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Um olhar honesto na crise financeira pessoal

  • 0:02 - 0:03
    Você me conhece.
  • 0:04 - 0:09
    Estou no seu círculo de amizades,
    escondida, mas à vista.
  • 0:09 - 0:11
    Minhas roupas continuam impecáveis,
  • 0:11 - 0:15
    compradas nos bons anos
    quando eu ainda ganhava dinheiro.
  • 0:15 - 0:17
    De olhar para mim, você não saberia
  • 0:17 - 0:21
    que cortaram minha eletricidade semana
    passada por falta de pagamento,
  • 0:21 - 0:25
    ou que eu cheguei à elegibilidade
    pra receber cupons de alimentação.
  • 0:25 - 0:27
    Mas se prestasse atenção,
  • 0:27 - 0:29
    veria a tristeza nos meus olhos,
  • 0:29 - 0:34
    ouviria um quê de medo
    na minha voz autoconfiante.
  • 0:34 - 0:38
    Ultimamente tenho comprado
    frascos de amostra de Tide de US$ 1,99
  • 0:38 - 0:40
    para conter as despesas.
  • 0:40 - 0:43
    Aposto que não sabia que detergentes
    vinham nesse tamanho.
  • 0:44 - 0:46
    Você me convida para os mesmos
    restaurantes caros
  • 0:46 - 0:48
    que nós dois sempre curtimos,
  • 0:48 - 0:51
    mas agora peço água mineral
    com um pouco de limão,
  • 0:51 - 0:54
    não uma taça de "chardonnay" de US$ 12.
  • 0:55 - 0:57
    Estou sendo econômica
    em minhas escolhas no menu.
  • 0:57 - 1:01
    Meticulosa, conto cada centavo
    na minha cabeça.
  • 1:01 - 1:06
    Me recuso a dividir uma comanda igualmente
    para cobrir sobremesas, cafés gourmet
  • 1:06 - 1:10
    e dois ou três taças de vinho
    que não consumi.
  • 1:10 - 1:15
    Estou cansada de tentar
    manter as aparências.
  • 1:16 - 1:19
    Um amigo me disse que estou falida,
    e não pobre, e há uma diferença.
  • 1:19 - 1:23
    Vivo sem TV a cabo, sem plano de academia
    e sem hora marcada com manicure.
  • 1:23 - 1:26
    Descobri que posso cuidar do meu cabelo.
  • 1:26 - 1:30
    Não tenho poupança de aposentadoria,
    nem dinheiro economizado.
  • 1:30 - 1:32
    Eu gastei tudo tempos atrás.
  • 1:32 - 1:37
    Não há casa em condomínio caro para alugar
    e nem marido para me sustentar.
  • 1:38 - 1:43
    Meses de pagamento atrasado
    e falta dele dizimaram meu crédito.
  • 1:43 - 1:45
    Cobradores de contas ligam constantemente,
  • 1:45 - 1:48
    lendo textos decorados
  • 1:48 - 1:51
    antes de expressar simpatia
    pela minha difícil situação,
  • 1:51 - 1:55
    em seguida exigem condições de pagamentos
    que eu jamais conseguiria cumprir.
  • 1:55 - 2:00
    Amigos se perguntam em particular
    como alguém tão bem instruída
  • 2:00 - 2:02
    pode estar numa crise financeira assim.
  • 2:03 - 2:07
    Continuo talentosa como sempre,
    e igualmente esperta,
  • 2:07 - 2:12
    mas o trabalho está difícil,
    vez ou outra um pedido de consultoria.
  • 2:12 - 2:17
    Aos 55 anos,
    aprendi a fingir estar alegre,
  • 2:17 - 2:21
    mas já não há tantas
    oportunidades de trabalho.
  • 2:22 - 2:27
    Não lembro exatamente quando parou,
    mas agora não posso negar ter entrado
  • 2:27 - 2:31
    num mundo incerto
    do "antigamente" e "costumava ser".
  • 2:32 - 2:35
    Não sei mais onde eu pertenço.
  • 2:35 - 2:39
    Só sei que dezenas de oportunidades
    on-line de emprego
  • 2:39 - 2:42
    parecem ter desaparecido num buraco negro.
  • 2:42 - 2:46
    Me pergunto o que será de mim.
  • 2:46 - 2:49
    Até agora minha saúde têm se mantido,
  • 2:49 - 2:52
    mas meu corpo sofre
    ou seria o meu espírito?
  • 2:53 - 2:56
    Mulheres sem-teto costumavam
    ser invisíveis para mim;
  • 2:56 - 2:59
    agora eu as vejo com olhos curiosos,
  • 2:59 - 3:02
    e me pergunto se as histórias delas
    começaram como a minha.
  • 3:03 - 3:05
    Eu escrevi um artigo um ano atrás.
  • 3:05 - 3:09
    É uma composição da minha história
    e de outras mulheres que conheço.
  • 3:09 - 3:11
    Eu o escrevi porque estava
    cansada de fingir
  • 3:11 - 3:13
    que estava tudo bem quando não estava.
  • 3:14 - 3:16
    Estava cansada de fingir estar bem.
  • 3:17 - 3:20
    Não estava me vendo na imprensa popular.
  • 3:20 - 3:23
    Ninguém que eu conhecia
    estava viajando pelo mundo
  • 3:23 - 3:26
    ou comprando uma casa
    em condomínio na Costa Rica.
  • 3:26 - 3:31
    Poucos dos meus amigos reservaram
    os 15 ou 20% que os peritos
  • 3:31 - 3:36
    nos dizem ser necessário pra manter
    um padrão de vida na aposentadoria.
  • 3:37 - 3:39
    Meus amigos, muitos com 50 e 60 anos,
  • 3:39 - 3:41
    enfrentavam mobilidade social descendente,
  • 3:42 - 3:43
    uma proposta de trabalho vitalício,
  • 3:43 - 3:49
    uma demissão, um diagnóstico médico
    ou um divórcio sem insolvência.
  • 3:51 - 3:54
    Talvez não tenhamos atingido
    o fundo do poço,
  • 3:54 - 3:57
    mas muitos de nós vimos
    uma sequência de eventos
  • 3:57 - 4:00
    na qual o fundo do poço
    era possível pela primeira vez.
  • 4:01 - 4:05
    Mas, a verdade é que não precisa de muito.
  • 4:05 - 4:07
    Uma casa mediana nos EUA
  • 4:08 - 4:12
    só tem economias suficientes
    para cobrir um mês de salário.
  • 4:12 - 4:14
    Quarenta e sete por cento de nós
  • 4:14 - 4:18
    não conseguimos US$ 400
    para lidar com uma emergência.
  • 4:18 - 4:20
    É quase a metade de nós.
  • 4:20 - 4:24
    Um conserto grande no carro
    e já estamos perto do abismo.
  • 4:25 - 4:27
    Você não saberia
    se não olhasse ao seu redor,
  • 4:27 - 4:30
    não sou a única nesta situação.
  • 4:30 - 4:34
    Há pessoas nesta sala
    que estão no mesmo dilema,
  • 4:34 - 4:35
    e se não é você,
  • 4:35 - 4:40
    são os seus parentes, ou sua irmã,
    ou talvez seu melhor amigo.
  • 4:41 - 4:44
    Ficamos bons em fingir que está tudo bem.
  • 4:44 - 4:47
    A vergonha nos mantém quietos e isolados.
  • 4:47 - 4:51
    Quando decidi que iria
    revelar a minha história,
  • 4:51 - 4:52
    eu criei um website
  • 4:52 - 4:55
    e um amigo meu percebeu
    que lá não havia fotos minhas;
  • 4:55 - 4:58
    havia todo tipo de caricaturas como esta.
  • 5:00 - 5:02
    Mesmo quando eu estava me revelando,
  • 5:02 - 5:04
    ainda estava escondida.
  • 5:06 - 5:12
    Vivemos num mundo em que
    o sucesso é definido pelo salário.
  • 5:13 - 5:17
    Quando você diz que tem
    problemas com dinheiro,
  • 5:17 - 5:20
    está anunciando basicamente
    que é um fracassado.
  • 5:20 - 5:23
    Quando você é graduado pela
    Harvard Business School como eu,
  • 5:23 - 5:26
    você é um fracassado em dobro.
  • 5:26 - 5:31
    Nós "boomers" escutamos muito sobre
    como subfinanciamos nossa aposentadoria;
  • 5:31 - 5:33
    como tudo é culpa nossa.
  • 5:33 - 5:37
    Por que, em sã consciência, usaríamos
    o nosso plano de aposentadoria
  • 5:37 - 5:41
    para cobrir as contas
    do asilo da nossa sogra
  • 5:41 - 5:45
    ou para pagar a educação do nosso filho
    ou apenas para sobreviver?
  • 5:46 - 5:49
    Somos acusados de sermos
    maus planejadores e parasitas;
  • 5:49 - 5:53
    todo o dinheiro que gastamos
    em café e água engarrafada.
  • 5:53 - 5:58
    Envergonhar e culpar é tão tentador!
  • 5:58 - 6:00
    Muitos de nós nem esperam
    que os outros façam isso,
  • 6:00 - 6:03
    estamos muito ocupados
    fazendo isso nós mesmos.
  • 6:03 - 6:07
    Vamos todos assumir a nossa parte:
    nós todos poderíamos ter economizado mais.
  • 6:07 - 6:10
    Eu sei que podia ter economizado mais,
  • 6:10 - 6:16
    e se você revisse minha vida
    nos últimos 30 anos,
  • 6:16 - 6:19
    veria mais do que uma bobagem
    que fiz financeiramente.
  • 6:20 - 6:22
    Não posso mudar isso agora,
  • 6:22 - 6:24
    nem você pode,
  • 6:24 - 6:26
    mas não vamos misturar
  • 6:26 - 6:31
    comportamento individual e isolado
    com fatores sistêmicos
  • 6:31 - 6:37
    que causaram US$ 7,7 trilhões
    de rombo na renda de aposentadoria.
  • 6:37 - 6:40
    Milhões de norte-americanos nascidos
    no pós-guerra não chegaram aqui
  • 6:41 - 6:44
    por causa de muitas visitas ao Starbucks.
  • 6:44 - 6:49
    Passamos as últimas três décadas lidando
    com salários baixos e decrescentes,
  • 6:49 - 6:50
    pensões desaparecendo
  • 6:50 - 6:55
    e custos absurdos de habitação,
    saúde e educação.
  • 6:56 - 6:58
    Não costumava ser assim.
  • 6:58 - 7:03
    Todos nos lembramos do tripé
    da renda da aposentadoria
  • 7:03 - 7:09
    que tinha as economias,
    as pensões e o seguro social.
  • 7:09 - 7:12
    Bom, esse tripé vacilou.
  • 7:12 - 7:13
    Considere as economias, que economias?
  • 7:13 - 7:15
    Para muitas famílias,
  • 7:15 - 7:19
    não havia nada para economizar
    depois de as contas terem sido pagas.
  • 7:19 - 7:22
    A perna do tripé da pensão também vacilou.
  • 7:22 - 7:25
    Podemos nos lembrar de quando
    muitas pessoas tinham pensões.
  • 7:25 - 7:31
    Hoje, só 13% dos norte-americanos são
    empregados por empresas que a oferecem.
  • 7:31 - 7:33
    O que temos no lugar disso?
  • 7:33 - 7:36
    Temos quatro tipos
    de planos de aposentadoria
  • 7:36 - 7:42
    e, do nada, a responsabilidade desses
    planos passou das empresas para nós.
  • 7:42 - 7:46
    Assumimos as rédeas, mas também o risco,
  • 7:46 - 7:50
    e ocorre que milhões de nós não são bons
  • 7:50 - 7:53
    em investir voluntariamente por 40 anos.
  • 7:54 - 7:59
    Milhões de nós não são bons
    em administrar risco de mercado.
  • 7:59 - 8:01
    E os números contam a história.
  • 8:01 - 8:07
    Metade dos lares norte-americanos não tem
    uma poupança de aposentadoria sequer.
  • 8:07 - 8:08
    Ou seja, zero.
  • 8:08 - 8:12
    Nenhum plano de aposentadoria,
    nem IRA nem um centavo.
  • 8:12 - 8:16
    Entre as pessoas de 55 a 64 anos
    que têm uma poupança pra aposentadoria,
  • 8:16 - 8:22
    o valor médio dessa poupança
    é de US$ 104 mil.
  • 8:22 - 8:26
    Agora, US$ 104 mil soa melhor que zero,
  • 8:26 - 8:30
    mas gera uma anuidade em torno de US$ 300.
  • 8:30 - 8:34
    Não preciso dizer que
    não se consegue viver com isso.
  • 8:34 - 8:37
    Com as poupanças decaindo,
  • 8:37 - 8:40
    pensões tornando-se
    uma relíquia do passado
  • 8:40 - 8:44
    e planos de aposentadoria falhando
    com milhões de norte-americanos,
  • 8:44 - 8:47
    muitos dos quase aposentados
    estão dependentes do seguro social
  • 8:47 - 8:50
    como seu plano de aposentadoria.
  • 8:50 - 8:51
    Mas eis o problema.
  • 8:51 - 8:56
    Seguro social nunca deveria ser
    o plano de aposentadoria.
  • 8:56 - 9:00
    Não é o suficiente, no máximo,
    ele substitui algo em torno de 40%
  • 9:00 - 9:03
    do seu salário pré-aposentadoria.
  • 9:04 - 9:05
    As coisas mudaram bastante
  • 9:05 - 9:10
    desde que o seguro social
    foi introduzido em 1935.
  • 9:10 - 9:15
    Antes, um homem de 21 anos
    tinha 50% de chance de viver
  • 9:15 - 9:17
    até os 65 anos.
  • 9:17 - 9:20
    Então ele se aposentava aos 60 anos,
  • 9:20 - 9:23
    fazia um pouco de pescaria,
    beijava seus netos,
  • 9:23 - 9:24
    comprava seu relógio de ouro;
  • 9:24 - 9:28
    ele estaria morto dentro de cinco anos
    após estar recebendo os benefícios.
  • 9:29 - 9:31
    Não é o padrão de hoje.
  • 9:31 - 9:33
    Se você estiver com quase
    60 anos e com boa saúde,
  • 9:33 - 9:38
    viverá facilmente mais 20 ou 25 anos.
  • 9:38 - 9:42
    É um longo tempo para equilibrar
    o orçamento se você estiver falido.
  • 9:42 - 9:48
    Então, qual é a jogada se você chegou aqui
    e está entre 50, 55 ou 60 anos?
  • 9:49 - 9:52
    Qual é a jogada se não quer chegar aqui
  • 9:52 - 9:55
    e está entre 22 e 32 anos?
  • 9:55 - 9:58
    Eis o que aprendi com a minha experiência.
  • 9:59 - 10:01
    A cavalaria não vai chegar.
  • 10:01 - 10:03
    Não haverá um resgate,
  • 10:03 - 10:04
    nenhum príncipe encantado,
  • 10:04 - 10:07
    nenhuma grande ajuda em andamento.
  • 10:07 - 10:12
    Para ter uma chance em algo
    sem se tornar velho e pobre nos EUA,
  • 10:12 - 10:16
    teremos que salvar
    a nós mesmos e ao próximo.
  • 10:17 - 10:21
    Eu saí das sombras,
  • 10:22 - 10:26
    para falar aqui, abertamente
  • 10:26 - 10:29
    e convido vocês a fazerem o mesmo.
  • 10:29 - 10:32
    Não preciso dizer que não será fácil.
  • 10:32 - 10:35
    Eu me aventurei a contar a minha história
  • 10:35 - 10:40
    porque pensei que ficaria mais fácil
    para que as pessoas contassem a delas.
  • 10:40 - 10:43
    Acredito que seja somente
    através da nossa força coletiva
  • 10:43 - 10:48
    que poderemos começar a mudar
    o "blablablá" nacional
  • 10:48 - 10:51
    que estamos tendo sobre
    esta crise na aposentadoria.
  • 10:51 - 10:57
    Com tantos de nós em estado de choque
    e à deriva quanto ao que já nos aconteceu,
  • 10:57 - 11:01
    teremos que construir, desde as bases,
  • 11:01 - 11:04
    formando o que penso ser
    círculos de resiliência:
  • 11:04 - 11:08
    pequenos grupos de pessoas se unindo
  • 11:08 - 11:11
    para falar sobre o que aconteceu com elas,
  • 11:11 - 11:14
    compartilhar recursos e informações
  • 11:14 - 11:17
    e começar a pensar
    num meio de seguir em frente.
  • 11:17 - 11:21
    Eu acredito que, desta base, nós podemos
    encontrar nossas vozes novamente
  • 11:21 - 11:23
    e soar o alarme,
  • 11:23 - 11:27
    começar a empurrar
    nossas instituições e legisladores
  • 11:27 - 11:31
    para pegarem pesado nesta crise da
    aposentadoria com a urgência que merece.
  • 11:32 - 11:33
    Enquanto isso,
  • 11:33 - 11:36
    e há um "enquanto isso",
  • 11:36 - 11:40
    nós teremos que adotar uma mentalidade
    de viver com o mínimo possível,
  • 11:40 - 11:44
    cortando drasticamente nossas despesas.
  • 11:44 - 11:48
    Não quero dizer viver apenas com o básico.
  • 11:48 - 11:51
    Muitas pessoas já estão fazendo isso.
  • 11:52 - 11:55
    O que precisamos agora,
  • 11:55 - 11:57
    de forma bem profunda,
  • 11:57 - 12:00
    é nos perguntarmos
    o que realmente significa
  • 12:00 - 12:04
    viver uma vida que não seja definida
    por bens materiais.
  • 12:04 - 12:06
    Eu a chamo de "reduzir".
  • 12:07 - 12:10
    "Reduzir" é descobrir
    o que você realmente precisa
  • 12:10 - 12:14
    para se sentir contente e firme.
  • 12:14 - 12:19
    Tenho um amigo que dirige
    carros bem velhos, desgastados,
  • 12:19 - 12:24
    mas ele conseguirá reduzir e economizar
    US$ 15 mil em algum momento
  • 12:24 - 12:26
    para comprar uma flauta
  • 12:26 - 12:28
    porque música é o que realmente
    importa para ele.
  • 12:29 - 12:31
    Ele fez uma "redução".
  • 12:31 - 12:34
    Eu também tive que abandonar
    um pensamento mágico,
  • 12:34 - 12:39
    esta ideia de que se eu fosse
    paciente o suficiente e apertasse o cinto
  • 12:39 - 12:41
    as coisas voltariam ao normal.
  • 12:41 - 12:46
    Se eu mandasse mais um currículo
  • 12:46 - 12:49
    ou me candidatasse a outro emprego on-line
  • 12:49 - 12:52
    ou participasse de mais um
    evento de conexão,
  • 12:52 - 12:55
    eu com certeza teria um trabalho
    que estava acostumada a ter.
  • 12:55 - 12:58
    Com certeza as coisas voltariam ao normal.
  • 12:59 - 13:03
    A verdade é que não voltarei atrás
    e nem vocês voltarão.
  • 13:04 - 13:07
    O normal que conhecíamos acabou.
  • 13:08 - 13:10
    Neste novo lugar que estamos,
  • 13:10 - 13:13
    nos exigirão fazer coisas
    que não queremos fazer.
  • 13:13 - 13:16
    Seremos exigidos a aceitar tarefas
  • 13:16 - 13:19
    que achamos estar abaixo de nossa posição,
  • 13:19 - 13:21
    nosso talento ou nossa habilidade.
  • 13:21 - 13:24
    Eu tive que descer do meu trono.
  • 13:25 - 13:28
    Ano passado, uma boa amiga minha
    me perguntou se eu iria ajudá-la
  • 13:28 - 13:30
    com um trabalho de organização.
  • 13:30 - 13:32
    Eu assumi que ela queria dizer
    organização comunitária,
  • 13:32 - 13:37
    no mesmo sentido que o
    Presidente Obama fez em Chicago.
  • 13:37 - 13:40
    Ela quis dizer organizar
    o armário de alguém.
  • 13:40 - 13:41
    Eu disse, "Não farei isso".
  • 13:41 - 13:45
    Ela disse, "Desça do seu trono,
    dinheiro é verde".
  • 13:46 - 13:50
    Não é fácil ser parte da equipe de avanço
  • 13:50 - 13:54
    que está conduzindo a esta nova era
    de trabalho e condições de vida.
  • 13:54 - 13:56
    Primeiro é sempre mais difícil.
  • 13:56 - 14:00
    Primeiro é antes de haver conexões,
  • 14:00 - 14:02
    caminhos e modelos..
  • 14:03 - 14:09
    antes de haver políticas
    e caminhos que nos mostram
  • 14:09 - 14:10
    como ir em frente.
  • 14:11 - 14:14
    Estamos no meio de uma mudança sísmica,
  • 14:14 - 14:19
    e teremos que descobrir uma ponte
    para que possamos atravessar.
  • 14:19 - 14:22
    A ponte é o que fazemos no meio tempo;
  • 14:22 - 14:26
    é o que fazemos enquanto estamos
    tentando descobrir o que vem depois.
  • 14:26 - 14:29
    A ponte também está se liberando da ideia
  • 14:29 - 14:34
    de que nosso valor e nosso preço
    dependem do nosso salário,
  • 14:34 - 14:36
    nossos títulos e nossos trabalhos.
  • 14:36 - 14:40
    A ponte pode parecer doida ou bacana,
    dependendo de como você estava indo
  • 14:40 - 14:43
    quando sua crise financeira
    pessoal chegar.
  • 14:43 - 14:47
    Tenho amigos com doutorado
    trabalhando na Container Store
  • 14:47 - 14:49
    ou dirigindo com Uber ou Lyft,
  • 14:49 - 14:53
    e também tenho outros amigos
    se associando com outros boomers
  • 14:53 - 14:57
    e fazendo empreendimentos
    empresariais bem legais.
  • 14:58 - 15:01
    A ponte não significa que não queremos
  • 15:02 - 15:07
    construir em cima de carreiras passadas,
    que não queremos trabalho significativo.
  • 15:07 - 15:09
    Nós queremos.
  • 15:09 - 15:12
    A ponte é o que temos no meio tempo,
  • 15:12 - 15:15
    enquanto descobrimos o que fazer depois.
  • 15:16 - 15:20
    Também aprendi a pensar
    na estratégia e não no fracasso
  • 15:20 - 15:25
    quando estou processando
    todas as coisas que não quero fazer.
  • 15:26 - 15:30
    E essa é uma abordagem que convido
    vocês a considerarem, também.
  • 15:30 - 15:35
    Então, se você precisa ir morar
    com seu irmão para equilibrar o orçamento,
  • 15:35 - 15:36
    ligue para ele.
  • 15:36 - 15:41
    Se precisar receber um pensionista
    na sua casa pra ajudar a pagar a hipoteca
  • 15:42 - 15:44
    ou a pagar seu aluguel, faça isto.
  • 15:44 - 15:48
    Se precisa pegar os cupons
    de alimentação, aceite-os.
  • 15:49 - 15:55
    AARP diz que só um terço dos idosos
    que são elegíveis os utilizam.
  • 15:55 - 15:59
    Faça o que for preciso
    para ir à outra rodada.
  • 15:59 - 16:03
    Saiba que há milhões de nós.
  • 16:03 - 16:05
    Saia das sombras.
  • 16:05 - 16:07
    Faça cortes,
  • 16:07 - 16:08
    reduza;
  • 16:08 - 16:10
    pense na estratégia, não no fracasso;
  • 16:11 - 16:13
    desça do seu trono
  • 16:13 - 16:18
    e encontre a ponte para conseguir
    sua renda em tempos difíceis.
  • 16:19 - 16:22
    Como país, conseguimos a longevidade,
  • 16:22 - 16:28
    investindo bilhões de dólares
    em diagnósticos, tratamento
  • 16:28 - 16:29
    e controle de doenças.
  • 16:30 - 16:34
    Não é o suficiente somente
    ter uma vida longa.
  • 16:34 - 16:36
    Queremos viver bem.
  • 16:37 - 16:42
    Não investimos o suficiente
    em infraestrutura física
  • 16:42 - 16:44
    que garanta que isso aconteça.
  • 16:45 - 16:49
    Precisamos agora de um novo raciocínio
  • 16:49 - 16:52
    sobre o que significa ser
    velho nos Estados Unidos.
  • 16:53 - 16:58
    E precisamos de orientação
    e ideias sobre como viver
  • 16:58 - 17:03
    uma vida rica e estruturada
    com um salário bem mais modesto.
  • 17:03 - 17:06
    Estou apelando aos agentes de mudança
  • 17:06 - 17:08
    e aos empreendedores sociais,
  • 17:08 - 17:10
    artistas e idosos,
  • 17:10 - 17:12
    e investidores de impacto.
  • 17:12 - 17:16
    Estou apelando aos desenvolvedores
    e aos destruidores do status quo.
  • 17:17 - 17:20
    Precisamos que vocês nos ajudem a imaginar
  • 17:22 - 17:27
    como investir em serviços,
    produtos e infraestrutura
  • 17:27 - 17:30
    que apoiarão nossa dignidade,
  • 17:30 - 17:33
    nossa independência e nosso bem-estar
  • 17:33 - 17:36
    nestas várias décadas que ainda viveremos.
  • 17:37 - 17:41
    Minha jornada me levou de um lugar
    de medo e vergonha
  • 17:41 - 17:45
    para um com humildade e compreensão.
  • 17:45 - 17:49
    Estou preparada para conectar
    escudos com os outros,
  • 17:49 - 17:51
    para lutar esta luta,
  • 17:52 - 17:54
    e convido vocês a se juntarem a mim.
  • 17:54 - 17:55
    Obrigada.
  • 17:55 - 17:57
    (Aplausos)
Title:
Um olhar honesto na crise financeira pessoal
Speaker:
Elizabeth White
Description:

Aqui está um segredo: milhões de "baby boomers" estão chegando à terceira idade numa crise financeira severa. E atrás deles uma geração mais jovem enfrentando os mesmos desafios. Nesta palestra profundamente pessoal, a autora Elizabeth White se abre numa conversa honesta sobre problemas financeiros e oferece dicas práticas de como viver uma vida rica e estruturada com um salário limitado.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
18:12

Portuguese, Brazilian subtitles

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