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Deveríamos nos livrar dos exames padronizados? - Arlo Kempf

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    Os primeiros exames padronizados
    de que temos conhecimento
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    foram aplicados na China
    há mais de 2 mil anos,
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    durante a Dinastia Han.
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    Funcionários chineses os usavam
    para determinar a aptidão
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    para vários cargos do governo.
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    Os assuntos incluíam filosofia,
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    agricultura e até táticas militares.
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    Os testes padronizados continuaram
    a ser usados em todo o mundo
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    pelos dois milênios seguintes,
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    e hoje eles são usados para tudo,
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    desde avaliar bombeiros
    subindo escadas, na França,
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    a exames de língua
    para diplomatas, no Canadá,
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    até os alunos nas escolas.
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    Alguns exames padronizados
    medem a pontuação
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    apenas em relação aos resultados
    obtidos por outros examinados.
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    Outros medem a performance dos examinados
    em relação a critérios pré-determinados.
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    Assim, a subida de escada para o bombeiro
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    poderia ser medida comparando
    o tempo de subida
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    de todos os bombeiros.
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    Isso poderia ser expresso
    na chamada curva de sino.
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    Ou poderia ser avaliado
    em relação a critérios definidos,
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    como carregar uma certa quantidade
    de peso por certa distância,
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    subindo um certo número de degraus.
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    Similarmente, o diplomata
    pode ser avaliado
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    em comparação a outros
    diplomatas examinados,
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    ou em relação a uma série
    de critérios definidos,
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    que demonstram diferentes níveis
    de proficiência linguística.
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    Todos estes resultados podem ser expressos
    usando o que chamamos de percentil.
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    Se uma diplomata está no 70º percentil,
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    70% dos examinados obtiveram
    pontuação menor que a dela.
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    Se sua pontuação está no 30º percentil,
    70% dos examinados pontuaram acima dela.
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    Embora exames padronizados
    sejam, às vezes, controversos,
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    eles são simplesmente uma ferramenta.
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    Como um experimento mental,
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    pense em um exame padronizado
    como uma régua.
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    A utilidade de uma régua
    depende de duas coisas.
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    Primeiro, a tarefa
    que queremos que ela faça.
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    Nossa régua não pode medir
    a temperatura externa
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    ou o quão alto alguém está cantando.
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    Segundo, a utilidade da régua
    depende do seu desenho.
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    Suponha que precise medir
    a circunferência de uma laranja.
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    Nossa régua mede comprimento,
    o que é a quantidade correta,
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    mas ela não foi projetada
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    com a flexibilidade necessária
    para essa tarefa.
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    Assim, se aplicamos
    os exames padronizados à tarefa errada
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    ou se não são projetados corretamente,
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    eles podem acabar medindo
    as coisas erradas.
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    No caso das escolas,
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    os alunos com ansiedade de prova podem
    ter dificuldade para fazer o seu melhor
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    em um exame padronizado,
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    não porque não sabem as respostas,
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    mas porque ficam muito nervosos
    para compartilhar o que aprenderam.
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    Alunos com dificuldade de leitura
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    podem sofrer com o texto
    de um problema matemático.
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    Assim, o resultado do exame pode refletir
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    mais seu grau de alfabetização
    do que suas habilidades matemáticas.
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    E alunos que se confundem com exemplos
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    em exames que contêm
    referências culturais não familiares
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    podem ir mal,
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    mostrando mais sobre a familiaridade
    cultural dos examinados
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    do que sobre seu aprendizado acadêmico.
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    Nesses casos, os exames podem precisar
    ser projetados de forma diferente.
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    Exames padronizados também
    podem ter dificuldade
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    para medir características
    abstratas ou habilidades,
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    como criatividade, pensamento
    crítico e colaboração.
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    Se projetamos mal um exame,
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    ou se pedimos para fazer a tarefa errada,
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    ou uma tarefa que não
    é a sua especialidade,
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    os resultados podem
    não ser confiáveis ou válidos.
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    Confiabilidade e validade
    são dois conceitos essenciais
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    para entender os exames padronizados.
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    Para entender a diferença entre eles,
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    podemos usar a metáfora
    de dois termômetros quebrados.
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    Um termômetro não confiável
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    apresenta um número diferente
    cada vez que medimos a temperatura,
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    e o termômetro confiável, mas inválido,
    é consistentemente dez graus mais quente.
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    Validade também depende
    da interpretação acurada dos resultados.
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    Se alguém disser que o resultado
    de um exame é o que ele não é
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    aquele exame pode
    ter um problema de validade.
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    Assim como não podemos esperar que
    uma régua mostre quanto pesa um elefante,
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    ou o que ele comeu no café da manhã,
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    não podemos esperar que apenas
    exames padronizados
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    nos digam de forma confiável
    o quão inteligente uma pessoa é,
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    como diplomatas vão lidar
    com uma situação difícil,
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    ou quão corajoso
    um bombeiro pode vir a ser.
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    Assim, exames padronizados
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    podem nos ajudar a entender um pouco
    sobre muitas pessoas em um curto tempo,
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    mas, em geral, eles não podem nos dizer
    muito sobre uma única pessoa.
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    Muitos cientistas sociais se preocupam
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    com o fato de as notas obtidas
    causarem mudanças radicais
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    e até mesmo negativas para os examinados,
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    podendo causar consequências
    para o resto da vida.
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    Contudo, não podemos culpar os exames.
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    É nosso dever usar os exames certos
    para as tarefas certas,
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    e interpretar os resultados adequadamente.
Title:
Deveríamos nos livrar dos exames padronizados? - Arlo Kempf
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Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/should-we-get-rid-of-standardized-testing-arlo-kempf

Embora o exame padronizado seja um tema que está particularmente em alta na educação, sua forma de medição vem sendo usada há dois milênios. Enquanto os resultados de exames padronizados nos ajudam a entender algumas coisas, eles também podem ser enganosos se usados incorretamente. Então, o que estes exames realmente medem? Será que eles são suficientes? Arlo Kempf investiga.

Lição de: Arlo Kempf, animação de: CUB Animation.

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English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:41

Portuguese, Brazilian subtitles

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