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Ajudar os outros deixa-nos mais felizes — mas é importante a forma como o fazemos

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    Eu tenho um trabalho muito divertido
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    que é descobrir o que
    faz as pessoas felizes.
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    É tão divertido, até pode
    parecer meio frívolo
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    sobretudo num momento
    em que estamos a ser confrontados
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    com notícias tão deprimentes.
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    Mas acontece que estudar
    a felicidade pode dar-nos uma chave
  • 0:23 - 0:26
    para resolver alguns dos problemas
    mais difíceis que enfrentamos.
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    Demorei quase uma
    década para descobrir isso.
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    Bem cedo na minha carreira,
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    publiquei um artigo na
    "Science" com os meus colaboradores,
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    intitulado "Spending Money
    on Others Promotes Happiness".
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    Eu estava confiante nesta conclusão,
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    exceto quanto a uma coisa:
  • 0:45 - 0:48
    não parecia aplicar-se a mim.
  • 0:49 - 0:50
    (Risos)
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    Eu raramente dava dinheiro
    para beneficência,
  • 0:52 - 0:54
    e quando o fazia,
  • 0:54 - 0:57
    não sentia aquela emoção
    reconfortante que esperava.
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    Então comecei a pensar que talvez
    houvesse algo errado com a minha pesquisa.
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    ou algo errado comigo.
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    A minha resposta emocional confusa
    ao doar era especialmente intrigante
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    porque os estudos revelaram
    que até os bebés mostravam alegria
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    ao dar aos outros.
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    Numa experiência, as minhas colegas
    Kiley Hamlin, Lara Aknin e eu
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    levámos para o laboratório
    crianças com menos de dois anos.
  • 1:28 - 1:30
    Como podem imaginar,
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    tivemos de trabalhar com um recurso
    de que os bebés gostam muito.
  • 1:34 - 1:37
    Por isso, usámos o equivalente
    a ouro para os bebés,
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    ou seja, os biscoitos Goldfish.
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    (Risos)
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    Demos às crianças
    um tesouro destes biscoitos
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    e a hipótese de dar
    um pouco dos biscoitos
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    a um fantoche chamado Macaco.
  • 1:50 - 1:51
    (Vídeo)
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    Investigadora:
    Encontrei mais guloseimas,
  • 1:53 - 1:55
    e vou dar-tas todas.
  • 1:55 - 1:58
    Criança: Oh. Obrigado.
  • 1:59 - 2:02
    Investigadora:
    Mas eu não vejo mais guloseimas.
  • 2:02 - 2:03
    Vais dar uma ao Macaco?
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    Criança: Vou.
    Investigadora: Sim?
  • 2:06 - 2:08
    Criança: Sim.
  • 2:09 - 2:10
    Toma.
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    Investigadora: Hum, delicioso.
  • 2:19 - 2:21
    Criança: Acabou. Ele comeu tudo.
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    ED: Treinamos
    os assistentes de investigação
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    para verem estes vídeos
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    e codificar as reações emotivas dos bebés.
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    Claro, não lhes falamos
    das nossas hipóteses.
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    Os dados revelaram
    que os bebés ficaram felizes
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    quando lhes demos
    aquela pilha de biscoitos,
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    mas ficaram ainda mais felizes
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    quando tiveram de oferecer
    os biscoitos.
  • 2:43 - 2:47
    Essa emoção de doar
    continua na vida adulta
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    Quando analisámos pesquisas
    com mais de 200 000 adultos
  • 2:51 - 2:53
    em todo o mundo,
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    notámos que quase um terço
    da população mundial
  • 2:56 - 2:58
    relataram doar pelo menos
    um pouco de dinheiro
  • 2:58 - 3:01
    a instituições de beneficência
    no mês anterior.
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    Notavelmente, em todas
    as principais regiões do mundo,
  • 3:04 - 3:07
    as pessoas que doavam
    para instituições de beneficência
  • 3:07 - 3:10
    eram mais felizes
    do que as que não doavam
  • 3:10 - 3:13
    mesmo depois de levar em conta
    a sua situação financeira pessoal.
  • 3:14 - 3:16
    Esta correlação não foi aleatória.
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    Parece que doar para obras de beneficência
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    fez a mesma diferença na felicidade
  • 3:22 - 3:24
    como ganhar duas vezes mais dinheiro.
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    Agora, como investigadora,
  • 3:28 - 3:31
    se tivermos sorte em encontrar um efeito
  • 3:31 - 3:34
    que se multiplica pelo mundo
    tanto em crianças como em adultos,
  • 3:35 - 3:37
    começamos a perguntar:
  • 3:37 - 3:40
    Isso poderá fazer parte
    da natureza humana?
  • 3:40 - 3:45
    Sabemos que o prazer reforça
    comportamentos adaptativos
  • 3:45 - 3:47
    como por exemplo, comer e fazer sexo
  • 3:47 - 3:49
    que ajudam a perpetuar a nossa espécie.
  • 3:49 - 3:53
    Pareceu-me que doar
    pode ser um desses comportamentos.
  • 3:55 - 3:57
    Eu estava muito entusiasmada
    com essas ideias
  • 3:57 - 4:00
    e escrevi sobre elas no "New York Times".
  • 4:01 - 4:02
    Uma das pessoas que leu esse artigo
  • 4:02 - 4:04
    foi o meu contabilista.
  • 4:05 - 4:07
    (Risos)
  • 4:07 - 4:09
    Sim.
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    Na altura da declaração de impostos,
    vejo-me sentada à frente dele,
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    a observá-lo a bater com a caneta
    na linha das obras de beneficência.
  • 4:16 - 4:19
    da minha declaração de impostos
  • 4:19 - 4:23
    com um olhar de reprovação mal disfarçada.
  • 4:23 - 4:25
    (Risos)
  • 4:25 - 4:27
    Apesar de construir a minha carreira
  • 4:27 - 4:30
    a mostrar o ótimo efeito
    que a doação pode causar,
  • 4:30 - 4:33
    eu não estava a fazer muito quanto a isso.
  • 4:34 - 4:36
    Então resolvi doar mais.
  • 4:37 - 4:39
    Naquela época,
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    havia por toda parte
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    histórias devastadoras
    sobre a crise dos refugiados sírios.
  • 4:45 - 4:47
    Eu queria mesmo ajudar.
  • 4:47 - 4:50
    Então, peguei no meu cartão de crédito.
  • 4:50 - 4:54
    Eu sabia que a minha doação iria fazer
    a diferença para alguém em algum lugar,
  • 4:54 - 4:58
    mas ir ao "site" de uma
    instituição de beneficência
  • 4:58 - 5:00
    e digitar o número do meu cartão
  • 5:00 - 5:03
    não me parecia suficiente.
  • 5:03 - 5:07
    Foi quando tomei conhecimento
    do Grupo dos Cinco.
  • 5:08 - 5:12
    O governo canadiano permite
    que quaisquer cinco canadianos
  • 5:12 - 5:15
    patrocinem privadamente
    uma família de refugiados.
  • 5:15 - 5:18
    Temos de arrecadar dinheiro
    suficiente para sustentar a família
  • 5:18 - 5:20
    no primeiro ano que passam no Canadá
  • 5:20 - 5:24
    e aí eles apanham um avião
    para a nossa cidade.
  • 5:24 - 5:28
    Uma coisa que acho
    muito interessante neste programa
  • 5:28 - 5:31
    é que ninguém tem permissão
    para fazer isso sozinho.
  • 5:31 - 5:33
    Em vez de um grupo de cinco,
  • 5:33 - 5:36
    acabámos fazendo parcerias
    com uma organização comunitária
  • 5:36 - 5:39
    e formámos um grupo de 25.
  • 5:40 - 5:43
    Depois de dois anos
    de papelada e de espera,
  • 5:44 - 5:47
    soubemos que a nossa família
    estaria a chegar a Vancouver
  • 5:47 - 5:48
    dentro de seis semanas.
  • 5:49 - 5:51
    Eles tinham quatro filhos e uma filha.
  • 5:51 - 5:54
    Apressámo-nos a encontrar
    um lugar para eles morarem.
  • 5:55 - 5:58
    Tivemos muita sorte em encontrar
    uma casa para eles,
  • 5:58 - 5:59
    mas que precisava de umas obras.
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    Então, os meus amigos vieram
    de noite e fins de semana
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    e pintaram, limparam e mobilaram a casa.
  • 6:06 - 6:08
    Quando o grande dia chegou,
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    enchemos o frigorífico com leite e frutas
  • 6:11 - 6:14
    e fomos para o aeroporto
    à espera da nossa família.
  • 6:15 - 6:18
    Foi emocionante para todos nós,
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    especialmente para o miúdo
    de quatro anos.
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    A mãe dele reuniu-se com a irmã
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    que já tinha vindo para o Canadá
    através do mesmo programa.
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    Elas não se viam há 15 anos.
  • 6:32 - 6:38
    Quando ouvimos dizer que fugiram da Síria
    mais de 5,6 milhões de refugiados
  • 6:38 - 6:40
    deparamo-nos com esta tragédia
  • 6:41 - 6:45
    que o cérebro humano não tem
    condições para compreender.
  • 6:45 - 6:48
    É muito abstrato.
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    Antes disto, se nos tivessem perguntado
    se doaríamos 15 horas por mês
  • 6:53 - 6:55
    para ajudar na crise de refugiados,
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    provavelmente teríamos dito que não.
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    Mas assim que levámos a nossa família
    para a casa nova em Vancouver,
  • 7:01 - 7:03
    todos tivemos a mesma perceção:
  • 7:03 - 7:07
    faríamos o que fosse necessário
    para ajudá-los a serem felizes.
  • 7:08 - 7:13
    Essa experiência fez-me pensar
    mais profundamente na minha investigação.
  • 7:14 - 7:16
    De volta ao meu laboratório,
  • 7:16 - 7:18
    vimos o benefício de dar um impulso
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    quando as pessoas sentem uma ligação
    com aqueles que estão a ajudar
  • 7:22 - 7:24
    e poderem visionar facilmente
  • 7:24 - 7:27
    a diferença que estavam
    a fazer naquelas vidas.
  • 7:27 - 7:29
    Por exemplo, numa experiência,
  • 7:29 - 7:32
    demos a oportunidade de os participantes
    doarem um pouco de dinheiro
  • 7:32 - 7:35
    para a UNICEF ou para a Spread the Net.
  • 7:35 - 7:37
    Escolhemos essas organizações
    intencionalmente,
  • 7:37 - 7:41
    porque eram parceiras
    e partilhavam o mesmo objetivo
  • 7:41 - 7:43
    de promover a saúde das crianças.
  • 7:44 - 7:46
    Mas eu penso que a UNICEF
    é uma organização
  • 7:46 - 7:49
    tão grande e internacional
  • 7:49 - 7:51
    que pode ser difícil imaginar
  • 7:51 - 7:54
    como pequenas doações
    irão fazer a diferença.
  • 7:54 - 7:59
    Já a Spread the Net oferece
    ao doador uma promessa concreta:
  • 7:59 - 8:01
    por cada 10 dólares doados,
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    eles compram uma rede de cama
  • 8:03 - 8:05
    para proteger uma criança
    contra a malária.
  • 8:05 - 8:09
    Observámos que, quanto mais dinheiro
    as pessoas doavam para a Spread the Net,
  • 8:09 - 8:12
    mais felizes ficavam.
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    Em contraste, esse retorno emocional
    dos investimentos
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    era completamente eliminado quando
    as pessoas doavam dinheiro à UNICEF.
  • 8:22 - 8:26
    Então isso sugere que doar
    para uma instituição de caridade válida
  • 8:26 - 8:28
    nem sempre é suficiente.
  • 8:28 - 8:30
    Precisamos de visualizar
  • 8:30 - 8:34
    como é que o nosso dinheiro
    vai fazer a diferença.
  • 8:35 - 8:40
    É claro que o programa Grupo dos Cinco
    leva essa ideia a um nível diferente.
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    Quando começámos nesse projeto,
  • 8:42 - 8:45
    conversávamos sobre quando
    os refugiados chegariam.
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    Agora, referimo-nos a eles
    como a nossa família.
  • 8:49 - 8:51
    Recentemente, levámos as crianças
    para patinar no gelo
  • 8:51 - 8:55
    e mais tarde, o meu filho de 5 anos,
    Oliver, perguntou-me:
  • 8:56 - 8:58
    "Mãe, qual é a criança mais velha
    da nossa família?"
  • 8:59 - 9:02
    Eu achei que ele estava a falar
    dos muitos primos dele.
  • 9:02 - 9:05
    Ele estava a falar deles,
  • 9:05 - 9:08
    mas também da nossa família síria.
  • 9:08 - 9:10
    Desde que a nossa família chegou,
  • 9:10 - 9:14
    várias pessoas e organizações
    ofereceram-se para ajudar,
  • 9:14 - 9:18
    fornecendo de tudo,
    até tratamentos dentais,
  • 9:18 - 9:20
    ou acampamentos de verão.
  • 9:20 - 9:24
    Fiquei a ver a bondade
    que existe na nossa comunidade.
  • 9:25 - 9:27
    Graças a uma doação,
  • 9:27 - 9:29
    as crianças puderam ir
    para o acampamento das bicicleta,
  • 9:29 - 9:31
    e todos os dias da semana,
  • 9:31 - 9:34
    alguém do nosso grupo tentava
    estar lá para torcer por eles.
  • 9:35 - 9:36
    Eu estava lá
  • 9:36 - 9:38
    no dia que as rodinhas
    de treino iriam ser tiradas.
  • 9:39 - 9:43
    Mas a criança de quatro anos
    não achou que era uma boa ideia.
  • 9:44 - 9:46
    Então fui lá e conversei com ele
  • 9:46 - 9:49
    sobre o benefício a longo prazo
    de se andar sem as rodinhas de treino.
  • 9:49 - 9:51
    (Risos)
  • 9:52 - 9:56
    Mas lembrei-me que ele tinha quatro anos
    e quase não falava inglês.
  • 9:56 - 9:59
    Então, virei-me para uma palavra
    que ele sabia:
  • 9:59 - 10:01
    gelado.
  • 10:02 - 10:05
    "Se tentares sem as rodinhas,
    eu compro-te um gelado."
  • 10:05 - 10:07
    Eis o que aconteceu de seguida.
  • 10:07 - 10:08
    (Vídeo)
  • 10:10 - 10:12
    Criança: Eu vou tentar.
  • 10:12 - 10:14
    ED: Meu deus! Olha para ti!
  • 10:14 - 10:16
    Olha para ti! Estás a andar sozinho!
  • 10:16 - 10:18
    (Risos)
  • 10:18 - 10:20
    ED: Muito bem!
  • 10:20 - 10:21
    (Risos)
  • 10:22 - 10:25
    (Aplausos)
  • 10:26 - 10:31
    É este o tipo de ajuda que as pessoas
    se habituaram a apreciar
  • 10:32 - 10:34
    mas, durante 40 anos,
  • 10:34 - 10:37
    o Canadá foi o único país no mundo
  • 10:37 - 10:40
    que permitiu que cidadãos
    pudessem patrocinar refugiados.
  • 10:41 - 10:42
    Agora... Canadá!
  • 10:43 - 10:45
    (Aplausos)
  • 10:45 - 10:46
    É ótimo.
  • 10:47 - 10:51
    Agora australianos e ingleses
    estão a começar programas similares.
  • 10:52 - 10:55
    Imaginem como poderia ser diferente
    a crise dos refugiados
  • 10:55 - 10:58
    se mais países fizessem o mesmo.
  • 10:59 - 11:02
    Criar estas conexões significativas
    entre indivíduos
  • 11:03 - 11:06
    proporciona uma oportunidade
    de lidar com problemas
  • 11:06 - 11:08
    que são imensos.
  • 11:08 - 11:13
    Um desses problemas está só
    a uns quarteirões de onde estou agora
  • 11:13 - 11:16
    no centro da zona leste de Vancouver.
  • 11:16 - 11:20
    Para terem uma noção,
    é a região urbana mais pobre do Canadá.
  • 11:21 - 11:24
    Debatemos sobre ajudar
    a família ou os refugiados
  • 11:24 - 11:28
    porque há aqui muitas pessoas a sofrer.
  • 11:28 - 11:31
    O meu amigo Evan contou-me
    que, quando era criança,
  • 11:31 - 11:33
    e os pais atravessavam esse bairro
  • 11:33 - 11:36
    ele escondia-se no fundo do banco.
  • 11:36 - 11:39
    Mas os pais do Evan
    nunca imaginariam
  • 11:39 - 11:41
    que, quando ele crescesse,
  • 11:41 - 11:43
    ele abrisse as portas
    de um restaurante local
  • 11:43 - 11:47
    e convidasse essa comunidade
    a aproveitar um jantar completo.
  • 11:48 - 11:52
    O programa que Evan ajudou a criar
    chama-se " Pratos Cheios",
  • 11:52 - 11:54
    e o objetivo não é só
    proporcionar refeições grátis
  • 11:54 - 11:57
    mas criar momentos de ligação
  • 11:57 - 12:00
    entre pessoas que, de outra forma,
    talvez nunca fizessem contacto visual.
  • 12:00 - 12:03
    Cada noite, um comércio local
    patrocina um jantar
  • 12:03 - 12:05
    e manda uma equipa de voluntários
  • 12:05 - 12:08
    que ajuda a fazer a refeição e a servi-la.
  • 12:08 - 12:12
    Depois, o que sobra é distribuído
    pelas pessoas que vivem na rua,
  • 12:12 - 12:15
    e, importante, sobra dinheiro suficiente
  • 12:15 - 12:18
    para financiar mil refeições gratuitas
    para essa comunidade.
  • 12:18 - 12:20
    nos dias seguintes.
  • 12:20 - 12:23
    Mas o benefício desse programa
    vai além da comida.
  • 12:24 - 12:27
    Proporciona aos voluntários a oportunidade
    de se envolverem com as pessoas,
  • 12:28 - 12:32
    de se sentarem
    e ouvirem as suas histórias.
  • 12:32 - 12:36
    Depois dessa experiência,
    um dos voluntários mudou o seu caminho.
  • 12:36 - 12:40
    Em vez de evitar aquele bairro,
    passa por ele,
  • 12:41 - 12:45
    sorrindo e fazendo contactos visuais
    conforme passa por rostos familiares.
  • 12:45 - 12:49
    Todos nós sentimos prazer em dar.
  • 12:50 - 12:53
    Mas não podemos esperar
    que isso aconteça automaticamente.
  • 12:53 - 12:57
    Gastar dinheiro a ajudar os outros
    nem sempre causa felicidade.
  • 12:58 - 13:01
    Na verdade, o importante
    é a forma como fazemos isso.
  • 13:01 - 13:04
    E se queremos que as pessoas deem mais,
  • 13:04 - 13:08
    precisamos repensar
    as doações de beneficência.
  • 13:08 - 13:11
    Precisamos de criar oportunidades de dar
  • 13:11 - 13:15
    que nos permitam apreciar
    partilhar nossa humanidade.
  • 13:15 - 13:18
    Se algum de vocês trabalha
    para uma instituição de beneficência,
  • 13:18 - 13:21
    não recompense os vossos doadores
    com canetas ou agendas.
  • 13:21 - 13:24
    (Aplausos)
  • 13:26 - 13:28
    Recompensem-nos
    com a oportunidade de ver
  • 13:28 - 13:32
    o impacto específico
    que a generosidade deles está a ter
  • 13:32 - 13:34
    e ponham-nos em contacto
  • 13:34 - 13:36
    com os indivíduos
    e comunidades que estão a ajudar.
  • 13:38 - 13:42
    Estamos habituados a pensar
    que dar é algo que devemos fazer.
  • 13:43 - 13:44
    E é.
  • 13:45 - 13:47
    Mas, se pensarmos dessa forma,
  • 13:47 - 13:52
    estamos a perder uma das melhores
    partes de sermos humanos:
  • 13:52 - 13:57
    que evoluímos ao encontrar
    prazer em ajudar os outros.
  • 13:57 - 14:02
    Vamos deixar de pensar na doação
    apenas como obrigação moral
  • 14:02 - 14:06
    e começar a pensar nisso
    como uma fonte de prazer.
  • 14:07 - 14:08
    Obrigada.
  • 14:08 - 14:12
    (Aplausos)
Title:
Ajudar os outros deixa-nos mais felizes — mas é importante a forma como o fazemos
Speaker:
Elizabeth Dunn
Description:

A investigação mostra que ajudar os outros nos deixa mais felizes. Mas no seu trabalho inovador sobre generosidade e alegria, a psicóloga social Elizabeth Dunn descobriu que há um senão: é importante a forma como nós ajudamos . Aprendam a poder ter um impacto maior — e a aumentar a nossa felicidade ao longo do caminho — se fizermos uma mudança importante na forma como ajudamos os outros. "Vamos deixar de pensar em doar apenas como uma obrigação moral e começar a pensar nisso como uma fonte de prazer," diz Dunn.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:29

Portuguese subtitles

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