Os EUA precisam de licença maternidade remunerada - para o bem de seu futuro
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0:00 - 0:03Qual é aparência de uma
mãe trabalhando? -
0:03 - 0:07Se procurarem na internet,
é isto o que vocês encontrarão. -
0:07 - 0:10Não importa se isto é
o que realmente será produzido -
0:10 - 0:11(Risos)
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0:11 - 0:14ao trabalhar em um computador
com um bebê no colo. -
0:15 - 0:18Mas não, isto é uma mãe trabalhando.
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0:18 - 0:21Notarão algo em comum nas fotos.
Vamos ver várias delas. -
0:21 - 0:24Estou me referindo a
incrível iluminação natural -
0:24 - 0:27que é, como todos sabem,
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0:27 - 0:30a marca registrada de todo
local de trabalho nos EUA. -
0:30 - 0:31(Risos)
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0:31 - 0:35Existem milhares de imagens como estas.
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0:35 - 0:38Busque pelo termo "mãe trabalhando"
em Imagens do Google, -
0:38 - 0:40em qualquer site de imagens.
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0:40 - 0:41Estão em toda a Internet,
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0:41 - 0:43nos artigos de blogs e jornais.
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0:43 - 0:46Me tornei obcecada por elas,
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0:46 - 0:48com as mentiras que nos transmitem,
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0:48 - 0:50e com a tranquilidade que nos passam
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0:50 - 0:55de que está tudo bem com as mães
que trabalham nos EUA. -
0:55 - 0:56Mas não está tudo bem.
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0:56 - 1:01Todo ano, nosso país manda, cedo demais,
milhões de mães de volta ao trabalho, -
1:01 - 1:04o que é inacreditável e horrível,
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1:04 - 1:06logo após darem a luz.
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1:06 - 1:07Este é um problema moral,
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1:07 - 1:11mas hoje vou contar a vocês porque
é também um problema econômico. -
1:11 - 1:15Fiquei tão irritada e obcecada
com a irrealidade destas imagens, -
1:15 - 1:17que não se parecem nada com minha vida,
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1:17 - 1:22que decidi tirar e estrelar
uma série de fotos de paródia, -
1:22 - 1:24que espero que o mundo comece a usar,
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1:24 - 1:29que mostram a realidade
muito estranha de voltar ao trabalho -
1:29 - 1:32quando a fonte de alimento
do seu bebê está presa em seu corpo. -
1:33 - 1:35Eu vou mostrar duas delas a vocês.
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1:35 - 1:37(Risos)
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1:37 - 1:39Nada melhor para dizer:
"Promova ela" -
1:39 - 1:43do que um seio vazando leite
pelo vestido, durante a apresentação. -
1:43 - 1:46Vocês notarão que não há
nenhum bebê nesta foto, -
1:46 - 1:48porque não é assim
que isto funciona, -
1:48 - 1:51não para a maioria
das novas mães que trabalham. -
1:51 - 1:53Você sabia
-- e isso arruinará seu dia -- -
1:53 - 1:56que toda vez que você dá descarga
o conteúdo do vaso é aerossolizado -
1:56 - 1:58e fica no ar por horas?
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1:58 - 2:02Ainda assim, este é o único lugar
onde muitas mães que trabalham -
2:02 - 2:06podem preparar o alimento
para seus bebês recém-nascidos. -
2:07 - 2:10Eu divulguei, pelo mundo,
dezenas destes fatos. -
2:10 - 2:12Eu queria chamar a atenção.
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2:12 - 2:15Não sabia que eu também estava
abrindo uma porta, -
2:15 - 2:19porque agora, desconhecidas
de diversos lugares, -
2:19 - 2:21escrevem para mim o tempo todo
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2:21 - 2:25apenas para me dizer como foi
para elas voltarem ao trabalho -
2:25 - 2:28dentro de dias ou semanas
após terem seus bebês. -
2:28 - 2:30Vou compartilhar com vocês hoje
dez destas histórias. -
2:30 - 2:34Elas são totalmente verdadeiras,
algumas são bem cruéis, -
2:34 - 2:37e nenhuma delas se parece com esta foto.
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2:38 - 2:40Aqui vai a primeira.
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2:40 - 2:44"Eu era uma servidora ativa
em uma prisão federal. -
2:44 - 2:48Voltei ao trabalho após oito semanas,
o maxímo permitido para cesariana. -
2:48 - 2:52Um colega homem estava irritado
que estive ausente "de férias", -
2:52 - 2:54e ele abriu a porta de propósito,
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2:54 - 2:56enquanto eu retirava meu leite
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2:56 - 2:59e ficou na porta com
os presos no corredor". -
3:00 - 3:03A maioria das histórias que estas
mulheres, desconhecidas, me enviam -
3:03 - 3:05nem mesmo se trata de amamentação.
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3:05 - 3:07Uma delas me escreveu para dizer:
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3:07 - 3:09"Eu tive gêmeos
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3:09 - 3:12e voltei ao trabalho
após sete semanas não remuneradas. -
3:12 - 3:14Emocionalmente, eu estava destruída.
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3:14 - 3:18Fisicamente, tive uma ruptura e
hemorragia grave durante o parto -
3:18 - 3:21e eu mal conseguia me levantar,
assentar ou caminhar. -
3:21 - 3:25Meu chefe me disse que não estava
autorizada a usar meus dias de férias -
3:25 - 3:27porque era época do orçamento".
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3:28 - 3:32Eu passei a acreditar que não podemos
encarar estas situações diretamente -
3:32 - 3:34porque ficaríamos horrorizados,
-
3:34 - 3:37e se ficássemos horrorizados,
então teríamos que fazer algo. -
3:37 - 3:41Assim decidimos olhar
e acreditar nesta imagem. -
3:41 - 3:44Realmente não sei o que
está acontecendo nesta foto, -
3:44 - 3:46porque eu a acho estranha
e um pouco arrepiante. -
3:46 - 3:48(Risos)
-
3:48 - 3:49O que ela está fazendo?
-
3:49 - 3:53Mas sei o que ela nos diz.
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3:53 - 3:56Ela diz que está tudo bem.
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3:56 - 3:57Esta mãe que trabalha,
-
3:57 - 3:59todas as mães que trabalham
e seus bebes estão bem. -
3:59 - 4:01Não há nada errado aqui.
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4:01 - 4:05E, de qualquer maneira,
a escolha foi das mulheres. -
4:05 - 4:07Nada disso é nosso problema.
-
4:07 - 4:10Quero acabar com essa coisa
de escolha em duas partes. -
4:10 - 4:14Primeiro dizem que as mulheres
é que escolhem trabalhar. -
4:14 - 4:16Isso não é verdade.
-
4:16 - 4:18Hoje, nos EUA,
-
4:18 - 4:21as mulheres representam
47% dos trabalhadores, -
4:21 - 4:23e em 40% dos lares americanos,
-
4:23 - 4:27a mulher é a única ou
a principal provedora. -
4:27 - 4:30Nosso trabalho remunerado é
uma parte, grande parte, -
4:30 - 4:31da mecânica desta economia
-
4:31 - 4:34e é essencial para a
mecânica de nossas famílias. -
4:34 - 4:38Em nível nacional, nosso trabalho
remunerado não é opcional. -
4:38 - 4:41Depois dizem que as mulheres é
que estão decidindo terem filhos -
4:41 - 4:44por isso elas deveriam arcar
com as consequências desta escolha. -
4:46 - 4:49Este é aquele tipo de coisa
que quando você escuta rapidamente, -
4:49 - 4:50pode até soar correto.
-
4:50 - 4:52Não forcei que engravidassem.
-
4:52 - 4:54Certamente não estava lá
quando isso aconteceu. -
4:54 - 5:00Mas esse argumento ignora
uma verdade fundamental: -
5:00 - 5:05nossa procriação, em escala
nacional, não é opcional. -
5:05 - 5:08Os bebês que as mulheres,
muitas delas mães que trabalham, -
5:08 - 5:09estão tendo hoje,
-
5:09 - 5:11um dia farão parte do
mercado de trabalho, -
5:11 - 5:13protegerão nossas fronteiras,
-
5:13 - 5:15pagarão impostos.
-
5:15 - 5:19Nossa procriação,
nacional, não é opcional. -
5:19 - 5:20Não há escolhas.
-
5:20 - 5:24Precisamos de mulheres trabalhando.
Precisamos que essas mulheres deem à luz. -
5:24 - 5:26Deveríamos tornar ao menos palatável
-
5:26 - 5:29fazer estas coisas
ao mesmo tempo, certo? -
5:29 - 5:32Certo, tempo para algumas perguntas.
-
5:32 - 5:35Qual é a porcentagem de mulheres
que trabalham nos EUA, -
5:35 - 5:38sem licença-maternidade remunerada?
-
5:39 - 5:41Oitenta e oito por cento.
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5:42 - 5:43Das mães que trabalham,
-
5:43 - 5:4588% não terão um minuto
de licença paga -
5:45 - 5:47depois de terem um bebê.
-
5:47 - 5:50Então agora vocês estão pensando
sobre licença não remunerada. -
5:50 - 5:54Isto existe na América.
Se chama FMLA. Não funciona. -
5:54 - 5:57Pela maneira que é estruturado,
e todo tipo de exceções, -
5:57 - 6:01metade das mães não consegue obtê-lo.
-
6:01 - 6:02É mais ou menos assim:
-
6:04 - 6:06"Nós adotamos nosso filho.
-
6:06 - 6:09Quando recebi a ligação,
no dia que ele nasceu, -
6:09 - 6:10tive que tirar folga do trabalho.
-
6:10 - 6:14Eu não tinha o tempo suficiente
que me qualificasse para o FMLA, -
6:14 - 6:16portanto eu era inelegível para
licença não remunerada. -
6:16 - 6:19Quando tirei a folga para ver
meu filho recém-nascido, -
6:19 - 6:20perdi meu trabalho".
-
6:22 - 6:25Esta coletânea de fotos de empresas
escondem outra realidade, -
6:25 - 6:27outra camada.
-
6:27 - 6:30Dentre as mulheres que têm acesso
à licença não remunerada, -
6:30 - 6:34a maioria não pode
arcar com o afastamento. -
6:34 - 6:35Uma enfermeira me disse:
-
6:35 - 6:37"Eu não me qualifiquei para
a licença temporária -
6:37 - 6:41porque minha gravidez foi considerada
uma condição pré-existente. -
6:41 - 6:44Usamos o nosso reembolso
de impostos e metade da poupança -
6:44 - 6:46durante seis semanas não remuneradas.
-
6:46 - 6:48Foi o máximo que pudemos suportar.
-
6:48 - 6:50Fisicamente foi difícil,
mas emocionalmente foi pior. -
6:50 - 6:53Sofri por meses por
estar longe do meu filho". -
6:53 - 6:56Esta decisão de voltar
ao trabalho tão cedo -
6:56 - 7:00é uma decisão econômica racional
imposta pelas finanças familiares. -
7:00 - 7:03Mas, muitas vezes,
também é fisicamente horrível, -
7:03 - 7:06porque dar à luz é desgastante.
-
7:06 - 7:07Uma garçonete me disse:
-
7:07 - 7:09"Com meu primeiro filho,
-
7:09 - 7:11voltei ao trabalho
cinco semanas após o parto. -
7:11 - 7:14No segundo, tive que passar
por uma grande cirurgia após o parto, -
7:14 - 7:17então esperei seis semanas até voltar.
-
7:17 - 7:19Eu tive laceração de terceiro grau".
-
7:21 - 7:24Das novas mães que trabalham nos EUA,
-
7:24 - 7:2923% voltarão ao trabalho
dentro de duas semanas após o parto. -
7:30 - 7:32"Eu trabalhava como
cozinheira e 'bartender' -
7:32 - 7:35fazendo cerca de 75 h por semana
durante a gravidez. -
7:35 - 7:38Tive que voltar antes de meu bebê
completar um mês, -
7:38 - 7:40trabalhando 60 h por semana.
-
7:40 - 7:42Uma de minhas colegas
só conseguiu arcar -
7:42 - 7:45com dez dias de folga
ao lado de seu bebê". -
7:45 - 7:49Este não é um cenário que tem apenas
implicações econômicas e físicas. -
7:49 - 7:54O parto é, e sempre será,
um grande acontecimento psicológico. -
7:54 - 7:56Uma professora me contou:
-
7:56 - 7:59"Eu voltei ao trabalho oito semanas
após meu filho nascer. -
7:59 - 8:01Eu já sofria de ansiedade,
-
8:01 - 8:04mas os ataques de pânico que tive
antes de retormar ao trabalho -
8:04 - 8:06eram insuportáveis".
-
8:06 - 8:08Estatisticamente falando,
-
8:08 - 8:11quanto menor a licença-maternidade
após a criança nascer, -
8:11 - 8:14maior é a chance dela sofrer
de transtornos do humor após o parto, -
8:14 - 8:16como depressão e ansiedade,
-
8:16 - 8:21e, entre as diversas consequências
possíveis destes transtornos, -
8:21 - 8:24o suicídio é a segunda causa
de morte mais comum -
8:24 - 8:26no primeiro ano pós-parto da mulher.
-
8:27 - 8:29Atenção para esta
próxima história. -
8:29 - 8:33Eu nunca encontrei esta mulher,
mas acho difícil de aceitar: -
8:33 - 8:38"Eu sinto uma tremenda dor e raiva
por ter perdido um tempo essencial, -
8:38 - 8:41um tempo que é insubstituível
e de formação, ao lado do meu filho. -
8:41 - 8:45A gestação e o parto
me deixaram absolutamente destruída. -
8:45 - 8:50Por meses, tudo o que
me lembro é o grito: cólica. -
8:50 - 8:52Por dentro, eu estava me afundando.
-
8:52 - 8:55Toda manhã, me perguntava
quanto tempo eu ainda aguentaria. -
8:55 - 8:59Recebi permissão para levar
meu bebê ao trabalho. -
8:59 - 9:02Fechei a porta do meu escritório
enquanto eu o balançava -
9:02 - 9:05e implorava para que parasse de gritar,
para que eu não tivesse problemas. -
9:05 - 9:07Me escondi atrás daquela
porta todo santo dia -
9:07 - 9:09e chorava enquanto ele gritava.
-
9:09 - 9:11Eu chorava no banheiro
-
9:11 - 9:13enquanto eu lavava
o equipamento de retirar leite. -
9:13 - 9:16Eu chorava todo dia
na ida e na volta do trabalho. -
9:16 - 9:17Prometi ao meu chefe
-
9:17 - 9:21que eu terminaria à noite, em casa,
o trabalho que eu deixasse incompleto. -
9:21 - 9:25Pensava: “Tem algo errado comigo
pois não consigo lidar com isso”. -
9:27 - 9:29Estas foram sobre as mães.
-
9:29 - 9:31E os bebês?
-
9:31 - 9:33Será que o nosso país
se preocupa com os bebês -
9:33 - 9:35que nascem todos os anos
de mães que trabalham? -
9:35 - 9:37Eu digo que não.
-
9:37 - 9:38Não até estarem
trabalhando, -
9:38 - 9:39pagando impostos,
-
9:39 - 9:40e servindo o exército.
-
9:40 - 9:42Dizemos a eles que os
veremos em 18 anos, -
9:42 - 9:44e que chegar até lá depende deles.
-
9:46 - 9:48Uma das razões pelas quais sei disso
-
9:48 - 9:51é que os bebês cujas mães passam
12 ou mais semanas em casa com eles -
9:51 - 9:54têm mais chances de manter em dia
vacinas e consultas médicas -
9:54 - 9:55no primeiro ano de vida.
-
9:55 - 10:00Portanto, estes bebês são mais protegidos
de doenças incapacitantes e fatais. -
10:00 - 10:03Mas estas coisas estão escondidas
por trás de imagens como esta. -
10:06 - 10:12Os EUA têm uma mensagem
para as mães que trabalham e seus bebês: -
10:12 - 10:16"Agradeçam qualquer tempo que tenham
para ficarem juntos, por menor que seja, -
10:16 - 10:21pois vocês são uma inconveniência
para a economia e para seus empregadores”. -
10:21 - 10:26Essa narrativa de gratidão está
em várias histórias que ouço. -
10:26 - 10:28Uma mulher me disse:
-
10:28 - 10:30"Voltei a trabalhar oito semanas
após a cesariana, -
10:30 - 10:32porque meu marido
ficou desempregado. -
10:32 - 10:34Sem mim, minha filha teve
atraso de desenvolvimento. -
10:34 - 10:36Ela não aceitava mamadeira.
-
10:36 - 10:37Ela começou a perder peso.
-
10:37 - 10:40Felizmente, meu gerente
foi muito compreensivo. -
10:40 - 10:44Deixava minha mãe trazer meu bebê,
que estava monitorizado e no oxigênio, -
10:44 - 10:47quatro vezes por turno,
para eu poder alimentá-la". -
10:48 - 10:51Existe um pequeno grupo de países
-
10:51 - 10:55que não oferecem licença-maternidade
remunerada para as mães. -
10:55 - 10:58Importam-se de adivinhar quem são eles?
-
10:58 - 11:02Juntos, os oito primeiros possuem
uma população total de 8 milhões. -
11:02 - 11:05Eles são: Papua-Nova Guiné,
Suriname, e as pequenas nações insulares: -
11:05 - 11:11Micronésia, Ilhas Marshall,
Nauru, Niue, Palau e Tonga. -
11:11 - 11:16Os EUA são o nono país,
com 320 milhões de pessoas. -
11:17 - 11:20São apenas estes.
-
11:20 - 11:22Este é o final da lista.
-
11:22 - 11:24As demais economias do planeta
-
11:24 - 11:28conseguiram criar algum tipo
de licença de trabalho remunerada -
11:28 - 11:31para pessoas que estão
construindo o futuro desses países, -
11:31 - 11:35mas nós dizemos: "Não podemos
de maneira alguma fazer isso". -
11:35 - 11:37Falamos que o mercado
resolverá este problema -
11:37 - 11:39e ficamos contentes
-
11:39 - 11:41quando as empresas oferecem
mais licença remunerada -
11:41 - 11:45para aquelas que já possuem
um nível elevado de educação e salário. -
11:45 - 11:47Lembram-se daqueles 88%?
-
11:47 - 11:51Aquelas mulheres de classe média
e baixa não vão participar disto. -
11:52 - 11:57Sabemos que existem surpreendentes
custos econômicos, financeiros, -
11:57 - 12:00físicos e emocionais
para esta abordagem. -
12:00 - 12:04Nós decidimos; decidimos,
não foi um acidente, -
12:04 - 12:06passar estes custos
para as mães que trabalham -
12:06 - 12:08e seus bebês.
-
12:08 - 12:11Sabemos que o custo é maior
para as mulheres de baixa renda -
12:11 - 12:13por conseguinte para as mulheres de cor.
-
12:13 - 12:16Mesmo assim passamos estes custos.
-
12:16 - 12:18Tudo isto é uma vergonha para os EUA.
-
12:18 - 12:22Mas também é um risco
para a América -
12:22 - 12:24por causa do que aconteceria
-
12:24 - 12:28se todas as "escolhas"
individuais de ter bebês -
12:28 - 12:32começarem a virar "escolhas"
individuais de não ter bebês. -
12:33 - 12:35Uma mulher me disse:
-
12:35 - 12:38"Ter um novo filho é difícil.
Não deveria ser traumático. -
12:38 - 12:41Quando falamos sobre
expandir a família agora, -
12:41 - 12:45nos focamos em quanto tempo eu teria
para cuidar de mim e do novo bebê. -
12:45 - 12:48Se tivermos que fazer como
foi com o nosso primeiro, -
12:48 - 12:50provavelmente ficaremos
com um filho". -
12:51 - 12:54Nos EUA, a taxa necessária
para manter a estabilidade populacional -
12:54 - 12:57é de 2,1 nascidos vivos por mulher.
-
12:57 - 13:01Nos EUA, hoje estamos em 1,86.
-
13:01 - 13:03Precisamos que mulheres tenham bebês
-
13:03 - 13:08e estamos ativamente desencorajando
mulheres empregadas de fazerem isso. -
13:08 - 13:11O que aconteceria com a mão de obra,
com a inovação, com o IDH, -
13:11 - 13:15se, uma por uma, as mães
que trabalham neste país decidissem -
13:15 - 13:19que elas não suportariam
fazer isto mais de uma vez? -
13:20 - 13:23Estou aqui hoje com uma única ideia
que merece ser divulgada -
13:23 - 13:25e vocês devem ter adivinhado qual é.
-
13:25 - 13:29Já passou muito da hora
para o país mais poderoso da Terra -
13:29 - 13:31oferecer licença-maternidade remunerada
-
13:31 - 13:34para as pessoas que constroem
o futuro deste país -
13:34 - 13:37e para os bebês que
representam o futuro. -
13:37 - 13:39O nascimento de uma criança
é um bem público. -
13:39 - 13:41Esta licença deveria ser
subsidiada pelo estado. -
13:41 - 13:44Não deveriam existir exceções
para pequenos negócios, -
13:44 - 13:46tempo de emprego ou autônomos.
-
13:46 - 13:49Deveria poder ser compartilhada
entre os parceiros. -
13:49 - 13:51Falei hoje muito sobre mães,
-
13:51 - 13:54mas os parceiros são importantes
de tantas maneiras. -
13:56 - 13:59Nenhuma outra mulher deveria
ter que voltar a trabalhar -
13:59 - 14:02enquanto ela estivesse
mancando e sangrando. -
14:02 - 14:05Nenhuma outra família deveria ter
que acabar com sua poupança -
14:05 - 14:09para conseguir alguns dias
de descanso, recuperação e convivência. -
14:09 - 14:11Nenhuma outra bebê frágil
-
14:11 - 14:14deveria ter que ir direto
da incubadora para a creche -
14:14 - 14:17porque seus pais usaram
todo o seu tempo escasso -
14:17 - 14:19dentro de uma UTI neonatal.
-
14:19 - 14:21Nenhuma outra família deveria escutar
-
14:21 - 14:23que os conflitos de seu trabalho,
-
14:23 - 14:26trabalho tão necessário
quanto sua maternidade, -
14:26 - 14:28são problemas exclusivamente dela.
-
14:29 - 14:33Quando isso acontece em uma
família recém-formada, é desgastante. -
14:33 - 14:35Uma família que tem um bebê
-
14:35 - 14:37fica mais vulnerável
do ponto de vista financeiro -
14:37 - 14:41e a mãe novata não tem meios
de falar em benefício próprio. -
14:41 - 14:44Mas todos nós temos vozes.
-
14:44 - 14:48Para mim chega, chega de ter bebês,
-
14:48 - 14:49Pode-se estar grávida
-
14:49 - 14:51pode-se estar no pós-parto,
-
14:51 - 14:52pode-se não ter filhos.
-
14:52 - 14:54Não deveria importar.
-
14:54 - 14:57Temos que parar de achar
que é problema das mães, -
14:57 - 14:58ou mesmo problema das mulheres.
-
14:58 - 15:00Esse é um problema dos EUA.
-
15:02 - 15:06Precisamos parar de acreditar
nessas imagens e suas mentiras. -
15:06 - 15:08Precisamos parar de sermos
confortados por elas. -
15:08 - 15:11Precisamos perguntar porque
dizem que isso não dá certo -
15:11 - 15:13quando vemos que funciona
todos os lugares do mundo. -
15:14 - 15:18Precisamos reconhecer que
essa realidade dos EUA -
15:18 - 15:21é nossa desonra e insegurança.
-
15:21 - 15:24Porque isso não é,
-
15:24 - 15:25isso não é,
-
15:25 - 15:29e isso não é,
a aparência de uma mãe trabalhando. -
15:30 - 15:32(Aplausos)
- Title:
- Os EUA precisam de licença maternidade remunerada - para o bem de seu futuro
- Speaker:
- Jessica Shortall
- Description:
-
Precisamos de mulheres trabalhando, e precisamos que as mulheres que trabalham tenham bebês. Então, porque os EUA são um dos únicos países do mundo que não oferece nenhuma licença nacional remunerada para as novas mães que trabalham? Nesta palestra incisiva, Jessica Shortall defende, de maneira comovente, que a realidade das mães novatas que trabalham nos Estados Unidos é omitida e horrível: milhões de mulheres, a cada ano, são forçadas a voltar ao trabalho dentro de poucas semanas após dar à luz. Sua ideia que merece ser divulgada: chegou o momento para reconhecermos os custos econômicos, físicos e psicológicos da nossa abordagem para com as mães que trabalham e seus bebês, e de assegurar o nosso futuro econômico, através de licença remunerada a todos os pais trabalhadores.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:45
Gustavo Rocha edited Portuguese, Brazilian subtitles for How America fails new parents -- and their babies | ||
Ruy Lopes Pereira edited Portuguese, Brazilian subtitles for How America fails new parents -- and their babies | ||
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