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Como imprimir tecido humano em 3D - Taneka Jones

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    Existe atualmente centenas de milhares
    de pessoas em listas para transplantes,
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    à espera de órgãos essenciais,
    como rins, coração e fígado,
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    que podem salvar a vida delas.
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    Infelizmente,
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    não há doadores de órgãos suficientes
    para atender às demandas.
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    E se, em vez de esperar,
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    pudéssemos criar órgãos novos
    e personalizados, a partir do zero?
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    Este é o objetivo da bioimpressão,
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    um ramo da medicina regenerativa,
    atualmente em desenvolvimento.
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    Ainda não conseguimos imprimir
    órgãos complexos,
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    mas tecidos mais simples
    incluindo vasos sanguíneos
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    e tubos responsáveis
    por nutrientes e troca de resíduos
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    já estão ao nosso alcance.
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    A bioimpressão é uma prima
    biológica da impressão 3D,
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    uma técnica que deposita camadas
    de material uma por cima da outra
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    para construir um objeto tridimensional,
    uma camada de cada vez.
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    Em vez de usar metal,
    plástico ou cerâmica,
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    uma impressora 3D para órgãos
    e tecidos usa biotinta:
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    um material para impressão
    que contém células vivas.
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    Muitas biotintas são constituídas,
    principalmente,
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    por células ricas em água,
    chamadas hidrogéis.
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    Misturadas nelas,
    existem milhões de células vivas
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    assim como diversos produtos químicos
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    que incentivam o crescimento
    e a comunicação das células.
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    Algumas biotintas contêm
    um único tipo de células,
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    e outras combinam células diferentes
    para produzir estruturas mais complexas.
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    Digamos que queremos imprimir um menisco,
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    que é uma parte da cartilagem no joelho
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    que impede o atrito
    entre a tíbia e o fêmur.
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    Ele é formado por células
    chamadas condrócitos,
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    e são necessárias muitas células
    saudáveis para a biotinta.
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    Essas células podem
    ser fornecidas por doadores,
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    cujas células são reproduzidas
    em laboratório.
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    Ou podem ser provenientes
    do tecido do próprio paciente
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    para criar um menisco personalizado
    menos propenso a ser rejeitado pelo corpo.
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    Há muitas técnicas de impressão,
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    e a mais popular é a bioimpressão
    baseada na extrusão.
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    Nesta, a biotinta é carregada
    em uma câmara de impressão
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    e injetada através de um bico redondo,
    ligado a uma cabeça de impressão.
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    Sai de uma ponteira que raramente
    tem um diâmetro maior do que 400 mícrones
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    e pode produzir um filamento contínuo
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    que não atinge a espessura
    de uma unha humana.
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    Uma imagem ou um ficheiro computadorizado
    guia a colocação dos filamentos,
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    numa superfície plana
    ou num banho líquido
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    que ajudará a manter a estrutura
    no lugar, até estabilizar-se.
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    Estas impressoras são rápidas,
    produzem o menisco em cerca de meia hora,
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    um filamento de cada vez.
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    Após a impressão, algumas biotintas
    endurecem imediatamente,
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    outras precisam de luz ultravioleta
    ou um processo físico ou químico adicional
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    para estabilizar a estrutura.
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    Se o processo de impressão
    for bem-sucedido,
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    as células no tecido sintético
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    começam a comportar-se
    como as células do tecido real:
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    transmitindo sinais umas às outras,
    trocando nutrientes e multiplicando-se.
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    Já conseguimos imprimir estruturas
    relativamente simples, como meniscos.
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    Bexigas bioimpressas
    já foram implantadas com sucesso,
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    e tecido impresso já provocou
    regeneração de nervos faciais em ratos.
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    Os pesquisadores criaram
    tecido pulmonar, pele e cartilagem,
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    assim como versões
    miniaturas e semifuncionais
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    de rins, fígados e corações.
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    Porém, reproduzir o complexo
    ambiente bioquímico
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    de um órgão importante
    é um desafio muito grande.
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    A bioimpressão baseada
    em extrusão pode destruir
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    uma porcentagem significativa
    de células na tinta,
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    se o bico da impressora
    for muito pequeno
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    ou se a pressão da impressão
    for alta demais.
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    Um dos maiores problemas
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    é como fornecer oxigênio e nutrientes
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    para todas as células num órgão
    em tamanho natural.
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    Isso explica por que
    os maiores êxitos, até agora,
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    têm sido com estruturas planas ou ocas
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    e é por isso que os investigadores
    procuram desenvolver maneiras
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    de incorporar vasos sanguíneos
    no tecido biompresso.
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    Há um grande potencial
    no uso de bioimpressão
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    para salvar vidas e expandir
    nossa compreensão
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    de como os órgãos funcionam.
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    A tecnologia possibilita uma espantosa
    série de possibilidades,
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    como tecidos impressos
    com eletrônica incorporada.
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    Será que poderemos, um dia, criar órgãos
    que superem a atual capacidade humana
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    ou que possam garantir características
    como pele à prova de queimaduras?
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    Até que ponto poderemos
    prolongar a vida humana,
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    imprimindo e substituindo
    os nossos órgãos?
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    Exatamente quem e o que
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    terá acesso a esta tecnologia
    e a estes resultados incríveis?
Title:
Como imprimir tecido humano em 3D - Taneka Jones
Speaker:
Taneka Jones
Description:

Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/how-to-3d-print-human-tissue-taneka-jones

Há atualmente centenas de milhares de pessoas em listas de transplantes, esperando por órgãos essenciais como rins, coração e fígado que podem salvar a vida delas. Infelizmente, não há doadores de órgãos suficientes disponíveis para atender à demanda. E se, em vez de esperar, pudéssemos criar novos órgãos personalizados a partir do zero? Taneka Jones explora a bioimpressão, um novo ramo da medicina regenerativa.

Lição de Taneka Jones, direção de Hype CG.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:52

Portuguese, Brazilian subtitles

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