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As incríveis invenções da inteligência artificial intuitiva

  • 0:01 - 0:03
    Quantos de vocês são criativos:
  • 0:03 - 0:07
    designers, engenheiros,
    empreendedores, artistas,
  • 0:07 - 0:09
    ou talvez só tenham
    uma imaginação muito grande?
  • 0:09 - 0:11
    Levantem as mãos. (Vivas)
  • 0:11 - 0:12
    A maioria de vocês.
  • 0:13 - 0:16
    Eu tenho notícias para nós, criativos.
  • 0:17 - 0:19
    Durante os próximos 20 anos,
  • 0:21 - 0:25
    a maneira como realizamos
    nosso trabalho vai mudar mais
  • 0:25 - 0:28
    do que mudou nos últimos 2 mil anos.
  • 0:29 - 0:33
    Aliás, acho que estamos no despertar
    de uma nova era na história humana.
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    Houve quatro principais eras históricas
    definidas pela nossa forma de trabalho.
  • 0:39 - 0:43
    O período Caçador-Coletor
    durou vários milhões de anos.
  • 0:43 - 0:47
    E então a era da Agricultura
    durou vários milhares de anos.
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    A era Industrial durou alguns séculos.
  • 0:51 - 0:55
    E agora a era da Informação
    durou apenas algumas décadas.
  • 0:55 - 1:00
    E hoje, estamos à beira
    de uma nova grande era como espécie.
  • 1:01 - 1:04
    Bem-vindos à era da realidade aumentada.
  • 1:04 - 1:08
    Nesta era, suas aptidões
    naturais serão ampliadas
  • 1:08 - 1:11
    por sistemas computacionais
    que o ajudam a pensar,
  • 1:11 - 1:13
    por sistemas robóticos
    que o ajudam a produzir,
  • 1:13 - 1:15
    e por um sistema nervoso digital
  • 1:15 - 1:18
    que conecta você ao mundo
    muito além dos seus sentidos naturais.
  • 1:19 - 1:21
    Vamos começar com a cognição aumentada.
  • 1:21 - 1:24
    Quantos de vocês são
    "ciborgues" melhorados?
  • 1:24 - 1:27
    (Risos)
  • 1:27 - 1:30
    Eu, na verdade, defenderia
    que nós já somos melhorados.
  • 1:30 - 1:32
    Imagine que você está numa festa
  • 1:32 - 1:35
    e alguém lhe faz uma pergunta
    cuja resposta você não sabe.
  • 1:35 - 1:39
    Se você tiver um destes, em poucos
    segundos, você pode saber a resposta.
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    Mas esse é só um início primitivo.
  • 1:43 - 1:46
    Até a Siri é só uma ferramenta passiva.
  • 1:47 - 1:50
    De fato, nos últimos
    3 milhões e meio de anos,
  • 1:50 - 1:53
    as ferramentas que tivemos
    têm sido completamente passivas.
  • 1:54 - 1:58
    Elas fazem exatamente aquilo
    que lhes dizemos e nada mais.
  • 1:58 - 2:01
    Nossa ferramenta mais primitiva
    só cortava o lugar que acertava.
  • 2:02 - 2:05
    O cinzel só esculpe
    onde o artista o posiciona.
  • 2:05 - 2:11
    Até nossas ferramentas mais avançadas
    não fazem nada sem instruções explícitas.
  • 2:11 - 2:16
    Aliás, até hoje, e isso é algo
    que me frustra, sempre fomos limitados
  • 2:16 - 2:19
    por essa necessidade de incluir ações
    manuais no uso de nossas ferramentas:
  • 2:19 - 2:23
    manuais mesmo, literalmente usar
    nossas mãos, mesmo com computadores.
  • 2:24 - 2:27
    Mas eu sou mais como o Scotty
    em "Jornada nas Estrelas".
  • 2:27 - 2:28
    (Risos)
  • 2:28 - 2:31
    Eu quero conversar com um computador.
  • 2:31 - 2:34
    Eu quero dizer: "Computador,
    vamos projetar um carro".
  • 2:34 - 2:35
    O computador me mostra um carro,
  • 2:35 - 2:38
    e eu digo: "Não, quero
    mais veloz e menos alemão".
  • 2:38 - 2:40
    E pronto, o computador
    me mostra uma opção.
  • 2:40 - 2:42
    (Risos)
  • 2:42 - 2:45
    Essa conversa pode estar
    um pouco distante,
  • 2:45 - 2:47
    provavelmente menos
    do que muitos de nós achamos,
  • 2:47 - 2:50
    mas agora mesmo estamos trabalhando nisso.
  • 2:50 - 2:54
    As ferramentas estão dando esse salto
    de passivas para geradoras.
  • 2:55 - 2:58
    Ferramentas de design generativo
    usam um computador e algoritmos
  • 2:58 - 3:01
    para sintetizar geometria,
  • 3:01 - 3:04
    para criar novos projetos,
    todos por conta própria.
  • 3:04 - 3:07
    Tudo o que é necessário
    são seus objetivos e restrições.
  • 3:07 - 3:08
    Vou dar um exemplo.
  • 3:08 - 3:11
    No caso do chassi desse drone aéreo,
  • 3:11 - 3:15
    tudo o que você precisaria fazer é dizer
    algo como: ele tem quatro hélices,
  • 3:15 - 3:19
    deve ser o mais leve possível
    e precisa ser aerodinamicamente eficiente.
  • 3:19 - 3:24
    Então o que o computador faz
    é explorar todo o conjunto de soluções:
  • 3:24 - 3:28
    cada uma das possibilidades
    que resolve e cumpre seus critérios,
  • 3:28 - 3:30
    milhões delas.
  • 3:30 - 3:32
    Fazer isso exige grandes computadores.
  • 3:32 - 3:37
    Mas isso nos retorna projetos que nós,
    sozinhos, nunca poderíamos ter imaginado.
  • 3:37 - 3:40
    E o computador está inventando
    essas coisas sozinho.
  • 3:40 - 3:42
    Ninguém nunca desenhou nada,
  • 3:42 - 3:44
    e ele começou completamente do zero.
  • 3:45 - 3:47
    E a propósito, não é nenhum acidente
  • 3:47 - 3:51
    o corpo do drone se parecer exatamente
    com a pélvis de um esquilo voador.
  • 3:51 - 3:53
    (Risos)
  • 3:54 - 3:58
    É porque os algoritmos são projetados
    para agirem da mesma forma que a evolução.
  • 3:59 - 4:03
    O empolgante é que estamos começando a ver
    essa tecnologia lá fora, no mundo real.
  • 4:03 - 4:05
    Temos trabalhado com a Airbus
    por alguns anos
  • 4:05 - 4:07
    nesse conceito de avião para o futuro.
  • 4:07 - 4:09
    Ainda está bem distante.
  • 4:09 - 4:13
    Mas, recentemente, usamos design
    generativo com inteligência artificial
  • 4:13 - 4:15
    para inventar isto.
  • 4:16 - 4:21
    Esta é uma divisória de cabine impressa
    em 3D projetada por um computador;
  • 4:21 - 4:24
    ela é mais forte que a original,
    contudo pesa a metade dela
  • 4:24 - 4:27
    e vai voar no Airbus A320
    no fim deste ano.
  • 4:27 - 4:29
    Computadores já geram coisas.
  • 4:29 - 4:34
    Eles podem inventar suas próprias soluções
    para problemas bem definidos.
  • 4:35 - 4:36
    Mas não são intuitivos.
  • 4:36 - 4:39
    Eles ainda precisam
    começar do zero toda vez,
  • 4:39 - 4:42
    e é assim porque eles nunca aprendem.
  • 4:42 - 4:44
    Diferente da Maggie.
  • 4:44 - 4:46
    (Risos)
  • 4:46 - 4:49
    Maggie é mais esperta que a maioria
    das ferramentas de design mais avançadas.
  • 4:49 - 4:51
    O que quero dizer com isso?
  • 4:51 - 4:54
    Se seu dono pega a guia, Maggie sabe,
    com um grau razoável de certeza,
  • 4:54 - 4:56
    que é hora de passear.
  • 4:56 - 4:57
    E como ela aprendeu?
  • 4:57 - 5:00
    Bom, toda vez que o dono
    pegou a guia, eles foram passear.
  • 5:00 - 5:02
    E Maggie fez três coisas:
  • 5:03 - 5:04
    ela precisou prestar atenção,
  • 5:04 - 5:06
    ela precisou se lembrar do que aconteceu,
  • 5:07 - 5:11
    e ela precisou reter e criar
    um padrão na cabeça dela.
  • 5:11 - 5:14
    Curiosamente, isso é exatamente
    o que cientistas da computação
  • 5:14 - 5:18
    têm tentado fazer com IA
    nos últimos 60 anos.
  • 5:19 - 5:20
    Lá em 1952,
  • 5:20 - 5:24
    construíram esse computador
    que conseguia jogar o jogo da velha.
  • 5:25 - 5:26
    Grande coisa.
  • 5:27 - 5:30
    Então 45 anos mais tarde, em 1997,
  • 5:30 - 5:33
    o Deep Blue vence Kasparov no xadrez.
  • 5:34 - 5:39
    Em 2011, Watson vence estes dois
    humanos no programa de TV "Jeopardy",
  • 5:39 - 5:42
    que é bem mais difícil
    para um computador do que xadrez.
  • 5:42 - 5:46
    De fato, em vez de trabalhar
    a partir de fórmulas pré-definidas,
  • 5:46 - 5:49
    Watson tinha que usar a razão
    para superar seu oponentes humanos.
  • 5:50 - 5:53
    E algumas semanas atrás,
  • 5:53 - 5:57
    o AlphaGo, desenvolvido pela DeepMind,
    venceu o melhor ser humano no jogo "Go",
  • 5:57 - 5:59
    o jogo mais difícil que temos.
  • 5:59 - 6:02
    Aliás, há mais jogadas possíveis no Go
  • 6:02 - 6:05
    do que átomos no universo.
  • 6:06 - 6:08
    Dessa forma, a fim de ganhar,
  • 6:08 - 6:11
    o que o AlphaGo tinha que fazer
    era desenvolver a intuição.
  • 6:11 - 6:13
    E, de fato, em alguns pontos,
  • 6:13 - 6:18
    os programadores do AlphaGo não entendiam
    por que o AlphaGo fazia o que fazia.
  • 6:19 - 6:21
    As coisas estão avançando muito.
  • 6:21 - 6:24
    Quero dizer, considere que,
    no espaço de uma vida humana,
  • 6:24 - 6:27
    os computadores passaram
    de um jogo de criança,
  • 6:28 - 6:31
    para o que é reconhecido como
    o auge do pensamento estratégico.
  • 6:32 - 6:34
    Basicamente, o que está acontecendo
  • 6:34 - 6:38
    é que os computadores estão
    deixando de ser como o Spock
  • 6:38 - 6:40
    para ser muito mais como o Kirk.
  • 6:40 - 6:43
    (Risos)
  • 6:43 - 6:47
    Certo? Da lógica pura para a intuição.
  • 6:48 - 6:50
    Você atravessaria essa ponte?
  • 6:51 - 6:53
    A maioria está dizendo: "De jeito nenhum!"
  • 6:53 - 6:54
    (Risos)
  • 6:54 - 6:57
    E vocês tomaram essa decisão
    em uma fração de segundo.
  • 6:57 - 6:59
    Simplesmente sabiam
    que aquela ponte era perigosa.
  • 6:59 - 7:01
    E é exatamente esse tipo de intuição
  • 7:01 - 7:05
    que os sistemas de profunda aprendizagem
    começam a desenvolver agora.
  • 7:06 - 7:08
    Muito em breve, você poderá literalmente
  • 7:08 - 7:10
    mostrar a um computador
    algo que você fez, projetou,
  • 7:10 - 7:12
    e ele olhará e dirá:
  • 7:12 - 7:15
    "Desculpa, cara, isso nunca vai
    funcionar. Tente de novo".
  • 7:16 - 7:19
    Ou você poderia perguntar
    se vão gostar da sua nova música,
  • 7:20 - 7:22
    ou do seu novo sabor de sorvete.
  • 7:24 - 7:27
    Ou, muito mais importante, você
    poderia trabalhar com um computador
  • 7:27 - 7:30
    para resolver um problema
    que nunca enfrentamos antes.
  • 7:30 - 7:34
    Por exemplo: mudanças climáticas.
    Não temos feito um bom trabalho sozinhos.
  • 7:34 - 7:36
    Certamente poderíamos
    usar toda ajuda possível.
  • 7:36 - 7:40
    É disso que estou falando, da tecnologia
    amplificando nossas habilidades cognitivas
  • 7:40 - 7:44
    de forma que possamos imaginar
    e projetar coisas fora do nosso alcance
  • 7:44 - 7:46
    como simples e velhos
    seres humanos não melhorados.
  • 7:48 - 7:51
    Então que tal fazer todas
    essas novas coisas doidas
  • 7:51 - 7:53
    que vamos inventar e projetar?
  • 7:54 - 7:58
    Eu acho que a era do melhoramento
    humano é tanto sobre o mundo físico
  • 7:58 - 8:01
    quanto é sobre o virtual,
    o domínio intelectual.
  • 8:02 - 8:04
    Como a tecnologia vai nos melhorar?
  • 8:04 - 8:07
    No mundo físico, sistemas robóticos.
  • 8:08 - 8:12
    Certamente existe o medo de que os robôs
    tomem o trabalho dos seres humanos,
  • 8:12 - 8:14
    e isso é verdade em alguns setores.
  • 8:14 - 8:17
    Mas estou muito mais interessado na ideia
  • 8:17 - 8:22
    de que humanos e robôs trabalhando
    juntos vão melhorar uns aos outros
  • 8:22 - 8:24
    e começar a ocupar um novo espaço.
  • 8:24 - 8:27
    Este é nosso laboratório
    de pesquisa aplicada, em São Francisco,
  • 8:27 - 8:30
    no qual uma das áreas de foco
    é a robótica avançada.
  • 8:30 - 8:32
    Especificamente, colaboração humano-robô.
  • 8:33 - 8:36
    E este é o Bishop, um de nossos robôs.
  • 8:36 - 8:38
    Em um experimento, nós o preparamos
  • 8:38 - 8:41
    para ajudar uma pessoa a executar tarefas
    repetitivas na construção civil;
  • 8:42 - 8:46
    tarefas como fazer buracos para tomadas
    ou interruptores em placas de reboco.
  • 8:46 - 8:49
    (Risos)
  • 8:50 - 8:53
    O parceiro humano de Bishop diz a ele
    o que fazer em inglês simples
  • 8:53 - 8:56
    e com gestos simples,
    como se falasse com um cachorro.
  • 8:56 - 9:00
    E então Bishop executa as instruções
    com perfeita precisão.
  • 9:00 - 9:03
    Estamos usando o ser humano
    para aquilo em que ele é bom:
  • 9:03 - 9:05
    consciência, percepção
    e tomada de decisões.
  • 9:05 - 9:07
    E estamos usando o robô
    para aquilo em que ele é bom:
  • 9:07 - 9:10
    precisão e repetitividade.
  • 9:10 - 9:13
    Aqui outro projeto legal
    em que Bishop trabalhou.
  • 9:13 - 9:15
    O objetivo deste projeto,
    que chamamos de HIVE, colmeia,
  • 9:15 - 9:20
    era fazer um protótipo da experiência
    de humanos, computadores e robôs
  • 9:20 - 9:23
    trabalhando juntos para resolver
    um problema de alta complexidade.
  • 9:24 - 9:25
    Os humanos foram a mão de obra.
  • 9:25 - 9:28
    Eles andaram pelo local da obra,
    manipularam o bambu,
  • 9:28 - 9:31
    que, a propósito, por ser
    um material não isomórfico,
  • 9:31 - 9:33
    é muito difícil para robôs trabalharem.
  • 9:33 - 9:35
    Mas então os robôs enrolaram essas fibras,
  • 9:35 - 9:38
    o que é quase impossível
    de um ser humano fazer.
  • 9:38 - 9:42
    E tínhamos a inteligência
    artificial controlando tudo.
  • 9:42 - 9:45
    Ela dizia aos humanos
    e aos robôs o que fazer,
  • 9:45 - 9:48
    e monitorava milhares
    de componentes individuais.
  • 9:48 - 9:52
    O interessante é que construir esse
    pavilhão simplesmente não seria possível
  • 9:52 - 9:57
    sem seres humanos, robôs
    e IA melhorando uns aos outros.
  • 9:58 - 10:01
    Vou compartilhar mais um projeto.
    Este é um pouco maluco.
  • 10:01 - 10:06
    Estávamos trabalhando com o artista
    holandês Joris Laarman e seu time no MX3D
  • 10:06 - 10:09
    para projetar generativamente
    e reproduzir roboticamente
  • 10:09 - 10:12
    a primeira ponte fabricada
    de forma autônoma no mundo.
  • 10:12 - 10:17
    Joris e uma inteligência artificial estão
    projetando isso agora mesmo, em Amsterdã.
  • 10:17 - 10:20
    E quando tiverem terminado,
    vamos apertar o botão de partida
  • 10:20 - 10:23
    e os robôs vão começar
    uma impressão 3D em aço indoxidável.
  • 10:23 - 10:26
    E então vão continuar a imprimir,
    sem intervenção humana,
  • 10:26 - 10:28
    até que a ponte esteja pronta.
  • 10:29 - 10:32
    Dessa forma, os computadores
    vão ampliar nossa habilidade
  • 10:32 - 10:34
    de imaginar e projetar novas coisas.
  • 10:34 - 10:37
    Sistemas robóticos vão nos ajudar
    a construir e criar coisas
  • 10:37 - 10:39
    que nunca pudemos fazer antes.
  • 10:40 - 10:45
    Mas e nossa habilidade de sentir
    e controlar essas coisas?
  • 10:45 - 10:49
    Que tal um sistema nervoso
    para aquilo que criamos?
  • 10:49 - 10:51
    Nosso sistema nervoso,
    o sistema nervoso humano,
  • 10:51 - 10:53
    nos diz tudo que está
    acontecendo ao nosso redor.
  • 10:54 - 10:58
    Mas o sistema nervoso das coisas
    que criamos é, no máximo, rudimentar.
  • 10:58 - 11:01
    Por exemplo, um carro não conta
    ao departamento de obras de uma cidade
  • 11:01 - 11:05
    que acabou de atingir um buraco
    entre a Broadway e Morrison.
  • 11:05 - 11:07
    Um prédio não conta a seus designers
  • 11:07 - 11:09
    se as pessoas que vivem lá
    gostam de estar lá ou não.
  • 11:09 - 11:12
    E o fabricante de brinquedos não sabe
  • 11:12 - 11:14
    se estão mesmo brincando com um brinquedo,
  • 11:14 - 11:17
    como, onde e se é divertido ou não.
  • 11:18 - 11:21
    Estou certo de que os designers imaginaram
    este estilo de vida para a Barbie,
  • 11:21 - 11:23
    quando a projetaram.
  • 11:23 - 11:24
    (Risos)
  • 11:24 - 11:27
    Mas e se, na verdade,
    a Barbie for muito solitária?
  • 11:27 - 11:30
    (Risos)
  • 11:31 - 11:35
    Se os designers soubessem o que de fato
    acontece no mundo real com seus projetos,
  • 11:35 - 11:37
    a rua, o prédio, a Barbie,
  • 11:37 - 11:41
    poderiam usar essa informação para criar
    uma experiência melhor para o usuário.
  • 11:41 - 11:43
    O que falta é um sistema nervoso
  • 11:43 - 11:47
    nos conectando a todas as coisas
    que projetamos, fazemos e usamos.
  • 11:48 - 11:51
    Mas e se cada um de vocês tivesse
    esse tipo de informação fluindo até você
  • 11:51 - 11:54
    a partir das coisas
    que você cria no mundo real?
  • 11:55 - 11:59
    Com tudo o que fazemos, gastamos
    uma enorme quantia de dinheiro e energia.
  • 11:59 - 12:02
    Aliás, ano passado, foram gastos
    cerca de US$ 2 trilhões
  • 12:02 - 12:05
    para convencer pessoas
    a comprar as coisas que produzimos.
  • 12:05 - 12:08
    Mas se você tivesse essa conexão
    com as coisas que projetou e criou
  • 12:08 - 12:10
    depois que elas estão no mundo real,
  • 12:10 - 12:13
    depois que foram vendidas ou lançadas,
  • 12:13 - 12:15
    poderíamos de fato mudar isso
  • 12:15 - 12:18
    e passar de "fazer as pessoas
    quererem comprar nossas coisas"
  • 12:18 - 12:22
    para "fazer coisas que as pessoas querem".
  • 12:22 - 12:25
    A notícia boa é que temos trabalhado
    em sistemas nervosos digitais,
  • 12:25 - 12:27
    que nos conectam àquilo que projetamos.
  • 12:28 - 12:30
    Estamos trabalhando num projeto
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    com dois caras em Los Angeles,
    chamados de "Bandito Brothers",
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    e o time deles.
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    E uma das coisas que esses caras
    fazem é construir carros insanos
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    que fazem coisas absolutamente doidas.
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    Esses caras são loucos...
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    (Risos)
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    da melhor maneira.
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    E o que estamos fazendo com eles
  • 12:51 - 12:53
    é pegar um chassi
    tradicional de carros de corrida
  • 12:53 - 12:55
    e dar a ele um sistema nervoso.
  • 12:55 - 12:58
    Então o instrumentalizamos
    com dezenas de sensores,
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    colocamos um motorista
    de nível mundial atrás do volante
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    e o levamos ao deserto para dirigir
    pra caramba por uma semana.
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    O sistema nervoso do carro capturou
    tudo o que estava acontecendo.
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    Capturamos 4 bilhões de pontos de dados
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    e todas as forças a que estava submetido.
  • 13:13 - 13:15
    E aí fizemos algo louco.
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    Pegamos todas essas informações
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    e conectamos a um gerador de projeto
    com IA chamado "Dreamcatcher".
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    O que você consegue quando dá um sistema
    nervoso a uma ferramenta de projeto
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    e pede para ela construir o melhor
    chassi de carro possível?
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    Você consegue isto.
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    Isto é algo que um ser humano
    nunca poderia ter projetado.
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    Salvo que um humano projetou isso,
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    mas era um humano aprimorado
    por design generativo com IA,
  • 13:43 - 13:44
    um sistema nervoso digital,
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    e robôs que, de fato,
    conseguem fabricar algo como isso.
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    Então se esse é o futuro,
    a era da realidade aumentada,
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    e nós vamos ser melhorados
    de forma cognitiva, física e perceptiva,
  • 13:56 - 13:57
    como vai se parecer isso?
  • 13:58 - 14:01
    Como vai ser essa terra das maravilhas?
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    Eu acho que veremos um mundo
  • 14:03 - 14:06
    onde estaremos passando
    de coisas que são fabricadas
  • 14:06 - 14:07
    para coisas cultivadas.
  • 14:08 - 14:12
    Estamos passando de coisas construídas
  • 14:12 - 14:13
    para coisas que crescem.
  • 14:14 - 14:16
    Vamos passar de isolados
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    para conectados.
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    E vamos nos afastar da extração
  • 14:21 - 14:23
    para adotar a agregação.
  • 14:24 - 14:28
    Também acho que vamos deixar de ansiar
    a obediência das nossas coisas
  • 14:28 - 14:29
    para valorizar a autonomia.
  • 14:31 - 14:32
    Graças a nossas capacidades ampliadas
  • 14:32 - 14:35
    nosso mundo vai mudar dramaticamente.
  • 14:36 - 14:38
    Vamos ter um mundo com mais variedade,
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    mais conectividade,
    dinamismo e complexidade,
  • 14:41 - 14:43
    mais adaptabilidade e, certamente,
  • 14:43 - 14:45
    mais beleza.
  • 14:45 - 14:49
    O formato das coisas que virão será
    diferente de qualquer coisa já vista.
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    Por quê? Porque o que vai moldar
    essas coisas é essa nova parceria
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    entre tecnologia, natureza e humanidade.
  • 14:59 - 15:03
    Isso, para mim, é um futuro
    pelo qual vale a pena esperar.
  • 15:03 - 15:04
    Muito obrigado a todos.
  • 15:04 - 15:07
    (Aplausos)
Title:
As incríveis invenções da inteligência artificial intuitiva
Speaker:
Maurice Conti
Description:

O que você consegue quando dá um sistema nervoso digital a uma ferramenta de design? Computadores que melhoram nossa habilidade de pensar e imaginar, e sistemas robóticos que conseguem inventar e construir novos designs radicais para pontes, carros, drones e muito mais; tudo por conta própria. Faça um tour na Era da Realidade Aumentada, "Augmented Age", com o futurista Maurice Conti e tenha uma amostra do tempo em que robôs e humanos trabalharão lado a lado para realizar feitos que nenhum deles conseguiria fazer sozinho.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:23

Portuguese, Brazilian subtitles

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