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Bem-vindos à revolução genómica

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    Minhas senhoras e meus senhores,
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    apresento-vos o genoma humano.
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    (Aplausos)
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    O cromossoma um, em cima à esquerda.
  • 0:10 - 0:12
    Em baixo à direita,
    os cromossomas sexuais.
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    As mulheres têm duas cópias
    daquele grande cromossoma X.
  • 0:15 - 0:18
    os homens têm o X e, claro,
    aquela pequena cópia do Y.
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    Desculpem rapazes, mas é só uma coisa
    pequenininha que vos torna diferentes.
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    Se vocês ampliarem este genoma,
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    o que veem é esta estrutura
    em dupla hélice
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    o código da vida decifrado
    através destas 4 letras bioquímicas,
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    a que podemos chamar bases: A, C, G e T.
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    Quantas existem no genoma humano?
    Três mil milhões.
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    Isso é um número grande?
  • 0:38 - 0:40
    Toda a gente pode atirar
    com números grandes.
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    Mas, se eu colocasse uma base
  • 0:42 - 0:46
    em cada pixel deste ecrã
    com uma resolução de 1280 por 800,
  • 0:46 - 0:49
    precisaríamos de 3 000 ecrãs
    para observarmos o genoma.
  • 0:49 - 0:51
    Portanto, é realmente muito grande.
  • 0:51 - 0:52
    E, talvez por causa do seu tamanho,
  • 0:52 - 0:56
    um grupo de pessoas — a propósito,
    todas elas com cromossomas Y —
  • 0:56 - 0:58
    decidiram que queriam sequenciá-lo.
  • 0:58 - 0:59
    (Risos)
  • 0:59 - 1:03
    E assim, 15 anos e cerca
    de 4 mil milhões de dólares mais tarde,
  • 1:03 - 1:05
    o genoma foi sequenciado e publicado.
  • 1:05 - 1:08
    Em 2003 foi publicada a versão final
    e continua-se a trabalhar no assunto.
  • 1:08 - 1:10
    Foi tudo feito numa máquina
    com este aspeto.
  • 1:10 - 1:14
    Custa cerca de um dólar por base
    trata-se de um processo muito lento.
  • 1:14 - 1:17
    Estou aqui para vos dizer
    que o mundo mudou completamente
  • 1:17 - 1:19
    e nenhum de vocês o sabe.
  • 1:19 - 1:21
    Assim, nós agora pegamos num genoma,
  • 1:21 - 1:23
    fazemos umas 50 cópias dele,
  • 1:23 - 1:26
    cortamos todas essas cópias
    em pequenos registos de 50 bases,
  • 1:26 - 1:29
    e de seguida sequenciamo-los,
    massivamente, em paralelo.
  • 1:29 - 1:31
    Depois, trazemos isso para o software,
  • 1:31 - 1:34
    juntamos tudo de novo
    e contamos-vos qual é a história.
  • 1:34 - 1:36
    Só para vos dar uma ideia
    do aspeto disto,
  • 1:36 - 1:38
    o Projeto do Genoma Humano:
    três gigabases.
  • 1:38 - 1:40
    Uma corrida numa destas máquinas:
  • 1:40 - 1:42
    200 gigabases numa semana.
  • 1:42 - 1:45
    Esses 200 vão tornar-se 600 neste verão,
  • 1:45 - 1:48
    e não há sinais de que este ritmo abrande.
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    Por isso, o preço de uma base,
    da sequenciação de uma base,
  • 1:51 - 1:54
    caiu 100 milhões de vezes.
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    É o equivalente a vocês atestarem
    o vosso carro com gasolina em 1998,
  • 1:58 - 2:00
    esperarem até 2011,
  • 2:00 - 2:02
    e agora podem guiar até Júpiter
    e voltar duas vezes.
  • 2:02 - 2:05
    (Risos)
  • 2:06 - 2:08
    A população mundial.
  • 2:08 - 2:10
    Os computadores pessoais.
  • 2:11 - 2:13
    O arquivo de toda a literatura médica.
  • 2:14 - 2:15
    A lei de Moore.
  • 2:15 - 2:17
    O velho método de sequenciação.
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    Estão aqui todas estas coisas novas.
  • 2:19 - 2:21
    Isto é uma escala de logaritmos.
  • 2:21 - 2:23
    Normalmente, não vemos linhas
    que sobem desta maneira.
  • 2:23 - 2:27
    Portanto, a capacidade mundial
    de sequenciação de genomas humanos
  • 2:27 - 2:30
    é, este ano, qualquer coisa
    como 50 000 a 100 000 genomas.
  • 2:30 - 2:33
    Sabemos isto com base nas máquinas
    que estão a ser instaladas.
  • 2:33 - 2:36
    Espera-se que isto duplique,
    triplique ou até quadruplique
  • 2:36 - 2:38
    ano após ano, no futuro próximo.
  • 2:38 - 2:40
    De facto, há um laboratório em particular
  • 2:40 - 2:43
    que representa 20%
    de toda essa capacidade.
  • 2:43 - 2:45
    Chama-se Instituto do Genoma de Pequim.
  • 2:45 - 2:49
    A propósito, os chineses estão a ganhar
    completamente esta corrida à nova Lua.
  • 2:49 - 2:51
    O que significa isto para a medicina?
  • 2:51 - 2:54
    Tomemos o caso de uma mulher com 37 anos.
  • 2:54 - 2:58
    Ela apresenta um cancro da mama
    recetor de estrogénio positivo, grau II.
  • 2:58 - 3:01
    É tratada com cirurgia,
    quimioterapia e radiação.
  • 3:01 - 3:02
    Regressa a casa.
  • 3:02 - 3:06
    Dois anos depois, volta
    com cancro do ovário, grau III.
  • 3:06 - 3:09
    Infelizmente, é tratada novamente
    com cirurgia e quimioterapia.
  • 3:09 - 3:11
    Volta três anos mais tarde, com 42 anos,
  • 3:11 - 3:14
    mais cancro do ovário, mais quimioterapia.
  • 3:14 - 3:15
    Seis meses mais tarde,
  • 3:15 - 3:18
    volta com leucemia mieloide aguda.
  • 3:19 - 3:23
    Entra em falência respiratória
    e morre 8 dias depois.
  • 3:23 - 3:26
    Primeiro, dentro de apenas 10 anos,
    a maneira como esta mulher foi tratada
  • 3:26 - 3:28
    parecerá uma sangria.
  • 3:28 - 3:31
    E isso devido a pessoas
    como o meu colega Rick Wilson,
  • 3:31 - 3:34
    do Instituto do Genoma
    da Universidade de Washington,
  • 3:34 - 3:36
    que decidiu analisar
    a autópsia desta mulher.
  • 3:36 - 3:39
    E ele sequenciou — recolheu
    células da pele, pele saudável,
  • 3:39 - 3:41
    e de medula óssea cancerosa —
  • 3:41 - 3:43
    e sequenciou todos os genomas de ambas
  • 3:43 - 3:45
    em duas semanas, nada de mais.
  • 3:45 - 3:47
    Depois comparou
    esses dois genomas no software,
  • 3:47 - 3:49
    e descobriu, entre outras coisas,
  • 3:49 - 3:51
    uma deleção, uma deleção de 2000 bases
  • 3:51 - 3:53
    ao longo dos 3000 milhões de bases
  • 3:53 - 3:56
    num gene particular denominado TP53.
  • 3:56 - 3:59
    Quem tiver esta mutação
    de deleção neste gene,
  • 3:59 - 4:01
    tem uma probabilidade de 90%
    de ter cancro ao longo da vida.
  • 4:01 - 4:04
    Infelizmente, isto
    não ajudou aquela mulher,
  • 4:04 - 4:08
    mas tem profundas implicações
    para a família dela.
  • 4:08 - 4:11
    Quero dizer, se elas tiverem
    a mesma mutação,
  • 4:11 - 4:13
    e fizerem este teste genético,
    e o compreenderem,
  • 4:13 - 4:17
    podem fazer exames com regularidade
    e detetar um cancro precocemente
  • 4:17 - 4:19
    e talvez viver
    uma vida bastante mais longa.
  • 4:19 - 4:20
    Apresento-vos os gémeos Beery,
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    diagnosticados com paralisia cerebral
    aos 2 anos de idade.
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    A mãe, uma mulher muito corajosa,
    não acreditou.
  • 4:25 - 4:27
    Os sintomas não condiziam.
  • 4:27 - 4:29
    com esforços heroicos
    e muita pesquisa na Internet,
  • 4:29 - 4:31
    conseguiu convencer a comunidade médica
  • 4:31 - 4:33
    de que eles tinham outra coisa.
  • 4:33 - 4:36
    O que eles tinham
    era distonia "dopa responsiva".
  • 4:36 - 4:38
    E, portanto, deram-lhes L-Dopa,
  • 4:38 - 4:41
    e os sintomas realmente melhoraram,
  • 4:41 - 4:42
    mas não desapareceram totalmente.
  • 4:42 - 4:44
    Continuaram com problemas significativos.
  • 4:44 - 4:47
    O cavalheiro da fotografia é Joe Beery,
  • 4:47 - 4:49
    o diretor de Informática
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    de uma companhia
    chamada "Life Technologies"
  • 4:51 - 4:53
    É uma das duas empresas
  • 4:53 - 4:56
    que fazem as ferramentas de sequenciação
    maciça da totalidade do genoma.
  • 4:56 - 4:59
    E, então, ele sequenciou estas crianças.
  • 4:59 - 5:01
    Descobriram uma série de mutações
    num gene chamado SPR,
  • 5:01 - 5:05
    que é responsável pela produção
    de serotonina, entre outras coisas.
  • 5:05 - 5:09
    Então, além de L-Dopa, deram-lhes
    uma substância precursora da serotonina,
  • 5:09 - 5:11
    e, efetivamente, elas agora são normais.
  • 5:11 - 5:14
    Isto nunca seria possível
    sem a sequenciação total do genoma.
  • 5:14 - 5:16
    Na altura — há poucos anos —
    custou 100 000 dólares.
  • 5:16 - 5:19
    Hoje são 10 000 dólares.
    Para o ano são 1000 dólares.
  • 5:19 - 5:20
    No ano seguinte são 100 dólares.
  • 5:20 - 5:22
    É com esta rapidez que se está a avançar.
  • 5:22 - 5:24
    Temos aqui o pequeno Nick.
  • 5:24 - 5:26
    Gosta do Batman e de pistolas de água.
  • 5:26 - 5:29
    Acontece que o Nick
    aparece no hospital pediátrico
  • 5:29 - 5:32
    com a barriga dilatada,
    como uma vítima da fome.
  • 5:32 - 5:35
    Não é que ele não se alimente,
    mas, quando come,
  • 5:35 - 5:38
    o intestino abre-se
    e as fezes espalham-se pelo abdómen.
  • 5:38 - 5:40
    Então, cem cirurgias mais tarde,
  • 5:40 - 5:42
    ele olha para a mãe e diz:
  • 5:42 - 5:45
    "Mãe, por favor, reza por mim.
    Tenho tantas dores."
  • 5:45 - 5:48
    O pediatra dele, por acaso,
    tem formação em genética clínica
  • 5:48 - 5:51
    não faz ideia do que se passa, mas diz:
  • 5:51 - 5:53
    " Vamos sequenciar
    o genoma desta criança."
  • 5:53 - 5:55
    Encontram uma mutação num só ponto
  • 5:55 - 5:58
    num gene responsável pelo controlo
    da morte celular programada.
  • 5:58 - 6:01
    Portanto, a teoria é que ele está a ter
    qualquer reação imunológica
  • 6:01 - 6:03
    sobretudo ao processamento da comida.
  • 6:03 - 6:06
    Trata-se de uma reação natural,
    que causa morte celular programada.
  • 6:06 - 6:09
    O gene que regula essa baixa
    está avariado.
  • 6:09 - 6:11
    Isso aconselha, entre outras coisas,
  • 6:11 - 6:14
    um tratamento para transplante
    de medula óssea, que é efetuado.
  • 6:14 - 6:16
    E, após nove meses de recuperação
    a comer papas,
  • 6:16 - 6:18
    ele agora já come bife com molho de carne.
  • 6:18 - 6:20
    (Risos)
  • 6:20 - 6:23
    Apresenta-se-nos hoje
    a expetativa de usar o genoma
  • 6:23 - 6:25
    como um diagnóstico universal.
  • 6:26 - 6:28
    Hoje, está aqui.
  • 6:28 - 6:29
    Significa para todos nós
  • 6:29 - 6:33
    que todos, nesta sala,
    podemos viver 5, 10, 20 anos extra
  • 6:33 - 6:35
    por causa desta única coisa.
  • 6:35 - 6:36
    O que é uma história fantástica,
  • 6:36 - 6:39
    a menos que pensemos na pegada
    da humanidade sobre o planeta
  • 6:39 - 6:42
    e na nossa capacidade de continuar
    a produzir alimentos.
  • 6:42 - 6:45
    Acontece que está a ser usada
    exatamente a mesma tecnologia
  • 6:45 - 6:47
    para cultivar novas linhas
  • 6:47 - 6:50
    de milho, trigo, soja e outras culturas
  • 6:50 - 6:53
    que são altamente resistentes
    à seca, às inundações,
  • 6:53 - 6:55
    às pestes e aos pesticidas.
  • 6:55 - 6:58
    Agora vejam, enquanto continuarmos
    a aumentar a população,
  • 6:58 - 7:02
    vamos ter que continuar a cultivar e comer
    alimentos geneticamente modificados,
  • 7:02 - 7:04
    e é a única posição que vou assumir hoje.
  • 7:04 - 7:06
    A não ser que haja alguém, no público,
  • 7:06 - 7:08
    que queira deixar de comer?
  • 7:08 - 7:09
    Ninguém, nem um.
  • 7:10 - 7:11
    Esta é uma máquina de escrever,
  • 7:11 - 7:14
    uma parte essencial de todas
    as secretárias durante décadas.
  • 7:14 - 7:18
    A máquina de escrever foi eliminada
    essencialmente por esta coisa.
  • 7:18 - 7:21
    E depois apareceram versões mais gerais
    de processadores de texto.
  • 7:21 - 7:24
    Mas por fim, houve rotura sobre rotura.
  • 7:24 - 7:26
    Foi a invenção da Ethernet
    por Bob Metcalfe
  • 7:26 - 7:28
    e a ligação entre todos estes computadores
  • 7:28 - 7:30
    que fundamentalmente mudou tudo.
  • 7:30 - 7:33
    De repente, tivemos a Netscape
    e tivemos o Yahoo.
  • 7:33 - 7:36
    E também tivemos
    toda a bolha "dot.com" inteira.
  • 7:36 - 7:39
    (Risos)
  • 7:40 - 7:41
    Nada com que nos preocupar,
  • 7:41 - 7:43
    isso foi rapidamente salvo
    pelo iPod, pelo Facebook
  • 7:43 - 7:46
    e, claro, pelos Angry Birds.
  • 7:46 - 7:47
    (Risos)
  • 7:49 - 7:51
    Isto é onde estamos hoje.
  • 7:51 - 7:53
    Esta é a revolução genómica, hoje.
    É aqui que estamos.
  • 7:53 - 7:55
    Considerem o seguinte:
  • 7:55 - 7:57
    O que significa quando estes pontos
  • 7:57 - 8:00
    não representarem as bases
    individuais do nosso genoma,
  • 8:00 - 8:02
    mas se ligarem a genomas
    por todo o planeta?
  • 8:02 - 8:05
    Recentemente, tive que fazer
    um seguro de vida.
  • 8:05 - 8:06
    E pediram-me que respondesse:
  • 8:06 - 8:09
    A. Nunca fiz um teste genético,
  • 8:09 - 8:10
    B. Fiz um (cá vamos nós),
  • 8:10 - 8:12
    e C. Fiz um e não estou a dizer.
  • 8:12 - 8:14
    Felizmente, pude dar a resposta A,
  • 8:14 - 8:17
    e digo-o honestamente, não vá
    o meu agente de seguros estar a ouvir.
  • 8:17 - 8:20
    Mas o que teria acontecido
    se eu tivesse dito C?
  • 8:20 - 8:22
    Vão florescer aplicações
    de consumo para a genómica.
  • 8:22 - 8:26
    Querem ver se são geneticamente
    compatíveis com a namorada? Claro.
  • 8:26 - 8:29
    Sequência do ADN no iPhone?
    Há uma aplicação para isso.
  • 8:29 - 8:30
    (Risos)
  • 8:30 - 8:33
    Alguém quer uma massagem
    genómica personalizada?
  • 8:34 - 8:38
    Já há hoje um laboratório que faz o teste
    do alelo 334 do gene AVPR1
  • 8:38 - 8:40
    o chamado gene da infidelidade.
  • 8:40 - 8:42
    (Risos)
  • 8:42 - 8:44
    Qualquer um que esteja aqui
    com a sua cara-metade
  • 8:44 - 8:46
    vire-se para ele, passe-lhe
    um cotonete pela boca,
  • 8:46 - 8:49
    envie-o para o laboratório
    e saberá com toda a certeza.
  • 8:50 - 8:52
    Vocês querem realmente
    eleger um presidente
  • 8:52 - 8:54
    cujo genoma sugira cardiomiopatia?
  • 8:54 - 8:56
    Pensem nisto, estamos em 2016
  • 8:56 - 8:57
    e a principal candidata divulga
  • 8:57 - 9:00
    as declarações de impostos
    dos últimos quatro anos,
  • 9:00 - 9:01
    mas também o seu genoma pessoal.
  • 9:01 - 9:02
    Parece realmente bom.
  • 9:02 - 9:05
    Então ela desafia os outros candidatos
    a fazerem o mesmo.
  • 9:05 - 9:07
    Pensam que isso não vai acontecer?
  • 9:07 - 9:09
    Pensam que teria ajudado o John McCain?
  • 9:09 - 9:10
    (Risos)
  • 9:11 - 9:14
    Quantas pessoas, no público,
    têm o apelido Resnick como eu?
  • 9:14 - 9:15
    Levantem as vossas mãos.
  • 9:15 - 9:17
    Alguém? Ninguém.
  • 9:17 - 9:19
    Normalmente, há um ou dois.
  • 9:19 - 9:21
    O pai do meu pai
    era um de 10 irmãos Resnick.
  • 9:21 - 9:22
    Odiavam-se todos entre si.
  • 9:22 - 9:25
    Mudaram-se todos
    para diversas partes do planeta.
  • 9:25 - 9:27
    Por isso, é provável que eu seja parente
    de todos os Resnick
  • 9:27 - 9:29
    que venha a encontrar, mas não sei.
  • 9:29 - 9:32
    Imaginem se o meu genoma estivesse
    a ser descodificado, no programa,
  • 9:32 - 9:35
    e o genoma de um terceiro primo
    estivesse ali também,
  • 9:35 - 9:37
    e houvesse um programa
    que comparasse os dois
  • 9:37 - 9:39
    e fizesse essas associações.
  • 9:39 - 9:42
    Não é difícil de imaginar. A minha empresa
    tem programas que já fazem isso.
  • 9:42 - 9:43
    Imaginem mais uma coisa:
  • 9:43 - 9:47
    esse programa pode pedir a ambas as partes
    consentimentos mútuos
  • 9:47 - 9:49
    "Deseja encontrar-se
    com o seu terceiro primo?"
  • 9:49 - 9:51
    Se ambos dissessem que sim, voilà!
  • 9:51 - 9:53
    Bem-vindos ao Linkedln cromossomático.
  • 9:53 - 9:56
    (Risos)
  • 9:56 - 9:58
    Provavelmente isto é uma coisa boa.
  • 9:58 - 10:00
    Temos reuniões familiares maiores.
  • 10:00 - 10:02
    Mas talvez também seja uma coisa má.
  • 10:02 - 10:04
    Quantos pais estão aqui na sala?
    Levantem as mãos.
  • 10:04 - 10:07
    Ok. Acontece que os peritos pensam
    que entre 1 a 3% dos pais
  • 10:07 - 10:10
    não são realmente
    os pais dos seus filhos.
  • 10:10 - 10:11
    (Risos)
  • 10:12 - 10:13
    Vejam...
  • 10:14 - 10:17
    (Risos)
  • 10:18 - 10:20
    Estes genomas, estes 23 cromossomas,
  • 10:20 - 10:23
    de modo algum representam
    a qualidade das nossas relações
  • 10:23 - 10:26
    ou a natureza da nossa sociedade
    — pelo menos, ainda não.
  • 10:26 - 10:28
    Tal como qualquer nova tecnologia,
  • 10:28 - 10:30
    está realmente nas mãos da humanidade
  • 10:30 - 10:33
    utilizá-la ou não
    para melhorar a humanidade.
  • 10:33 - 10:36
    Portanto, recomendo que todos vocês
    acordem, estejam atentos
  • 10:36 - 10:39
    e influenciem a revolução genómica
    que está a acontecer à nossa volta.
  • 10:39 - 10:40
    Obrigado.
  • 10:40 - 10:42
    (Aplausos)
Title:
Bem-vindos à revolução genómica
Speaker:
Richard Resnick
Description:

Nesta acessível palestra do TEDxBoston, Richard Resnick mostra-nos como a sequenciação rápida e barata do genoma está prestes a virar os cuidados de saúde (e os seguros e a política) de pernas para o ar.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
10:42
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Welcome to the genomic revolution
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Welcome to the genomic revolution
Ilona Bastos added a translation

Portuguese subtitles

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