Visões do futuro de África, segundo cineastas africanos
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0:01 - 0:04Quando criança, a crescer na Nigéria,
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0:04 - 0:07desde cedo os livros
despertaram a minha imaginação, -
0:07 - 0:11mas os filmes transportaram-me
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0:12 - 0:14a lugares mágicos, com carros voadores,
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0:15 - 0:19a espaços infinitos cheios
de universos por descobrir. -
0:20 - 0:23E o meu percurso de descoberta
levou-me a muitos sítios e possibilidades, -
0:23 - 0:27todos ligados a ideias e à imaginação.
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0:27 - 0:29Há uns 15 anos,
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0:29 - 0:32deixei de trabalhar em direito
e tecnologia em Nova Iorque -
0:32 - 0:36para financiar, produzir
e distribuir filmes -
0:36 - 0:40em Nairobi, Lagos e Joanesburgo.
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0:41 - 0:44Tive o privilégio de ver
diretamente, como, em África, -
0:44 - 0:48os filmes exploram poderosamente
o maravilhoso e o mundano, -
0:49 - 0:54como transmitem infinitas possibilidades
e verdades fundamentais. -
0:55 - 0:57Filmes afro-futuristas como "Pumzi",
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0:57 - 1:01um filme soberbo de ficção científica,
de Wanuri Kahiu, -
1:01 - 1:05que pinta imagens brilhantes
do futuro de África, -
1:05 - 1:08enquanto o "I Am Not A Witch"
de Rungano Nyoni -
1:08 - 1:10e o "Vaya" de Akin Omotoso
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1:10 - 1:13mostram-nos e catalogam o nosso presente.
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1:13 - 1:19Estes cineastas oferecem fotos com matizes
da realidade imaginada e vivida em África, -
1:19 - 1:23em contraste com algumas das imagens
de África que vêm de fora, -
1:23 - 1:27e das perspetivas que acompanham
todas estas imagens, -
1:27 - 1:31sejam elas simpáticas ou depreciativas,
que modelam ou deturpam -
1:31 - 1:34a forma como as pessoas veem África.
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1:35 - 1:38E a verdade é que muita gente pensa
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1:38 - 1:40que África está condenada.
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1:41 - 1:44As imagens têm um papel importante
na razão desse conceito. -
1:47 - 1:51Muitos dos preconceitos sobre África
perduram devido a fotografias, -
1:51 - 1:55fotografias da fome na Etiópia há 30 anos,
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1:55 - 1:58fotografias da guerra do Biafra
há mais de 50 anos. -
1:59 - 2:04Mas num continente
onde a idade média é de 17 anos, -
2:04 - 2:08estes acontecimentos trágicos
parecem quase pré-históricos. -
2:08 - 2:12São imagens muito distantes
da visão que as pessoas -
2:12 - 2:16dos vários países africanos
têm de si mesmas e dos seus vizinhos. -
2:16 - 2:20Para elas, estas imagens
não representam a sua realidade. -
2:20 - 2:22Então, qual é a realidade de África?
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2:22 - 2:27Ou melhor, qual das muitas realidades
de África escolhemos para analisar? -
2:27 - 2:33Aceitamos a visão de Emmanuel Macron
que, em 2017, define África -
2:33 - 2:37como um lugar onde todas as mulheres
têm sete ou oito filhos? -
2:39 - 2:42Ou fiamo-nos antes,
no relatório da ONU que nos diz -
2:42 - 2:46que só um dos 54 países de Árica
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2:46 - 2:48tem uma taxa de fertilidade
de sete filhos? -
2:48 - 2:50Focamo-nos no facto
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2:50 - 2:53de que a mortalidade infantil
e a esperança de vida na África atual -
2:53 - 2:57se compara razoavelmente
com os EUA de há cem anos? -
2:57 - 2:59Ou focamo-nos no progresso,
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2:59 - 3:02no facto de que a mortalidade infantil
em África diminuiu para metade -
3:02 - 3:04nos últimos 40 anos
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3:04 - 3:08e a esperança de vida aumentou 10 anos
desde o ano de 2000? -
3:10 - 3:12Estas perspetivas contraditórias
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3:13 - 3:15estão corretas.
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3:15 - 3:17Bem, à parte a do Macron.
Ele está errado. -
3:17 - 3:19(Risos)
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3:19 - 3:24Mas uma destas versões permite
classificar África como sem esperança, -
3:24 - 3:27e a outra alimenta a esperança
de que mil milhões de pessoas -
3:27 - 3:30podem continuar a progredir
a caminho da prosperidade. -
3:32 - 3:33O facto de os africanos
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3:33 - 3:37não se poderem dar ao luxo
de virar o olhar para outros horizontes, -
3:37 - 3:39o facto de que ou fazemos progressos
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3:39 - 3:42ou viveremos
com a consequência do fracasso, -
3:42 - 3:45são as razões para continuarmos
a contar as nossas histórias -
3:45 - 3:47e a mostrar as nossas imagens,
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3:47 - 3:51com honestidade e, principalmente,
para um público africano, -
3:51 - 3:53porque a imagem que é mais importante
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3:53 - 3:57é a imagem de África
na imaginação dos africanos. -
4:00 - 4:03Então, a honestidade exige
que reconheçamos -
4:03 - 4:05que África está atrasada
em relação ao resto do mundo -
4:05 - 4:08e precisa de avançar rapidamente
para se pôr a par. -
4:08 - 4:10Mas, ao pensar numa forma de avançar,
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4:10 - 4:13gostava que nos juntássemos
num exercício intelectual. -
4:13 - 4:15E se pudéssemos recuar cem anos,
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4:16 - 4:18para os EUA em 1917,
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4:18 - 4:22mas pudéssemos levar connosco
todas as ideias modernas, -
4:22 - 4:24as inovações, as invenções que temos hoje?
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4:25 - 4:28O que é que conseguiríamos alcançar
com esses conhecimentos? -
4:28 - 4:31Até onde conseguiríamos melhorar
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4:31 - 4:34a qualidade de vida
e as condições de vida das pessoas? -
4:34 - 4:37Até onde conseguiríamos
espalhar a prosperidade? -
4:39 - 4:41Imaginem se, há cem anos,
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4:41 - 4:44o sistema de ensino tivesse
todos os conhecimentos que temos hoje -
4:44 - 4:46incluindo a melhor forma de ensinar.
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4:47 - 4:50E os médicos e os cientistas
soubessem tudo o que fazemos -
4:50 - 4:54sobre medidas de saúde pública,
técnicas cirúrgicas, -
4:54 - 4:57sequenciamento de ADN,
estudo e tratamento do cancro? -
4:57 - 5:01Se, nessa época, tivéssemos acesso
aos semicondutores modernos, -
5:01 - 5:04computadores, telemóveis, Internet?
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5:04 - 5:06Imaginem só.
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5:06 - 5:11Se assim fosse, podíamos avançar
num salto quântico, não podíamos? -
5:11 - 5:15Então, África pode dar esse salto
gigantesco, hoje. -
5:15 - 5:18Há suficiente inovação inexplorada
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5:18 - 5:22para fazer avançar África um século
nas condições de vida -
5:22 - 5:25se houver vontade e empenho.
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5:26 - 5:30Não é apenas uma possibilidade,
é um imperativo para o futuro de África, -
5:30 - 5:34um futuro que verá duplicar
a população de África -
5:34 - 5:37para 2500 milhões de pessoas
apenas em 30 anos, -
5:38 - 5:42um futuro que verá África
ter a maior força de trabalho do mundo, -
5:43 - 5:47enquanto a própria ideia do trabalho
está a ser reconsiderada radicalmente. -
5:48 - 5:51Dar este salto em frente
não é uma coisa inverosímil. -
5:51 - 5:54Há imensos exemplos
que demonstram o potencial -
5:54 - 5:56para a mudança em África.
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5:57 - 5:59Apenas há vinte anos,
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6:00 - 6:03a Nigéria tinha menos de meio milhão
de linhas telefónicas operacionais. -
6:03 - 6:06Hoje tem cem milhões
de assinaturas de telemóveis, -
6:06 - 6:10e este milagre do telemóvel
é o mesmo por todos os países africanos. -
6:10 - 6:15Há hoje mais de 750 000 milhões
de telemóveis em uso em África. -
6:15 - 6:19e isso tem estimulado um ânimo
justificado para um progresso acelerado, -
6:19 - 6:23quanto à introdução duma economia
de partilha, de inteligência artificial, -
6:23 - 6:26de máquinas autónomas em África.
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6:27 - 6:29Tudo isto é promissor,
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6:29 - 6:32mas precisamos de pensar
no encadeamento. -
6:33 - 6:35Não podemos pôr o carro à frente dos bois.
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6:35 - 6:39Não podemos usar o carro autónomo
antes de termos estradas. -
6:40 - 6:43(Aplausos)
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6:45 - 6:48Há toda uma camada lógica
de infraestruturas para a inovação -
6:48 - 6:50que consideramos garantida,
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6:50 - 6:53mas temos da fazer
uma triagem para África, -
6:53 - 6:56porque algumas das maiores lacunas
das nossas infraestruturas -
6:56 - 6:58são coisas tão básicas
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6:58 - 7:01que os ocidentais raramente pensam nelas.
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7:02 - 7:04Vamos explorar isto.
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7:06 - 7:10Imaginem que o vosso acesso
à Internet vai abaixo durante um dia -
7:11 - 7:13e, quando volta,
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7:13 - 7:16só se mantém durante três horas seguidas.,
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7:16 - 7:18com interrupções ocasionais de 15 horas.
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7:19 - 7:21Como é que a vossa vida se alteraria?
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7:22 - 7:25Agora, substituam o acesso à Internet
pela eletricidade. -
7:26 - 7:29Pensem nos frigoríficos,
nas TV, nos micro-ondas, -
7:29 - 7:31sem funcionarem durante dias.
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7:31 - 7:35Agora, alarguem esse pesadelo
aos gabinetes governamentais, -
7:35 - 7:38às empresas, às escolas,
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7:39 - 7:41aos hospitais.
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7:43 - 7:46Isto, ou pior ainda,
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7:46 - 7:49é o tipo de acesso que
centenas de milhões de africanos -
7:49 - 7:51têm em relação à eletricidade
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7:51 - 7:53e à água,
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7:54 - 7:56aos cuidados de saúde,
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7:56 - 7:58ao saneamento
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7:58 - 8:00e ao ensino.
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8:00 - 8:02Temos de resolver isto.
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8:03 - 8:07Temos de resolver isto porque
garantir o acesso alargado e barato -
8:07 - 8:10a infraestruturas e serviços decentes
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8:10 - 8:12não é para tornar a vida mais fácil,
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8:12 - 8:15é fundamental para conseguir
o salto de cem anos. -
8:17 - 8:19Quando resolvermos este problema,
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8:19 - 8:22vamos encontrar benefícios inesperados.
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8:23 - 8:27Um dos benefícios inesperados
do milagre do telemóvel -
8:27 - 8:31foi que ele levou ao que é talvez
o maior ressurgimento cultural -
8:31 - 8:33que África viu numa geração:
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8:34 - 8:36o renascimento da música popular africana.
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8:37 - 8:40Para músicos como P-Square,
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8:41 - 8:43Bongo Maffin,
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8:44 - 8:45e Wizkid,
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8:45 - 8:49os telemóveis abriram o caminho
para o domínio local -
8:49 - 8:51e para o estrelato mundial.
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8:53 - 8:56E o impacto não se limita à música,
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8:56 - 8:58também se alarga ao cinema.
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8:58 - 9:01Filmes belos, envolventes,
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9:01 - 9:04como "Pumzi", "Vaya"
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9:04 - 9:06e "I Am Not A Witch".
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9:08 - 9:11Por muito que a sua imagem
no exterior possa estar datada, -
9:11 - 9:14África continua a evoluir,
tal como o cinema africano. -
9:15 - 9:18De vez em quando, o resto
do mundo repara em nós, -
9:19 - 9:23talvez com o contundente "Viva Riva!"
de Djo Munga -
9:23 - 9:26com o intenso "Ezra" de Newton Aduaka,
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9:26 - 9:29ou com o poético "Timbuktu"
de Abderrahmane Sissako. -
9:29 - 9:30Com os telemóveis,
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9:31 - 9:34os africanos estão a descobrir
cada vez mais estes filmes, -
9:34 - 9:38e isso significa que,
em Quinxassa ou Cotonou, -
9:38 - 9:42cada vez interessa menos o que
Cannes pensa do cinema africano, -
9:42 - 9:46tal como pouco interessa se essas opiniões
têm uma base informada ou correta. -
9:46 - 9:49Quem se preocupa com o que
o "New York Times" pensa? -
9:50 - 9:54O que interessa é que os africanos
valorizam a arte e as ideias africanas, -
9:54 - 9:57tanto crítica como comercialmente,
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9:57 - 9:59que estão a ver o que querem,
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9:59 - 10:02e que os cineastas africanos
estão a ter ligação com o seu público. -
10:04 - 10:06Isto é importante.
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10:06 - 10:10É importante porque o cinema
pode iluminar e inspirar. -
10:11 - 10:14O cinema pode proporcionar visões
do futuro para nós, aqui no presente. -
10:15 - 10:18Os filmes podem ser uma correia
de transmissão para a esperança. -
10:19 - 10:21Os filmes podem mudar perspetivas
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10:21 - 10:24mais depressa do que
se constroem estradas. -
10:24 - 10:26Em pouco mais de 10 anos,
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10:26 - 10:29a indústria do cinema da Nigéria,
a maior de África, -
10:29 - 10:33introduziu as palavras
e as línguas do país -
10:34 - 10:38no vocabulário e na imaginação
de milhões -
10:38 - 10:40em muitos outros países africanos.
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10:40 - 10:42Fez cair fronteiras,
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10:42 - 10:45talvez do modo mais eficaz
desde que a Conferência de Berlim -
10:45 - 10:48semeou a divisão linguística
e geográfica por toda a África. -
10:49 - 10:51O cinema fala uma língua universal,
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10:51 - 10:54e o cinema nigeriano fala-a
em voz alta. -
10:55 - 10:57Para África dar o salto de cem anos
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10:57 - 11:01é preciso que África congregue
a criatividade para gerar ideias -
11:02 - 11:05e encontre a abertura
para aceitar e adaptar ideias -
11:05 - 11:07de qualquer parte do mundo
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11:07 - 11:09para resolver os nossos
problemas disseminados. -
11:09 - 11:11Com o foco no investimento,
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11:11 - 11:15os filmes podem ajudar a motivar
essa mudança na população africana, -
11:15 - 11:18uma mudança que é necessária
para dar o salto de cem anos, -
11:18 - 11:21uma mudança que vai ajudar
a criar uma África próspera, -
11:21 - 11:25uma África que seja muito melhor
do que é hoje. -
11:26 - 11:27Obrigado.
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11:27 - 11:28Asante sana.
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11:28 - 11:32(Aplausos)
- Title:
- Visões do futuro de África, segundo cineastas africanos
- Speaker:
- Dayo Ogunyemi
- Description:
-
Alargando fronteiras, explorando possibilidades e transmitindo a verdade, o cinema tem ajudado a mudar a realidade de África (mesmo antes de "Black Panther"). Dayo Ogunyemi convida-nos a imaginar o futuro de África através das lentes de cineastas inspiradores de todo o continente, mostrando-nos como podem inspirar África a dar um salto de cem anos.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 11:45
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers | ||
Tiago Ventura Alves accepted Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers | ||
Tiago Ventura Alves edited Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers | ||
Daniel Cascão edited Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers | ||
Daniel Cascão edited Portuguese subtitles for Visions of Africa's future, from African filmmakers |