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Buscando o amor para fugir de nós mesmos | Hayley Quinn | TEDxUniversityofNevada

  • 0:19 - 0:21
    Vou contar uma história de amor.
  • 0:22 - 0:24
    Certa vez, não faz tanto tempo,
  • 0:25 - 0:29
    numa terra, segundo o Google,
    a 8 km de distância,
  • 0:30 - 0:33
    conheci um cara perfeito.
  • 0:33 - 0:35
    Aconteceu assim:
  • 0:35 - 0:40
    participei de um programa de TV bem legal
    sobre experimentar sua sexualidade,
  • 0:40 - 0:45
    e o conheci na festa que aconteceu depois,
    através de um amigo em comum.
  • 0:45 - 0:49
    O cara era alto, de pele escura,
    lindo, quase uma estrela do rock
  • 0:49 - 0:52
    e um pouco emocionalmente indisponível.
  • 0:52 - 0:55
    Começamos a passar o tempo todo juntos.
  • 0:55 - 0:59
    Dávamos festas legais para nossos amigos
  • 0:59 - 1:02
    e entrávamos nos bastidores
    de todos os festivais.
  • 1:02 - 1:03
    Quando minhas mãos estavam frias,
  • 1:03 - 1:07
    ele as colocava embaixo
    dos braços dele para esquentá-las.
  • 1:07 - 1:09
    Ele era meu melhor amigo.
  • 1:09 - 1:11
    Eu achava que ficaríamos
    juntos para sempre.
  • 1:11 - 1:13
    Essa certeza era tão grande
  • 1:14 - 1:18
    que, quando surgiram os sinais de alerta,
    eu simplesmente os ignorei.
  • 1:18 - 1:21
    Até o dia em que não pude mais ignorá-los.
  • 1:22 - 1:23
    Eu fiquei muito doente.
  • 1:24 - 1:25
    Não me sentia mais tão bonita
  • 1:25 - 1:29
    e, definitivamente, não podia mais
    ir a nenhuma daquelas festas.
  • 1:29 - 1:32
    Eu me senti vulnerável
    pela primeira vez na vida,
  • 1:32 - 1:35
    pois tive um aborto
    involuntário do nosso bebê.
  • 1:35 - 1:38
    Naquele momento, quando eu estava na pior,
  • 1:38 - 1:39
    ele foi embora.
  • 1:40 - 1:42
    Não é brincadeira.
  • 1:45 - 1:50
    Quando ele saiu, pensei em segui-lo
    porta afora até os confins da Terra,
  • 1:50 - 1:53
    mas não conseguia sair da cama.
  • 1:53 - 1:57
    Quando me levantei, descobri
    que haviam levado tudo que havia na casa.
  • 1:57 - 1:59
    Os quadros haviam sumido das paredes,
  • 1:59 - 2:03
    e as salas onde dançávamos
    juntos estavam vazias.
  • 2:03 - 2:07
    Rastejei pelas salas
    como um animal, uivando.
  • 2:09 - 2:13
    Ao me levantar do chão
    naquele dia, tive de reconhecer
  • 2:13 - 2:17
    que, depois de toda a euforia,
    alegria e fantasia,
  • 2:17 - 2:21
    no fim de todo aquele amor,
    eu não tinha nada.
  • 2:22 - 2:26
    E não era a primeira vez
    que algo assim acontecia comigo.
  • 2:27 - 2:30
    Eu era um ímã para o caos.
  • 2:30 - 2:31
    Eu gostava de estar em caos
  • 2:31 - 2:36
    porque, assim, eu não precisava
    confrontar quem eu era.
  • 2:36 - 2:40
    Sinceramente, eu não soube
    quem eu era por anos.
  • 2:40 - 2:44
    No chão naquele dia,
    eu tinha alguém: eu mesma.
  • 2:44 - 2:48
    Há muito tempo, porém,
    aquilo parecia insignificante,
  • 2:48 - 2:50
    mas era algo inestimável.
  • 2:51 - 2:53
    Sei que parece um pouco egocêntrico
  • 2:53 - 2:57
    vir aqui falar de uma história
    de término de namoro,
  • 2:57 - 2:59
    mas foi uma sequência
    de muitos acontecimentos
  • 2:59 - 3:02
    que me fez pensar: "Talvez haja
    outras pessoas como eu,
  • 3:02 - 3:06
    que não lidam com o amor
    da maneira certa".
  • 3:07 - 3:09
    Todos já tivemos
    experiências assim, certo?
  • 3:09 - 3:12
    Elas têm a aparência e a sensação de amor,
  • 3:12 - 3:16
    mas depois descobrimos
    que não há nada de amável nelas.
  • 3:16 - 3:18
    Mas continuamos a correr atrás do amor,
  • 3:18 - 3:23
    porque ele é promovido
    como a solução para nossas falhas,
  • 3:23 - 3:28
    que compensa o passado,
    nos dá direção para o futuro
  • 3:28 - 3:31
    e traz sentido a nossa realidade.
  • 3:31 - 3:35
    Acho que o amor pode
    ser bonito e emocionante,
  • 3:35 - 3:39
    mas, às vezes, também pode
    ser uma forma de escapismo.
  • 3:40 - 3:42
    Tive muito tempo para pensar sobre isso.
  • 3:42 - 3:44
    Como disseram na introdução,
  • 3:44 - 3:49
    eu era conhecida como a maior
    especialista em namoro do Reino Unido.
  • 3:51 - 3:54
    Antes disso, fui uma escritora fantasma
    na indústria da sedução.
  • 3:54 - 3:57
    E faço vídeos no YouTube
    sobre a realidade do amor.
  • 3:57 - 4:00
    Agora tenho uma abordagem
    totalmente diferente,
  • 4:00 - 4:03
    uma estratégia de namoro bem minimalista.
  • 4:03 - 4:06
    Porque me preocupo que a busca pelo amor
  • 4:06 - 4:11
    às vezes seja uma séria distração
    que nos impede de evoluir
  • 4:11 - 4:13
    e de nos esforçar pelas coisas
    que nos farão felizes.
  • 4:13 - 4:15
    Não me entendam mal,
  • 4:15 - 4:19
    o desejo por apego,
    intimidade, segurança e amor
  • 4:19 - 4:23
    são objetivos naturais, humanos e bons.
  • 4:23 - 4:26
    Mas a maneira como os buscamos
    é meio esquisita às vezes,
  • 4:26 - 4:31
    seja estando em relações malucas,
    absurdas, instáveis e destrutivas,
  • 4:31 - 4:35
    seja indo toda noite a um encontro
    com uma pessoa diferente.
  • 4:35 - 4:40
    Hoje, a moda é ter sempre uma pessoa
    como segunda opção, o "estepe" do carro,
  • 4:40 - 4:43
    e também uma terceira no porta-luvas,
    outra embaixo do assento do passageiro
  • 4:43 - 4:47
    e mais uma lá na garagem, só pra garantir.
  • 4:47 - 4:50
    Deus me livre passar a noite sozinha!
  • 4:50 - 4:52
    (Risos)
  • 4:52 - 4:56
    Dessa maneira, parece
    que a nossa motivação é a solidão,
  • 4:56 - 5:00
    ou o escapismo, não o amor.
  • 5:01 - 5:03
    Então comecei a pregar o oposto,
  • 5:03 - 5:07
    que, claro, a resposta
    não está em outra pessoa,
  • 5:07 - 5:08
    mas dentro de nós mesmos.
  • 5:08 - 5:14
    O melodrama do amor nos afasta
    de quem realmente somos
  • 5:14 - 5:15
    ao invés de nos aproximar.
  • 5:15 - 5:20
    Meus conselhos amorosos estão,
    aos poucos, se reduzindo a apenas:
  • 5:20 - 5:23
    vá meditar, faça terapia, leia um livro...
  • 5:23 - 5:25
    (Risos)
  • 5:25 - 5:30
    Isso não é o que a geração do milênio
    chamaria de uma estratégia excitante.
  • 5:30 - 5:31
    (Risos)
  • 5:31 - 5:35
    Uma geração acostumada
    com download de velocidade 4G,
  • 5:35 - 5:37
    a falar com os amigos pelo Skype,
  • 5:37 - 5:41
    e convidar pra "assistir algo na Netflix"
    alguém que acabou de conhecer no Tinder.
  • 5:41 - 5:42
    (Risos)
  • 5:46 - 5:51
    Estamos acostumados a ter
    tudo que queremos imediatamente,
  • 5:51 - 5:55
    mas não podemos obter
    conexão humana automática.
  • 5:55 - 5:58
    Não sentimos apenas que estamos
    fazendo algo errado,
  • 5:58 - 6:01
    mas que não estamos recebendo
    o que merecemos por direito.
  • 6:01 - 6:06
    Damos uma olhada no Instagram,
    e os outros parecem ter tudo resolvido.
  • 6:06 - 6:12
    Nossa cultura nos pressiona dizendo
    que já deveríamos ter vivido uma paixão
  • 6:12 - 6:14
    ou, pelo menos, ter feito um sexo ótimo...
  • 6:14 - 6:16
    ontem.
  • 6:18 - 6:19
    Vamos ser sinceros:
  • 6:19 - 6:23
    quem realmente entra na arena do amor
  • 6:23 - 6:26
    procurando, talvez,
    tornar-se uma pessoa melhor
  • 6:26 - 6:30
    e ser mais gentil, íntegro e sensato?
  • 6:31 - 6:34
    Ninguém faz isso, pois não
    olhamos para nós mesmos.
  • 6:34 - 6:38
    Estamos buscando a próxima aventura,
    uma grama mais verde, uma pessoa nova...
  • 6:38 - 6:41
    para não precisarmos lidar
    com nossos problemas.
  • 6:41 - 6:44
    Entendo a facilidade
    com que isso acontece.
  • 6:44 - 6:48
    Você conhece alguém atraente
    em algum lugar, talvez numa festa,
  • 6:48 - 6:51
    talvez no metrô, ou "tubo",
    como falamos em Londres,
  • 6:51 - 6:55
    ou talvez os dois acabaram de instalar
    o Tinder e se conheceram lá.
  • 6:55 - 6:56
    Que romântico!
  • 6:56 - 6:58
    (Risos)
  • 6:58 - 7:01
    Vocês logo percebem
    que têm coisas em comum:
  • 7:01 - 7:05
    ambos gostam de manteiga de amêndoa
    e de "Guerra nas Estrelas"
  • 7:05 - 7:10
    e sabem o nome das quatro
    "Tartarugas Ninja".
  • 7:11 - 7:14
    De repente, vocês mudam
    a história de como se conheceram,
  • 7:14 - 7:18
    dizendo que foi uma linda coincidência
    de proporções cósmicas, do tipo:
  • 7:18 - 7:21
    "Saiam da nossa frente, Romeu e Julieta".
  • 7:21 - 7:25
    Não podemos esquecer que a história deles
    não acabou muito bem.
  • 7:25 - 7:26
    (Risos)
  • 7:29 - 7:30
    Enfim...
  • 7:31 - 7:36
    Vocês não são Romeu e Julieta.
    Vivemos no mundo real.
  • 7:36 - 7:39
    O principal engano quando
    nos apaixonamos por alguém
  • 7:39 - 7:44
    é que ficamos assim: "Oba! Não estou
    mais sozinha. Uhu! Mandei bem".
  • 7:44 - 7:45
    (Risos)
  • 7:45 - 7:48
    Agora podemos chegar em casa toda noite
  • 7:48 - 7:52
    e colocar a cabeça no travesseiro
    sem precisar nos preocupar
  • 7:52 - 7:55
    com nossas necessidades,
    nossas vontades, nosso passado
  • 7:55 - 8:01
    e com os problemas que não resolvemos
    e que nos impedem de sermos felizes.
  • 8:02 - 8:05
    Em vez de resolvê-los,
    nos prendemos a outra pessoa,
  • 8:05 - 8:09
    nos fascinamos por ela, e nossa mente
    tem alguém novo para focar.
  • 8:10 - 8:13
    Mas, às vezes, quando focamos
    esse romance perfeito,
  • 8:13 - 8:18
    não fazemos o necessário para resolver
    o que nos impede de sermos felizes.
  • 8:18 - 8:20
    Por causa disso,
  • 8:20 - 8:23
    acho que a maioria de nós,
    em se tratando de amor e namoro,
  • 8:23 - 8:26
    precisa de uma boa pausa
    para se recuperar.
  • 8:27 - 8:30
    Fiquei seis meses em abstinência,
  • 8:32 - 8:37
    nenhum encontro nem paquera virtual,
    e fui a apenas duas festas.
  • 8:37 - 8:42
    Minha vida amorosa inteira podia
    ser escrita atrás de um selo postal,
  • 8:42 - 8:44
    de tão emocionante que era.
  • 8:44 - 8:45
    Foi uma grande mudança
  • 8:45 - 8:52
    para aquela garota que se orgulhava
    de ter uma vida amorosa impressionante.
  • 8:52 - 8:54
    Se eu estivesse aqui
    palestrando dois anos atrás,
  • 8:54 - 8:57
    teria contado histórias incríveis.
  • 8:58 - 9:02
    Depois de tudo que aconteceu,
  • 9:02 - 9:06
    pensei: "Quero saber quem eu sou de novo".
  • 9:06 - 9:08
    Acho que não sou a única aqui
    que já passou por isto:
  • 9:08 - 9:14
    quando nossa vida amorosa está
    estagnada numa mesmice sem fim,
  • 9:14 - 9:20
    pensamos que o problema
    é que as pessoas nos fazem de bobos,
  • 9:20 - 9:24
    ou que caras bonzinhos só se dão mal,
    ou que só falta conhecer a pessoa certa,
  • 9:24 - 9:27
    ou que o amor é um jogo de sorte.
  • 9:27 - 9:32
    Mas esses clichês
    da vida amorosa não são reais.
  • 9:32 - 9:36
    Eles nos distraem do verdadeiro problema.
  • 9:36 - 9:40
    Sei que é desconfortável ouvir isto,
  • 9:40 - 9:44
    mas o problema está em vocês, em mim,
  • 9:44 - 9:47
    em nossas ideias absurdas sobre romance,
  • 9:47 - 9:50
    em nossas necessidades que ainda
    não conseguimos atender
  • 9:50 - 9:53
    em nosso passado
    sobre o qual não queremos falar,
  • 9:53 - 9:59
    em nossos desejos, em nossa incapacidade
    de passar um dia sem pegar o celular
  • 9:59 - 10:01
    e em nossos valores.
  • 10:01 - 10:04
    Então, depois disso tudo, decidi:
  • 10:04 - 10:09
    "Chega dessa mesmice.
    Quero descobrir quem eu sou".
  • 10:09 - 10:13
    Afinal, Hayley Quinn nem é
    meu nome de nascença.
  • 10:14 - 10:17
    Eu escolhi esse nome.
    Achei que soava maneiro.
  • 10:17 - 10:19
    (Risos)
  • 10:19 - 10:22
    Meu nome original é Hayley Whittle.
  • 10:22 - 10:27
    Nasci e fui criada numa família pobre.
    Meus pais eram deficientes.
  • 10:27 - 10:30
    Eu era provocada na escola
    por ser uma garota esquisita.
  • 10:30 - 10:32
    Eu trabalhava lavando louças.
  • 10:32 - 10:36
    Por causa disso tudo, havia tanta
    dor e vergonha no meu passado
  • 10:36 - 10:38
    que eu não queria nem lembrar.
  • 10:38 - 10:44
    Minha forma de fugir disso
    era buscando o amor e a fantasia.
  • 10:44 - 10:48
    Depois de tanto fugir, percebi
    que não chegava a lugar nenhum,
  • 10:48 - 10:51
    apenas repetia os mesmos erros.
  • 10:51 - 10:53
    Achei melhor parar.
  • 10:53 - 10:56
    Eu queria sentir algo de verdade.
  • 10:56 - 10:59
    Quando parei, senti mesmo.
  • 11:00 - 11:05
    Passei o primeiro mês chorando
    todo dia com minha mãe ao telefone,
  • 11:05 - 11:10
    o que foi constrangedor, já que eu
    não conversava com ela há uma década.
  • 11:10 - 11:17
    Minha casa estava vazia, suja,
    sem homem, sem bebê e sem posses.
  • 11:18 - 11:21
    Em certos dias, ao acordar,
    eu sentia uma dor tão grande,
  • 11:21 - 11:24
    que meu coração parecia estar queimando.
  • 11:24 - 11:28
    Àquela altura, a tentação
    de procurar alguém
  • 11:28 - 11:33
    e usar aquele "band-aid"
    do amor e da atenção
  • 11:33 - 11:35
    para me sentir melhor
  • 11:36 - 11:37
    era difícil de resistir.
  • 11:38 - 11:42
    Mas, aos poucos,
    uma coisa ótima aconteceu.
  • 11:42 - 11:47
    Recuperei a lucidez e a consciência,
    minha mente voltou a funcionar,
  • 11:47 - 11:51
    me reconectei com minha família,
    os amigos que sobraram eram os bons,
  • 11:51 - 11:55
    e parei de ficar obcecada
    em sair toda noite
  • 11:55 - 11:58
    e em saber se alguém havia lido
    minhas mensagens no WhatsApp.
  • 11:58 - 12:01
    Por isso, ao ouvir o que estou dizendo,
  • 12:01 - 12:07
    se reconhecerem sequer um pouco
    da sua história na minha vida absurda,
  • 12:08 - 12:11
    aconselho vocês a fazer aquela pausa.
  • 12:11 - 12:14
    Vou lhes vender a ideia.
  • 12:15 - 12:16
    Primeiro:
  • 12:16 - 12:22
    a ideia de ficar em casa à noite,
    fazer sopa e ler um livro
  • 12:22 - 12:24
    deixou de ser ruim.
  • 12:24 - 12:26
    A partir de hoje, ela é incrível.
  • 12:27 - 12:30
    Embora eu precise ressaltar
    que minha sopa parece um mingau.
  • 12:30 - 12:31
    É muito ruim.
  • 12:31 - 12:32
    (Risos)
  • 12:32 - 12:34
    Ainda estou aprendendo.
  • 12:35 - 12:38
    Segundo: quando você para de esperar
    que seu príncipe ou princesa
  • 12:38 - 12:42
    chegue derrubando a porta
    para salvar você e resolver sua vida,
  • 12:42 - 12:44
    você começa a viver mais no presente
  • 12:44 - 12:50
    e, assim, se torna mais sensato,
    mais confiante e mais forte.
  • 12:51 - 12:56
    Você também se torna mais consciente
    de si mesmo e das pessoas ao seu redor.
  • 12:56 - 12:59
    Sabe o que sempre vejo?
  • 12:59 - 13:03
    Pessoas fugindo o tempo todo,
    todos os dias da vida delas.
  • 13:04 - 13:05
    Agora, ao ver situações assim,
  • 13:05 - 13:10
    para variar, você precisa ter a prudência
    de se afastar e não se envolver.
  • 13:10 - 13:15
    Aprendi que a vida é dramática por si só
    e nos lança desafios o suficiente.
  • 13:15 - 13:20
    Não precisamos inventar mais problemas
    nem sair por aí na missão de criar drama.
  • 13:20 - 13:22
    Só deixe acontecer.
  • 13:23 - 13:25
    Também mudei minha opinião
  • 13:25 - 13:29
    sobre aquelas pessoas que dizem:
  • 13:29 - 13:33
    "É preciso saber ficar sozinho
    antes de conhecer alguém".
  • 13:34 - 13:36
    Eu achava essas pessoas entediantes.
  • 13:36 - 13:40
    Agora acredito que estão
    certas, sem dúvidas.
  • 13:41 - 13:46
    Porque, quando confrontamos nossa solidão
  • 13:46 - 13:49
    e lidamos com nossas necessidades,
    com nosso passado
  • 13:49 - 13:54
    e com nossas dores que, como pessoas,
    colecionamos ao longo da vida...
  • 13:54 - 13:55
    Quando lidamos com tudo isso,
  • 13:55 - 13:59
    sem fugir indo atrás
    de inúmeras pessoas e encontros,
  • 13:59 - 14:01
    quando não temos mais nada a provar,
  • 14:01 - 14:06
    e não precisamos de uma relação
    destrutiva e instável
  • 14:06 - 14:09
    para sentir que existimos
    e que estamos vivos,
  • 14:10 - 14:12
    e podemos simplesmente ser,
  • 14:13 - 14:15
    acho que o amor é verdadeiro.
  • 14:16 - 14:17
    Muito obrigada.
  • 14:17 - 14:19
    (Aplausos)
Title:
Buscando o amor para fugir de nós mesmos | Hayley Quinn | TEDxUniversityofNevada
Description:

Amor, sexo e namoro são frequentemente idolatrados como se fossem a "principal meta na vida". Mas quantas vezes a busca pelo amor é, na verdade, uma forma de evitarmos estar a sós e de escaparmos da realidade e da tarefa de encontrar nossa direção na vida? Será que, ao fugir de nós mesmos nessa busca, estamos evitando o trabalho que realmente nos fará felizes, que é cuidar da nossa individualidade?

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:26

Portuguese, Brazilian subtitles

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