Por que sentimos raiva, e por que é saudável
-
0:02 - 0:06Quero que imagine que você recebeu
uma mensagem de texto de um amigo, -
0:06 - 0:11que diz: "Não vai acreditar no que
acabou de acontecer. Estou furioso!" -
0:11 - 0:15Aí você cumpre o seu papel
de amigo e pede detalhes. -
0:15 - 0:17Ele te conta o que aconteceu
-
0:17 - 0:20na academia, no trabalho,
no encontro amoroso da noite anterior. -
0:20 - 0:23E você lê e tenta entender
por que ele está tão bravo. -
0:24 - 0:27Talvez até secretamente julgando
se ele deveria estar tão bravo ou não. -
0:27 - 0:29(Risos)
-
0:29 - 0:31E talvez você até ofereça
algumas sugestões. -
0:31 - 0:35Nesse momento, você estará fazendo
basicamente o que faço todo dia, -
0:35 - 0:37porque sou pesquisador de raiva,
-
0:37 - 0:41e como tal, passo boa parte
da minha vida profissional... -
0:41 - 0:43e da minha vida pessoal, é óbvio,
-
0:43 - 0:46estudando por que as pessoas ficam bravas.
-
0:46 - 0:50Estudo como elas pensam e até mesmo
o que fazem quando ficam bravas, -
0:50 - 0:52se entram em brigas, se quebram coisas
-
0:52 - 0:56ou se "gritam" com outras pessoas
em letras maiúsculas na internet. -
0:56 - 0:57(Risos)
-
0:57 - 1:01Como podem imaginar, quando ficam
sabendo que sou pesquisador de raiva, -
1:01 - 1:04as pessoas querem falar comigo
e compartilhar suas histórias de raiva. -
1:04 - 1:07E não porque precisam de um terapeuta,
embora isso às vezes aconteça, -
1:07 - 1:10mas por que na verdade
a raiva é universal. -
1:10 - 1:13Todos nós a sentimos
e podemos nos ver passando por isso. -
1:13 - 1:15Nós a sentimos desde
os primeiros meses de vida, -
1:15 - 1:20quando não conseguimos o que queríamos
com nossos gritos de protesto, -
1:20 - 1:23coisas como: "Como assim, você
não vai pegar o chocalho, papai? -
1:23 - 1:24Eu quero!"
-
1:24 - 1:26(Risos)
-
1:26 - 1:31Sentimos raiva toda a nossa adolescência;
está aí minha mãe que não me deixa mentir. -
1:31 - 1:32Desculpa aí, mãe.
-
1:32 - 1:34Sentimos raiva até o fim.
-
1:34 - 1:38De fato, a raiva tem feito parte de alguns
dos piores momentos de nossa vida. -
1:38 - 1:41É uma parte natural e esperada
do nosso sofrimento. -
1:41 - 1:44Mas também faz parte de alguns
dos melhores momentos de nossa vida, -
1:44 - 1:47em ocasiões especiais
como casamentos e férias, -
1:47 - 1:50muitas vezes marcadas
por situações de frustração, -
1:50 - 1:54como mau tempo, atrasos nas viagens,
que parecem horríveis no momento, -
1:54 - 1:58mas que são logo esquecidas
quando tudo corre bem. -
1:58 - 2:00Falo muito com as pessoas
sobre a raiva delas -
2:00 - 2:05e nessas conversas aprendo que as pessoas,
e aposto que muitos neste auditório, -
2:05 - 2:07veem a raiva como um problema.
-
2:07 - 2:09Veem o modo como ela
interfere na vida de vocês, -
2:09 - 2:13como prejudica as relações,
e até como é assustadora. -
2:13 - 2:16E mesmo entendendo isso, eu vejo
a raiva de modo um pouco diferente, -
2:16 - 2:19e vou dizer algo realmente importante
sobre a raiva de vocês: -
2:19 - 2:24ela é uma força poderosa
e saudável na nossa vida. -
2:24 - 2:26É bom senti-la.
-
2:26 - 2:27Precisamos senti-la.
-
2:28 - 2:30Mas pra entender isso,
temos que retroceder -
2:30 - 2:33e antes de tudo falar
sobre o que nos deixa bravos. -
2:33 - 2:35Muito disso vem do trabalho
de um pesquisador de raiva -
2:35 - 2:40chamado Dr. Jerry Deffenbacher,
que escreveu a respeito em 1996, -
2:40 - 2:43num capítulo de livro sobre
como lidar com raiva problemática. -
2:43 - 2:46Para a maioria de nós, e talvez vocês,
é algo simples assim: -
2:46 - 2:49fico bravo quando sou provocado.
-
2:49 - 2:51Podemos sentir no linguajar da pessoa,
-
2:51 - 2:54tipo: "Fico louco quando alguém
dirige devagar assim", -
2:54 - 2:58ou "fiquei bravo porque ela deixou
o leite fora da geladeira de novo". -
2:58 - 2:59Ou o meu favorito:
-
2:59 - 3:02"Não tenho problema com a raiva.
Basta pararem de aprontar comigo". -
3:02 - 3:04(Risos)
-
3:05 - 3:09Na intenção de melhor compreender
esses tipos de provocações, -
3:09 - 3:13eu pergunto a muitas pessoas, incluindo
meus amigos, colegas e até família: -
3:13 - 3:17"O que mais atinge você, de verdade?
O que deixa você furioso?" -
3:17 - 3:20Aproveito pra dizer que uma das vantagens
de ser pesquisador de raiva -
3:20 - 3:24é que passei mais de uma década
criando uma lista abrangente -
3:24 - 3:27de tudo que irrita meus colegas.
-
3:28 - 3:29Caso eu venha a precisar disso.
-
3:29 - 3:32(Risos)
-
3:33 - 3:38As respostas deles são fascinantes,
porque eles dizem coisas como: -
3:38 - 3:40"Quando o meu time perde",
-
3:40 - 3:42"pessoas que mastigam de boca aberta".
-
3:42 - 3:44Essa é incrivelmente bem comum.
-
3:44 - 3:48"Gente que anda devagar", essa é minha.
-
3:48 - 3:50E, claro, as "rotatórias".
-
3:50 - 3:51Rotatórias...
-
3:51 - 3:53(Risos)
-
3:53 - 3:56Digo honestamente: não existe
raiva maior do que a das rotatórias. -
3:56 - 3:59(Risos)
-
3:59 - 4:02Às vezes as respostas
não são nada insignificantes. -
4:02 - 4:06Às vezes falam sobre racismo,
sexismo, bullying e destruição ambiental, -
4:06 - 4:09grandes problemas globais
que todos enfrentamos. -
4:10 - 4:11Mas às vezes,
-
4:11 - 4:15as respostas deles são bem específicas,
talvez até de modo estranho. -
4:15 - 4:17"Aquela mancha na camisa,
quando você se molha -
4:17 - 4:20encostando sem querer
na pia de um banheiro público". -
4:20 - 4:22(Risos)
-
4:22 - 4:24Bem nojento, não?
-
4:24 - 4:25(Risos)
-
4:25 - 4:28Ou um pendrive: há apenas
duas maneiras de conectá-los, -
4:29 - 4:31então, por que eu sempre
preciso tentar três vezes?" -
4:31 - 4:33(Risos)
-
4:35 - 4:39Seja algo menor ou maior,
seja geral ou específico, -
4:39 - 4:43podemos observar esses exemplos
e destacar alguns temas comuns. -
4:43 - 4:46Ficamos com raiva
em situações desagradáveis, -
4:46 - 4:49que parecem injustas,
impedem nossos objetivos, -
4:49 - 4:52mas poderiam ter sido evitadas,
e isso nos torna impotentes. -
4:52 - 4:54Esta é uma receita para a raiva.
-
4:54 - 4:55Mas também podemos dizer
-
4:56 - 4:59que, provavelmente, não é apenas raiva
que sentimos nessas situações. -
4:59 - 5:01A raiva não acontece no vácuo.
-
5:01 - 5:04Podemos ter raiva ao mesmo tempo
que sentimos medo ou estamos tristes -
5:04 - 5:07ou sentir uma série de outras emoções.
-
5:07 - 5:09Mas é o seguinte:
-
5:09 - 5:12essas provocações
não estão nos deixando furiosos. -
5:12 - 5:15Pelo menos não apenas elas,
e sabemos disso, porque se fosse assim, -
5:15 - 5:18todos ficaríamos bravos
pelas mesmas coisas, e não ficamos. -
5:18 - 5:21Fico com raiva de coisas diferentes
das que enfurecem vocês, -
5:21 - 5:23então tem algo mais acontecendo.
-
5:23 - 5:25O que é esse algo mais?
-
5:25 - 5:30Sabemos que o que fazemos e sentimos
no momento da provocação é importante. -
5:30 - 5:34Chamamos isso de estado de "pré-raiva":
será que estou com fome ou cansado, -
5:34 - 5:38estou ansioso com outra coisa
ou atrasado para um compromisso? -
5:38 - 5:42Quando nos sentimos assim,
as provocações parecem muito piores. -
5:43 - 5:47Mas o que mais importa não é a provocação,
nem o estado de pré-raiva, -
5:47 - 5:50e sim como interpretamos essa provocação,
-
5:50 - 5:52é como a entendemos em nossa vida.
-
5:52 - 5:57Quando algo acontece conosco,
primeiro decidimos: isso é bom ou ruim? -
5:57 - 6:01É justo ou injusto,
é censurável, merece punição? -
6:01 - 6:05Essa é a avaliação primária,
quando avaliamos o evento em si. -
6:05 - 6:07Decidimos o que significa
no contexto de nossa vida -
6:07 - 6:10e, uma vez feito isso,
decidimos o quanto é ruim. -
6:10 - 6:12Essa é uma avaliação secundária.
-
6:12 - 6:16Dizemos: "É a pior coisa que já aconteceu,
ou consigo lidar com isso?" -
6:17 - 6:21Para ilustrar isso, quero que imagine
que está dirigindo em algum lugar. -
6:21 - 6:25E antes de continuar, eu deveria dizer
que se eu fosse um gênio do mal, -
6:25 - 6:29e quisesse criar uma situação
que deixaria você furioso, -
6:29 - 6:31ela seria muto parecida
com estar dirigindo. -
6:31 - 6:32(Risos)
-
6:32 - 6:33É verdade.
-
6:33 - 6:36Você está a caminho de algum lugar,
-
6:36 - 6:40então tudo o que acontece, como tráfego,
outros motoristas, obras na estrada, -
6:40 - 6:43parece querer bloquear seu destino.
-
6:43 - 6:46Existem várias regras escritas
e não escritas da estrada, -
6:46 - 6:49e elas são rotineiramente violadas
bem ali na nossa frente, -
6:49 - 6:51geralmente sem consequências.
-
6:51 - 6:52E quem está violando essas regras?
-
6:52 - 6:55Pessoas anônimas, que nunca mais veremos,
-
6:55 - 6:58o que as torna um alvo
muito fácil para a nossa ira. -
6:58 - 7:00(Risos)
-
7:00 - 7:04Você está dirigindo pra algum lugar,
prontinho pra ficar com raiva, -
7:04 - 7:08e a pessoa à sua frente está dirigindo
bem abaixo do limite de velocidade. -
7:08 - 7:09É frustrante,
-
7:09 - 7:12pois não dá pra ver
por que ela dirige tão devagar. -
7:12 - 7:14É a avaliação primária.
-
7:14 - 7:17Você observa isso
e acha ruim e censurável. -
7:17 - 7:20Mas talvez também decida
que está tudo bem. -
7:20 - 7:22Você não está com pressa, não importa.
-
7:22 - 7:25É a avaliação secundária:
você não fica com raiva. -
7:26 - 7:30Agora imagine estar a caminho
de uma entrevista de emprego. -
7:30 - 7:32O que aquela pessoa
está fazendo não mudou, -
7:32 - 7:36então a avaliação primária não muda;
ainda é ruim e censurável. -
7:36 - 7:39Mas sua capacidade de lidar
com isso certamente muda, -
7:39 - 7:43pois você pode se atrasar
pra entrevista de emprego. -
7:43 - 7:45De repente, talvez não consiga
o sonhado emprego, -
7:45 - 7:49aquele que ia te dar
uma montanha de dinheiro. -
7:49 - 7:50(Risos)
-
7:50 - 7:52Alguém mais conseguirá
o emprego dos seus sonhos -
7:52 - 7:54e você vai ficar falido.
-
7:54 - 7:56Vai ficar desamparado.
-
7:56 - 7:59Talvez deva dar meia-volta
agora e ir morar com seus pais. -
7:59 - 8:01(Risos)
-
8:01 - 8:02Por quê?
-
8:02 - 8:06"Por causa dessa pessoa na minha frente.
Não, não é uma pessoa. É um monstro!" -
8:06 - 8:07(Risos)
-
8:07 - 8:12E esse monstro está aqui
simplesmente pra arruinar sua vida. -
8:12 - 8:14Agora esse processo de pensamento
-
8:14 - 8:18é chamado de catastrofização,
quando levamos tudo para o pior. -
8:19 - 8:23É um dos principais tipos de pensamentos
que conhecemos associado à raiva crônica. -
8:23 - 8:25Mas há alguns outros.
-
8:25 - 8:27Causação atribuída erroneamente.
-
8:27 - 8:30Pessoas raivosas tendem a atribuir
culpa a quem ela não pertence, -
8:30 - 8:31e não apenas às pessoas,
-
8:31 - 8:33mas a objetos inanimados também.
-
8:33 - 8:35E se acham isso ridículo,
-
8:35 - 8:38pensem na última vez que perderam
a chave do carro e disseram: -
8:38 - 8:40"Onde foi parar a chave do carro?"
-
8:40 - 8:42Como se ela pudesse sumir sozinha.
-
8:42 - 8:44(Risos)
-
8:44 - 8:48Elas tendem a generalizar demais,
e usam palavras como "sempre", "nunca", -
8:48 - 8:52"todos", "isso sempre acontece comigo",
"nunca consigo o que quero", -
8:52 - 8:55ou "parei em cada semáforo
no meu caminho aqui hoje". -
8:55 - 8:58Exigências: colocam suas necessidades
à frente das necessidades dos outros: -
8:58 - 9:01"Não importa por que essa pessoa
dirige tão devagar. -
9:01 - 9:04Ela precisa acelerar ou sair da frente;
tenho que chegar a essa entrevista". -
9:04 - 9:07E, por fim, a rotulagem inflamatória.
-
9:07 - 9:10Elas chamam as pessoas
de estúpidas, idiotas, monstros, -
9:10 - 9:13e tantas coisas que me avisaram
pra não falar numa palestra TED. -
9:13 - 9:15(Risos)
-
9:16 - 9:17Por um bom tempo,
-
9:17 - 9:21psicólogos se referiram a isso
como distorções cognitivas -
9:21 - 9:22ou mesmo crenças irracionais.
-
9:22 - 9:25E sim, às vezes elas são irracionais.
-
9:25 - 9:27Talvez até na maior parte do tempo.
-
9:27 - 9:31Mas às vezes, esses pensamentos
são totalmente racionais. -
9:31 - 9:32Existe injustiça no mundo.
-
9:32 - 9:34Existem pessoas cruéis e egoístas,
-
9:34 - 9:38e mais do que tudo bem ficarmos bravos
quando nos tratam mal, -
9:38 - 9:41é justo ficarmos bravos
quando nos tratam mal. -
9:42 - 9:46Se tem algo que quero que lembrem
da minha palestra hoje, é isto: -
9:46 - 9:50sua raiva existe em você como uma emoção
-
9:50 - 9:54porque ofereceu aos seus antepassados,
humanos e não humanos, -
9:54 - 9:56uma vantagem evolutiva.
-
9:57 - 10:00Assim como nosso medo
nos alerta para o perigo, -
10:00 - 10:02nossa raiva nos alerta para a injustiça.
-
10:02 - 10:05É uma das maneiras
que nosso cérebro nos comunica -
10:05 - 10:07que já aguentamos demais.
-
10:07 - 10:10Além do mais, ela nos energiza
para enfrentarmos essa injustiça. -
10:10 - 10:14Pense por um segundo
sobre a última vez que ficou bravo. -
10:14 - 10:15Sua frequência cardíaca aumentou.
-
10:15 - 10:18Sua respiração aumentou,
você começou a suar. -
10:18 - 10:20Esse é o sistema nervoso simpático
-
10:20 - 10:23também conhecido
como sistema de luta ou fuga, -
10:23 - 10:28entrando em ação para nos oferecer
a energia que precisamos pra responder. -
10:28 - 10:29E é apenas o que percebemos.
-
10:29 - 10:34Ao mesmo tempo, nosso sistema digestivo
desacelera pra que economizemos energia. -
10:34 - 10:36Por isso ficamos com a boca seca.
-
10:36 - 10:40E nossos vasos sanguíneos dilatados
levam sangue às nossas extremidades. -
10:40 - 10:42Por isso nosso rosto fica vermelho.
-
10:42 - 10:45Tudo faz parte desse padrão complexo
de experiências fisiológicas -
10:45 - 10:46que existe hoje
-
10:46 - 10:49porque ele ajudou nossos antepassados
-
10:49 - 10:53a lidar com as forças cruéis
e implacáveis da natureza. -
10:53 - 10:58O problema é que o que nossos antepassados
faziam para lidar com a raiva deles, -
10:58 - 10:59para lutar fisicamente,
-
10:59 - 11:01não é mais razoável ou adequado.
-
11:01 - 11:06Não podemos nem devemos sair distribuindo
socos toda vez que somos provocados. -
11:06 - 11:08(Risos)
-
11:08 - 11:09Mas aqui está a boa notícia.
-
11:09 - 11:11Somos capazes de algo
-
11:11 - 11:13que nossos antepassados
não humanos não eram capazes: -
11:13 - 11:17de controlar nossas emoções.
-
11:17 - 11:22Mesmo quando queremos partir pra briga,
podemos parar e canalizar nossa raiva -
11:22 - 11:24em algo mais produtivo.
-
11:24 - 11:26Muitas vezes, quando falamos em raiva,
-
11:26 - 11:29é sobre evitar ficar com raiva.
-
11:29 - 11:31Dizemos às pessoas
pra se acalmarem ou relaxarem. -
11:31 - 11:33Até dizemos a elas pra relevar.
-
11:33 - 11:39E tudo isso pressupõe que a raiva
é algo ruim e que é errado senti-la. -
11:39 - 11:42Mas em vez disso, gosto de pensar
na raiva como uma motivação. -
11:42 - 11:45Da mesma forma que a sede
nos motiva a beber água, -
11:45 - 11:48da mesma forma que nossa fome
nos motiva a comer algo, -
11:48 - 11:52nossa raiva pode nos motivar
a responder à injustiça, -
11:52 - 11:56pois não é preciso muito pra encontrar
algo que poderia nos causar raiva. -
11:56 - 11:58Quando voltamos ao início,
-
11:58 - 12:02sim, algumas dessas coisas são bobas
e não vale a pena ficarmos com raiva. -
12:02 - 12:05Mas racismo, sexismo, bullying,
destruição ambiental -
12:05 - 12:07são coisas reais e terríveis
-
12:07 - 12:10e a única maneira de corrigi-las
é ficarmos bravos primeiro -
12:11 - 12:14e depois canalizar essa raiva
e lutar contra tudo isso. -
12:14 - 12:18E não precisamos lutar com agressão,
hostilidade ou violência. -
12:18 - 12:21Existem infinitas maneiras
com que podemos expressar nossa raiva. -
12:21 - 12:24Podemos protestar,
escrever cartas a um editor, -
12:24 - 12:27podemos doar e sermos
voluntários para causas, -
12:27 - 12:30podemos criar arte, literatura,
-
12:30 - 12:32podemos criar poesia e música,
-
12:32 - 12:34ou criar uma comunidade
que cuida um do outro -
12:34 - 12:36e não permite que
essas atrocidades aconteçam. -
12:37 - 12:40Da próxima vez que sentirem
que estão ficando com raiva, -
12:40 - 12:42em vez de tentar ignorá-la,
-
12:42 - 12:45espero que escutem o que essa raiva
está dizendo a vocês. -
12:45 - 12:48E espero que a canalizem
em algo positivo e produtivo. -
12:49 - 12:50Obrigado.
-
12:50 - 12:52(Aplausos)
- Title:
- Por que sentimos raiva, e por que é saudável
- Speaker:
- Ryan Martin
- Description:
-
O pesquisador de raiva Ryan Martin se baseia em uma carreira estudando o que deixa as pessoas furiosas para explicar alguns dos processos cognitivos por trás da raiva, e por que uma dose saudável dela pode realmente ser útil para nós. "Sua raiva existe em você... porque ofereceu a seus ancestrais, humanos e não humanos, uma vantagem evolucionária", diz ele. "É uma força poderosa e saudável em sua vida."
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:06
Maricene Crus approved Portuguese, Brazilian subtitles for Why we get mad -- and why it's healthy | ||
Carolina Aguirre accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Why we get mad -- and why it's healthy | ||
Carolina Aguirre edited Portuguese, Brazilian subtitles for Why we get mad -- and why it's healthy | ||
Carolina Aguirre edited Portuguese, Brazilian subtitles for Why we get mad -- and why it's healthy | ||
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