.
  • Not Synced
    Entende? É por isso que
    quando trabalho em prisões,
  • Not Synced
    e tem um cara que abusou sexualmente
    de alguém, ou estuprou alguém,
  • Not Synced
    se eu gostaria que ele encontrasse
    outra forma de se comportar,
  • Not Synced
    a primeira coisa que preciso fazer é assegurar
    que ele não se odeia por ter feito o que fez.
  • Not Synced
    Quanto mais ele se odiar pelo que fez,
    mais ele vai continuar fazendo.
  • Not Synced
    Assim, começo empatizando com
    as necessidades que o levaram àquilo.
  • Not Synced
    Ok. Então você entendeu esse passo.
    O próximo passo...
  • Not Synced
    Aquele com o qual começamos o dia...
    Eu diria honestamente como me sinto.
  • Not Synced
    "Mãe,
Title:
Introdução à Comunicação Não-Violenta Parte 4/4 - Perguntas & Expressando e Recebendo Gratidão
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English
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