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Abrigos de emergência feitos de papel | Shigeru Ban | TEDxTokyo

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    Olá, sou arquiteto.
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    Sou o único arquiteto do mundo
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    que faz edifícios de papel
    com estes tubos de cartão.
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    Esta exposição foi a primeira que fiz
    usando tubos de papel.
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    1986 — Muito antes de as pessoas
    começarem a falar
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    de questões ecológicas
    e de questões ambientais,
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    comecei a testar o tubo de papel
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    para o utilizar
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    como estrutura de construção.
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    É muito complicado testar
    um material novo para construção,
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    mas isto é muito mais forte
    do que eu esperava
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    e também é muito fácil de impermeabilizar.
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    Como é um material industrial,
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    também é possível ser à prova de fogo.
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    Assim, construí a estrutura
    provisória, em 1990.
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    Este é o primeiro edifício provisório
    feito de papel.
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    Tem 330 tubos, com 55 cm de diâmetro.
  • 1:15 - 1:20
    Tem só 12 tubos com um diâmetro de 120 cm.
  • 1:21 - 1:23
    Como veem na foto,
    lá dentro estão os lavabos.
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    Se o papel higiénico acabar,
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    podem arrancar um pedaço da parede.
  • 1:28 - 1:29
    (Risos)
  • 1:29 - 1:31
    Portanto, é muito útil.
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    Ano 2000 — houve uma grande
    exposição na Alemanha.
  • 1:35 - 1:37
    Pediram-me para desenhar o edifício
  • 1:37 - 1:40
    porque o tema da exposição
    eram as questões ambientais.
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    Por isso, optei por desenhar o pavilhão
    com tubos de papel,
  • 1:45 - 1:46
    papel reciclável.
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    O objetivo do meu "design"
    não estava em completá-lo.
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    Era para quando o edifício fosse demolido.
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    Cada país faz uma série de pavilhões
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    mas, meio ano depois,
    criamos um imenso lixo industrial.
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    Por isso, o meu edifício
    tinha que ser reutilizado ou reciclado.
  • 2:03 - 2:05
    Aliás, o edifício foi reutilizado.
  • 2:05 - 2:08
    Era esse o objetivo do meu "design".
  • 2:08 - 2:12
    Depois tive a sorte de ganhar
    o concurso para construir
  • 2:12 - 2:15
    o segundo Centro Pompidou
    em França, na cidade de Metz.
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    Como eu era muito pobre,
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    quis alugar um escritório em Paris,
    mas não podia pagá-lo,
  • 2:20 - 2:23
    por isso decidi levar
    os meus alunos para Paris
  • 2:23 - 2:27
    para construirmos o nosso gabinete
    por cima do Centro Pompidou, em Paris.
  • 2:27 - 2:28
    (Risos)
  • 2:28 - 2:32
    Trouxemos os tubos de papel
    e as uniões de madeira
  • 2:32 - 2:35
    para completar o gabinete
    de 35 m de comprimento.
  • 2:35 - 2:39
    Ficámos ali durante seis anos,
    sem pagar renda.
  • 2:39 - 2:40
    (Risos)
  • 2:40 - 2:43
    (Aplausos)
  • 2:43 - 2:45
    Obrigado. Mas arranjei um grande problema.
  • 2:45 - 2:47
    Como fazíamos parte da exposição,
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    se um amigo meu me quisesse ver,
    tinha que comprar um bilhete.
  • 2:50 - 2:51
    (Risos)
  • 2:51 - 2:53
    O problema era esse.
  • 2:53 - 2:56
    Completei o Centro Pompidou em Metz.
  • 2:56 - 2:58
    É hoje um museu muito popular
  • 2:58 - 3:01
    e criei um grande monumento
    para o governo.
  • 3:01 - 3:03
    Mas senti-me muito dececionado
  • 3:03 - 3:06
    na minha profissão, enquanto arquiteto,
  • 3:06 - 3:10
    porque não estamos a ajudar,
    não estamos a trabalhar para a sociedade,
  • 3:10 - 3:13
    estamos a trabalhar
    para pessoas privilegiadas,
  • 3:13 - 3:16
    pessoas ricas, governos, urbanizadores.
  • 3:16 - 3:18
    Têm dinheiro e poder.
  • 3:18 - 3:20
    São invisíveis.
  • 3:20 - 3:24
    Contratam-nos para exibirmos
    o seu poder e o seu dinheiro
  • 3:24 - 3:26
    fazendo arquitetura monumental.
  • 3:26 - 3:28
    É assim a nossa profissão,
    mesmo historicamente.
  • 3:28 - 3:31
    Ainda hoje estamos a fazer o mesmo.
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    Fiquei muito dececionado por
    não estarmos a trabalhar para a sociedade,
  • 3:35 - 3:38
    embora haja tanta gente
  • 3:38 - 3:41
    que perdeu as suas casas
    por desastres naturais.
  • 3:42 - 3:45
    Mas tenho que dizer que
    já não são desastres naturais.
  • 3:45 - 3:47
    Por exemplo, os terramotos
    nunca matam pessoas,
  • 3:47 - 3:50
    o que mata as pessoas
    é a derrocada dos edifícios.
  • 3:50 - 3:52
    Essa é a responsabilidade dos arquitetos.
  • 3:52 - 3:54
    São precisas habitações provisórias,
  • 3:54 - 3:55
    mas não há arquitetos a trabalhar nisso
  • 3:55 - 3:59
    porque estamos demasiado ocupados
    a trabalhar para pessoas privilegiadas.
  • 3:59 - 4:03
    Então, pensei, mesmo enquanto arquitetos,
  • 4:03 - 4:08
    podemos ser envolvidos na reconstrução
    de habitações provisórias.
  • 4:08 - 4:09
    Podemos melhorá-las.
  • 4:09 - 4:13
    Foi por isso que comecei a trabalhar
    em áreas de desastre.
  • 4:13 - 4:17
    1994 — houve um grande desastre
    em Ruanda, em África.
  • 4:17 - 4:20
    Duas tribos, os hutus e os tutsis,
    entraram em guerra.
  • 4:20 - 4:23
    Houve mais de dois milhões de refugiados.
  • 4:23 - 4:27
    Fiquei muito surpreendido ao ver
    o campo de abrigo dos refugiados,
  • 4:27 - 4:28
    organizado pelas Nações Unidas.
  • 4:28 - 4:32
    Eles são muito pobres e estão enregelados
  • 4:32 - 4:34
    com cobertores durante
    a estação das chuvas.
  • 4:34 - 4:37
    Nos abrigos construídos
    pelas Nações Unidas
  • 4:37 - 4:39
    só lhes forneceram uma chapa de plástico
  • 4:39 - 4:42
    e os refugiados tinham
    que cortar árvores e coisas assim.
  • 4:42 - 4:45
    Mais de dois milhões de pessoas
    a cortar árvores
  • 4:45 - 4:47
    representam uma enorme desflorestação
  • 4:47 - 4:49
    e um problema ambiental.
  • 4:49 - 4:52
    Por isso começaram a fornecer
    tubos de alumínio, barracas de alumínio.
  • 4:52 - 4:55
    Como eram muito caros,
    vendiam-nos para obter dinheiro
  • 4:55 - 4:57
    e voltavam a cortar árvores.
  • 4:57 - 5:01
    Por isso apresentei a minha ideia
    para melhorar a situação,
  • 5:01 - 5:04
    usando estes tubos de papel reciclado
  • 5:04 - 5:06
    que são muito baratos
    e também muito fortes.
  • 5:06 - 5:09
    O meu orçamento é só
    de 50 dólares por unidade.
  • 5:09 - 5:12
    Construímos 50 unidades para fazer
    um teste de monitorização
  • 5:12 - 5:17
    quanto a durabilidade
    e humidade, térmitas, etc.
  • 5:17 - 5:22
    Um ano depois, em 1995, em Kobe, no Japão,
  • 5:22 - 5:24
    tivemos um grande terramoto.
  • 5:24 - 5:28
    Morreram quase 7000 pessoas.
  • 5:28 - 5:31
    No distrito de Nagata,
  • 5:31 - 5:35
    toda a cidade ardeu num incêndio
    depois do terramoto.
  • 5:35 - 5:38
    Descobri que havia
    muitos refugiados vietnamitas
  • 5:38 - 5:41
    a sofrer, reunidos numa igreja católica
  • 5:41 - 5:43
    — todos os edifícios
    ficaram totalmente destruídos.
  • 5:43 - 5:46
    Fui até lá e propus aos padres:
  • 5:46 - 5:49
    "Porque é não reconstruímos a igreja
    com tubos de papel?"
  • 5:49 - 5:51
    E eles: "Oh, meu Deus, está doido?
  • 5:51 - 5:52
    (Risos)
  • 5:52 - 5:55
    "Depois de um incêndio,
    está a propor uma coisa dessas?"
  • 5:55 - 5:58
    Não confiaram em mim,
    mas eu não desisti.
  • 5:58 - 6:00
    Comecei a deslocar-me a Kobe
  • 6:00 - 6:02
    e fui ter com os vietnamitas.
  • 6:02 - 6:06
    Estavam a viver assim, com chapas
    de plástico muito pobre no parque.
  • 6:06 - 6:09
    Propus-lhes reconstruir. Angariei fundos.
  • 6:09 - 6:12
    Fiz-lhes um abrigo de tubos de papel.
  • 6:12 - 6:15
    Para tornar fácil que fosse
    construído por estudantes
  • 6:15 - 6:17
    e também fácil de demolir,
  • 6:17 - 6:20
    usei grades de cerveja como alicerces.
  • 6:20 - 6:24
    Pedi à empresa de cervejas Kirin
    para as oferecer
  • 6:24 - 6:27
    porque, naquela época,
    a empresa de cervejas Asahi
  • 6:27 - 6:29
    fabricava as grades de plástico
    em vermelho,
  • 6:29 - 6:31
    o que não combinava
    com a cor dos tubos de papel.
  • 6:31 - 6:34
    A coordenação de cores é muito importante.
  • 6:34 - 6:37
    Ainda recordo que estávamos à espera
  • 6:37 - 6:39
    de encontrar uma cerveja
    dentro das grades de plástico,
  • 6:39 - 6:41
    mas vinham todas vazias.
  • 6:41 - 6:42
    (Risos)
  • 6:42 - 6:45
    Lembro-me de ter sido uma deceção.
  • 6:45 - 6:47
    Durante o verão, com os meus alunos,
  • 6:47 - 6:50
    construímos mais
    de 50 unidades de abrigos.
  • 6:50 - 6:55
    Por fim, o padre confiou em mim
    para a reconstrução e disse:
  • 6:55 - 6:57
    "Desde que você arranje o dinheiro,
  • 6:57 - 6:59
    "traga os seus estudantes
    para construir, pode fazê-lo".
  • 6:59 - 7:02
    Passámos cinco semanas
    a reconstruir a igreja.
  • 7:02 - 7:05
    Era para ficar ali durante três anos,
  • 7:05 - 7:09
    mas ficou lá durante 10 anos
    porque as pessoas adoravam-na.
  • 7:09 - 7:13
    Depois, em Taiwan,
    houve um grande terramoto
  • 7:13 - 7:17
    e propusemos oferecer essa igreja.
  • 7:16 - 7:18
    Por isso, desmantelámo-la,
  • 7:18 - 7:21
    enviámo-la para lá
    para ser construída por voluntários.
  • 7:21 - 7:24
    Ficou em Taiwan
    como igreja permanente até hoje.
  • 7:24 - 7:27
    Portanto, este edifício
    tornou-se num edifício permanente.
  • 7:27 - 7:31
    E eu pergunto, o que é um edifício
    permanente e o que é um temporário?
  • 7:31 - 7:33
    Um edifício feito de papel
  • 7:33 - 7:37
    pode ser permanente, enquanto
    as pessoas gostarem dele.
  • 7:37 - 7:39
    Um edifício de betão
  • 7:39 - 7:44
    pode ruir facilmente com um terramoto.
  • 7:44 - 7:48
    Se um edifício é construído
    por um urbanizador para ganhar dinheiro,
  • 7:48 - 7:50
    e outro urbanizador compra o terreno,
  • 7:50 - 7:51
    destrói-o e coloca lá outro.
  • 7:51 - 7:53
    Portanto, é muito provisório.
  • 7:53 - 7:54
    É essa a diferença.
  • 7:54 - 7:57
    Se um edifício for de papel
    e as pessoas gostarem dele,
  • 7:57 - 7:59
    ele torna-se permanente.
  • 7:59 - 8:01
    Um edifício de betão pode ser provisório,
  • 8:01 - 8:03
    se for para ganhar dinheiro.
  • 8:04 - 8:07
    1999 — na Turquia,
    houve um grande terramoto.
  • 8:07 - 8:11
    Fui até lá para usar materiais locais
    na construção dum abrigo.
  • 8:11 - 8:14
    2001— também construí
    um abrigo na Índia Ocidental.
  • 8:15 - 8:21
    2004 — no Sri Lanka, depois do terramoto
    e do tsunami de Sumatra,
  • 8:21 - 8:24
    reconstruí aldeias
    de pescadores islâmicos.
  • 8:24 - 8:30
    2008 — em Chengdu,
    na área Sichuan da China,
  • 8:30 - 8:32
    morreram quase 70 000 pessoas
  • 8:32 - 8:35
    e também ficaram destruídas muitas escolas
  • 8:35 - 8:39
    por causa da corrupção
    entre as autoridades e o empreiteiro.
  • 8:39 - 8:42
    Pedi para reconstruir
    uma escola provisória.
  • 8:42 - 8:46
    Levei os meus estudantes japoneses
    para trabalhar com os estudantes chineses.
  • 8:46 - 8:50
    Num mês, completámos nove salas de aula
    em mais de 500 metros quadrados.
  • 8:50 - 8:55
    Ainda estão a ser usadas, mesmo
    depois do atual terramoto na China.
  • 8:55 - 9:00
    2009 — em Itália, L'Aquila,
    também houve um grande terramoto.
  • 9:01 - 9:03
    Esta é uma foto muito interessante:
  • 9:03 - 9:06
    a foto do antigo
    primeiro-ministro Berlusconi
  • 9:06 - 9:10
    e o muito, muito, muito antigo
    primeiro-ministro japonês, Mr. Aso
  • 9:10 - 9:11
    (Risos)
  • 9:11 - 9:15
    — porque, como sabem, temos que mudar
    de primeiro-ministro todos os anos.
  • 9:15 - 9:16
    (Risos)
  • 9:16 - 9:19
    Foram muito amáveis,
    a analisar o meu modelo.
  • 9:19 - 9:23
    Propus uma grande reconstrução,
    uma sala de música provisória,
  • 9:23 - 9:26
    porque L'Aquila é muito famosa
    por causa da música.
  • 9:26 - 9:28
    As salas de música tinham sido destruídas
  • 9:28 - 9:30
    e os músicos estavam a ir-se embora.
  • 9:30 - 9:32
    Por isso propus ao "mayor":
  • 9:32 - 9:35
    "Gostava de reconstruir
    o auditório provisório".
  • 9:35 - 9:38
    Ele disse: "Se arranjar o dinheiro,
    pode fazê-lo".
  • 9:38 - 9:39
    Tive muita sorte.
  • 9:39 - 9:41
    O Sr. Berlusconi trouxe cá
    a cimeira do G-8
  • 9:41 - 9:44
    e veio cá o nosso antigo primeiro-ministro
  • 9:44 - 9:47
    que nos ajudou a angariar dinheiro.
  • 9:47 - 9:49
    Arranjei meio milhão de euros
    do governo japonês
  • 9:49 - 9:53
    para reconstruir
    este auditório provisório.
  • 9:53 - 9:58
    Todos os anos há um terramoto algures.
  • 9:58 - 10:02
    2010 — no Haiti, houve
    um grande terramoto,
  • 10:02 - 10:04
    mas era impossível chegar lá de avião,
  • 10:04 - 10:07
    por isso fui a São Domingos,
    o país ao lado,
  • 10:07 - 10:10
    seis horas de carro para chegar ao Haiti
  • 10:10 - 10:14
    com os estudantes locais de São Domingos
  • 10:14 - 10:18
    para construir 50 unidades
    de abrigos de tubos de papel locais.
  • 10:18 - 10:22
    Foi o que aconteceu no Japão
    há dois anos, no norte do Japão.
  • 10:22 - 10:24
    Depois do terramoto e do tsunami,
  • 10:24 - 10:27
    as pessoas tiveram que ser evacuadas
    para uma sala tão grande como um ginásio.
  • 10:27 - 10:30
    Mas olhem para isto, não há privacidade.
  • 10:30 - 10:33
    As pessoas sofrem mental e fisicamente.
  • 10:33 - 10:36
    Fomos lá construir divisórias
  • 10:36 - 10:40
    com todos os estudantes voluntários,
    com tubos de papel,
  • 10:40 - 10:44
    um abrigo muito simples,
    uma moldura de tubos e uma cortina.
  • 10:45 - 10:49
    Mas as autoridades das instalações
  • 10:49 - 10:53
    não queriam que fizéssemos isso
    porque, disseram,
  • 10:53 - 10:55
    "era muito mais difícil controlá-las".
  • 10:55 - 10:58
    Mas era mesmo necessário fazê-lo.
  • 10:58 - 11:02
    Também havia o facto de a linha de costa
  • 11:02 - 11:05
    ter sido danificada pelo tsunami
    em mais de 500 km.
  • 11:05 - 11:08
    Não há suficiente área plana
  • 11:08 - 11:10
    para construir as habitações de um piso,
  • 11:10 - 11:12
    do modelo governamental, como esta.
  • 11:12 - 11:13
    Olhem para isto.
  • 11:13 - 11:20
    O governo civil está a fazer
    uma construção de habitação provisória
  • 11:20 - 11:23
    muito pobre, muito densa
    e muito desordenada,
  • 11:23 - 11:26
    porque não há arrumação, nada,
    há infiltrações de água.
  • 11:26 - 11:30
    Por isso pensei, temos
    que fazer edifícios de vários pisos
  • 11:30 - 11:35
    porque não há terreno
    e também não é muito confortável.
  • 11:35 - 11:39
    Foi o que propus ao "mayor",
    enquanto andava a fazer divisórias.
  • 11:40 - 11:45
    Por fim, conheci um "mayor" muito simpático
    na aldeia Onagawa, em Miyagi.
  • 11:45 - 11:49
    Ele pediu-me para construir
    casas de três pisos no campo de basebol.
  • 11:49 - 11:52
    Usei os contentores marítimos
  • 11:52 - 11:54
    e os estudantes também nos ajudaram
  • 11:54 - 11:58
    a fazer todo o mobiliário dos edifícios
  • 11:58 - 12:00
    para os tornar confortáveis.
  • 12:00 - 12:02
    Usando o orçamento do governo,
  • 12:02 - 12:06
    a área da casa é exatamente a mesma,
  • 12:06 - 12:07
    mas muito mais confortável.
  • 12:07 - 12:11
    Muitas das pessoas
    querem lá ficar para sempre.
  • 12:11 - 12:12
    Fiquei muito feliz por ouvir isso.
  • 12:13 - 12:18
    Agora estou a trabalhar
    na Nova Zelândia, em Christchurch.
  • 12:18 - 12:21
    Cerca de 20 dias antes
    do terramoto japonês,
  • 12:21 - 12:23
    também tiveram um grande terramoto.
  • 12:23 - 12:26
    Também morreram
    muitos estudantes japoneses.
  • 12:26 - 12:28
    A catedral mais importante da cidade,
  • 12:28 - 12:31
    o símbolo de Christchurch,
    ficou completamente destruída.
  • 12:31 - 12:35
    Pediram-me para reconstruir
    a catedral provisória.
  • 12:35 - 12:37
    Está em construção.
  • 12:38 - 12:42
    Gostava de continuar
    a construir os monumentos
  • 12:42 - 12:44
    que as pessoas venham a amar.
  • 12:45 - 12:46
    Muito obrigado.
  • 12:46 - 12:48
    (Aplausos)
  • 12:48 - 12:50
    Obrigado
  • 12:51 - 12:52
    Muito obrigado
Title:
Abrigos de emergência feitos de papel | Shigeru Ban | TEDxTokyo
Description:

A filosofia prática de arquitetura de Shigeru Ban envolve nada mais nada menos do que a redefinição de estética, espaço, materiais e estrutura. O seu "design" invulgar de abrigos por módulos, usando papel reciclado e tubos de cartão, por exemplo, proporcionou paraísos sólidos aos evacuados, depois do grande terramoto no Japão.

Esta palestra foi feita num evento TEDx, usando o formato das Conferências TED, mas organizado de forma independente por uma comunidade local. Saiba mais em: http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:58

Portuguese subtitles

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